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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Tragédia no RS e greve na Argentina: veja os direitos dos passageiros afetados por cancelamentos de voos após fechamento de aeroportos

AirHelp orienta o que as companhias aéreas devem

fornecer aos consumidores que não conseguirem viajar 


 

A interrupção das operações no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS) e a greve geral de sindicalistas na Argentina provocaram o cancelamento de cerca de 4.700 voos, afetando diretamente o transporte de aproximadamente 555 mil pessoas na última semana. Para auxiliar os viajantes em casos como estes, a AirHelp, líder mundial na defesa dos direitos dos passageiros de companhias aéreas, explica o que é garantido por lei para quem não consegue embarcar.  

 

Veja abaixo os direitos dos passageiros que tiveram voos cancelados:  

 

1. Reembolso: segundo a Resolução Nº 400 da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), em casos de cancelamento de voo pela companhia aérea, o passageiro tem o direito de exigir o reembolso da passagem, mesmo que a viagem seja cancelada sob alegação de fatores climáticos. O reembolso deve ocorrer do mesmo modo do pagamento do bilhete. Caso prefira, o consumidor pode ser ressarcido em programas de créditos ou milhagem.  

 

2. Voo alternativo: também é dever da companhia aérea após o cancelamento da viagem reagendar, sem custos, um novo horário ou data de voo aos passageiros que não conseguiram embarcar. 

 

3. Reacomodação em voo de outra companhia: caso não haja disponibilidade para viajar pela mesma empresa, o consumidor tem garantida a alternativa de reacomodação em um voo de outra companhia aérea para o mesmo destino.  

 

4. Transporte alternativo: se o passageiro optar por seguir a viagem por outro meio de transporte, como ônibus ou táxi, a empresa aérea é quem deve arcar com os custos.     

 

5. Suporte: além do ressarcimento financeiro, reagendamento de voos e custos com transportes alternativos, é um direito garantido por lei aos passageiros as seguintes assistências:  

 

- A partir de 1 hora: comunicação (internet e telefone); 

 

- A partir de 2 horas: alimentação (voucher, refeição ou lanche);  

 

- A partir de 4 horas: hospedagem em caso de pernoite no aeroporto e transporte de ida e volta.  

 

Caso o consumidor esteja em sua cidade de domicílio, a companhia pode oferecer apenas o transporte para sua residência e desta para o aeroporto.  

 

 

 

AirHelp - acompanhia também oferece gratuitamente o Guia dos direitos do passageiro aéreo 2023. Trata-se de um manual simples, didático e prático, criado com o objetivo de garantir aos passageiros informações, assistência básica e procedimentos de indenização quando o voo não sai como planejado. 

 

BOLETIM DAS RODOVIAS


Rodovias concedidas apresentam pontos de congestionamento


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta quarta-feira (15). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta congestionamento do km 12 ao km 11+360 no sentido capital, sentido interior tráfego normal. Já a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), há congestionamento do km 17 ao km 13+360 no sentido capital. No sentido interior, o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) tem tráfego normal nos dois sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), o motorista encontra congestionamento no sentido capital do km 14+500 ao km 13+700, para quem segue sentido interior, tráfego normal.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.

Rodovias concedidas apresentam pontos de congestionamento

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta quarta-feira (15). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta congestionamento do km 12 ao km 11+360 no sentido capital, sentido interior tráfego normal. Já a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), há congestionamento do km 17 ao km 13+360 no sentido capital. No sentido interior, o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) tem tráfego normal nos dois sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), o motorista encontra congestionamento no sentido capital do km 14+500 ao km 13+700, para quem segue sentido interior, tráfego normal.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.


Falência: 5 coisas que podem salvar a sua empresa

 Cuidados preventivos na sua empresa ajudam a evitar o seu fechamento precoce

 

Segundo o Serasa Experian, apenas em fevereiro deste ano, cerca de 80 empresas faliram no Brasil e outras 169 entraram com pedidos de recuperação judicial durante o mesmo período. Esse “boom” de falências chama a atenção para alguns pontos muito importantes em comum que geram efeitos negativos nas empresas e que, atualmente, têm se tornado cada vez mais comuns, explica o advogado, especialista em direito empresarial, Sérvio Vieira. 

Esse aumento das falências e recuperações judiciais de empresas tem muita relação, claro, com a economia do país, mas mais que isso, ela diz respeito à forma como as empresas lidam com esse fator negativo. Alguns erros que anteriormente geravam um pequeno impacto, agora passaram a causar um grande impacto”, explica.

 

Qual a diferença entre a falência e a recuperação judicial?


A falência é o estágio final do “fim” de uma empresa. Ela envolve a liquidação de ativos para pagar credores e o encerramento das atividades do negócio.

 

Por outro lado, a recuperação judicial é um processo legal que permite à empresa em dificuldades financeiras graves reorganizar suas dívidas e continuar operando sob supervisão judicial. É um mecanismo que ajuda a evitar a falência.  

 

5 dicas que ajudam a evitar a falência de empresas:

 

01 - Gestão Financeira:Mantenha um controle rigoroso das finanças da empresa, monitorando o fluxo de caixa, reduzindo custos e buscando fontes de financiamento. Uma boa gestão financeira ajuda não só a prevenir desequilíbrios, mas a identificá-los com antecedência para tomar medidas”, explica Sérgio Vieira.

 

02 - Diversificação: “Evite depender de um único cliente ou mercado, diversifique a sua base de clientes e busque expandir seu negócio para novos segmentos ou regiões”.

 

03 - Inovação e Adaptação: “Esteja sempre atento às mudanças no mercado e às novas tecnologias, se manter relevante e competitivo pode fazer a diferença em momentos de crise, trazendo a credibilidade da marca, mesmo com as dificuldades financeiras”.

 

04 - Investimentos:Priorize sempre a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos e ofereça um atendimento excepcional ao cliente. Isso constrói uma reputação sólida e fideliza clientes, o que gera um suporte a mais durante momentos de dificuldades”.

 

05 - Recuperação Judicial:Sim, a recuperação judicial é um caminho viável de impedir a falência da empresa, para isso, busque um advogado empresarial com experiência nesse tipo de processo para realizar os trâmites necessários e conseguir o suporte legal para a recuperação da empresa”, explica Sérgio Vieira. 

 

Sérgio Vieira - em junho de 1983 conclui o curso de Direito em 2006 na Universidade Salvador, formou sua carreira em um dos maiores escritórios de advocacia do país, possui experiência em direito empresarial, causas complexas e de alto valor agregado.

 

Saiba como deixar seu currículo mais atrativo

Ter um excelente currículo é essencial para ter sucesso em uma recolocação profissional ou transição de carreira. 

O currículo é seu cartão de visita, por isso deve ser simples e objetivo, porém comercial. 

É extremamente importante passar uma boa impressão e despertar o interesse das empresas.  

“Um currículo bem-organizado e com informações relevantes fará você se destacar e ter mais chances de conquistar um bom emprego ou uma recolocação.” Afirma a gestora de carreira, especialista em desenvolvimento humano e CEO, Madalena Feliciano. 



Madalena Feliciano, dá algumas dicas de como deixar seu currículo mais atrativo: 

Dados Pessoais: Nome, telefone, e-mail, localização, informações básicas para que a empresa possa entrar em contato com você. Referente a redes sociais, limitar somente ao LinkedIn, já que é uma plataforma destinada aos profissionais. Lembrando que o LinkedIn é a rede social onde mais ocorre busca por contratação e recolocação profissional, por isso é necessário que ele esteja bem estruturado, como foto, informações pessoais, qualificações e toda informação relevante que irá te auxiliar a se destacar. 



Objetivo Profissional: Área que deseja atuar. 

Qualificações Profissionais: são conhecimentos e vivências que você adquiriu e podem contribuir para uma atuação estratégica em determinada vaga. É possível desenvolvê-las a partir da graduação, de cursos e de treinamentos, entre outras experiências de ordem mais prática.  

Formação Acadêmica: Caso esteja matriculado ou cursando uma graduação, cite o nome da instituição e curso (informar se está cursando ou concluído) e período (início e final). 

Experiência Profissional: Neste campo devem ser citadas suas experiências profissionais, iniciando pela mais recente. Cite o nome da empresa, tempo em que trabalhou, “data de entrada e saída”, cargo ocupado, atribuições, “atividades, cases de sucesso e projetos realizados”. Liste no máximo três experiências e que não ultrapasse os últimos 10 anos.  

Idiomas: Não adicione o conhecimento de uma língua estrangeira se você não possui, e caso possua conhecimento, você deve acrescentar a partir do nível intermediário.  

Informações complementares. Neste campo devem ser citados somente os cursos, treinamentos, palestras e Workshops mais recentes que participou e os que pertencem à área de atuação.  

Trabalho voluntário ou atividade social: qualquer trabalho realizado voluntariamente.  

Um currículo adequado deve conter no máximo duas páginas.



 Erros mais comuns ao se fazer um currículo:  

- Informações Desatualizadas; 

-Mentir 

- Omissão de dados; 

- Poluição visual; 

- Linguagem inapropriada e erros de português; 

- Currículo longo demais. 

“Utilizando as dicas e informações, o seu currículo ficará mais atrativo e você poderá se destacar frente a grande competividade de profissionais.” finaliza Madalena Feliciano.

 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


Conheça 5 formas de se preparar para fazer a declaração do Imposto de Renda 2024

Especialista em finanças pessoais ressalta a importância de entregar a declaração no prazo

 

O período para a entrega da declaração do imposto de renda está próximo do fim, tendo como prazo até o dia 31 de maio. Dados da Agência Brasil apontam que mais de 20,3 milhões de declarações já foram entregues e a expectativa da Receita Federal é receber 43 milhões de declarações em 2024. No ano passado, foram mais de 41 milhões.

Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino, o primeiro passo é checar se existe a necessidade de fazer a declaração, pois há situações em que as pessoas são isentas de entregar. Nestes casos, é necessário que a população esteja atenta às novas regras, como por exemplo, do limite para rendimentos tributáveis, que subiu de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90, para que possam agir conforme o estabelecido.

Além disso, João explica que é importante se atentar às datas. “O período para entregar a declaração dura mais de dois meses, porém, muitas pessoas insistem em deixar o preenchimento para última hora, o que pode ser prejudicial e render multas. Sem contar que estar entre os primeiros a declarar também pode ser bastante vantajoso, visto a possibilidade de receber eventual restituição mais rápido”, afirma.

Neste cenário, o especialista elencou 5 formas de se preparar para a declaração do IRPF:

  1. Tenha um bom contador;
  2. Guarde comprovantes em pastas;
  3. Separe os documentos por mês;
  4. Atualize-se em sites oficiais, como o da Receita Federal;
  5. Veja se você tem direito a prioridade para receber a restituição (PcD e pessoas com mais de 60 anos).

Além desses pontos, João ressalta que parte da população costuma confundir as datas e não sabem que o imposto de renda de 2024 diz respeito à vida financeira de 2023, por essa razão, é necessário analisar os valores que foram recebidos durante no ano anterior, para que seja possível prestar contas perante a Receita Federal.

Outro lembrete importante é que o teto para rendimentos isentos e não tributáveis mudou. “Subiu de R$ 40 mil para R$ 200 mil. Ou seja, alguns ganhos não precisarão mais pagar imposto. Se você vendeu um imóvel e teve um ganho em 2023 de R$ 190 mil, não precisa pagar IR sobre esse valor. E o total de posses que te obrigavam a declarar mudou de R$ 300 mil para R$ 800 mil. São muitas mudanças, fique de olho para não ter trabalho à toa”, finaliza João.

 

João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec, especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

 

Número de divórcios cresce no Brasil e bate recorde, segundo IBGE

Mais da metade das separações judiciais acontece entre casais com filhos menores; guarda compartilhada completa 10 anos como regra geral no Código Civil

 

Não é impressão, as pessoas estão se divorciando mais e cada vez mais rapidamente. E, com isso, acende um alerta: as pessoas precisam conhecer a lei para que a separação seja justa para ambos os lados e, claro, não prejudique as crianças.  

Segundo dados do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número total de separações judiciais em 2022 bateu recorde e chegou a 420 mil, sendo o maior da série histórica iniciada em 2007: a cada 2,3 casamentos, um casal se divorciou. Essa relação há dez anos, em 2010, era de um divórcio a cada quatro casamentos.   

As cidades com as maiores taxas de divórcio estão no Paraná: Ivatuba teve sete divórcios a cada mil habitantes e Iracema do Oeste registrou seis divórcios a cada mil habitantes. 

Os números também apontam que esses divórcios estão acontecendo cada vez mais cedo. Em 2010, 37,4% das separações aconteciam com menos de dez anos de matrimônio. Em 2022, esse percentual subiu para 47,7%. O tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio também diminuiu, passou de 16 anos em 2010 para 13,8 anos em 2022.  

Por conta desse número crescente, o advogado Lucas Costa, especialista em Direito de Família, não apenas segmentou seus atendimentos preferencialmente para mulheres divorciadas e com filhos, mas criou um projeto exclusivamente para orientá-las: o @escritorioparamaes, no Instagram. 

 

Perfil dos casais divorciados 

Segundo o levantamento do IBGE, 54,2% dos divórcios registrados em 2022 foram entre casais com filhos menores. Dentro deste recorte, o comportamento em relação à guarda dessas crianças e adolescentes tem mudado: em 2010, a guarda dos filhos ficava com a mulher em 85% dos divórcios. Em 2022, esse índice caiu para 50,3%. Paralelo a isso, o percentual de responsabilidade compartilhada entre os dois ex-cônjuges cresceu de 7,5% em 2014 para 37,8% em 2022. 

 

Guarda compartilhada   

A obrigatoriedade da guarda compartilhada completa dez anos agora em 2024. Esse modelo de tutela começou a ser praticado no Brasil em 2002, mas só em 2008 se tornou legalmente instituído. Em 2014, a legislação avançou e este tipo de guarda passou a ser a regra geral mesmo quando não há acordo entre o casal. 

O advogado especialista em Direito de Família, Lucas Costa, esclarece que o Código Civil prevê duas modalidades de guarda e que uma terceira alternativa pode ser definida pela justiça em casos específicos.   

“O instituto da guarda prevê quem será responsável por tomar decisões sobre a vida da criança/adolescente enquanto perdurar a menoridade.O Código civil prevê duas modalidades de guarda: unilateral e compartilhada. Em alguns casos muito específicos, admite-se a guarda alternada, que é quando a criança possui alternância de domicílios e aquele que está com a criança tem a guarda unilateral naquele período”, explica Lucas. 

O especialista esclarece as principais dúvidas sobre o assunto: 

Como funciona a guarda compartilhada?  

R: Na guarda compartilhada aqueles que a compartilham devem decidir em conjunto questões relevantes sobre a vida do menor: local que vai estudar, se vai fazer uma atividade extracurricular, tratamentos de saúde, entre outros. É a regra geral no Brasil.

 

E quando não existe acordo entre o casal? 

R: Em regra, a guarda será compartilhada. Caso um dos genitores não tenha condição ou interesse de exercer a guarda, será unilateral (apenas do outro). Caso a guarda seja compartilhada e os genitores não consigam chegar a um consenso sobre alguma decisão importante, a questão deverá ser levada a um juiz.

 

Legislação passou por atualizações na última década: 

A Lei 13.058/14 tornou a guarda compartilhada a regra geral, ainda que não haja acordo entre os genitores. No ano passado, a Lei 14.713/2023 alterou o artigo 1.584 , §2º do Código Civil, passando a constar que, havendo risco de violência doméstica, a guarda compartilhada não deve ser concedida.

 

A guarda compartilhada se estende aos animais de estimação? 

No caso de animais, utiliza-se o termo "custódia". Apesar de não haver previsão no Código Civil, a jurisprudência admite a fixação de um lar de referência e do direito de visitas sobre animais de estimação, bem como pode determinar que aquele que não mora com o animal pague uma ajuda de custo ao outro. 



Lucas Costa - Advogado, formado pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA), com pós-graduação em direito processual civil pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDCONST). Por dois anos foi membro do grupo de pesquisa em Direito de Família da UNICURITIBA. Foi membro do Grupo Permanente de Discussão da OAB/PR na área de Planejamento Sucessório.


De inteligência emocional a análise de dados: as hard e soft skills essenciais para o profissional do futuro

Estudo destaca as habilidades que serão mais procuradas nos próximos anos e que devem ganhar destaque no ambiente profissional até 2030


 

O mercado de trabalho segue evoluindo rapidamente devido, principalmente, à automação, inteligência artificial e a mudanças na economia global. Por isso, os profissionais do presente e do futuro precisarão desenvolver uma ampla gama de habilidades para se manterem competitivos. Segundo a pesquisa “Panorama das Carreiras 2030”, elaborada pela TOTVS em parceria com a H2R Insights e Trends, 51% dos especialistas de finanças acreditam que a análise de dados é a habilidade técnica principal a ser desenvolvida para os próximos cinco anos, e 49% destacam a inteligência emocional como a soft skill mais necessária.

 

“Conhecidas como hard skills, as habilidades técnicas trazem capacidades específicas para realizar tarefas, enquanto as soft skills, ou habilidades interpessoais, ajudam na comunicação eficaz, resolução de problemas e liderança. Quando o profissional consegue desenvolver e aprimorar ambas, é possível se sobressair no mercado e ter sucesso abrangente no ambiente de trabalho”, destaca Samyra Ramos, gerente de marketing da Higlobe, fintech de pagamentos para freelancers e contratados brasileiros que trabalham remotamente para empresas nos EUA.

 

Pensando nisso, a especialista compartilha as principais habilidades e tendências que vão se destacar até 2030. Confira:  


 

Habilidades digitais avançadas


Com a rápida digitalização de todos os setores, ter habilidades avançadas em tecnologia, incluindo programação, análise de dados, inteligência artificial e aprendizado de máquina, são primordiais para se manter competitivo e impulsionar a inovação. Esses conhecimentos são úteis em qualquer segmento do mercado de trabalho, e dominar tais habilidades pode ser decisivo para uma carreira em expansão.


 

Literacia de dados


A literacia de dados, ou alfabetização de dados, é a capacidade de coletar, ler, gerenciar, interpretar e argumentar por meio de dados. Ela se aplica a diversos setores e campos de atuação, impulsionando a tomada de decisões mais bem informadas e a eficácia das estratégias. Para dominar essa habilidade, é preciso conhecimento em estatísticas, que permitam a compreensão dos padrões e tendências, além de saber administrar ferramentas para inferir conclusões significativas.


 

Competência em tecnologias emergentes


Acompanhar tecnologias emergentes, como blockchain, realidade aumentada e Internet das Coisas (IoT) também tem sido uma habilidade relevante no mercado de trabalho. Essas ferramentas oferecem segurança em transações digitais, permitindo experiências imersivas e possibilitando o monitoramento e controle remoto de dispositivos físicos. Saber trabalhar com elas permite ao profissional pensar em estratégias inovadoras e disruptivas, destacando a adaptatividade do colaborador.

 


Inteligência emocional


Com a crescente automação e uso de ferramentas digitais, habilidades como empatia, comunicação e gestão de conflitos se tornarão ainda mais importantes para colaboração e liderança eficazes. Como a natureza dos trabalhos está passando por transformações, habilidades sociais se tornam a base para entender as necessidades dos colegas e clientes, transmitir ideias complexas, evoluir na carreira e manter relacionamentos sólidos. 


 

Pensamento crítico e criatividade


Além de habilidades técnicas, a capacidade de pensar criticamente, questionar o status quo e gerar novas ideias será fundamental para a inovação e resolução de problemas complexos, que se tornam mais profundos com o tempo e as novas tecnologias. O mercado deve valorizar ainda mais as análises de informações, a identificação de falhas em processos e a busca por soluções mais eficazes. 


 

Colaboração e trabalho em equipe


A capacidade de trabalhar em equipe com ambientes de trabalho globalizados e interconectados, seja presencialmente ou virtualmente, é um diferencial para os recrutadores. Adaptar-se a diferentes dinâmicas de grupo envolve colaboração, comunicação eficaz, habilidades de resolução de problemas e flexibilidade. 

 

 

Higlobe, Inc.


A tragédia se repete e a insensibilidade política permanece

A tragédia da inundação que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, devastando 428 municípios, deixando 107 pessoas mortas, mais de 130 desaparecidas, e afetando mais de 1,5 milhão de cidadãos - dos quais 159 mil desalojados (dados de 09.05.2024) -, trouxe dor e sofrimento ao povo gaúcho e comoveu o país inteiro. Por sua magnitude, o desastre natural merece, obviamente, a sensibilização e a solidariedade nacionais. No entanto, o socorro amplo e imediato à população e a reconstrução das cidades não podem esconder algumas reflexões que precisam ser feitas para que tragédias como essa não se repitam e para que todos - a classe política em especial - tomem consciência sobre suas ações e omissões. 

As autoridades precisam buscar as causas do problema. No caso do Rio Grande do Sul, a gênese da tragédia não está nem no rio Guaíba nem no rio dos Sinos, e sim no Rio Taquari que, com elevação do seu nível a mais de 32 metros – 6 ou 7 metros acima do normal e mais de 2 metros acima da maior enchente até então registrada, em 1941 – deságua boa parte no Guaíba. O relevo, a hidrografia da região metropolitana de Porto Alegre e, mais recentemente, o aquecimento global, dificultam o escoamento de água. 

De seu nascedouro em Cambará do Sul e Bom Jesus, aí com o nome de Rio das Antas, em São Valentim do Sul, o rio recebe as águas do rio Carneiro e então ganha o nome de Taquari, percorrendo, no total, 550 km do seu nascedouro até sua foz. 

Trata-se de um rio amplamente mapeado, mas que mereceu pouca atenção na compreensão sobre a tragédia gaúcha. Aliás, é estranho que, mesmo com todos os recursos técnicos hoje disponíveis, não se tenha conseguido evitar uma enchente de proporção ainda maior que a de 1941, mesmo tendo se passados, portanto, 84 anos. Fica evidenciada a falta de políticas públicas de prevenção de acidentes, fator determinante na ocorrência, e repetição de tragédias. A capital Porto Alegre, embora tenha 68 km de diques, muros de contenção, comportas e bombas, há décadas faz manutenção precária desses equipamentos. 

As tragédias que vêm se sucedendo no Brasil ainda não convenceram a sociedade de que os desastres naturais são sempre consequência das ações antrópicas do homem, a espécie que todos ainda insistem em afirmar que é o único ser racional. 

O Homem executa planos de ocupação dos solos das cidades brasileiras e não deixa áreas para permeabilidade e escoamento da água, constrói nas encostas, desmata, provoca o assoreamento dos leitos dos rios, polui as nascentes, invade as margens fluviais para construir barracos, emite gases de efeito estufa, destrói a natureza em nome do desenvolvimento. 

Tudo isso acontece graças à permissividade do poder do Estado e às políticas públicas equivocadas, elaboradas por quem vê o cidadão somente como contribuinte, sem enxergá-lo como ser humano, detentor de direitos e carente de bem-estar. Comprovação desse fato é que o Plano Nacional de Prevenção de Tragédias está sendo elaborado há 10 anos e nunca é concluído, numa eterna repetição de um faz-de-conta. 

Enquanto isso, as tragédias seguem se repetindo, com intensidade cada vez maior como mostram os episódios ocorridos nos últimos anos na região serrana do Rio de Janeiro, em Angra dos Reis, em Santa Catarina, na Bahia, no litoral norte paulista e, agora, em quase 80% do Rio Grande do Sul. 

A pobreza e a fome ainda envergonham o país que continua alimentando a já enorme concentração de renda. As desigualdades regionais e sociais se acentuam e as promessas se repetem a cada eleição. A grande maioria da população conhece a verdade, mas prefere acreditar na mentira e naqueles que a pronunciam sem pudor. 

Continua atual o que escreveu o diplomata, historiador e jurista Joaquim Nabuco (1849-1910): “A classe política parece ter contraído, na bancarrota das promessas e dos compromissos, a faculdade de tornar-se insensível diante da miséria alheia”. 

Também vale uma reflexão sobre o alerta do economista e escritor norte-americano Harry Browne (1917/1986) para quem “O governo é bom em uma coisa. Ele sabe como quebrar as suas pernas, apenas para depois lhe dar uma muleta dizer: se não fosse pelo governo você não seria capaz de andar”. 

Metaforicamente, o governo “quebra as pernas” dos cidadãos tributando tudo sem oferecer, em contrapartida, educação decente, segurança pública eficiente, saúde de boa qualidade, saneamento básico universal e habitação amplamente acessível às famílias de baixa renda. Isso tudo é tirado da população e, então, o poder público oferece “muletas” como os programas do bolsa-família, auxílio-gás, vale-dignidade menstrual e, em caso de tragédias como a do Sul, autorização para saque emergencial do FGTS e antecipação da restituição do Imposto de Renda e do seguro-desemprego, vangloriando-se de tais “benesses”. Esse é o retrato do Brasil nas últimas décadas. 

Agora, diante da tragédia o governo federal envia para o Congresso projeto pelo qual a União fica autorizada a furar o teto de gastos por meio de crédito extraordinário e renúncias fiscais necessárias para o enfrentamento da calamidade pública. 

Outra medida é a liberação de emendas parlamentares no valor de R$ 1 bilhão com a finalidade de socorrer o Rio Grande do Sul. Ajuda, é claro, porém poucas são as emendas de parlamentares que destinam recursos para prevenção, assim como são raras as liberações para essa finalidade. 

Obviamente, todo recurso financeiro é bem-vindo num momento de tragédia, mas ninguém propõe doar àquele estado parte do Fundo Eleitoral, de R$ 4,9 bilhões (aumentado em 92% em relação a 2020). Esta, sim, seria uma iniciativa elogiável do Congresso. Afinal, o valor das emendas sai do Orçamento da União. Do bolso dos parlamentares nada é destinado em socorro dos brasileiros do Sul. 

O Executivo também poderia, com base no artigo 3º da Constituição Federal de 1988, que discorre sobre uma sociedade justa e igualitária, destinar para o Rio Grande do Sul R$ 3 bilhões do orçamento da Lei Rouanet, com o apoio da classe artística, a maior beneficiada com essa legislação. Esse valor, somado a R$ 2,3 bilhões retirados do Fundo Eleitoral, representaria valor suficiente para a construção de mais de 20.000 residências para a população de baixa renda afetada pelas inundações no Sul. Outra medida essencial para aliviar o caixa do Governo do Estado sem necessidade de demora burocrática seria a suspensão por dois anos do pagamento dos encargos da dívida do Estado, o que poderia representar algo em torno de R$ 6 a 7 bilhões no período. 

É difícil, no entanto, esperar iniciativas dessa espécie do Executivo e do Legislativo. Como falado, nada se fez nesse sentido durante os últimos desastres ambientais e agora a história se repete. As tragédias se sucedem, as mortes se acumulam, populações inteiras perdem tudo o que construíram na vida, mas nada disso é capaz de sensibilizar a classe política, com olhos voltados menos para a população e mais para os recursos necessários na busca pelos votos. 

Alguém já disse que no Brasil vivemos em uma cultura de embalagens que despreza o conteúdo. Os governos vêm se especializando nisso.  



Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br


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