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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Descoberta: poeira doméstica tem substância que aumenta o risco de câncer de tireoide papilar



· Retardadores de chama existem em sofás, eletrônicos e TV


Alguns retardadores de chama (substâncias que ajudam a retardar ou impedir combustão), usados em muitos produtos de casa (revestimento de sofás, poltronas, carpetes, eletrônicos e TVS), parecem estar associados com o tipo mais comum de câncer de tireoide, o papilífero (PTC), de acordo com um novo estudo divulgado durante o Congresso da Sociedade Americana de Endocrinologia, o ENDO 2017. Os estudos sugerem que fatores ambientais podem, em parte, ser responsáveis pelo aumento da incidência desse tipo de câncer nos Estados Unidos.

“Estamos em um momento da evolução científica onde percebemos que vários fatores ambientais são capazes de alterar os nossos genes, e mesmo sem tendência genética, podemos desenvolver doenças. É a epigenética. Este estudo liga um fato ambiental com o aumento do câncer mais comum da tireoide, que vem crescendo também no Brasil. Outros fatores precisam ser identificados para que mudemos hábitos e possamos prevenir doenças”, comenta Dr. Marcio Krakauer, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Segundo os pesquisadores da Duke University School of Medicine, esse trabalho é inovador dado que foi coletada e analisada poeira doméstica dos indivíduos como uma medida de exposição aos retardadores de chama. Pesquisas com animais demonstraram que várias classes de retardadores de chama atuam como substâncias químicas perturbadoras do sistema endócrino e interferem com a homeostase (função) da tireoide, em parte porque compartilham uma estrutura química similar com os hormônios da glândula.






SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)
Serviço:
Twitter: @SBEMSP
Facebook: Sbem-São-Paulo
http://sbemsp.org.br/



ABRIL VERDE



Depressão e ansiedade estão entre as principais causas de adoecimento e afastamento do trabalho

Por esse motivo, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho do Abril Verde deste ano decidiu dar ênfase ao problema, um dos principais motivos de afastamento do emprego


Depressão e ansiedade são a segunda maior causa de adoecimento relacionado ao trabalho no Brasil – perdem apenas para os casos de LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteo Muscular Relacionado ao Trabalho). Somadas, as duas doenças, representam 49% de todos os casos classificados como transtornos mentais que surgiram ou se agravaram nos ambientes de trabalho. Por esse motivo, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho do Abril Verde deste ano decidiu dar ênfase ao problema, que é também um dos principais motivos de afastamento do emprego.

Para se ter uma ideia da gravidade do quadro, em um ranking da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda reunindo todos os motivos que provocam o afastamento do trabalhador da empresa, a depressão aparece na vigésima posição. Ou seja, ela está entre os motivos que mais geram concessão de auxílio-doença acidentário – quando a pessoa é afastada da atividade por mais de 15 dias. Em 2016, 3.393 benefícios foram concedidos por causa de depressão.

O número ainda é menor do que o das fraturas nos punhos, mãos, pernas e tornozelos, que aparecem nas duas primeiras colocações, e também é inferior ao das dores nas costas, a terceira principal causa de afastamento no Brasil. Mas, nem por isso, menos grave, como alerta a diretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho, Eva Gonçalves Pires. “O tempo de afastamento por depressão e ansiedade costumam ser muito maior do nos casos de acidentes, porque o tratamento é mais prolongado e a recuperação mais demorada”, lembra.

Além disso, o assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Jeferson Seidler, lembra que ainda existe uma dificuldade em diagnosticar corretamente a depressão e em fazer o nexo da doença com o trabalho, o que faz com que haja uma subnotificação dos casos. “No acidente típico, por exemplo, com máquinas, a lesão é evidente e compatível com o relato da vítima, e dificilmente há dúvida quanto à caracterização da ocorrência como acidente de trabalho. Nos transtornos mentais, inclusive as depressões, não. Primeiro, porque o diagnóstico é mais subjetivo, e, segundo, porque, além de fazer essa análise clínica, é preciso observar se o trabalho teve ou não influência no desencadeamento ou agravamento dos sintomas”, explica.

Somado a isso, existe o fato de que as organizações o Brasil, no geral, não se preocupam em promover ambientes de trabalho que levem em conta a saúde mental dos seus trabalhadores, já que a legislação do país não trata desse aspecto. A auditora fiscal do Trabalho, Luciana Veloso, que tem doutorado em direito com foco na saúde mental do trabalhador, diz que o problema tem se agravado, sobretudo, nos últimos 30 anos.

“As empresas, preocupadas em lucrar cada vez mais, foram adotando modelos de gestão que colocam metas muitas vezes abusivas aos trabalhadores, utilizam sistemas de avaliações individuais que estimulam a competitividade entre eles e cobram resultados o tempo todo. As pessoas trabalham muito, sob pressão e na cultura do “cada um por si”. Isso acabou com a solidariedade entre os colegas nas empresas, e o trabalhador foi ficando fragilizado e mais vulnerável a abusos psicológicos, como assédio moral, por exemplo”, explica.

Luciana lembra que, ao contrário dos acidentes de trabalho, que dependem apenas do conteúdo das tarefas do trabalhador, no adoecimento mental o contexto do trabalho também conta. É mais comum ocorrerem problemas em empresas onde a comunicação é ineficaz ou inexistente; a remuneração é baixa; as tarefas são incompatíveis com a qualificação do trabalhador (normalmente trabalhadores qualificados executando tarefas menos importantes); as ameaças de demissão são constantes; e os casos de discriminação e assédio moral e sexual são mais comuns.

“Em países mais desenvolvidos, já existe uma preocupação com a saúde mental dos trabalhadores. No Brasil, infelizmente, o que vemos é um atraso. E as pessoas estão ficando doentes e indo trabalhar doentes, a base de remédios. Enquanto não nos preocuparmos como o problema, ele continuará ocorrendo”, constata.


 

INGLÊS NA INFÂNCIA: CONHEÇA ALGUNS MITOS E VERDADES SOBRE O APRESENDIZADO DA LÍNGUA



 Aprender o idioma é fundamental para o crescimento profissional e começar cedo traz inúmeras vantagens ao desenvolvimento cognitivo do indivíduo


O inglês é considerado uma língua universal e, atualmente, o domínio desse idioma é indispensável na vida social e profissional de qualquer pessoa. Conquistar essa habilidade, ainda na infância, traz diversos benefícios aos desenvolvimentos cognitivo e social das crianças. Apesar disso, muitos pais ainda têm receio de inserir na rotina dos filhos, a maioria menor de dez anos, as aulas da disciplina.

César Lucchesi, diretor da Pingu’s English, escola internacional que oferece inglês para a primeira infância, de dois a dez anos, aponta mitos e verdades sobre este tipo de educação.

*      VERDADE: APRENDER DESDE CEDO MELHORA A FALA: segundo Lucchesi, as crianças que aprendem a falar inglês garantem uma fala muito próxima a de nativos da língua e falam quase sem sotaque. Além disso, a chance de pronunciar fluentemente é muito maior, pois nessa fase a absorção do aprendizado é profunda;

*      MITO: DOIS IDIOMAS AO MESMO TEMPO CONFUNDEM A CRIANÇA: uma das questões que causam dúvida nos pais é o medo de que aprender dois idiomas, ao mesmo tempo, cause confusão nos pequenos. Mas, segundo estudo realizado pela Kings College da Brown University, crianças de até quatro anos têm mais facilidade em aprender outra língua. “É nessa fase que as ligações entre os neurônios se desenvolvem para processar novas palavras”, comenta Lucchesi;

*      VERDADE: O CÉREBRO APRENDE MAIS NA INFÂNCIA: segundo uma pesquisa da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, aos dois anos de idade o cérebro atinge o pico de sua atividade, realizando 700 novas conexões por minuto, por isso, o momento é propício para adquirir conhecimento;

*      MITO: ATRAPALHA O APRENDIZADO DA LÍNGUA MATERNA: o diretor comenta que, não há risco da criança ter dificuldades em falar português por causa do ensino de inglês, pois nessa idade ela está preparada para receber estímulos diferentes ao mesmo tempo;

*      VERDADE: ACELERA O RACIOCÍNIO: a infância é um momento muito ativo do cérebro. Nessa fase, os neurônios se preparam para assimilar, diariamente, novas informações. “Os estímulos recebidos influenciam positivamente no desenvolvimento cognitivo e podem contribuir na melhora do raciocínio e no funcionamento do cérebro em geral”, afirma.

*      MITO: CRESCER BILÍNGUE ATRAPALHA A GRAMÁTICA: “é possível aprender dois conjuntos de normas gramaticais separadamente, pois o cérebro entende que são coisas distintas. Nessa fase, aprendemos algo novo todos os dias e nossos neurônios, em plena atividade, conseguem assimilar todas as informações”, afirma Lucchesi.


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