Especialista explica que a idade é o principal fator de risco e que após os 50 anos a
incidência é mais alta, em especial quando casos da doença na família podem se
tornar um agravante para as próximas gerações; Entenda os sintomas e
tratamentos indicados
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do
Câncer (Inca), o tumor de próstata é o segundo mais comum entre homens –
ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma – chegando a 68.220 novos
casos diagnosticados no país. Ao receberem o diagnóstico do câncer de próstata,
muitos homens se questionam sobre as causas da doença e os possíveis
tratamentos que podem ser seguidos. No começo, pelo fato dos sintomas serem
silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico, já que a maioria
dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.
Segundo Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro
Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, casos familiares de pai ou
irmão com câncer de próstata, antes do 60 anos de idade, podem aumentar o risco
em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. "A neoplasia afeta
somente os homens, já que é uma glândula que faz parte exclusivamente do
aparelho reprodutor masculino. Parentes de primeiro grau com tumor de próstata,
em idade jovem são fatores de risco. Em alguns casos, apesar de discutível, a
má alimentação pode ser um fator que aumenta as chances da doença se
desenvolver", explica.
Quando aparentes, os primeiros sintomas que são
detectados no câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno
da glândula como dificuldade para urinar seguida de dor ou ardor, gotejamento
prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Em
fases mais avançadas da doença, é possível a presença de sangue no sêmen e
impotência sexual, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros
órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas.
Por ser difícil de ser diagnosticado, é
recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico
da doença na família) façam o exame clínico (toque retal) e o PSA anualmente
para rastrear o aparecimento da doença.
O PSA é uma proteína especifica produzida
pelas células da glândula (presente apenas em homens) e cuja taxa, em média,
deve ser de quatro nanogramas por mililitro. Uma alteração deste valor para
números mais elevados, um aumento muito rápido entre duas medidas, ou até mesmo
valores menores, porém em pacientes jovens e com próstata pequena pode ser um
indicativo do câncer e é importante aliado para a detecção da condição em sua
fase inicial, quando ainda é assintomática.
Quando estas alterações aparecem e há uma suspeita
da doença no organismo do homem, é indicada uma biópsia através de
ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico.
Entenda os possíveis tratamentos da doença
O tratamento depende do estágio e da agressividade
em que a doença se encontra. Eles devem ser projetados individualmente para
cada paciente de acordo com o seu quadro clínico pessoal. No caso em que a
doença se encontra no estágio inicial e com características de baixa
agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos
deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de
algumas toxicidades que o tratamento causa. Nos outros casos de doença
localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e
a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada
com boas taxas de resposta positiva. "Após realizarem a cirurgia, em
alguns casos é necessário realizar o procedimento de radioterapia
pós-operatória para a diminuição do risco de recaídas", completa Dr. Andrey.
Quando os pacientes apresentam metástases, diversos
tratamentos podem ser realizados com excelentes resultados como o bloqueio
hormonal, a quimioterapia, novos medicamentos que controlam os hormônios por
via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radio
isótopos, partículas que se ligam no osso e emitem doses pequenas de
radioterapia nestes locais.
Grupo Oncoclínicas
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