Em mês de conscientização, Federação
Brasileira de Gastroenterologia alerta para a importância de diagnosticar
precocemente as DII
Neste mês, marcado pela conscientização dessas doenças, a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) traz dicas para esclarecer alguns dos seus aspectos e enfatiza a importância de se obter um diagnóstico precoce a fim de alcançar um melhor resultado com seu tratamento.
O que são as DII?
As Doenças Inflamatórias Intestinais são enfermidades crônicas que inflamam os intestinos em intensidades variadas. Quando atingem o órgão, causam úlceras, que são ferimentos, superficiais ou profundos na parede intestinal doente.
Estima-se que essas doenças atinjam cerca de 5 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo dados da World IBD Day 2019. Apesar, dessa grande incidência ainda não são totalmente esclarecidos os motivos para o seu desenvolvimento e persistência, considerando-se fatores genéticos, da imunidade e ambientais para justificar o seu surgimento.
Quais as enfermidades mais comuns?
As principais são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.
A Doença de Crohn pode atingir o sistema digestivo da boca até o ânus, afetando predominantemente a parte final do intestino delgado e intestino grosso (cólon). Todas as camadas da parede intestinal doente estão envolvidas quando ocorre a inflamação, ocorrendo, nesta doença, a presença de áreas sadias entre aquelas inflamadas. Podem comprometer vários segmentos concomitantemente.
No caso da Retocolite Ulcerativa, desenvolvem-se inflamações e ulcerações no intestino grosso (cólon) e no reto em sua camada mais superficial, ou seja, a mucosa.
Por apresentarem um comportamento muito semelhante, as duas doenças são agrupadas na categoria de DII. Além disso, essas enfermidades podem ter intensidade e duração variáveis, com períodos em que os sintomas somem e depois retornam.
O diagnóstico
O diagnóstico é obtido por meio de diversas formas, envolvendo, em sua maioria, a realização de exames como a colonoscopia, de sangue e fezes, tomografia ou ressonância magnética do abdome.
Buscar a avaliação de um médico especialista desde os primeiros sintomas é essencial. Isso porque a automedicação, bem como o diagnóstico errado, pode retardar a conduta médica mais adequada.
Como é o tratamento?
O tratamento é feito com medicamentos que visam reduzir a inflamação e a resposta do sistema imunológico. Dessa forma, alguns compostos podem ser indicados para as fases em que os sintomas estão mais intensos e outros, por tempo indeterminado, a fim de impedir que a doença volte.
Há, também, a possibilidade de serem necessárias cirurgias para retirada das partes doentes do intestino, o que pode ocorrer quando os medicamentos não surtirem os resultados esperados ou quando houver uma complicação da inflamação.
Por serem doenças crônicas, o que significa que os sintomas podem reaparecer a qualquer momento, o paciente deverá manter sua rotina de consultas e seguir o tratamento medicamentoso prescrito pelo médico, em princípio, por tempo indeterminado.
Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG)
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