A disponibilidade no SUS de
novas terapias para o tratamento de câncer no Brasil é aguardada por milhares
de pessoas todos os dias. Desta vez, os pacientes câncer de pulmão poderão ter
mais um aliado na luta contra a doença nos próximos meses: até o dia 16 de
abril, o Ministério da Saúde promove a consulta pública para a inclusão de
medicamento no SUS para o tratamento de casos de câncer de fígado em que não é
possível a cirurgia – o Sorafenibe.
Esta substância é um
inibidor de quinases (um tipo de proteína) que diminui a multiplicação das
células cancerígenas e interrompe o suprimento de sangue que mantém o
crescimento delas. O destaque da incorporação desta substância no rol de
medicamentos do SUS é por conta da alta incidência do CHC – é o terceiro que
mais mata no mundo com mais de 700 mil óbitos no ano e, no Brasil, já foram
registradas 44 mil mortes entre 2011 a 2015, segundo dados do Datasus.
Além disso, em pesquisa
realizada pelo Instituto Oncoguia, em parceria com a Bayer, divulgada em março,
mostra que este tipo de câncer é conhecido 53% dos entrevistados, porém 61% não
sabem quais são os sintomas e outros 59% não conhecem os principais fatores do
aparecimento da doença .
Para falar sobre o assunto,
temos hepatologista disponível que poderá elucidar dúvidas sobre a doença e,
caso precise, podemos sugerir um personagem.
Abaixo, seguem mais
informações sobre o câncer de fígado:
·
Este
tipo de câncer é extremamente agressivo, porém silencioso, sendo frequentemente
diagnosticado em estágios mais avançados, quando os sintomas começam a surgir,
decorrentes da perda da função do fígado e também das lesões hepáticas
pré-existentes. Nesta fase, são poucos os tratamentos disponíveis e as taxas de
mortalidade são elevadas1;
·
O
principal fator de risco para o desenvolvimento de CHC é a agressão crônica às
células hepáticas, acontecendo na maioria dos casos associados à cirrose, que
pode ser causada por infeções pelos vírus das hepatites B e C, álcool e NAFLD
(doença hepática gordurosa não alcoólica, em tradução livre);
·
Além
desses fatores, há a exposição a aflatoxinas, que são toxinas produzidas por
fungos presentes em grãos e cereais mal armazenados, além de condições
genéticas como hepatites autoimunes e hemocromatose hereditária1,2.
Referências:
1- Gomes MA, Priolli DG, Tralhão JG, Botelho MF.
Carcinoma hepatocelular: epidemiologia, biologia, diagnóstico e terapias. Rev Assoc Med Bras. 2013;59(5):514-524.
doi:10.1016/j.ramb.2013.03.005.
2- Llovet JM, Fuster
J, Bruix J. The Barcelona approach: Diagnosis, staging, and treatment of
hepatocellular carcinoma. Liver Transplant. 2004;10(S2):S115-S120.
doi:10.1002/lt.20034.
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