“Por trás do estereótipo mulher recatada e do
lar que faz sexo apenas com uma pessoa, existe um novo formato de mulheres
modernas que podem ser denominadas como mulheres independentes sexualmente,
afinal, atualmente estar num relacionamento afetivo ou sexual é escolha, opção.
Já deu para
perceber que as mulheres modernas podem ter vários parceiros sexuais, realizam
suas fantasias sem ter medo do pensamento do outro como, sexo anal, sexo
grupal, swing,
transam em lugares públicos, praticam o BDSM (bondage, disciplina, dominação e
submissão), defendem seus direitos de igualdade no sexo, mas possuem um ponto
fraco que ainda não foi resolvido por muitas, a necessidade de serem amadas e
desejadas pelo outro.
Para mostrarem sua
independência mulheres “sexualmente resolvidas” tendem a despertar uma
incompatibilidade de prazer, pois, podem fingir orgasmos, transar sem vontade
para agradar o outro (mesmo sentindo dor), trocar de parceiros ou realizar o ménage (sexo à três) sem
possuir essa fantasia, ou seja, fazem de tudo por acreditarem que agindo assim
serão amadas e não trocadas e descartadas.
Mas
o curioso é que essa falsa liberdade sexual mascara a carência que sentem por
problemas e afetos mal resolvidos desde a infância, por serem reprimidas por
seus pais e sociedade na questão sexual, não foram estimuladas pela família a
acreditar em si mesma e saber lidar com as emoções, ter autoestima, ser
independente emocionalmente antes de tudo.
Hoje
mulheres fazem sexo com vários homens no mês, na semana, e algumas até num
mesmo dia. Seduzem, pedem por sexo, mas não conseguem pedir como querem o sexo,
como gostam, como desejam que o outro as estimule, as tratem.
Muitas
acham que receber um homem em sua casa ou motel e fazer sexo significa
liberdade sexual, independência... mas fazem tudo o que eles querem, aceitam
receber migalhas por um gozo, e quando o homem some ou as trai choram
desesperadas sentindo-se as azaradas em questão de encontrar a pessoa certa.
Mas,
e o amor próprio? Este está presente quando simplesmente faz sexo?
Mulheres,
sexo por sexo não supre suas carências afetivas e emocionais, aliás, ele pode
agravar sua situação emocional. Já o amor, cumplicidade, respeito, autoestima
podem fazer de você uma nova mulher capaz de fazer as escolhas certas porque
sempre escolherá você antes de tudo, antes de qualquer pessoa.
Que
neste mês das mulheres nós possamos conseguir dizer mais não, falar como
gostamos e queremos no sexo, não fingir prazer e orgasmo quando não o temos, e
principalmente... amar a nós mesmas!
Só
assim teremos relacionamentos afetivos e sexuais felizes, completos e
saudáveis”.
Fabiane Dell` Antônio -
Fisioterapeuta
Palestrante e
Consultora em Sexualidade
Idealizadora do
Massageador Terapêutico Peridell e acessório Facidell
* Mestrado em
Ciências da Saúde Humana – UnC / SC
* Especialização em
Neuropsicologia e Aprendizado – PUC / PR
* Especialização em
Fisioterapia em Uroginecologia – CBES / PR
* Especialização em Sexualidade Humana – USP
/ SP
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