Apesar das
expectativas de que o ano de 2018 será melhor para o mercado imobiliário,
principalmente para Caixa Econômica Federal isso ainda não virou realidade.
Segundo dados divulgados pela própria instituição bancária, a concessão de
financiamentos vinculados a FGTS caiu 31,7% se comparado ao volume de
empréstimos realizados no mesmo período do ano passado. Vários fatores
influenciam diretamente nesse tipo de relação e vão muito além do esfriamento
do mercado.
De acordo com o
presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius
Costa, como se sabe, o financiamento habitacional é um contrato que segue o
mutuário por um longo período, chegando até 35 anos. “Para se ter condição de
honrar com esse tipo de contrato, o mutuário deve ter em mente que sua condição
financeira deve ser estável, passando, obrigatoriamente, por um emprego
estável”, aponta.
No entanto, com a
crescente taxa de desemprego enfrentada nos últimos anos, ele observa que a mentalidade
do cidadão tende a mudar, pois não pode mais se programar para assumir uma
dívida a prazo tão longo. “Isso porque, como se sabe, hoje os imóveis são
tomados facilmente pelos agentes financeiros, e inclusive pode haver cobrança
de saldo remanescente. Essa somatória de fatores – ausência de estabilidade de
emprego e possibilidade prejuízo – acabam criando uma educação financeira
forçada no cidadão”, pontua Vinícius Costa.
Também pesam as condições
contratuais que são impostas pelos agentes financeiros, como acrescenta o
presidente da ABMH. “Hoje, financiar um imóvel com um banco pode representar,
ao final, pagamento equivalente de até duas vezes o valor do próprio
imóvel. Como isso se torna praticamente impossível de se recuperar em negócio
futuro, muitas pessoas deixam de adquirir imóveis com os bancos que operam no
SFH e SFI para procurar outras formas, como consórcio e permuta de imóveis de
mesmo valor”, observa.
Mesmo que o mercado imobiliário
esteja em ascensão, podemos dizer que ainda não atingimos os tempos áureos
vividos anteriormente, portanto, a procura realmente será menor e incomparável
com aquela vivida no auge da construção civil. “Com todas as crises enfrentadas
recentemente, é de se esperar que o mercado reaja com cautela e que os números
tendam a ficar inferiores ao esperado, isso porque o consumidor naturalmente
agirá retraído com medo de passar por algo que já passou ou experiência ruim
que algum conhecido tenha vivenciado no mercado imobiliário”,
finaliza Vinícius Costa.
Associação
Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH)
ABMH São Paulo
Americana
(atende Grande São Paulo e região de
Campinas): (11) 966-643-785 (Oi) /(19)
3013-4643
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