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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Estudantes de São Paulo conquistam cinco medalhas em Olimpíada Nacional de Robótica


Medalhista de ouro Thiago Yukio é considerado um dos três melhores classificados no Estado 


Cinco estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), conquistaram o pódio na Olimpíada Brasileira de Robótica 2019 (OBR) realizada no final do mês de outubro. Thiago Yukio conquistou medalha de ouro, Felipe Kazuichi, a medalha de prata, Henrique Toshio, Pedro Ricardo Martins e Bruno Umeoka alcançaram a medalha de bronze.

Somado à medalha de ouro, Thiago Yukio está entre os três melhores classificados do Estado na OBR. A premiação atribuída ao aluno pelo excelente desempenho foi a participação em um minicurso de robótica. O objetivo é introduzir o estudante no mundo da robótica móvel inteligente, ensinando-o a projetar, programar e competir com robôs.

De acordo com o docente de apoio do Ensino Médio do Colégio Marista Arquidiocesano e responsável pelos alunos na competição, Maurício de Aquino, as conquistas são motivos de muito orgulho para a comunidade escolar. “A dedicação dos alunos e o suporte que tivemos nos levaram a essas merecidas conquistas”, afirma.  

A  OBR tem o propósito de estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar talentos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro. Destina-se a estudantes de escolas públicas ou privadas do Ensino Fundamental, Médio ou técnico no território nacional, e é uma iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos. Em 2018 - edição anterior - foram mais de 156 mil alunos participantes.

A competição tem duas modalidades: Prática e Teórica. Ambas procuram adequar-se tanto ao público que não conhece a robótica quanto àqueles estudantes que já têm contato com a área. As atividades acontecem por meio competições práticas (com robôs) e provas teóricas em todo o Brasil.

A modalidade Prática acontece com eventos e competições regionais e estaduais que classificam as equipes para uma final nacional. Os estudantes ficam sob orientação de seus professores e também de cientistas.




Rede Marista de Colégios (RMC)


Quando aprender é uma grande brincadeira


Professores de Macatuba (SP) ensinam Matemática, Física, Geografia, Língua Portuguesa e Língua Inglesa enquanto brincam de pipa com alunos


Duas varetas, uma folha de papel de seda, uma linha e alguns pedaços de plástico podem gerar conhecimento? Na rede municipal de ensino de Macatuba, interior de São Paulo, a resposta é sim. Construindo pipas, os professores da Escola Municipal Cristo Rei realizaram atividades pedagógicas inspiradas nos conteúdos do material didático do Sistema de Ensino Aprende Brasil e os conhecimentos de Matemática, Geografia, Ciências e Linguagens foram abordados de forma interdisciplinar. 

Ao identificar os ângulos e medidas das varetas, as crianças aprenderam Geometria e Matemática. Lendo o manual de instruções, aprenderam a interpretar e identificar os diversos gêneros textuais existentes na Língua Portuguesa. E, com informações sobre a influência das variações climáticas e equilíbrio da pipa, aprenderam Geografia e Física. Além disso, os professores ainda estimularam a prática da Língua Inglesa, pedindo a descrição das atividades em inglês, enquanto eles trabalhavam. 

Essa atividade fez parte de um conceito que vem sendo trabalhado nas escolas de todo o mundo: a interdisciplinaridade. “A interação entre os componentes curriculares se tornou uma importante ferramenta para a busca do conhecimento e vem sendo adotada para apresentar aos alunos possibilidades diferentes de olhar um mesmo fato”, explica a consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Ana Paula Silveira de Carvalho. 

Segundo ela, o melhor caminho para se trabalhar é usar situações reais, do cotidiano, como no caso da construção de pipas. “A abordagem interdisciplinar permite que os conteúdos sejam ensinados de forma prática e mais abrangente, com maior capacidade de engajamento por parte dos alunos”, defende. 

Nesta atividade, por exemplo, foram trabalhados os temas do Ensino Fundamental de medidas de comprimento, transformação de unidades, polígonos, identificação de simetria em uma figura, identificação de faces, vértices e arestas, identificação de retas, semirretas, segmentos de retas, retas paralelas, retas concorrentes e perpendiculares, e identificação de ângulo: reto, obtuso e agudo, em Matemática. Na área de Geografia, foram abordados os climas do Brasil, diferenças entre tempo atmosférico e clima, elementos do clima. Em Física, foram aprendidos conceitos de equilíbrio, força e direção e cinética. E em Linguagens, os gêneros textuais: reportagem, história em quadrinhos, crônica, entrevista e manual de instrução.

A professora da escola, Josiane Moretti, conta que, para as crianças, é muito importante ter  uma aula prática, uma vez que eles saem da sala de aula e enxergam a utilidade do que aprendem. “Acredito que os alunos não vão esquecer nunca esse aprendizado, é uma experiência que eles levam para a vida toda”. 







Sistema de Ensino Aprende Brasil


Efetividade no Direito à Educação


O artigo 205 da Constituição Federal dispõe que a Educação é direito de todos e dever do Estado e da família, promovida com a coparticipação da sociedade. O Estado, portanto, necessita estruturar-se para prover serviços educacionais a todos, exercendo o regime de colaboração entre os entes federados e a divisão de recursos determinada pela Constituição da República. 

O direito à Educação estabelecido na Constituição busca o integral desenvolvimento da pessoa, preparando-o para o exercício da cidadania e qualificando-a para o mundo do trabalho. É evidente a necessidade de o processo educativo estabelecer relações com o contexto dos alunos, promovendo a construção do conhecimento de forma democrática, crítica e permeável, pois sem essa exigência pedagógica, a Educação se faz apenas para cumprir o dispositivo legal da obrigatoriedade de oferta, sem suporte na realidade. 

Eis aqui uma dificuldade que se faz amplamente administrativa, a oferta de Educação pelo Estado estar atrelada a moldes, finalidades e princípios, nem sempre pautados no aluno. Em muitos casos, atribui-se mais importância às metas do que ao processo educativo. O foco acaba concentrado em questões políticas, e não no aprendizado de cada educando. 

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi instituído como uma tentativa de mensurar a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. A partir do Ideb, os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino passam a ter metas a serem atingidas. Excelente iniciativa. Entretanto, apenas a obtenção de boa nota não deve ser objetivo principal do Estado, uma vez que a grande inquietação da Administração Pública necessita ser o aprendizado regulado pelas finalidades previstas na Constituição, que contempla, no direito à Educação, a qualidade pedagógica que permita ao aluno aprender a aprender, enfrentar situações problema e identificar-se com a realidade. 

A inoperância ou omissão da Administração Pública diante do que é e como é lecionado caracteriza retrocesso desse direito fundamental, ao passo que assim, jamais se permitirá atingir a essência do direito à Educação. Para que o sistema educacional logre êxito, o Estado precisa ir além da mera oferta – é fundamental o rigor quanto à qualidade deste ensino, buscando desenvolver cidadãos capazes de tomar as suas próprias decisões e de admitir as responsabilidades resultantes delas, ampliando competências e habilidades do sujeito, a ponto de torná-lo um ser autônomo. 




Milena Kendrick Fiuza - gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.

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