Recuo foi de 0,7% em 2016, indica nova análise de dados do SEEG;
desde 1970, setor foi o que viu suas emissões crescerem mais rápido no país
As emissões de gases de efeito estufa do setor de Resíduos no Brasil sofreram leve queda de 0,7% no ano de 2016, puxado principalmente pela recessão no país e pelo recuo na gestão de resíduos, de acordo com o mais recente estudo do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), do Observatório do Clima, divulgado nesta quarta-feira (6).
No ano em que o PIB brasileiro diminuiu 3,6%, as emissões do setor acumularam 91,97 milhões de toneladas (Mt) de CO2 equivalente (CO2e), o que representa cerca de 4% das emissões nacionais. A redução com relação ao ano de 2015 ficou mais evidente no subsetor de disposição final de resíduos, que teve uma redução de 2,2%, acumulando 52,92 milhões de toneladas de CO2e.
De acordo com o relatório do SEEG, também foi identificado um recuo na gestão de resíduos, com maior quantidade tendo destinação ambientalmente inadequada. “O setor é vulnerável em tempos de instabilidade econômica. Os investimentos para manutenção operacional das atividades são relativamente altos para os municípios, e dessa forma vimos no último ano um enxugamento de gastos”, comentou Iris Coluna, assessora técnica do ICLEI América do Sul e uma das co-autoras do estudo.
Enquanto o período de crise provocou queda na produção industrial e no consumo de bens, a redução de emissões no setor de resíduos não é resultado de aplicação de medidas mais contundentes por parte do Poder Executivo. “Em um cenário de retomada econômica, a tendência é que as emissões voltem a crescer a médio prazo, pois não identificamos maior conformidade com leis nacionais, como a PNRS, e nem maior compromisso em nossa NDC”, alertou Iris Coluna.
Dentre os quatro principais subsetores – disposição de resíduos, tratamento de efluentes industriais, tratamento de efluentes domésticos e incineração de resíduos –, a disposição de resíduos sólidos urbanos ainda é o mais expressivo, representando 57,5% das emissões em 2016, fatia ainda pouco maior do que em 2015.
A região Sudeste continua sendo a principal emissora, representando de forma agregada 51% das emissões totais do setor, com as participações mais expressivas dos estados de São Paulo (29%), Minas Gerais (11%), Rio de Janeiro (10%).
Enquanto a contribuição do setor em âmbito nacional é relativamente baixa, no contexto municipal urbano as emissões oriundas da disposição de resíduos sólidos e efluentes domésticos é mais expressiva, podendo representar de 10 a 20% das emissões nas cidades.
Em sua quinta edição, o relatório analítico do SEEG apresenta as estimativas para o ano de 2016, bem como a revisão dos dados da série histórica de 1970 a 2016. Nesse período, o setor de resíduos foi o que teve o maior aumento percentual de emissões em toda a economia brasileira: 607% (de 13,3 milhões para 91,9 milhões de toneladas de CO2 equivalente).
As emissões de gases de efeito estufa do setor de Resíduos no Brasil sofreram leve queda de 0,7% no ano de 2016, puxado principalmente pela recessão no país e pelo recuo na gestão de resíduos, de acordo com o mais recente estudo do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), do Observatório do Clima, divulgado nesta quarta-feira (6).
No ano em que o PIB brasileiro diminuiu 3,6%, as emissões do setor acumularam 91,97 milhões de toneladas (Mt) de CO2 equivalente (CO2e), o que representa cerca de 4% das emissões nacionais. A redução com relação ao ano de 2015 ficou mais evidente no subsetor de disposição final de resíduos, que teve uma redução de 2,2%, acumulando 52,92 milhões de toneladas de CO2e.
De acordo com o relatório do SEEG, também foi identificado um recuo na gestão de resíduos, com maior quantidade tendo destinação ambientalmente inadequada. “O setor é vulnerável em tempos de instabilidade econômica. Os investimentos para manutenção operacional das atividades são relativamente altos para os municípios, e dessa forma vimos no último ano um enxugamento de gastos”, comentou Iris Coluna, assessora técnica do ICLEI América do Sul e uma das co-autoras do estudo.
Enquanto o período de crise provocou queda na produção industrial e no consumo de bens, a redução de emissões no setor de resíduos não é resultado de aplicação de medidas mais contundentes por parte do Poder Executivo. “Em um cenário de retomada econômica, a tendência é que as emissões voltem a crescer a médio prazo, pois não identificamos maior conformidade com leis nacionais, como a PNRS, e nem maior compromisso em nossa NDC”, alertou Iris Coluna.
Dentre os quatro principais subsetores – disposição de resíduos, tratamento de efluentes industriais, tratamento de efluentes domésticos e incineração de resíduos –, a disposição de resíduos sólidos urbanos ainda é o mais expressivo, representando 57,5% das emissões em 2016, fatia ainda pouco maior do que em 2015.
A região Sudeste continua sendo a principal emissora, representando de forma agregada 51% das emissões totais do setor, com as participações mais expressivas dos estados de São Paulo (29%), Minas Gerais (11%), Rio de Janeiro (10%).
Enquanto a contribuição do setor em âmbito nacional é relativamente baixa, no contexto municipal urbano as emissões oriundas da disposição de resíduos sólidos e efluentes domésticos é mais expressiva, podendo representar de 10 a 20% das emissões nas cidades.
Em sua quinta edição, o relatório analítico do SEEG apresenta as estimativas para o ano de 2016, bem como a revisão dos dados da série histórica de 1970 a 2016. Nesse período, o setor de resíduos foi o que teve o maior aumento percentual de emissões em toda a economia brasileira: 607% (de 13,3 milhões para 91,9 milhões de toneladas de CO2 equivalente).
Fonte:
Observatório do Clima
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