O atual cenário econômico no país forçou os brasileiros a buscarem novas formas de ganhar dinheiro para ajudar na renda familiar, sair do vermelho e muitas vezes mudar completamente de profissão.
Um dos indicativos foi o aumento registrado na procura por cursos profissionalizantes. Segundo o Ministério da Educação, esse número cresceu quase 70%, de 2009 até 2017.
Os principais motivos que levam os brasileiros a procurar este tipo de formação, além da possibilidade de uma nova carreira, são a curta duração e o baixo investimento, importantes para quem quer recomeçar, sem grandes custos.
Além disso, o e-games tem sido uma das maiores inspirações. O Brasil é, atualmente, 12º colocado na lista de países com Pro Players mais endinheirados e premiados do mundo. A China ocupa o primeiro lugar; na sequência, estão EUA, Coreia do Sul, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Canadá, Rússia, Ucrânia, França e Reino Unido.
O Brasil aparece como o país da América do Sul mais bem posicionado na lista de e-atletas mais consagrados com relação a premiações. O Chile aparece apenas em 47º e a Argentina está em 51ª.
Em função desses fatores, o Estado do Rio de Janeiro apresenta crescimento na procura pelos cursos de entretenimento digital. Para atender esta demanda, diversas escolas, têm oferecido qualificação profissional completa na área de games e até vagas de estágios nos setor.
Com esses índices, o mercado brasileiro de jogos eletrônicos está na contramão do PIB em baixa, dos riscos políticos e até da oscilações do câmbio. Dados divulgados recentemente pela Newzoo mostram que o país contava em 2017 com cerca de 66,3 milhões de jogadores. Somente os negócios movimentaram em torno de US$ 1,3 bilhão.
Com isso, o Brasil já é o 13º no ranking global e o número um entre os latino-americanos. Para este ano, segundo a pesquisa, serão 75,7 milhões de gamers que devem gerar US$ 1,5 bilhão em negócios.
Os números mais recentes do BNDES também mostram que juntos, o cinema, a TV, a publicidade e os games, movimentaram quase R$ 4 bilhões. A perspectiva é de que a animação brasileira cresça sem parar, nos próximos 10 ou 15 anos.
Já no setor de games e publicidade, o segmento de animação tem mercado promissor quando aplicado na produção e desenvolvimento de jogos eletrônicos. Somente em 2016, animações embutidas em games geraram R$ 1,22 bilhão e para uso corporativo e publicidade movimentou R$ 800 milhões, em 2016.
Mediante o crescimento da indústria, o setor de entretenimento digital (que engloba games, cinema, design, publicidade, animação, entre outros) bate record na temporada de estágios e oportunidade de emprego.
Somente no primeiro semestre as vagas para estágios cresceram 13,4% no país, passando de 178.992 no primeiro semestre de 2017 para 203.062 no primeiro semestre deste ano. O país tem atualmente 369.389 estagiários contratados, com taxa de 44% de contratação posterior, quando o estudante se forma.
Apesar dos números positivos, cerca de 3 milhões de jovens ainda aguardam uma oportunidade, sem falar no índice de desemprego entre as idades de 14 a 24 anos que chega a 27% segundo dados do Ministério do Trabalho.
São esses jovens que buscam cursos profissionalizantes de games para entrarem rapidamente no mercado de trabalho
A maioria dos estudantes estagiários cursam o ensino superior (77,6%), seguido pelo ensino médio (18,3%), curso técnico (3,5%) e educação especial (0,6%). As mulheres predominam, respondendo por 65% dos estagiários.
No Brasil, as oportunidades estão concentradas no estado de São Paulo (62%), seguida de Santa Catarina (8%), Rio de Janeiro (6%). Rio Grande do Sul (5%) e Amazonas (3,5%).
Com esses índices, o reaquecimento do setor de entretenimento digital tanto na indústria, como também nas escolas, com a inclusão de alunos da classe D e E, que não tem condições financeiras para pagar uma universidade pode ser constatado.
Muitos alunos procuram cursos profissionalizantes que geram receita rápida e transformam o tempo ocioso em profissão, para posteriormente arriscar no mercado de trabalho que fatura anualmente cerca de US$ 34,9 bilhões e ultrapassa a indústria cinematográfica.
O carioca que escolheu a carreira não se arrepende.
Somente a Escola Zion preencheu 80 vagas em apenas um final de semana. As área ofertadas foram de social media, web designer, designer gráfico, 3 D e animação. As contratações variaram de sistema CLT, freelas e contratos temporários. Temos vários cases de alunos contratados
Números do mercado brasileiro
» 75,7 milhões de jogadores
» US$ 1,5 bilhão em negócios
» 13º lugar é a posição do Brasil no ranking global do setor
» 1º lugar entre os latino-americanos
Fonte:
Centro de Integração Empresa Escola (CIEE)
Nube
Ministério do Trabalho
Ministério da Educação
Centro de Integração Empresa Escola (CIEE)
Nube
Ministério do Trabalho
Ministério da Educação
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