5
de agosto: Dia do Patologista, o profissional dos bastidores da medicina
Sociedade
Brasileira de Patologia comemora 60 anos na data e alerta sobre a necessidade
de valorização de seus profissionais no País, devido ao aumento de demanda de
exames imprescindíveis para a saúde, como a biópsia
No dia 5
de agosto é comemorado o Dia do Patologista, e em 2014 a data também remete aos
60 anos da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). Responsáveis por
identificar os tratamentos mais adequados para os pacientes, os patologistas
têm entre suas funções o diagnóstico do câncer, ao definir se o tumor é maligno
ou benigno. São também os profissionais que decidem se um órgão é adequado ou
não para transplante, além de terem papel protagonista no tratamento dos
pacientes transplantados e em doenças inflamatórias e infecciosas.
“O
patologista descreve os aspectos necessários para o conhecimento do médico que
acompanhará e tratará o paciente, e informa se a lesão foi retirada por inteiro
ou não. Tais informações definem, por exemplo, se aquele paciente precisa de
quimioterapia ou radioterapia, se o câncer é mais ou menos agressivo, as
chances de cura e de sobrevida”, afirma Luciana Salomé, diretora de comunicação
da SBP.
O
profissional é essencial para análises mais profundas de lesões e suspeitas de
doenças. Quando especialistas como ginecologistas, oncologistas, urologistas e
outros médicos precisam de análises mais específicas de um nódulo de mama, uma
lesão do colo de útero ou uma suspeita de câncer de próstata, o patologista
estudará a biópsia ou uma peça cirúrgica para realizar um diagnóstico preciso,
tanto a olho nu como em microscópio.
Mercado
de trabalho
Para
ingresso na residência médica, o profissional deve ter decidido a sua
especialidade. Segundo pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), há 2..006
patologistas no Brasil, o que corresponde a 0,75% do total de médicos. A
pediatria, por exemplo, é a especialidade mais numerosa, com 30.112 titulados.
Para o
médico patologista e secretário geral da SBP, Ricardo Artigiani, os
números demonstram que a adesão à especialidade ainda está longe do ideal.
“Falta divulgação da patologia principalmente nas universidades. Os alunos não
têm conhecimento profundo sobre o que faz o médico patologista”, comenta.
Ainda
segundo ele, não faltam patologistas no Brasil neste momento, porém com o
aumento do número de alunos nas faculdades de medicina, a preocupação é que os
patologistas não acompanhem a demanda. “O número de patologistas precisa seguir
o crescimento de outras especialidades, para que não faltem profissionais no
futuro”, diz. Sobre o perfil do patologista, a pesquisa aponta discreto
predomínio de mulheres (54,54%) e idade média entre 47 e 69 anos.
A
Sociedade Brasileira de Patologia propõe-se, ano após ano, à otimização de
laudos e técnicas de procedimentos, apoiando, realizando e incentivando
congressos e jornadas científicas da área.
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