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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

De cada dez diabéticos, seis deixam de examinar os olhos



Diabéticos sabem que precisam monitorar uma série de coisas, como o que comem e o que bebem, além dos exercícios físicos que precisam praticar. Mas um estudo realizado por médicos do Wills Eye Hospital, na Filadélfia (Estados Unidos), revelou que seis em cada dez diabéticos deixam de fazer exames oculares anualmente. O estudo analisou perto de dois mil pacientes com mais de 40 anos, portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2. Vale ressaltar que esse check up anual da visão é considerado fundamental justamente para que os portadores da doença não deixem de enxergar no médio ou longo prazo. Esse cuidado pode prevenir até 95% da perda de visão relacionada à doença.

De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, o paciente diabético deve dilatar a pupila todos os anos e se submeter a um exame ocular bastante minucioso. “O diabético pode apresentar problemas de visão a qualquer momento. Daí a importância de um acompanhamento oftalmológico frequente. Como o comprometimento da retina pode ser assintomático, sem alterações na qualidade da visão, o exame de fundo de olho é fundamental para detectar pontos e vasos sanguíneos propensos a romper e desencadear hemorragia. É sempre melhor investir na prevenção do que correr atrás do prejuízo depois”.

Estudos realizados nos últimos anos apontam para o sucesso das injeções intravítreas de antiangiogênicos em pacientes com retinopatia diabética. Somente em casos raros há complicações, como descolamento da retina, formação de catarata e aumento ou redução da pressão intraocular. “O principal papel dos antiangiogênicos é a interrupção da perda de visão. Embora seja difícil recuperar a visão perdida, as injeções intravítreas impedem a progressão da doença, evitando que a pessoa acabe ficando cega. Com anestesia local e pupilas dilatadas, a injeção é aplicada diretamente no vítreo, camada gelatinosa localizada entre a retina e o cristalino”, diz Neves. Esse tratamento precisa ser repetido em intervalos regulares para atingir resultados duradouros. Além disso, o paciente deve usar colírios antibióticos durante cerca de trinta dias.  Ensaios clínicos demonstram melhora em até 34% da visão central e estabilização da visão em 90% dos casos.






Fonte: Prof. Dr. Renato Neves - médico oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em SP – www.eyecare.com.br





Estamos pagando a conta, e com vidas



Não bastasse a dengue, zica, chikungunya, vemos um novo surto impactar a população. A febre amarela silvestre retorna após 37 anos sem registros tão altos de mortes. O Ministério da Saúde vê o caos nos hospitais e executa medidas de urgência para controle e a intensificação da vacinação. Daí me pergunto: como uma doença controlada há décadas aparece de forma tão abrupta? Respondo: incompetência e falta de gestão.

Em uma entrevista à imprensa, o pesquisador sanitarista Cláudio Maierovitch afirma que um plano de contingência já estava pronto desde o início do ano passado. Mas, mesmo com o diagnóstico, as chamadas medidas preventivas da febre amarela foram adotadas tardiamente. A falta de uma visão sistêmica do Ministério da Saúde para os problemas que não estão na lista de prioridades fica evidente neste caso e em tantos outros. Além do mais, mortes inexplicadas de macacos nas regiões afetadas já haviam sido registradas desde 2014.

O Ministério desdobra os planos e destina recursos para os Estados e municípios, que já estão trabalhando no limite e acabam por priorizar os atendimentos de emergência. Ou seja, o esforço é para apagar e controlar o incêndio e não para o prevenir. Por que só agimos depois que os problemas se agravam?  

A falta de profissionalização é, no meu entender, um dos principais problemas da gestão pública no Brasil. Ora, Ministérios e Secretarias de Saúdes Estaduais e Municipais lidam diretamente com a população e, sem não bastasse, com as suas vidas. Não seria o caso de realizar um processo de recrutamento e seleção de profissionais da saúde para ocupar os cargos de Ministro e Secretários, ao invés da indicação partidária ou convite do presidente? A condição sine qua non não deveria ser um profissional competente da área, preferencialmente sem filiação partidária e sem atuação política pregressa? Ser político não qualifica um bom gestor.  Vale lembrar que o ministro da saúde, Ricardo Barros, não é médico. E a politização não é só dos ministérios, mas de toda a cadeia de valor da gestão pública. A forma como estamos conduzindo nossos processos afeta a credibilidade do País mundo afora. Será que depois de vivenciar o que aconteceu nos últimos dez anos, o Presidente Temer ainda não percebeu que esta política anacrônica, paroquial e leiloeira já não funciona mais?

Outro fato importante. Pesquisadores analisam as causas do surto de febre amarela, que tem maior incidência em Minas Gerais. Nada está confirmado, mas o crime ambiental cometido em 2015 com o rompimento da barragem de Mariana é uma das teses. O incidente trouxe impactos irreparáveis na biodiversidade. Seria uma resposta da mãe natureza pelos erros cometidos? Se os Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde trabalhassem de forma sistêmica e colaborativa, não deveriam ter investigado, proativamente, os possíveis desdobramentos? A indignação é propositiva, pois, no final, como em todos os últimos eventos, somos nós que pagamos a conta e, nesse caso, com vidas. Ou isso pouco importa?



Jairo Martins - presidente executivo da FNQ 





O aumento dos riscos de contaminação causado pelos bebedouros



Escolas e até locais de trabalho que não fazem a devida manutenção e colocam em risco alunos e funcionários


As aulas recomeçaram para a criançada, mas as atenções devem ser redobradas nas escolas. Desde a preocupação com a manutenção do ar condicionado, limpeza, segurança entre outros cuidados, mas um que vem preocupando cada vez mais é a qualidade dos bebedouros. Na escola municipal Ernesto Pinheiro Barcellos, em Heliópolis, por exemplo, a situação encontrada no início do ano era tão grave que os alunos sequer poderiam beber a água dos bebedouros por causa do risco de contaminação.

De acordo com especialistas, o risco de contaminação é mais comum do que se imagina, pois pode vir através da água ou pelo contato com a boca. A boca é uma área de fácil contaminação, os estudantes que tomam água direto do bebedouro podem ter infecções na garganta, como amigdalite, além de diarreias, resfriados entre muitos outros problemas se estiver contaminado, por isso a atenção deve ser redobrada. A manutenção das peças dos bebedouros deve ser frequente para que esses problemas não aconteçam, assim como o desperdício.

“O ideal muitas vezes é que os estudantes levem uma garrafinha e bebam por ela, pois nem sempre a qualidade da água é boa. É comum encontrar nos bebedouros bactérias, vírus, micro-organismos, se a higienização e manutenção dessas peças não forem feitas o risco aumenta. O reservatório deve ser limpo a cada 5 meses por exemplo. A manutenção sem dúvida é importante para evitar a proliferação de bactérias e evitar desperdícios. É importante estar atento a mal cheiros ou mudança no gosto da água, isso sem dúvida é sinal de contaminação” alerta o especialista Fábio Cassanti Diretor de Tecnologia da Samatec, manutenção de Máquinas e Refrigeradores. 





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