Especialista comenta as principais ações para proteger
suas informações de ataques hackers
Estima-se que em 2020, o custo médio de
uma violação de dados será de 150 milhões de dólares, enquanto o gasto total
com segurança da informação ultrapassará 1 trilhão de dólares. As estatísticas
são da britânica Juniper Research e dão um breve panorama da epidemia de
ataques às redes de computadores, cada dia mais interconectadas.
O Brasil é o 4º país que mais sofre com
o cybercrime, somente em 2016, o crime virtual movimentou R$32 bilhões. Entre
os golpes mais comuns, está o sequestro de dados digitais. Uma vez que
informação se tornou um ativo valioso, cada novo bit de dado gerado tem um
determinado potencial financeiro, e ser detentor de milhões desses bites pode
significar milhões de prejuízos para alguns e milhões de receita para outros.
De acordo com o engenheiro Wagner
Silvério de Faria, diretor de tecnologia da Alert System, para se proteger
contra ataques cibernéticos é essencial fazer investimentos assertivos em
inovação, tendo uma estratégia de segurança dinâmica e ágil de controle diante
deste tipo de situação.
"É crescente o número de empresas
que passaram por uma experiência de ataque, tendo a interrupção dos seus
negócios, a perda de informações, perda de receita ou danos aos equipamentos.
Muitas vezes as consequências deste tipo de ataque às organizações podem ser
devastadoras. Acreditamos ser infinita a quantidade de problemas que um hacker
mal-intencionado pode causar em uma rede desprotegida", explica o
especialista.
Segundo o engenheiro, para evitar e
reduzir o impacto do crime cibernético é essencial seguir ao menos as três
etapas a seguir. Confira:
1. Criar níveis de acesso para todos o
usuários
A digitalização de processos e inserção
das empresas na transformação digital exige o uso intenso de tecnologias e
sistemas integrados uns aos outros, conformando o que chamamos de Business
Intelligence. Mas isso não significa que o RH deva ter acesso aos dados
financeiros, tampouco que compras saiba quanto ganha cada colaborador.
Queremos chamar a atenção aqui para a
hierarquização dos acessos, permitindo visualização e/ou edição de dados
somente àquelas pessoas que realmente precisam das informações. Dessa maneira,
diminui-se os riscos de dados adulterados, invasão por vírus ou hackers, entre
outros perigos que ameaçam as redes de computadores.
2. Proteger todas as conexões da
empresa
Mobilidade corporativa, flexibilidade
nas relações de trabalho e colaboração em nuvem são temas constantemente
debatidos no universo corporativo. Mas, para que sua empresa não venha a ser
vítima de sequestro de dados digitais, é necessário criar conexões seguras,
seja por meio de criptografia de dados, SSL, firewalls, entre outras soluções.
Segundo Silvério, vale lembrar que os
dados correm perigo mesmo quando não há ninguém na empresa. "Um e-mail
corporativo que seja aberto em uma computador infectado ou até mesmo um
smartphone, pode ser o causador de grandes prejuízos financeiros. Mensagens de
phishing percorrem a internet o tempo todo, em e-mails, SMS e mensageiros
instantâneos, como WhatsApp.
Ameaças como o ransomware também são capazes de
penetrar em dispositivos mobile e se proliferar rapidamente por sistemas e
aplicativos", comenta.
3. Treinar a equipe para lidar com a
exposição à riscos
Manter sigilo sobre os riscos que a
empresa corre em termos de cibersegurança pode acarretar problemas sérios, como
um colaborador desavisado abrindo um pen drive particular no trabalho, repleto
de vírus. Portanto, como uma das medidas para evitar o sequestro de dados
digitais, é essencial conscientizar a equipe sobre as potenciais ameaças e como
evitá-las. É compartilhando responsabilidades que sua empresa se mantém segura.
Wagner Silvério - diretor de
tecnologia da Alert System, empresa que é referência nacional no
desenvolvimento de tecnologias de automação e sistemas de segurança. Fundada em
1999, a empresa nasceu com o propósito de atender a demanda de desenvolvimento
e aprimoramento de sistemas de segurança para a indústria brasileira. Nos
últimos 10 anos, a Alert System ampliou a sua atuação com projetos de
automação, processos industriais, IoT, controle de qualidade e otimização de
processos fabris e de segurança. A Alert System cresceu 44% em 2017, atingindo
R$ 20 milhões de faturamento.
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