Pesquisar no Blog

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A prática da atividade física durante a gestação



Segundo o Colégio Americano de Ginecologistas e Obstetras (ACOG), a atividade física traz diversos benefícios para as gestantes e o seu bebê.


Redução das dores lombares, melhora na constipação intestinal, diminuição do risco de diabetes gestacional, ganho de peso saudável durante a gravidez, melhoria do condicionamento físico geral e fortalecimento do coração e dos vasos sanguíneos, e ainda ajuda a futura mamãe a perder o peso adicional depois que seu bebê nasce, são alguns dos benefícios que traz uma atividade física praticada durante a gravidez, porém, desde que não tenham contra indicações, durante os três trimestres de gestação.

Para a ginecologista e obstetra Dra. Mariana Halla, a corrida é uma modalidade esportiva que pode ser praticada durante a gestação, porém, com menor intensidade e cuidados adicionais como controle dos batimentos cardíacos, atenção à hidratação, preferência a superfícies planas e regulares e vestimentas adequadas. “Também é importante que apenas mulheres previamente acostumadas com este esporte o façam durante a gravidez.
Aquelas que não corriam antes de engravidar devem preferir uma caminhada rápida”, ressalta a Dra. Mariana.

Mãe calma, bebê calmo!
Além dos benefícios já citados, a corrida é uma atividade prazerosa que libera dopamina e serotonina, neurotransmissores que acalmam e dão sensação de bem estar, contribuindo para um sono melhor e alívio de stress. Mas cuidado, pois durante a gravidez, existe aumento de um hormônio, a relaxina, que deixa as articulações mais maleáveis e, portanto, com maior risco de entorses e quedas. Também com o aumento do peso na pelve/abdome, há mudança do centro de gravidade, favorecendo desequilíbrios e dores lombares. “O aumento global do peso materno sobrecarrega articulações podendo causar lesões. Se o exercício for muito intenso, pode prejudicar o fluxo placentário ou até levar ao trabalho de parto prematuro”, ressalta Mariana.

A seguir, a ginecologista tira algumas dúvidas sobre a prática de exercício na gestação

Até que ponto da gestação a corrida é uma atividade segura para a mamãe e para o bebê?
Desde que não tenham contraindicações, a gestante poderá correr 32 semanas em média, mas cada situação será individualizada pelo médico do pré-natal.

Quais os cuidados que devem ser observados pela grávida durante a prática de corrida?
-Controlar sua frequência cardíaca para que não passe de 60-80% da frequência cardíaca máxima
-Hidratar- se regularmente
-Usar tops que tenham boa sustentação para as mamas
-Evitar superfícies irregulares ou escuras
-Parar no primeiro sinal de tonturas ou exaustão

No que ou, de que forma a prática desta atividade pode influenciar no momento do parto?
Evitando o ganho excessivo de peso materno, menores são as chances de um bebê macrossômico (grande demais) e maiores as chances de um parto normal. Treinando a musculatura pélvica e abdominal, a futura mamãe terá mais facilidade para exercer os puxos (fazer a força) durante o trabalho de parto. A recuperação pós- parto será melhor naquelas que praticaram esta ou outra atividade física.

De que forma o ginecologista e obstetra pode orientar ou ajudar a mulher na escolha da atividade física ideal para cada caso durante a gestação?
Todas as mulheres devem praticar atividades físicas durante o pré-natal, e aquelas antes sedentárias, devem começar lentamente até tornar essa pratica comum para todos os outros momentos da vida. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, (CDC) recomenda que mulheres grávidas façam pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada por semana. A escolha deve respeitar o gosto da gestante, opções como pilates, musculação, Yoga, caminhada, bicicleta ergométrica (estacionária), corrida, dança, natação ou hidroginástica são bem vindas. Esportes de contato como boxe ou outras lutas, basquete, futebol ou ainda mergulho e paraquedismo devem ser evitados.



Dra  Mariana Bignardi Halla – CRM 117460 - Ginecologista e Obstetra. Graduação pela Faculdade de Medicina de Jundiaí; Residência Médica e Especialização em Ginecologia Endócrina pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Atuou no Hospital São Luiz ;Associada da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia; Certificada pelo ALSO ( Advanced Life Support in Obstetrics);  Pós Graduação pela Sociedade Brasileira de Medicina do Estudo do Envelhecimento-SOBRAE; Membro da International Menopause Society-IMS, Pós Graduanda em Nutrologia- ABRAN.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados