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quarta-feira, 3 de julho de 2019

ADENOMIOSE PODE SER TRATADA COM DIU MEDICADO, EVITANDO ASSIM, UMA POSSÍVEL CIRURGIA


Claro que cada caso é um caso, mas se diagnosticada precocemente, os sintomas podem ser aliviados com esse tratamento


A adenomiose é uma doença ginecológica crônica benigna do útero, em que há crescimento do tecido endometrial dentro do músculo do útero e que frequentemente está associada com a endometriose. É uma doença que provoca inflamação das paredes do útero provocando sintomas como dor, sangramento e cólicas fortes, especialmente durante a menstruação, podendo também, causar infertilidade. “ É importante ressaltar que o uso do DIU medicado é apenas uma opção de tratamento controlado, porém, a cura dessa doença só ocorre com a cirurgia de retirada do útero” alerta a ginecologista Barbara Murayama. 


O TRATAMENTO COM DIU MEDICADO

O DIU medicado, também conhecido pelo seu nome genérico LNG-20, é um dispositivo de plástico, em forma de T, que contém levonorgestrel, um tipo de progesterona que ajuda a evitar o desenvolvimento do endométrio.
Dessa forma, o DIU medicado pode ser indicado para o tratamento, especialmente para aliviar os sintomas como cólicas intensas e sangramentos.

“É um tratamento que tem mostrado eficácia e chega a evitar até 70% das cirurgias. principalmente em mulheres que desejam engravidar após o tratamento. Dois a três meses após a sua inserção espera-se uma melhoria sintomática, entretanto recomendamos que se complete seis meses. Além da ação sobre o endométrio, pensa-se ainda que atue diretamente sobre os focos adenomióticos, diminuindo os receptores de estrogênios, com diminuição do seu tamanho e do volume uterino. Há uma melhora da contratilidade uterina, diminuição da perda sanguínea e ainda redução da cólica, podendo ainda bloquear a menstruação por completo em diversas mulheres” explica a médica

O DIU medicado geralmente pode ser usado pela maioria das mulheres que não desejem engravidar e também como forma de manutenção do tratamento após a cirurgia caso ela tenha sido feita de forma conservadora, preservando o útero.
É importante ressaltar que o tratamento para a adenomiose varia de acordo com os sintomas sentidos por cada paciente e devem ser orientado por um ginecologista.





BARBARA MURAYAMA - Médica Ginecologista da Gergin Ginecologia. Especialista em Histeroscopia e Videolaparoscopia. Coordenadora da Equipe de Ginecologia do Hospital 9 de Julho
 Instagram: @barbara.murayama

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