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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Movimento por saúde sexual e reprodutiva coloca mulheres e jovens no centro do debate


 Gravidez na adolescência, o uso de métodos contraceptivos, prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e planejamento reprodutivo estão entre os conteúdos da campanha, que conta com a adesão das atrizes Juliana Alves e Bella Piero (a Laura da novela "O Outro Lado do Paraíso"), além das youtubers Gabi Oliveira (DePretas) e Julia Tolezano, a Jout Jout


Fortalecer e empoderar mulheres e jovens para tomada de decisões, cada vez mais autônomas sobre a vida sexual e reprodutiva é fundamental para avanços no campo da saúde sexual, reprodutiva e direitos no país. 

Pensando nisso, Aliança pela saúde e pelos direitos sexuais e reprodutivos no Brasil lançará nos próximos dias uma campanha por saúde sexual e reprodutiva que alcançará amplamente as redes sociais colocando as mulheres e adolescentes brasileiras no centro do debate sobre saúde sexual, reprodutiva e direitos. 

Inspirada na ação global "She Decides", a campanha Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro pretende mobilizar em todo o país ações de apoio e empoderamento das mulheres e adolescentes para tomar decisões autônomas sobre sua sexualidade – sobre engravidar ou não, quando e quantos filhos ter e sobre como vivenciar a maternidade. 

Para criar ainda mais engajamento e alcançar especialmente as mulheres jovens, foram convidadas as atrizes Juliana Alves e Bella Piero (a Laura da novela “O Outro Lado do Paraíso”), além das youtubers Gabi Oliveira (DePretas) e Julia Tolezano, a Jout Jout, que prontamente atenderam ao pedido e já estão nas peças da campanha que em poucos dias chega às ruas e a internet.

Para o representante do Fundo de População da ONU, Jaime Nadal, o  desenvolvimento do país não é apenas uma responsabilidade do Estado, mas de vários diferentes setores, entre eles o setor privado. 

"Apesar dos muitos avanços no Brasil nas últimas décadas, ainda são necessários esforços de vários setores da sociedade, inclusive da iniciativa privada, para tornar o acesso à informação e aos serviços de saúde universais e integrais. Esse acesso é fundamental para assegurar que mulheres e jovens possam decidir com autonomia sobre sua sexualidade, sobre ter ou não ter filhos e o melhor momento em suas vidas para a maternidade", afirma Jaime Nadal, representante do UNFPA no Brasil.

Os altos índices de gestações não planejadas, de mortes em decorrência de complicações durante a gravidez, o parto e o pós-parto (morte materna) e a elevação da incidência de infecções sexualmente transmissíveis demonstram a urgência do envolvimento de toda a sociedade para fazer frente ao problema. 

Dados da pesquisa Nascer no Brasil, da Fiocruz, revelam que aproximadamente 30% das mulheres que deram à luz em hospitais selecionados disseram que não desejaram a gestação atual. No Brasil, ainda conforme a Fiocruz, a cada 100 mil bebês nascidos vivos, 143 mães morriam antes de 1990. Esse número caiu consideravelmente entre 1990 e 2015, mas, seguiu elevado e preocupante: para o mesmo número de bebês nascidos vivos, 61 mulheres vieram a óbito em 2015. 

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) é a agência da ONU especializada em demografia, juventude e saúde sexual e reprodutiva. O UNFPA promove o direito de cada mulher, homem, jovem e criança a viver uma vida saudável, com igualdade de oportunidades. Também apoia os países na utilização de dados sociodemográficos para a formulação de políticas e programas de redução da pobreza. O UNFPA trabalha para assegurar que todas as gestações sejam desejadas, todos os partos sejam seguros e toda pessoa jovem alcance seu pleno potencial.


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