Considerada uma
zoonose, a Leishmaniose afeta humanos e cachorros podendo levar ao óbito
Visitas regulares
ao veterinário são fundamentais para a prevenção da saúde dos cães
Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é
um problema muito conhecido em diversas cidades brasileiras. Minas Gerais, Mato
Grosso do Sul e a região nordeste estão entre os locais com mais incidências de
casos. Segundo a Prefeitura de Valinhos, cidade do interior de SP, por exemplo,
já foram registradas 2 mortes e há suspeitas de 61 animais infectados com a
doença apenas nesse ano. Uma grande preocupação para os tutores não apenas pelo
risco de também serem infectados, mas porque há um desafio muito grande na área
veterinária para tratar os pets com a doença.
Segundo a Dra. Fabiana Zerbini,
parceira da COMAC (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional
da Indústria de Produtos para Saúde Animal) e gerente da Virbac,”o único
tratamento autorizado no Brasil para LVC é a base de Miltefosina. Por isso,
somente o médico veterinário pode dar orientações apropriadas para um correto
tratamento e monitoramento da doença”.
A transmissão da LVC só ocorre através
do parasito Leishmania, popularmente conhecido por Mosquito Palha ou
Birigui, que se desenvolve em plantas e lugares muito escuros e úmidos. A
transmissão do parasita acontece quando o mosquito pica um animal contaminado
e, em seguida, pica uma pessoa.
“É importante saber que a LVC não é
transmitida por mordida, arranhão, lambedura, urina ou fezes de animais
infectados”, enfatiza a Dra. Fabiana.
IDENTIFICAR A DOENÇA
Essa pode ser uma tarefa muito difícil
já que os sintomas, quando aparecem, podem se confundir com outras doenças.
Contudo, algumas manifestações no corpo do animal de estimação podem indicar
que há presença de LVC como: lesões de pele, perda de peso progressiva, atrofia
muscular, intolerância a exercícios, apetite diminuído, cansaço, lesões
oculares, sangramento nasal, crescimento exagerado das unhas, vômito e
diarreia.
Dra. Fabiana ainda alerta: “deve-se
sempre fazer o diagnóstico de Leishmaniose acompanhado de um veterinário, pois
60% dos cães infectados são assintomáticos”.
A prevenção é o método mais eficiente
para evitar a contaminação. Recomenda-se o uso de inseticidas e repelentes em
animais saudáveis como nos infectados, para evitar a reinfecção. Entretanto,
ter a avaliação e acompanhamento veterinário ainda é a principal maneira de
precaução.
COMAC
(Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria
de Produtos para Saúde Animal
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