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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Apenas 2 em cada 10 brasileiros consomem a quantidade mínima diária de frutas e legumes recomendada pela OMS

 


SBAN lança no próximo dia 19/10, das 9 às 17h, no Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, a Campanha "Colorindo a sua Saúde" que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do consumo frutas e hortaliças

 

Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que apenas 2 em cada 10 brasileiros consomem diariamente 400 gramas de frutas e hortaliças, a quantidade mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Para que a população entenda a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) lança no dia 19/10 a campanha “Colorindo a sua Saúde”. Através de vídeos e ampla informação nas redes sociais, a campanha pretende conscientizar as pessoas que o consumo de frutas e legumes é essencial para melhorar o estilo de vida. 

“O consumo de frutas e hortaliças (legumes e verduras) contribui significativamente para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, pois esses alimentos são ricos em nutrientes que desempenham funções importantes em nosso organismo. Além disso, as frutas e hortaliças são fontes de fibras alimentares e o papel delas é fundamental para a saúde do intestino, além de contribuírem para a saciedade e a manutenção de um peso saudável”, explica a Dra. Sueli Longo, presidente da SBAN.  

Apesar de termos uma diversidade muito grande desses alimentos, os dados do Ministério da Saúde mostram que o consumo é muito baixo, o que representa uma preocupação para a saúde. Uma dica da SBAN é sempre procurar comprar produtos da época, porque eles são mais saborosos, têm melhor qualidade e acabam tendo um melhor custo-benefício.   

Para a presidente da SBAN, “se não for possível dar preferência para o consumo de frutas in natura, outra recomendação é o consumo de frutas secas e de sucos100% fruta, sem adição de açúcar e/ou adoçante”.  

A campanha “Colorindo a sua Saúde” começa no Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, dias 19 e 20/10 e vai se estender por outros locais da cidade de São Paulo, como o Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal) em 03/11; o Parque Burle Marx em 09/11, além do Parque Portugal (Taquaral) em Campinas em 10/11, com uma equipe de nutricionistas esclarecendo e tirando dúvidas da população sobre o consumo de frutas e hortaliças e a importância de uma alimentação mais saudável e muito mais colorida. 

Entre os temas que os vídeos e o amplo material nas redes sociais vão abordar estão: educação nutricional; dicas de quais são as frutas de época acompanhando as quatro estações do ano; mitos envolvendo alguns alimentos que precisam ser esclarecidos; dicas de como higienizar e conservar os alimentos; receitas simples e práticas; as propriedades nutricionais dos alimentos; como entender as informações que estão nos rótulos das embalagens de sucos em caixinha; e a importância da tecnologia dos alimentos. 

A campanha “Colorindo a sua Saúde" conta também com o apoio da Tetra Pak.  

 

SERVIÇO 

Lançamento da Campanha Colorindo a sua Saúde 

Local: Área externa do Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.  

Avenida Mercúrio, s/n – Pq. Dom Pedro II – Centro – São Paulo  

Data: 19 e 20/10/2024 

Horário: 9h às 17h - Atividade gratuita 

Nossas redes: @museucatavento @culturasp 

Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição - SBAN

 

17/10 Dia Nacional da Vacinação | Vacina do HPV é a principal aliada na prevenção do câncer de colo de útero

A imunização deve ser realizada antes do início da vida sexual; Especialista fala sobre importância da prevenção e riscos da doença


O Dia Nacional da Vacinação vem para alertar sobre a importância da conscientização contra o câncer do colo do útero, doença que ocorre em quase 99% dos casos por causa do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção sexualmente transmissível é a mais comum em todo o mundo, atingindo de forma massiva as mulheres

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2024 cerca de 17.010 mulheres serão diagnosticadas com câncer do colo do útero no Brasil, o que representa um risco considerado de 13,25 a cada 100 mil casos. Vale lembrar ainda que a doença é o terceiro tipo de câncer que mais afeta o público feminino, por isso, é muito importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes para o início do tratamento

Diversos especialistas acreditam que na pandemia as medidas restritivas impostas para evitar o aumento do contágio pela covid-19, assim como o fechamento das escolas, pode ter impactado em uma menor procura pela vacinação contra o HPV, uma vez que muitas das campanhas são realizadas nas instituições de ensino. 

Apesar da pandemia, é importante reforçar que a cobertura vacinal contra o HPV é considerada insatisfatória há algum tempo. As entidades de saúde consideram ideal que as taxas sejam de 80% tanto para as meninas, quanto para os meninos. Mas, a realidade é outra: no Acre, apenas 33,6% do público-alvo está vacinado, no Rio Grande do Norte, 46,2%, Pará, 43,9%, Rio de Janeiro, 44,6%, Santa Catarina, 65,2%, Minas Gerais, 66,8% e Paraná com 72,7%

A vacina é oferecida nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de todo o Brasil para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos e para pessoas de 9 a 45 anos e pacientes imunossuprimidos, como pessoas com câncer, HIV e transplantados (até 45 anos). Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos

"Geralmente, a infecção genital por HPV é bastante frequente e, na maioria dos casos, é assintomática e autolimitada, ou seja, até os 30 anos de idade grande parte das mulheres tem a infecção resolvida. Mas, quando ocorre a persistência do vírus nas células do colo do útero, elas podem avançar para o desenvolvimento de câncer", comenta Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas São Paulo


De olho na prevenção

Diante dessa realidade, é importante reforçar que a ferramenta essencial na luta contra o câncer do colo do útero é a vacinação contra o HPV. "A imunização pode prevenir também o câncer de vulva, ânus e vagina nas mulheres e de pênis nos homens. Por isso, o ideal é que esse cuidado ocorra antes do início da vida sexual, evitando assim que haja uma exposição ao vírus".

Além da vacinação, que é considerada uma prevenção primária, é importante realizar os exames de rotina ginecológica, como o Papanicolau (anualmente e depois a cada três anos), dos 25 aos 64 anos de idade. "Ele é muito importante para identificar lesões pré-cancerosas e agir rapidamente contra o câncer do colo do útero", alerta Marcela. Vale lembrar ainda que os exames devem ser feitos mesmo se a mulher for vacinada contra o HPV, pois o imunizante não protege contra todos os tipos oncogênicos da doença


Primeiros sinais

A doença em estágios iniciais é assintomática, mas a dor na relação sexual ou sangramento vaginal pode estar presente. Por isso, é muito importante o rastreamento com o exame Papanicolau de rotina

No entanto, se a doença estiver mais avançada, pode ser que a paciente tenha anemia - devido a perda de sangue - dores nas pernas e costas, problemas urinários ou intestinais e perda de peso não justificada. "Geralmente, os sangramentos acontecem durante a relação sexual, mulheres que já estão na menopausa ou ainda fora do período menstrual. Por isso, é muito importante buscar pelo aconselhamento de um especialista", orienta a oncologista


Diagnóstico da doença em estágio inicial aumenta chances de sucesso no tratament

A oncologista da Oncoclínicas São Paulo explica que podem ser realizadas cirurgias, radioterapia e/ou quimioterapia. "Na cirurgia, ocorre a retirada do tumor, ou ainda do útero quando necessário. Quando a doença apresenta estágios mais avançados, são realizadas sessões de radioterapia e quimioterapia", comenta Marcela Bonalumi

Apesar da doença ser bastante silenciosa, quando descoberta precocemente pode haver uma redução de até 80% na mortalidade pelo câncer do colo do útero. "Muitas mulheres não descobrem na fase inicial. Sempre aconselho as pacientes a realizarem periodicamente seus exames de rotina, como o Papanicolau. Além disso, é fundamental que sejam consumidas informações de qualidade, sendo essa uma das principais aliadas ao combate do HPV", finaliza. 



Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com

 

Mitos e verdades sobre uso de prótese de silicone e amamentação

Freepik
O aumento dos seios por meio de próteses de silicone é um dos procedimentos mais procurados na cirurgia plástica em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), 319 mil próteses de silicone são implantadas anualmente no país. O Brasil é considerado o segundo que mais faz mamoplastia, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Contudo, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre os possíveis impactos que a cirurgia pode ter na amamentação. Segundo o cirurgião plástico Felipe Villaça, é importante desmistificar algumas informações sobre o tema. Veja abaixo o que é mito ou verdade de acordo com o especialista:

 

Prótese de silicone impede a amamentação


Mito. Uma das principais preocupações das pacientes é a capacidade de amamentar após o implante de silicone. Essa é uma crença equivocada. Se a cirurgia for feita corretamente, respeitando as estruturas glandulares e os ductos mamários, a capacidade de amamentar não é comprometida. A escolha da técnica cirúrgica também influencia nesse resultado, sendo o posicionamento da prótese e o local da incisão fatores importantes.


A posição da incisão pode afetar a amamentação


Verdade. A técnica cirúrgica escolhida é um ponto-chave. Se a incisão for feita na aréola, há um risco maior de lesionar os ductos lactíferos, responsáveis por conduzir o leite até o mamilo. Para quem deseja ter filhos no futuro, recomenda-se a incisão inframamária (no sulco abaixo dos seios), pois ela reduz as chances de interferência nas glândulas mamárias.


O silicone contamina o leite materno


Mito. Outra dúvida comum é se o silicone pode vazar e contaminar o leite materno. As próteses de silicone são extremamente seguras e o material não tem contato com o leite. Não há risco de o silicone ser absorvido pelo corpo ou pelo leite da mãe.


A cirurgia pode alterar a sensibilidade do mamilo


Verdade. É possível que algumas mulheres experimentem uma mudança temporária ou até permanente na sensibilidade do mamilo após o procedimento, o que pode afetar a amamentação. Essas alterações, no entanto, são mais associadas à técnica cirúrgica e à recuperação individual da paciente.

O médico Felipe Villaça destaca que, para as mulheres que desejam engravidar e amamentar no futuro, é importante conversar com um cirurgião experiente. “Discutir sobre a melhor abordagem para cada situação e a orientação individualizada vai garantir um procedimento seguro tanto para a estética quanto para a saúde materna”, finaliza.


Entenda como é a cirurgia refrativa para alta miopia

A cirurgia não causa olho seco, é reversível e elimina os óculos mantendo a córnea íntegra. 

 

A miopia, dificuldade de enxergar à distância, é uma das maiores causas de deficiência visual grave em todo o mundo. A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que até 2050 4,75 bilhões de pessoas serão afetadas pela miopia e dessas 1 bilhão pela alta miopia. No mesmo ano a estimativa para o Brasil é de 105 milhões de míopes e 17,1 milhões de altos míopes usando lentes corretivas de 6 graus ou mais. “Uma pessoa com alta miopia não consegue se levantar da cama ao amanhecer sem óculos, tem dificuldade para realizar as mais corriqueiras atividades do dia a dia, sofre restrições profissionais, esportivas e sociais, além de ter maior tendência à depressão e isolamento”, afirma o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier de Campinas e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Isso acontece porque a visão é o mais dominante de nossos sentidos. Responde por 85% de nossa integração social e com o meio ambiente. 

Por isso a cirurgia refrativa é o sonho de muitos. Adriana, nome fictício, foi uma das pacientes operadas este ano por Queiroz Neto. Ela conta que aos 8 anos descobriu que ia precisar usar óculos. Desde o começo a miopia já era meio alta, relata. Conforme os anos passaram foi progredindo até chegar a 13,5 graus em um olho e 13 no outro. Sem óculos ou lente enxergava tudo embaçado. “Foi quando descobri que podia fazer a cirurgia com dr. Queiroz Neto. Depois de uma batelada de exames marcamos a cirurgia. Quando tirei o curativo do primeiro olho não acreditei. Estava enxergando tudo muito nítido com um dia de cirurgia. Uma semana depois operei o outro olho. Foi a melhor decisão que tomei em mina vida”, desabafa.

 

Fatores de risco

Por sorte, os exames pré-cirúrgicos não impediram a realização do sonho de Adriana. Queiroz Neto explica que a alta miopia aumenta o tamanho do olho. Por isso. pode ocasionar aumento da pressão intraocular e consequentemente o glaucoma, além de aumentar o risco do descolamento da retina que se torna mais frágil e da  maculopatia mióptica uma condição que afeta a porção central da retina e leva à perda irreparável da visão.

Queiroz Neto ressalta que outras contraindicações para a cirurgia refrativa em altos míopes são: ter a profundidade da câmara anterior com pelo menos de 3,2 mm porque a câmara posterior rasa pode induzir o paciente ao glaucoma após a cirurgia e já ter passado por alguma cirurgia na córnea.

 

Como é a cirurgia

Queiroz Neto afirma que a cirurgia não requer internação e o paciente deve comparecer acompanhado pois recebe alta no mesmo dia mesmo. O procedimento dura de 20 a 30 minutos . É iniciado com aplicação de anestesia local e uma sedação leve. A lente é introduzida no olho através de uma pequena incisão na borda da córnea e fica presa atrás da íris, parte colorida do olho. Por não retirar tecido da córnea permite recuperação mais rápida, sem dor ou ressecamento da lágrima conforme acontece após a cirurgia refrativa a laser. 

 

Indicações

A correção cirúrgica da alta miopia e indicadas para quem tem de 21 a 45 anos, miopia de 6 a 18 dioptrias e estabilidade de grau há pelo menos um ano, conforme ocorre em toda cirurgia refrativa. Queiroz Neto ressalta que o uso dos colírios conforme a indicação no pós-cirúrgico é crucial para garantir o sucesso do procedimento. Além disso, é essencial comparecer aos retornos e manter as consultas periodicamente. Isso porque, a alta miopia tem correção mas não tem cura, provoca alterações na estrutura do globo ocular  e por isso requer acompanhamento permanente, finaliza.


E quando o antibiótico não funciona?

Saiba quais as principais bactérias resistentes a antibióticos e como prevenir

 

Um tratamento comum para infecções é o uso de antibióticos, mas o que acontece quando o antibiótico deixa de funcionar? Uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet apontou que a resistência a antibióticos pode causar mais de 39 milhões de mortes até 2050.

Infecções são causadas pela invasão de microrganismos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, no corpo humano. A resposta natural do corpo a essa invasão pode causar sintomas variados, que vão desde febre, dor, cansaço até sintomas mais graves, dependendo do tipo de infecção e da saúde do indivíduo.

"As infecções resistentes a antibióticos ocorrem quando as bactérias mudam de forma que os antibióticos comuns se tornam ineficazes contra elas, ocasionando diversos perigos para a saúde pública", explica Igor Marinho, infectologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.


Como os antibióticos funcionam?

Os antibióticos são medicamentos essenciais para combater infecções bacterianas e apoiar nossa saúde. Eles funcionam de diversas maneiras, dependendo de sua classe e do tipo de bactéria que atacam. Alguns antibióticos, por exemplo, atuam destruindo a parede celular das bactérias, causando sua morte.

"Outros medicamentos impedem a reprodução das bactérias ao interferirem na produção de proteínas ou no material genético necessário para sua multiplicação. Ainda existem antibióticos que inibem a capacidade das bactérias de sintetizar componentes vitais para sua sobrevivência", comenta o especialista.

Diante disso, Igor Marinho elenca abaixo três perigos da resistência a antibióticos:

  1. Tratamentos Ineficazes: Quando os antibióticos tradicionais não conseguem combater a infecção, o tratamento torna-se mais longo e complicado. Isso pode resultar em maior tempo de recuperação, aumento das complicações e uma chance maior de disseminação da infecção para outras pessoas.
  2. Agravamento da Doença: Com a resistência aos antibióticos, doenças que antes eram facilmente controladas podem se tornar mais graves e, em alguns casos, potencialmente fatais.
  3. Impacto na Saúde Pública: A disseminação de bactérias resistentes pode levar a surtos incontroláveis de doenças, uma vez que opções de tratamento são limitadas. Isso reforça a prioridade de políticas públicas voltadas para o controle e prevenção dessas infecções.

"Além destes impactos, a infecção resistente a antibióticos também pode ocasionar o agravamento das doenças, transformando condições antes controláveis em doenças mais graves, e em alguns casos, fatais", afirma Marinho.


Quais as bactérias resistentes mais comuns?

Compreender as bactérias resistentes a antibióticos é essencial para cuidar bem da nossa saúde e da saúde da nossa comunidade. O infectologista, Igor Marinho, lista algumas bactérias mais comuns que podem apresentar resistência a antibióticos no dia a dia:

  1. Staphylococcus aureus: Esta bactéria pode causar infecções na pele, e em casos mais graves, infecções na corrente sanguínea, pulmões e outros órgãos. Ela está presente no nariz e na pele de adultos saudáveis, portanto, o risco ocorre quando ela entra no corpo. A bactéria é transmitida pelo contato direto com alguém infectado, objeto contaminado ou gotículas no ar dispersas ao tossir ou espirrar.
  2. Escherichia coli (E. coli): Conhecida por causar infecções urinárias, algumas cepas de E. coli são resistentes a múltiplos tipos de antibióticos e podem levar a infecções graves. Ela é encontrada no intestino humano e nessa região do corpo é inofensiva.
  3. Klebsiella pneumoniae: Esta bactéria pode causar pneumonia, infecções na corrente sanguínea e infecções nos locais cirúrgicos, e tem mostrado resistência a vários antibióticos. Ela também é comum no intestino humano, onde não ocasiona doenças. A infecção pela Klebsiella pneumoniae é mais frequente em pacientes internados que necessitam de dispositivos como respiradores ou cateteres. Ela é transmitida pelo contato com secreções de pessoas contaminadas e é mais comum em hospitais.


Como prevenir?

A resistência a esses antibióticos reforça a importância da prevenção e do controle de infecções, por meio de práticas de higiene adequadas e do uso racional de antibióticos. Além disso, pesquisa da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, publicada na revista Frontiers in Microbiomes, apontou que mais de 600 vírus existem nas escovas de dentes e chuveiros. Os vírus encontrados são conhecidos como bacteriófagos.

Segundo o estudo, os bacteriófagos infectam bactérias, sendo inofensivos para seres humanos, e têm sido mais estudados porque pode existir um potencial para o tratamento de infecções resistentes a antibióticos por meio deles.

"Ainda assim, manter uma boa higiene pessoal e ambiental também é uma prática essencial para prevenir infecções e, consequentemente, reduzir a necessidade do uso de antibióticos. Lavar as mãos regularmente, cuidar da limpeza dos ambientes, fazer uso consciente e racional de antibióticos de acordo com a prescrição médica, além de ter hábitos de vida saudáveis fazem toda a diferença na prevenção", finaliza Igor Marinho.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo



Alongamento feito de forma errada prejudica a saúde, diz especialista

Médico ortopedista explica como o alongamento pode impactar a saúde das articulações e ressalta a importância de praticá-lo sob a orientação de profissionais qualificados


O alongamento é uma prática essencial para melhorar a flexibilidade e o bem-estar geral, mas pode causar lesões graves quando realizado de forma inadequada. Muitas pessoas cometem erros ao se alongar, como forçar o músculo além do limite natural, alongar áreas lesionadas sem orientação ou realizar movimentos bruscos. Esses erros podem sobrecarregar as articulações e músculos, resultando em estiramentos musculares, tendinites ou até lesões mais graves.

Ainda que o alongamento incorreto possa prejudicar a saúde, quando executado da forma certa, traz inúmeros benefícios. “Além de melhorar a flexibilidade, ajuda no aumento do fluxo sanguíneo para os músculos, reduz tensões e melhorar a postura”, diz Cleber Furlan, médico ortopedista membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. “Preferir alongamentos dinâmicos antes do treino e estáticos ao final da atividade é uma prática recomendada”, ressalta.

Mesmo com tantos aspectos positivos, é preciso estar atento a sinais de alerta. O médico diz que se houver dor aguda durante ou após o alongamento, inchaço, rigidez nas articulações ou sensação de estalo, é importante interromper a prática imediatamente. “Esses sintomas indicam que algo não está correto e pode ser sinal de uma lesão em desenvolvimento”, alerta Furlan.

Além disso, a falta de aquecimento adequado também é um dos fatores que mais contribuem para o surgimento de lesões durante o alongamento. “Ao realizar movimentos sem o preparo necessário, o corpo fica vulnerável a traumas que poderiam ser facilmente evitados”, explica Furlan.


Como se prevenir?

Para se alongar de forma segura, o especialista recomenda a realização de exames prévios, a fim de identificar possíveis restrições. “É fundamental evitar alongar áreas lesionadas ou doloridas sem a orientação de um profissional”, afirma o médico, que ainda ressalta a importância de respeitar os limites do corpo, nunca forçando além do confortável.

Pessoas com condições específicas, como lesões pré-existentes, problemas articulares crônicos, como a artrite, ou doenças degenerativas, como hérnias discais, devem redobrar o cuidado ao se alongar. Nesses casos, consultar um ortopedista é imprescindível para adaptar os exercícios às suas necessidades. Alongar-se com consciência e atenção ao corpo é a chave para aproveitar todos os benefícios dessa prática sem riscos desnecessários.
 



Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o doutor Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.
 https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/


A vacinação materna reduz significativamente a mortalidade neonatal e as complicações de saúde para mães e bebês

Entenda quais imunizantes são recomendados na gestação

 

No Dia Nacional da Vacinação, celebrado em 17 de outubro, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca que os imunizantes protegem vidas e são ainda mais essenciais durante a gravidez, agindo em dose dupla para garantir a saúde da gestante e do bebê. As mulheres grávidas tornam-se mais suscetíveis a doenças e complicações quando expostas a agentes infecciosos, devido às alterações no sistema imunológico. No entanto, ainda existe muita desinformação sobre a vacinação durante a gestação e a segurança dos imunizantes, o que gera dúvida e diminui a adesão. 

A Dra. Susana Aidé, presidente da Comissão de Vacinas da FEBRASGO, recomenda a vacinação das gestantes com os seguintes imunizantes: dT, dTpa, influenza, hepatite B, COVID-19 e vírus sincicial respiratório (VSR). Além disso, ela enfatiza que algumas vacinas, como hepatite A, pneumocócica e meningocócicas ACWY e B, devem ser priorizadas em situações especiais durante a gestação. 

“Infecções maternas podem ter consequências graves, incluindo abortos espontâneos, morte fetal, malformações congênitas, atraso no crescimento intrauterino, ruptura prematura das membranas, parto prematuro e infecções neonatais. Para prevenir essas infecções e suas complicações durante a gestação, a vacinação das mulheres deve ser parte integrante do aconselhamento pré-concepcional, envolvendo os familiares como parceiros nesse processo”, diz a médica. 

Em geral, as vacinas são desenvolvidas com plataformas seguras para administração durante a gestação, embora não existam estudos específicos realizados com essa população. No entanto, vacinas que contêm componentes vivos não devem ser aplicadas durante a gravidez devido ao risco teórico de infecção fetal pelo vírus vacinal, como vacinas contra rubéola, sarampo, caxumba, dengue e varicela. A vacina contra a febre amarela também não é recomendada para gestantes, embora possa ser considerada em situações de surtos. A vacina contra a raiva deve ser evitada, exceto em casos de exposição de risco. 

A Dra. Susana explica que, mesmo que a mulher tenha recebido algumas vacinas antes da gravidez, é necessário se vacinar novamente. Alguns imunizantes são obrigatórios em todas as gestações, independentemente do histórico vacinal. Essas incluem a dTpa e a vacina contra a influenza (gripe). Outras vacinas, como dT, hepatite B, COVID-19 e VSR, são administradas com base na análise da carteira de vacinação da paciente. 

“A vacina contra a gripe é altamente recomendada para gestantes. Devido às alterações hormonais e fisiológicas que ocorrem durante a gravidez, as mulheres se tornam mais vulneráveis às infecções pelas cepas da influenza, o que pode levar a formas mais graves da doença”, alerta a médica.

 

Vacina contra o HPV 

Outra vacina importante é a do HPV, que deve ser administrada o mais cedo possível. O ideal é que mulheres que não foram vacinadas durante a infância ou adolescência recebam o esquema completo da vacina HPV na fase de pré-concepção. Durante a gestação, ocorrem modificações que podem favorecer a expressão viral, dificultando a eliminação do vírus e promovendo sua persistência. O DNA do HPV é frequentemente encontrado no trato genital inferior de mulheres grávidas. Embora a transmissão vertical seja rara, o HPV tem sido detectado na placenta, tornando difícil diferenciar entre contaminação e infecção verdadeira. O principal receio é a papilomatose respiratória recorrente resultante dessa transmissão vertical. 

Devido à falta de estudos, a vacina contra o papilomavírus humano é contraindicada durante a gestação, mas pode ser administrada no puerpério.
 

Vacina contra a Coqueluche e VSR 

A especialista da FEBRASGO enfatiza que a vacina contra a coqueluche é indicada em dose única a partir da 20ª semana de gestação, proporcionando proteção à mãe contra difteria, tétano e coqueluche, além de proteger o bebê contra a grave condição da coqueluche. “Isso ocorre porque os anticorpos são transferidos via transplacentária e também por meio da amamentação. A vacina deve ser administrada em cada gestação, independentemente do histórico de vacinação prévia com a vacina dupla adulto (dT). Caso não tenha sido possível administrá-la durante a gravidez, a vacinação deve ser realizada imediatamente após o parto, preferencialmente até 45 dias depois”, comenta. 

A vacina contra o VSR, licenciada pela Anvisa, é recomendada na bula para administração entre 24 e 36 semanas de gestação. A comissão de vacinas da FEBRASGO, em consonância com a Sociedade Brasileira de Imunizações, sugere que a aplicação ocorra entre 32 e 36 semanas, exceto em casos de risco de prematuridade. Em relação à vacina dTpa, recomenda-se um intervalo de 14 dias entre as doses. O Programa Nacional de Imunizações está avaliando a incorporação dessa vacina ao serviço público de saúde. Dados científicos adicionais são necessários para determinar se doses extras serão necessárias em gestações subsequentes.

A coqueluche e a infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) são causas significativas de complicações e óbitos nos primeiros meses de vida do bebê. A vacinação materna diminui consideravelmente a mortalidade neonatal e a morbidade do binômio mãe-bebê, além de reduzir os custos em saúde associados a internações e tratamentos de reabilitação.
 

Benefícios da vacinação da gestante na saúde do bebê após a gestação 

“A vacinação durante a gestação tem um impacto significativo na promoção de uma gravidez mais saudável, beneficiando tanto a gestante quanto o bebê, com repercussões positivas na saúde da família e da comunidade a longo prazo. Além de proteger a mãe, a vacinação oferece proteção ao bebê por meio da transferência de anticorpos maternos, especialmente imunoglobulinas da classe G (IgG), pela placenta”, afirma a Dra. Susana.

Assim, vacinar gestantes ajuda a prevenir infecções graves na mãe, reduz o risco de prematuridade e infecções congênitas, permite a transmissão de anticorpos para o feto e evita a transmissão de doenças para o lactente e para outras pessoas sob seus cuidados, seja em casa, em creches, escolas ou hospitais.


Entenda as diferenças entre obesidade e sobrepeso e como uma alimentação adequada pode ajudar

Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 6,7 milhões de brasileiros são obesos, resultado de um grande desafio enfrentado pela população em manter uma rotina saudável

 

Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 6,7 milhões de brasileiros são obesos, resultado de um grande desafio enfrentado pela população em manter uma rotina saudável. No Brasil, o Dia Mundial da Alimentação Saudável, celebrado em 16 de outubro, levanta uma discussão crucial sobre os impactos de uma dieta equilibrada na saúde da população. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país enfrenta um desafio crescente: 1 a cada 4 adultos é obeso e mais da metade apresenta excesso de peso. Além disso, uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) projeta que, em 2044, cerca de 75% dos adultos brasileiros terão sobrepeso ou obesidade. 

Mas afinal, qual a diferença entre essas duas condições? A obesidade ocorre quando o índice de massa corporal (IMC) é superior a 30, enquanto o sobrepeso é caracterizado por um IMC entre 25 e 29,9. Fernanda Maniero, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, aponta que ambas as categorias são fatores de risco para uma série de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares. A chave para a prevenção e o controle dessas condições está, em grande parte, em uma alimentação saudável e na adoção de hábitos de vida mais ativos. 

“A alimentação equilibrada é fundamental para o bom funcionamento do organismo e para a prevenção de doenças. Ela deve incluir uma variedade de alimentos, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Além disso, é importante ter consciência sobre as porções e a qualidade dos alimentos consumidos,” explica a nutricionista.

Fernanda destaca também que, embora o conhecimento sobre nutrição seja essencial, a prática é o que realmente faz a diferença. “É preciso transformar conhecimento em ação. Incorporar alimentos nutritivos no dia a dia e evitar os ultraprocessados são passos importantes para a saúde.” Ela ainda acrescenta que a educação nutricional deve ser uma prioridade: “As pessoas precisam entender como fazer escolhas alimentares saudáveis, levando em consideração suas necessidades e estilo de vida.”

A professora também reforça a importância da prática de atividades físicas: “Combinar uma alimentação saudável com exercícios regulares é essencial para manter um peso saudável e prevenir doenças. Não se trata apenas de estética, mas de saúde e qualidade de vida.” Para quem enfrenta dificuldades, pequenas mudanças, como escolher opções mais saudáveis durante as refeições e incorporar frutas e vegetais na dieta, podem fazer uma grande diferença.

Por fim, a professora salienta que é essencial lembrar que a luta contra a obesidade e o sobrepeso não é apenas uma questão individual, mas um desafio social. “O apoio de familiares e amigos pode ser fundamental na jornada por uma vida mais saudável”.


IBCC Oncologia lança estudo pioneiro sobre dificuldades no diagnóstico de câncer de mama em mulheres jovens

Em parceria com o Centro Universitário São Camilo, o projeto investigará as barreiras encontradas por pacientes jovens com câncer de mama, com o objetivo de aprimorar políticas de saúde pública e otimizar o acesso ao tratamento

 

O Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC Oncologia), em colaboração com o Centro Universitário São Camilo, deu início ao Estudo DIANA, uma iniciativa inovadora que visa investigar os desafios no diagnóstico e tratamento do câncer de mama em mulheres jovens que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS). Este projeto se torna ainda mais relevante diante da alta incidência da doença entre mulheres no Brasil, refletindo a necessidade de um olhar atento para essa faixa etária frequentemente negligenciada.

O projeto é liderado pela Dra. Lílian Arruda, oncologista e gerente médica do IBCC Oncologia, e integra um programa de iniciação científica desenvolvido por alunos do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo. Iniciado em 2022, o estudo foca no perfil clínico, epidemiológico e nos desfechos de pacientes com menos de 50 anos, buscando entender melhor como essa população específica é afetada pela doença.

Com uma estimativa de 66.280 novos casos de câncer de mama diagnosticados anualmente no Brasil, essa neoplasia é a mais comum entre as mulheres no país. Apesar de ser tratável quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama ainda lidera a mortalidade feminina, sendo que as metástases representam a principal causa de óbito. Mulheres com menos de 50 anos, que representam de 4 a 5% dos casos, frequentemente apresentam prognósticos piores, já que muitas vezes são diagnosticadas em estágios mais avançados da doença. 

O Estudo DIANA foi criado para enfrentar esses desafios e oferecer respostas concretas. O projeto investiga o intervalo entre o surgimento dos primeiros sintomas e o diagnóstico do câncer de mama, além de analisar o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. "O câncer de mama em mulheres jovens tende a ser mais agressivo, e essas pacientes frequentemente enfrentam barreiras para o diagnóstico precoce, já que não estão incluídas nos programas de rastreamento voltados para mulheres acima de 50 anos", explica a Dra. Lílian Arruda.

A mamografia, que é o principal exame de rastreamento do câncer de mama, é recomendada no Brasil para mulheres a partir dos 50 anos, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde. Porém, as jovens estão fora dessa faixa etária, o que frequentemente resulta em diagnósticos em estágios mais avançados, comprometendo suas chances de sobrevivência. "Nosso estudo pretende mapear essas lacunas no atendimento, especialmente no que se refere ao tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico e ao intervalo entre o diagnóstico e o tratamento", acrescenta Arruda.

Além disso, o estudo terá como foco compreender a sobrevida global dessas pacientes. Em muitos casos, o câncer de mama em mulheres jovens tende a ser mais agressivo, resultando em desfechos geralmente menos favoráveis do que em pacientes de idade mais avançada.

Um dos grandes diferenciais do Estudo DIANA é seu foco em mulheres jovens, um grupo frequentemente negligenciado nas discussões sobre políticas de saúde. Os pesquisadores acreditam que, ao entender os fatores que atrasam o diagnóstico e o tratamento, será possível criar protocolos mais eficazes e inclusivos para essas pacientes. "Esperamos que os dados coletados possam impactar diretamente a formulação de políticas públicas, especialmente no que diz respeito à criação de diretrizes mais inclusivas e adequadas para as mulheres mais jovens", acrescenta a Dra. Lílian Arruda.

O Estudo DIANA foi idealizado em 2021 e é supervisionado pela Dra. Lílian Arruda. A pesquisa faz parte de um esforço mais amplo para aumentar a conscientização sobre a importância de melhorar o atendimento para mulheres jovens com câncer de mama no Brasil. O período de coleta de dados foi encerrado, e os resultados estão previstos para serem divulgados no primeiro semestre de 2025.

O câncer de mama continua sendo uma das principais causas de mortalidade entre as mulheres, e a detecção precoce é essencial para melhorar as taxas de sobrevivência. No Brasil, programas de rastreamento começaram a ser implementados na década de 1990, com foco em mulheres a partir dos 50 anos. Embora essas iniciativas tenham ajudado a reduzir a mortalidade em algumas faixas etárias, as mulheres mais jovens ainda enfrentam desafios significativos.

A falta de conscientização sobre o risco de câncer de mama em mulheres jovens também é uma barreira. Muitas pacientes e, até mesmo profissionais de saúde, podem subestimar a possibilidade de diagnóstico em mulheres abaixo de 35 anos, o que contribui para diagnósticos tardios e, consequentemente, para piores prognósticos. "O estudo não apenas visa investigar esses atrasos, mas também proporcionar uma base de dados sólida para criar campanhas de conscientização e programas de rastreamento mais inclusivos", destaca a Dra. Lílian Arruda.

Os resultados do Estudo DIANA são aguardados com grande expectativa, especialmente porque poderão impactar diretamente as práticas clínicas e políticas de saúde pública no Brasil. O estudo pretende gerar dados valiosos que possam ser utilizados para melhorar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento, contribuindo para a redução das taxas de mortalidade por câncer de mama, particularmente entre mulheres jovens.

Com a conclusão do estudo e a divulgação dos resultados previstos para 2025, espera-se que as descobertas possam influenciar positivamente a maneira como o Brasil enfrenta o câncer de mama entre mulheres jovens, promovendo avanços na detecção e tratamento da doença e ajudando a salvar vidas.

 

Sobre o IBCC Oncologia

Fundado em 1968, o IBCC Oncologia é conhecido por ser um Centro de Tratamento Oncológico de alta complexidade e possuir um Centro de Pesquisa Clínica renomado. É pioneiro no combate ao câncer de mama e ginecológico e trouxe o primeiro mamógrafo para o Brasil em 1971.

Durante a década de 70 e 80, atuou com o maior programa de prevenção do câncer do colo uterino e de mama já realizado por uma instituição, com atendimento a mais de 2 milhões de pessoas. Foi considerado pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado de SP o melhor hospital em atendimento humanizado e classificado entre os 10 melhores hospitais do estado, assim como, entre os anos de 2004 a 2007, recebeu, consecutivamente, o Troféu “Hospital Best” na categoria Instituição Filantrópica. 

Desde 1988, a instituição passou a ser Entidade Camiliana, se tornando o IBCC Oncologia. Também foi escolhido para ser no Brasil a instituição detentora da Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, em 1995. Há 56 anos é referência na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer em São Paulo. Para mais informações: https://ibcc.org.br/


Tecnologia em Saúde: hemodiafiltração revoluciona tratamento renal no Brasil

Hemodiafiltração oferece uma alternativa mais
confortável e menos desgastante ao paciente
  
Divulgação/Fenix Nefrologia
Procedimento é considerado um avanço no tratamento da doença renal permitindo maior liberdade nas atividades diárias e melhora na qualidade de vida dos pacientes

 

A hemodiafiltração (HDF) surge como uma das mais avançadas inovações no tratamento de pacientes com doença renal crônica (DRC), oferecendo resultados significativos em termos de eficácia, conforto e qualidade de vida. Estudos recentes, incluindo uma publicação no The New England Journal of Medicine, confirmam que a hemodiafiltração reduz o risco de morte por qualquer causa em comparação com a hemodiálise de alto fluxo.

Diferente da hemodiálise tradicional, que filtra o sangue através de um processo de difusão, a Hemodiafiltração combina dois mecanismos — difusão e convecção — para proporcionar uma limpeza mais profunda (eficaz) do sangue. Isso se deve à infusão de grandes volumes de uma solução com água ultrapura, que aumenta a eficiência da filtragem, removendo moléculas de maior tamanho que o método convencional não consegue eliminar.

De acordo com Dr. Bruno Biluca, médico e diretor da Fenix Nefrologia, a Hemodiafiltração oferece uma alternativa mais confortável e menos desgastante ao paciente, pois é capaz de proporcionais mais liberdade para que possa seguir com suas atividades diárias, pessoais e profissionais, e melhorar sua qualidade de vida e bem-estar, que são fundamentais no tratamento. “Essa tecnologia de última geração está transformando a abordagem da terapia de substituição renal, sendo considerada mais eficaz que a hemodiálise convencional. A hemodiafiltração também pode ser realizada durante o período noturno, com sessões de até 8 horas, possibilitando que o paciente tenha o dia livre para suas atividades pessoais ou profissionais. Essa opção noturna tem mostrado excelentes resultados, com pacientes relatando mais disposição e energia após as sessões prolongadas”.

A doença renal crônica (DRC) é uma condição de longo prazo caracterizada por anomalias funcionais ou estruturais dos rins. Entre suas principais causas estão diabetes, hipertensão e doenças hereditárias. “Pacientes com DRC muitas vezes precisam de tratamentos como diálise peritoneal ou hemodiálise, mas a hemodiafiltração se destaca como uma opção ainda mais eficaz, principalmente para aqueles com maior risco cardiovascular”, acrescenta o especialista.

Ainda, conforme explica Dr. Bruno, entre os benefícios da hemodiafiltração está a capacidade de remover moléculas maiores que não são eliminadas pela hemodiálise convencional, o que pode levar a uma melhora significativa na saúde dos pacientes. E, apresenta ainda, uma menor chance de complicações durante as sessões, como quedas de pressão arterial, proporcionando uma experiência mais segura. “Os pacientes submetidos à Hemodiafiltração relatam uma maior disposição para atividades cotidianas, além de uma redução nas internações e adoecimentos. Estudos também indicam que essa abordagem pode contribuir para a melhora da sobrevida dos pacientes, destacando-se como uma opção eficaz e benéfica no manejo da Doença Renal Crônica”.

 


Fenix Nefrologia
https://fenixnefro.com.br/




Referências:

https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2304820

https://www.bjnephrology.org/en/article/controversy-on-the-convince-study-findings-the-pro-take/


A automedicação com testosterona: um risco disfarçado de depressão

Envato
Ginecologista revive o tópico pouco falado sobre os perigos da busca por soluções rápidas e os impactos na saúde mental feminina

A busca por um corpo ideal e um maior bem-estar tem levado muitas mulheres a procurarem alternativas para melhorar a autoestima e a qualidade de vida. Uma dessas alternativas, muitas vezes buscada de forma independente, é a reposição hormonal, especificamente a testosterona. No entanto, a doutora Alexandra Ongaratto, coordenadora e médica do Instituto GRIS, alerta para os perigos dessa prática, especialmente quando realizada sem acompanhamento médico adequado.

A automedicação com testosterona, além de ser perigosa se feita de forma indiscriminada, pode mascarar um problema de saúde mental subjacente, como a depressão. "Muitas mulheres buscam a testosterona como uma solução rápida para questões relacionadas à libido, à falta de energia e à autoestima, sem se darem conta de que a raiz do problema pode estar em um distúrbio de humor", explica a médica Alexandra Ongaratto, especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do Instituto GRIS, o primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil.


A depressão e a testosterona

A depressão é um transtorno mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e se manifesta de diversas formas, como tristeza profunda, perda de interesse em atividades prazerosas, alterações no apetite e no sono, e sentimentos de culpa e inutilidade. Em mulheres, a depressão pode ser desencadeada por diversos fatores, incluindo mudanças hormonais, estresse e questões relacionadas à saúde reprodutiva.

A testosterona, por sua vez, é um hormônio sexual masculino que influencia diversas funções no organismo, incluindo o desejo sexual, a massa muscular e a produção de células sanguíneas. Embora a testosterona possa melhorar a libido e a energia em algumas mulheres, o uso inadequado desse hormônio pode causar diversos efeitos colaterais, como:

  • Acne e aumento da oleosidade da pele: A testosterona estimula a produção de sebo, o que pode levar ao aparecimento de acne.
  • Crescimento de pelos: O aumento dos níveis de testosterona pode causar o crescimento de pelos em áreas onde eles normalmente não aparecem, como no rosto e no peito.
  • Alteração da voz: A voz pode ficar mais grave em decorrência do aumento da produção de testosterona.
  • Problemas cardíacos: O uso indevido de testosterona pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral.
  • Problemas hepáticos: A testosterona pode causar danos ao fígado, especialmente quando utilizada em altas doses ou por longos períodos.


A Importância do diagnóstico

É fundamental que as mulheres que apresentam sintomas de depressão busquem ajuda médica especializada. O diagnóstico da depressão é feito por meio de uma avaliação clínica completa, que inclui uma entrevista detalhada sobre os sintomas e um exame físico. O tratamento da depressão pode envolver psicoterapia, medicamentos ou uma combinação de ambas as abordagens.

"A automedicação com testosterona não é a solução para a depressão", afirma Alexandra Ongaratto. "É importante que as mulheres compreendam que a depressão é uma doença complexa que requer um tratamento adequado e individualizado."


O papel do ginecologista

O ginecologista é o profissional de saúde mais indicado para acompanhar a saúde feminina e identificar possíveis alterações hormonais. Ao procurar um ginecologista, a mulher poderá realizar exames para avaliar os níveis hormonais e identificar as causas dos seus sintomas.

"A ginecologista pode ajudar a mulher a entender as causas da sua depressão e indicar o tratamento mais adequado", afirma a médica. "É importante ressaltar que a reposição hormonal, quando indicada, deve ser feita de forma segura e sob acompanhamento médico."

A busca por bem-estar e autoestima é natural e desejável. No entanto, é fundamental que as mulheres busquem soluções seguras e eficazes para os seus problemas de saúde. A automedicação com testosterona pode trazer mais danos do que benefícios e mascarar problemas mais sérios, como a depressão. Ao procurar um profissional de saúde qualificado, a mulher poderá receber o diagnóstico e o tratamento adequados para a sua condição.

 


Instituto GRIS

Dia Mundial do AVC: médica especialista alerta para principais sintomas e tratamento

Dia Mundial do AVC, lembrado no dia 29 de outubro, traz à tona a importância de conscientizar sobre a doença e a necessidade de buscar tratamento rapidamente

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo, conforme o Ministério da Saúde. No Brasil, foi a causa do óbito de quase 40 mil brasileiros, de janeiro a agosto deste ano, segundo os dados mais recentes do Portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN Brasil). O número equivale a seis óbitos por hora. O dia 29 de outubro é lembrado mundialmente como o Dia do AVC e traz à tona a importância de reconhecer os sintomas, de conscientizar sobre a doença e de buscar tratamento o mais rapidamente possível. 

O Ministério da Saúde expõe fatores de risco que podem desencadear o acidente. O diabetes é um dos principais. Além dele, estão a hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo, sendo que todos esses fatores de risco devem ser combatidos. 

A médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos no tratamento do AVC, Prof.ª Dra. Matilde Sposito, com consultório em Sorocaba (SP), informa que o AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação. Sendo assim, é primordial a identificação dos sinais de alerta, para o reconhecimento da ocorrência de um AVC. Dentre os principais sinais de alerta, estão:

  • - fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
  • - confusão, alteração da fala ou compreensão;
  • - alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
  • - alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
  • - dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

“Tanto no momento em que o acidente acontece, que é quando o paciente precisa ser socorrido imediatamente, quanto após, que é quando ele precisa passar por um tratamento, o atendimento precisa ser rápido”, afirmou a especialista. “Após o AVC, quanto mais cedo o paciente recebe a assistência médica-fisiátrica, menores são as chances de que as sequelas se tornem permanentes”, orientou.

 

Conheça 

Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo este último o mais frequente, representando em torno de 85% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. O AVC isquêmico ocorre quando há o entupimento de pequenas e grandes artérias cerebrais. Já, o AVC hemorrágico acontece quando há o rompimento dos vasos sanguíneos, provocando hemorragia. Esse subtipo de AVC também pode acontecer pelo entupimento de artérias cerebrais e é mais grave e tem altos índices de mortalidade.

 

O tratamento 

A medicina fisiátrica aparece como uma alternativa necessária e eficaz no tratamento do AVC e na contenção e redução de sequelas. Trata-se de um segmento da medicina que realiza a prevenção e o tratamento de doenças associadas a limitações físicas e dores crônicas, oferecendo abordagens para minimizar as consequências e acelerar o processo de recuperação. 

“O objetivo é restaurar a capacidade motora, reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida”, afirma a médica especialista Prof.ª Dra. Matilde Sposito. “Dentre as abordagens terapêuticas que podem ser indicadas, estão: acupuntura, sessões de fisioterapia, hidroterapia, RPG, pilates, cinesioterapia e aplicações de toxina botulínica, por exemplo”, acrescentou. 

A médica fisiatra informa que, além de utilizar exercícios terapêuticos, a fisiatria também pode recorrer a bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica para tratar pacientes que sofreram AVC ou traumas, indo além da recuperação física. “O tratamento envolve uma abordagem integral, considerando não apenas o aspecto físico, mas também emocional e social. Trabalhamos para que o paciente recupere sua independência e retome suas atividades diárias, da melhor forma possível”, ressalta. 

Saiba mais sobre o universo da Fisiatria no site: www.dramatildesposito.com.br; nas redes sociais @dramatildesposito ou ligue para: (15) 3229-0202 ou WhatsApp (15) 98812-2958. O consultório da Prof.ª Dra. Matilde Sposito fica localizado na clínica Ápice Medicina Integrada, situada na Rua Eulália Silva, 214, no Jardim Faculdade, em Sorocaba/SP.


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