Vivemos uma nova revolução industrial com o crescimento exponencial do conhecimento tecnológico. Os sistemas produtivos avançam em direção à chamada Indústria 4.0, que demanda inovações nos campos de automação, controle e tecnologia da informação. A crescente aplicação das novas tecnologias tem levado o desenvolvimento de produtos a patamares mais elevados, com geração de enorme quantidade de dados.
Novas técnicas de produção, associadas a materiais inovadores, são
capazes de proporcionar um considerável aumento da confiabilidade no
desenvolvimento tecnológico. Com o advento da Indústria 4.0, cada vez mais
tecnologias são lançadas com a finalidade de permitir que as organizações
elevem a assertividade do desenvolvimento e – não menos importante – reduzam o
famoso time to market.
Embora sejam evolutivas e avancem rapidamente, as tecnologias voltadas
para a engenharia automotiva já estão disponíveis e precisam ser mais aplicadas
pela indústria. Para tanto, um dos desafios é a necessidade de mudança na
formação de engenharia: formar engenheiros com elevada capacidade técnica para utilizar
esse tipo de tecnologia ou, melhor ainda, formar engenheiros que sejam capazes
de desenvolver e aprimorar esse tipo de tecnologia.
Sofisticadas ferramentas de projeto e desenvolvimento permitem uma
grande aceleração na concepção de produtos e no seu aprimoramento. São
tecnologias que devem apoiar a engenharia a fazer certo de primeira, uma vez
que já não existe lugar na indústria da mobilidade para a ação empírica, que
envolve criar um protótipo para posterior avaliação. O foco é ter certeza na fase
do desenvolvimento virtual.
O uso de avançadas ferramentas de simulação, capazes de minimizar a
quantidade de ensaios em laboratórios e campos de prova, é uma prática
crescente. Durante o desenvolvimento de um produto, o objetivo é realizar um
único ensaio apenas para comprovar tudo aquilo que já foi simulado. Assim,
todos os erros que podem surgir durante o desenvolvimento precisam ser
identificados e solucionados ainda na fase virtual. Este é um caminho muito
menos trabalhoso e com menor custo envolvido.
Outra tendência é o uso de novas técnicas como a manufatura aditiva com
foco em prototipagem rápida, bem como desenvolvimento de peças finais. A
manufatura aditiva oferece maiores possibilidades de desenvolver produtos mais
leves, resistentes e inovadores, de modo que as empresas não dependam somente
de processos consagrados, como estampagem, forjamento, fundição e usinagem.
Esses e outros assuntos serão debatidos durante o 16º Simpósio SAE
BRASIL de Testes e Simulações, que reunirá especialistas de renome no mercado,
que desenvolvem ferramentas de testes e simulações no Brasil e no Exterior.
Toda a comunidade de engenharia está convidada para o encontro, que será
realizado no dia 18 de setembro, no Milenium Centro de Convenções, em São
Paulo.
Leandro Garbin -engenheiro, diretor comercial da
VirtualCAE e chairperson do 16º Simpósio SAE BRASIL de Testes e Simulações
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