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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Jovens brasileiros reconhecem o machismo na sociedade, mas ainda concordam com os padrões conservadores, revelam pesquisas feitas pelo Instituto Avon





Segundo dados do Instituto Avon em parceria com o Data Popular,  52 milhões de brasileiros confirmam que possuem algum conhecido, parente ou amigo que já foi violento com a parceira. No entanto, apenas 9,4 milhões de homens admitem que já tiveram tal atitude.

Apesar de 96% dos jovens brasileiros reconhecerem que existe machismo no Brasil, a maior parte ainda aprova valores machistas e reprova comportamentos não conservadores da mulher. É o que revela a pesquisa Violência contra as mulheres: os jovens estão ligados?, divulgada pelo Instituto Avon e pelo Data Popular em 2014.

A pesquisa mostra que para 51% dos entrevistados, a mulher deve ter a primeira relação sexual com um namorado sério; 41% concordam que a mulher deve ficar com poucos homens; para 38% a mulher que tem relações sexuais com muitos homens não é para namorar e 25% afirmam que se uma mulher usa decote e saia curta, é porque está se oferecendo para os homens.

Para o diretor-executivo do Instituto Avon, Lírio Cipriani, a mudança de percepção é fundamental para mudar o cenário da violência contra a mulher no país. “É alarmante saber que grande parte das mulheres brasileiras já foram ou serão, de alguma forma, assediadas ou desrespeitadas. Este cenário precisa mudar e, para tanto, é preciso promover uma mudança cultural sobre o papel de cada um no enfrentamento a violência com a mulher e sensibilizar a população para importância da convivência pacífica e respeitosa entre homens e mulheres”, disse.

O estudo também mostra que cerca de 79% das jovens brasileiras já foram assediadas, receberam cantadas ofensivas, violentas e desrespeitosas ou foram abordadas de maneira agressiva em festas ou em locais públicos. Além disso, 44% das entrevistadas já foram assediadas ou tiveram o corpo tocado por um homem sem consentimento em festas. Além disso, 30% alegaram já terem sido beijadas à força.

Quase metade (45%) das mulheres entrevistadas tiveram que tomar alguma atitude mais severa para evitar o assédio do ex após o término de um relacionamento: 26% bloquearam o endereço de e-mail do ex-parceiro e 25% pararam de ir a locais que frequentavam com regularidade. Além disso, 37% das mulheres já tiveram relações sexuais sem camisinha por insistência do parceiro.

Outra pesquisa do Instituto Avon em parceria com o Data Popular (Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher – 2013), mostra que 56% dos homens admitem ter cometido alguma atitude caracterizada como violência, como xingamentos, empurrões, ameaças, agressões físicas, humilhação, obrigar a fazer sexo sem vontade ou ameaças com armas.

Além disso, a pesquisa aponta que cerca de 52 milhões de brasileiros confirmam que possuem algum conhecido, parente ou amigo que já foi violento com a parceira. No entanto, apenas 9,4 milhões de homens dizem que já tiveram tal atitude. “Estes números revelam que alguns comportamentos ainda não são vistos como violentos. A pesquisa também mostra que, dentre os homens que cometeram agressão, a minoria cometeu uma dessas atitudes apenas uma vez”, explica Mafoane Odara, coordenadora de projetos do Instituto Avon.

O estudo Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher também mostra que:
  • 85% acham inaceitável que suas parceiras fiquem alcoolizadas;
  • 69% não concordam que elas saiam com amigos sem sua companhia;
  • 46% consideram inaceitável que suas companheiras usem roupas justas e decotadas;
  • 89% dos homens consideram inaceitável a mulher não manter a casa em ordem;
  • 4% dos homens declararam que ao menos uma parceira (atual ou ex) já procurou a Delegacia da Mulher ou a polícia para denunciá-lo;
  • 29% deles apontam que “o homem só bate porque a mulher provoca”;
  • Para 23% dos homens, “tem mulher que só para de falar se levar um tapa”;
  • Para 12%, “se a mulher trair o marido, ele tem razão em bater nela”;
  • 67% dos autores de violência presenciaram discussão entre os pais na infância, enquanto entre os não-agressores este número cai para 47%;
  • 81% dos homens agressores apanhou de algum adulto quando criança.
 Segundo o estudo Violência contra a mulher no ambiente universitário, divulgado pelo Instituto Avon no ano passado, mais de 700 mil mulheres devem ser vítimas de assédio ou violência dentro das faculdades apenas este ano. A pesquisa mostra que 7% das universitárias afirmam que foram drogadas sem seu conhecimento e 7% já foram forçadas a ter uma relação sexual nas dependências da instituição ou em festas acadêmicas. Significa que 200 mil mulheres vão estar expostas a esta situação este ano.

Violência contra a mulher no Brasil
A taxa de homicídios contra mulheres no país aumentou 8,8% entre 2003 e 2013, segundo o estudo Mapa da Violência 2015 - Homicídios de Mulheres, produzido pela Flacso. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um caso de estupro é notificado no Brasil a cada 11 minutos. Como menos de um terço dos estupros são registrados, é possível que eles ocorram a cada minuto no país. De acordo com o Ministério da Saúde, o abuso sexual é o segundo maior tipo de violência praticada no Brasil. Segundo o levantamento, 70% das pessoas estupradas são crianças e adolescentes de até 17 anos (cerca de 350 mil pessoas ao ano).
 
*Várias formas de violência
Assédio sexual - Comentários com apelos sexuais indesejados / Cantada ofensiva / Abordagem agressiva

Coerção - Ingestão forçada de bebida alcoólica e / ou drogas / Ser drogada sem conhecimento / Ser forçada a participar em atividades degradantes (como leilões e desfiles) 

Violência sexual - Estupro / Tentativa de abuso enquanto sob efeito de álcool / Ser tocada sem consentimento / Ser forçada a beijar 

Violência física - Sofrer agressão física 

Desqualificação intelectual - Desqualificação ou piadas ofensivas, ambos por ser mulher 


Agressão moral / psicológica - Humilhação por ser mulher / Ofensa / Xingada por rejeitar investida / Músicas ofensivas sobre mulheres / Imagens repassadas sem autorização / Rankings (beleza, sexuais e outros) sem autorização

Sobre as ações de responsabilidade social da Avon
A Avon é uma empresa global líder em ações sociais com foco em causas que interessam especialmente à mulher. As ações sociais da empresa são coordenadas pela Avon Foundation For Women, maior entidade focada em causas voltadas para a mulher ligada a uma corporação. Até 2015, foram doados mais de US$ 1 bilhão em mais de 50 países para as causas que mais afetam a mulher. A ação de responsabilidade social da empresa está concentrada na disseminação de informações, na conscientização, no apoio a pesquisas sobre o câncer de mama e na ampliação do atendimento a mulheres com esta doença, por meio da campanha Avon Breast Cancer Crusade (no Brasil, Avon contra o câncer de mama) e nos esforços para reduzir a violência contra a mulher, por meio da campanha Speak Out Against Domestic Violence (no Brasil, Fale sem Medo – não à violência doméstica). A Avon também atua de forma efetiva na prestação de auxílio em caso de desastres naturais e emergenciais em várias partes do mundo. Os folhetos de produtos Avon trazem itens criados especialmente para arrecadar fundos para as causas. Além disso, a empresa promove eventos com participação de milhares de pessoas em várias partes do mundo para gerar fundos e promover a conscientização da sociedade, e distribui materiais informativos divulgados pelos mais de 6 milhões de revendedores de produtos Avon em todo o mundo. No Brasil, as ações sociais relacionadas ao combate ao câncer de mama e à violência doméstica são coordenadas pelo Instituto Avon, que celebra uma década de ações voltadas para a mulher. Desde 2003, a organização já doou mais de R$ 81 milhões em 235 projetos e ações relacionados a essas causas no Brasil. Siga o Instituto Avon:  www.facebook.com/institutoavon

Como ajudar os pequenos a andar





Os primeiros passos do bebê representam um marco importante em seu desenvolvimento e, por isso, são acompanhados de muita expectativa por parte dos pais e familiares. De acordo com Vera Ferrari, presidente do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), é importante considerar que este é um grande desafio para os pequenos.

“A posição ereta, necessária para o deslocamento, exige coordenação motora e equilíbrio que ele ainda não tem. Só vai alcançar a estabilidade com a prática, por isso é importante permitir que ele se desloque, mesmo sem coordenação, o que implica em passos sem ritmo inicialmente”, afirma a psicanalista.

O desejo de ver a criança andando gera ansiedade, principalmente em meio à pressão de familiares e amigos com relação ao seu desempenho. “Talvez uma das perguntas mais comuns dirigidas aos pais é justamente sobre o ato de andar. Assim, começam as comparações, o que deve sempre ser evitado. Esse comportamento só intensifica a tensão quanto ao momento em que finalmente o filho andará com firmeza”, comenta a presidente do Departamento de Saúde Mental da SPSP.

Por não conseguirem estimular da maneira que imaginam ser a mais adequada, os pais podem se sentir fracassados, o que pode ser transmitido ao pequeno. A possibilidade de quedas também causa aflição, uma vez que os acidentes acontecem de forma repentina, mesmo com a observação atenta dos pais.

“Se houver um excesso de preocupação e uma necessidade muito grande de controlar os ensaios, limitando seus movimentos sob o intuito de protegê-lo, o que pode ocorrer é o bebê entender que andar é algo muito perigoso”, pondera. 

O importante é refletir sobre a motivação por trás do cuidado desmedido com o bebê e considerar que, quando os adultos se assustam, o que se evidencia é a falha e a frustração com sua performance. Assim, o receio em experimentar e aprender só aumenta.

Andar requer o desenvolvimento de uma serie de competências que as crianças adquirem ao brincar. Então estimule o bebê a brincar, a se movimentar, a rolar no chão, a se interessar por pessoas, objetos, cores e sons do ambiente, os quais serão estímulos para o desejo de explorar o que está a sua volta.

“Esta é uma das orientações que indicamos para incentivar a conquista do andar, sem necessidade de forçar o bebê. Ser paciente é entender que cada criança tem seu tempo para andar, dentro do que é esperado para o seu desenvolvimento”, conclui dra. Vera.

Dois em cada três brasileiros querem cortar gastos com viagem nos próximos meses




Pesquisa Ipsos para a Europ Assistance mostra que, ainda assim, 64% dos entrevistados no país pretendem viajar entre junho e setembro

Mais da metade dos brasileiros (66%) afirma que viagens é uma das categorias em que pretende cortar custos. Ainda assim, 64% pretendem visitar algum destino entre junho e setembro deste ano, mostra pesquisa Ipsos conduzida a pedido da Europ Assistance com oito países, incluindo o Brasil.
Viagens nacionais devem ser a opção preferida de 47% dos entrevistados brasileiros. Já para os que desejam viajar para o exterior a opção preferida é os Estados Unidos. A Ipsos realizou 750 entrevistas no Brasil por meio de painel online entre março e maio de 2016. Os demais países pesquisados foram França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica, Áustria e Estados Unidos. A margem de erro é de 3.6 pontos percentuais.

Apesar da retração econômica e do câmbio desvalorizado, o percentual de brasileiros que pretende viajar (64%) é maior que o de entrevistados europeus (54%) e americanos (61%). Contudo, o orçamento médio dos brasileiros é o menor entre todos os países pesquisados: R$ 1.212 (€335, câmbio de 30.05.2016) é o gasto médio dos brasileiros para viagens no período, contra €2.247 planejado, em média, pelos europeus.

Ao considerar o seu destino de viagem, os brasileiros se mostraram os mais preocupados com a presença do Zika vírus entre os oito países analisados. De acordo com o levantamento Ipsos, 54% dos entrevistados no Brasil consideram o risco de infecção pela doença um elemento “essencial” ao escolher um destino.

Menos preocupados com o vírus estão os americanos e europeus: 20% e 25%, respectivamente, afirmaram considerar o risco de infecção na hora de planejar a viagem de férias. A Espanha, contudo, se mostra mais preocupada, com um terço dos pesquisados (34%) atento à doença.  
Outro grande temor dos viajantes nos próximos meses é quanto a ataques terroristas. Para brasileiros e norte-americanos, a França é um destino a ser evitado. Para os europeus, mais sensíveis a esse risco, a Turquia aparece como o destino com maior risco de ataques.  

Brasileiros são os que têm férias mais longas
Os brasileiros são os que pretendem tirar mais tempo de férias. A média brasileira, de acordo com o estudo Ipsos, é de 2.4 semanas - contra 2.1 semanas para os Europeus e 1.6 para os norte-americanos. Os brasileiros também estão entre os que mais se mantêm conectados às redes sociais durante as férias. Enquanto na Europa, em média, 39% afirmam que devem manter o seu uso de redes sociais, no Brasil 65% dos entrevistados descartam a possibilidade de se desligar das redes sociais. Nos Estados Unidos, o índice é de 60%.  




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