Claro que cada caso é um caso, mas se
diagnosticada precocemente, os sintomas podem ser aliviados com esse tratamento
A
adenomiose é uma doença ginecológica crônica benigna do útero, em que há
crescimento do tecido endometrial dentro do músculo do útero e que
frequentemente está associada com a endometriose. É uma doença que provoca
inflamação das paredes do útero provocando sintomas como dor, sangramento e
cólicas fortes, especialmente durante a menstruação, podendo também, causar
infertilidade. “ É importante ressaltar que o uso do DIU medicado é apenas uma
opção de tratamento controlado, porém, a cura dessa doença só ocorre com a
cirurgia de retirada do útero” alerta a ginecologista Barbara Murayama.
O TRATAMENTO COM DIU MEDICADO
O
DIU medicado, também conhecido pelo seu nome genérico LNG-20, é um
dispositivo de plástico, em forma de T, que contém levonorgestrel, um tipo
de progesterona que ajuda a evitar o desenvolvimento do endométrio.
Dessa
forma, o DIU medicado pode ser indicado para o tratamento, especialmente para
aliviar os sintomas como cólicas intensas e sangramentos.
“É
um tratamento que tem mostrado eficácia e chega
a evitar até 70% das cirurgias. principalmente em mulheres que desejam
engravidar após o tratamento. Dois a três meses após a sua inserção espera-se
uma melhoria sintomática, entretanto recomendamos que se complete seis meses.
Além da ação sobre o endométrio, pensa-se ainda que atue diretamente sobre os
focos adenomióticos, diminuindo os receptores de estrogênios, com diminuição do
seu tamanho e do volume uterino. Há uma melhora da contratilidade uterina,
diminuição da perda sanguínea e ainda redução da cólica, podendo ainda bloquear
a menstruação por completo em diversas mulheres” explica a médica
O DIU medicado geralmente pode ser usado pela
maioria das mulheres que não desejem engravidar e também como forma de manutenção
do tratamento após a cirurgia caso ela tenha sido feita de forma conservadora,
preservando o útero.
É
importante ressaltar que o tratamento para a
adenomiose varia de acordo com os sintomas sentidos por cada paciente e devem
ser orientado por um ginecologista.
BARBARA
MURAYAMA - Médica
Ginecologista da Gergin Ginecologia. Especialista em Histeroscopia e
Videolaparoscopia. Coordenadora da Equipe de Ginecologia do Hospital 9 de Julho
Instagram:
@barbara.murayama
Nenhum comentário:
Postar um comentário