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segunda-feira, 7 de abril de 2014


Prescrição médica é o melhor remédio para a saúde

Os motivos são vários para não consumir remédios sem prescrição médica

Você sente uma dor e resolve tomar um remédio para que ela melhore. Conversa com um amigo sobre um incômodo que está sentindo e ele te indica um remédio que já tomou e que o ajudou. O vizinho diz que o filho tomou um remédio para tosse e você resolve tomar também. Essas e outras situações são bastante comuns, porém tomar medicamentos sem prescrição médica pode oferecer consequências graves para a saúde, agravando e até mesmo mascarando doenças já existentes.

De acordo com o psiquiatra e diretor clínico da Clínica Maia Prime, Dr. Paulo Castro, a prescrição médica carrega em si dois fatores: o risco e o benefício do medicamento. "Às vezes a pessoa conhece os benefícios de um remédio, mas não os seus riscos. É papel do médico conhecer ambos os itens e pesar na 'balança' com muita seriedade antes de carimbar uma receita."

A importância da indicação médica para se consumir um medicamento está no fato de ser o médico o profissional que conhece os riscos e benefícios de cada medicação de sua especialidade. O psiquiatra explica que não adianta ler a bula. "Um curso de medicina não se faz decorando um número variável de bulas de medicação. O conhecimento medicamentoso é mais amplo, pois envolve as porcentagens dos riscos para cada paciente particularmente e não para o paciente 'de mentira' que a bula faz como criação mais teórica do que a prática diária."

Dr. Paulo afirma que tomar remédios sem prescrição médica pode se tornar um costume perigoso e até gerar dependência química severa - dependendo da medicação e do paciente. "Vemos muito isso com os chamados 'calmantes' e os analgésicos derivados de morfina". O médico reforça que os riscos do consumo de medicamentos sem prescrição médica adequada são diversos, podendo prejudicar todos os órgãos e sistemas do corpo: "o mais simples medicamento para 'dor de cabeça' pode acarretar, se mal tomado, hemorragias graves e até fatais."

Outro fator importante neste contexto é a interação medicamentosa, que nada mais é do que 'misturar' ou mesmo 'combinar' remédios em um mesmo período. O ato pode ser igualmente perigoso à saúde, pois a combinação química pode alterar o efeito terapêutico esperado do remédio, gerando inclusive danos fatais ao organismo.

Para o psiquiatra, as caixinhas de remédio nas farmácias deveriam ter alerta contra a automedicação assim como existe nos maços de cigarro, com imagens informativas mostrando os riscos do consumo. "Desta forma, a pessoa pensaria duas ou mais vezes antes de tomar um remédio que não foi indicado por um médico". E finaliza: "para nos medicarmos, precisamos dos médicos, não do farmacêutico da esquina, da vizinha ou do companheiro de trabalho."

 

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