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terça-feira, 18 de julho de 2023

Omnicanalidade na prática, é possível?

 Freepik
Comércio sofre cada vez mais pressão para estar presente em diversos canais de vendas a fim de atender às expectativas dos clientes e fidelizá-los

 

É consenso que a omnicanalidade é vital para as empresas. Quanto mais canais de vendas disponíveis aos clientes, melhor, não é mesmo? Sim, mas nem sempre é viável. É preciso avaliar a capacidade de cada negócio para atender à nova demanda e ao público que se quer atingir.

A questão central é encontrar a sintonia fina entre esses canais para que ela permita uma experiência fluida do cliente.  Os especialistas em gestão de negócios enxergam a omnicanalidade como um desafio para os comerciantes. No entanto, é, ao mesmo tempo, viável e vital para que eles adquiram melhores resultados em vendas e alcancem metas de fidelização dos consumidores.

Um estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com o Oasis Lab Innovation Space, mostra que 87% das empresas afirmam ter ações de transformação digital em seus negócios, e 41% destinaram recursos para aprimorar a jornada omnichannel.

“Atuar em vários canais passou a ser crucial para empresas de todos os portes, seja comércio, serviços ou indústria”, afirma Eduardo Yamashita, COO da consultoria de negócios Gouvêa Ecosystem. 

“Claro que ainda há muitos comerciantes que não aderiram, mas o varejo passa a sofrer as pressões para que isso ocorra em algum momento. Caso contrário, o concorrente fará e você perde mercado”, diz.

A empresa deve estar onde o cliente quer que ele esteja e a pandemia obrigou muitas delas a migrarem para o digital para sobreviver. “O aumento da conectividade, principalmente vinda dos celulares, tornou os consumidores mais exigentes. O comerciante, por menor que ele seja, pode encontrar formas de se reinventar e inovar para atender às expectativas dos clientes e gerar uma fidelização”, considera Yamashita.

Sem dúvida, a maturidade da transformação digital nas pequenas e médias empresas tem crescido. Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, considera que houve uma mudança cultural e de comportamento com a crise da covid-19. 

“As empresas estão precisando ser muito ágeis atualmente. Isso significa trabalhar em squads, times horizontais, atuar remotamente e usar tecnologia para vencer os desafios e continuar operando”, avalia.

Ainda segundo o estudo da SBVC, em 2023, as principais áreas de investimento em transformação digital deverão ser as vendas on-line (foco de 88% dos varejistas entrevistados), omnicanalidade (80%) e experiência do consumidor (80%). 

Para o varejo, os maiores benefícios trazidos pelos investimentos em transformação digital são o aumento da receita da empresa (74%) e o aumento do valor do negócio (64%).


INTEGRAÇÃO E RAIO DE INFLUÊNCIA

Mas é possível, na prática, fazer com que site, redes sociais, newsletter, e-mail, loja física, Whatsapp e outras plataformas trabalhem de maneira simétrica?  “Dificilmente a atenção vai ser a mesma em todos os canais, mas é possível criar um balanço entre eles”, considera Giulio Costa, especialista em marketing digital e inovação.

Uma das principais vantagens de atuar em multicanais é poder aumentar o raio de influência e, consequentemente, de público e de vendas. Quando se tem uma loja física, os clientes são os que moram perto ou, no máximo, turistas que passam pelo local. Esse raio é bem pequeno.

Ao atuar com vendas em redes sociais ou e-commerce, além de plataformas digitais como o Whatsapp, esse raio aumenta consideravelmente. “Aqui temos outras geografias envolvidas, por vários estados ou países. Pode-se mudar até o tipo de cliente atendido porque novas vertentes são alcançadas. Também é possível apostar em outros tipos de produtos, ampliando a gama, já que há novos consumidores chegando”, completa Yamashita. 

A experiência de compra pode ser a mesma em todos esses canais? Dificilmente, mas é um desafio. Yamashita diz que a própria jornada do consumidor é diferente em cada canal. 

Na loja física, há um atendimento consultivo disponível e o produto é adquirido imediatamente. No digital, há alguns obstáculos que podem tornar essa experiência não tão agradável, como a instabilidade do site, a rapidez do envio do produto, entre outros. Mas há também pontos positivos, como a comodidade. 

Cabe ao cliente escolher o que lhe melhor convém naquele momento de compra.


CUSTOS 

Um dos fatores que preocupam o comerciante que pretende entrar no ramo digital é o custo. Mas, isso é um mito, segundo os especialistas. Atualmente, há o conceito “paga conforme o tamanho”, onde as ferramentas e seus custos têm valores diferenciados para os variados tipos e tamanhos de comércio. 

Para implementar canais novos de vendas, primeiramente, o comerciante deve identificar onde seus clientes estão. 

Giulio Costa ressalta que é fundamental que a empresa tenha capacidade de responder prontamente àquela venda que está disposta a começar a fazer, seja ela pelo Instagram, pelo Whatsapp ou qualquer outra plataforma.

“Não adianta ter um perfil em uma rede social com link para o site onde o tempo de resposta e entrega não seja o esperado pelo cliente. Por isso, é importante cuidar do estoque e utilizar ferramentas de sincronização para que este processo seja ágil e não traumatize o consumidor, senão ele não compra mais”, explica.


FERRAMENTAS

Uma das ferramentas mais utilizadas é o ERP (Planejamento de Recursos Empresariais - do inglês, Enterprise Resource Planning). “É o coração do negócio. É por meio dele que o empresário pode ter todo o controle porque o software faz a gestão empresarial, automatizando todos os processos manuais, armazenando dados e unificando a visualização de resultados”, diz Costa.

Para quem atua com marketplaces, a dica do consultor é optar por soluções como o Bling, que faz essa integração mais facilmente a um custo bem acessível para as empresas.

Yamashita também considera o quanto é necessária uma ferramenta de gestão quando o comerciante entra em multicanais. “Nunca foi tão democrático e acessível ter essa tecnologia. É preciso entender qual é o planejamento a ser seguido, estudar os canais e testá-los antes e pegar experiências com outras empresas que já passaram por isso”, aconselha.

É preciso ainda instruir as equipes e oferecer treinamentos de capacitação. A estratégia deve ser contínua e melhorada para que haja sucesso. Indicadores como tempo de resposta, satisfação do consumidor e taxa de conversão podem ser medidos para avaliar se a estratégia está correta e, se não, fazer ajustes táticos no processo.

Outra pesquisa realizada em 2002 pela Microsoft em parceria com a Edelman constatou que 98% das micro, pequenas e médias empresas – frequentemente vistas como incapazes de acompanhar a evolução das máquinas e softwares – estão passando por um processo de transformação digital, além de reconhecerem e conseguirem medir o impacto positivo da iniciativa. 

“A maioria dessas companhias já experienciou essa inovação em algum nível, principalmente na pandemia. É fundamental desmistificar essa percepção e destacar as oportunidades que elas têm ao abraçar a tecnologia, de maneira que a transformação digital passe a ser vista como algo palpável para todos, e não apenas para empresas que possuem grande capital de investimento", comenta Luiz Grilo, diretor da Unidade de Infraestrutura de Redes e Cibersegurança da Unentel, empresa fornecedora de soluções tecnológicas com foco no público business-to-business (B2B). 



Cibele Gandolpho
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/omnicanalidade-na-pratica-e-possivel

 

Noite de sono de qualidade - confira dicas para evitar crises alérgicas

Com a chegada do inverno, é fundamental adotar ações que auxiliem na prevenção do desencadeamento de sintomas alérgicos noturnos

 

Com a chegada do inverno e também das férias, as noites de descanso prolongado são ansiosamente aguardadas. Contudo, as temperaturas baixas e o clima seco do período, aumentam as crises alérgicas noturnas, impedindo o relaxamento completo durante o sono. O acúmulo de ácaros desencadeia as reações causadoras de espirros, tosse, congestão nasal e olhos lacrimejantes.

Para impedir que esse quadro aconteça, é essencial colocar em prática dicas no ritual noturno, que além de auxiliarem na prevenção de crises alérgicas, asseguram uma melhor noite de sono. As recomendações variam de ações básicas a serem feitas na rotina, até a adição de itens que podem melhorar o ambiente e torná-lo livre de agentes impulsionadores dos sintomas.

As crises alérgicas noturnas podem ser incômodas e afetar a qualidade do sono. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar a evitar essas crises:

 

  • Uso de capas em colchões, travesseiros e edredons

É importante se certificar diariamente de que o quarto esteja limpo e livre de poeira, ácaros e outros alérgenos. Além de aspirar tapetes e cortinas, e trocar a roupa de cama com frequência, escolher os produtos ideais para a limpeza regular facilita a prevenção de crises. O uso de capas em colchões, travesseiros e edredons evita a exposição a alérgenos durante o sono.

A Alergoshop, referência em desenvolvimento e comercialização de produtos hipoalergênicos, conta com itens como a capa de colchão. O produto proporciona a proteção necessária para evitar o contato com os ácaros, através do tratamento antimicrobiano e antiácaro. O tecido impede a passagem de dejetos acumulados nos colchões, travesseiros e edredons, prevenindo crises de asma, rinite e dermatites.


  • Controle a umidade do ambiente

O clima do período favorece o crescimento de mofo e o acúmulo de poeira. No intuito de evitar a proliferação dos incitadores de crises alérgicas, umidificar o ambiente é essencial. Roupas úmidas e toalhas molhadas não devem ser deixadas no quarto no período noturno e, caso haja umidade em demasia, adquirir um desumidificador é uma alternativa válida para o controle da situação.


  • Utilize um acaricida na limpeza

Aplicar acaricida em tapetes, carpetes, sofás, cortinas, pelúcias, sapatos, roupas e em outros materiais têxteis, é uma medida de prevenção eficaz, uma vez que evita crises alérgicas não somente durante à noite, mas também durante o dia.

A Solução ADF Plus, da Alergoshop, por exemplo, elimina, repele e controla a quantidade de ácaros, fungos e bactérias nos ambientes, mantendo-os livre desses micro-organismos. O item é indicado principalmente para pessoas que sofrem de asma, rinite e bronquite, e pode ser aplicado, inclusive, em quartos de crianças, uma vez que não é tóxico. O produto também pode ser aplicado em superfícies que apresentem sinais de poeira e bolor, como cerâmicas, couro e fórmicas. Assim, a aplicação regular, além de minimizar a quantidade dos ácaros e outros micro-organismos, impede a reinfestação.


  • Aplique os produtos adequados na pele durante a rotina de higiene

No inverno, as pessoas optam por banhos mais quentes, fator que reduz a barreira protetora da pele. No intuito de manter a hidratação, é necessário utilizar os produtos corretos na rotina noturna de skincare. A Alergoshop, por exemplo, oferece o Creme Nutritivo Noite Hipoalergênico Eternity, que contém componentes que estimulam a produção de colágeno e intensificam a renovação celular, tornando o tecido cutâneo mais espesso, aumentando a maciez e saúde da pele.

A Loção Corporal Ultrahidratante Para Pele Extrasseca, é outro item fortemente benéfico para a pele na estação fria. A composição auxilia na recuperação do manto hidrolipídico, bem como reduz a perda transepidérmica de água, promovendo hidratação prolongada. Os emolientes presentes na loção, suavizam, hidratam e protegem a pele, corroborando com a redução da inflamação e irritação.

Para bebês e idosos, cuja pele é mais sensível, o Balm Protetor Hidratante, protege a pele contra agressões, causadas pelo uso das fraudas por exemplo. De acordo com testes realizados pela marca, há um aumento em até 42,9% na hidratação com o uso do produto.


  • Lave o nariz antes de dormir

Os cuidados com o ambiente são fundamentais para a prevenção de crises alérgicas. Porém, a atenção à saúde também é essencial. Utilizar soluções salinas para lavar as narinas antes de ir para a cama é uma opção viável, uma vez que pode ajudar a remover alérgenos e reduzir a inflamação nasal.


  • Utilize um espaçador

O espaçador é um dispositivo utilizado com inaladores para ajudar a administrar medicamentos para as vias aéreas de maneira mais eficaz. O item é frequentemente usado no tratamento de condições como asma, bronquite e outras doenças respiratórias. Seu uso pode ser útil na administração de medicamentos inalatórios durante uma crise asmática, desencadeada por uma reação alérgica. Ele ajuda a garantir que a medicação chegue diretamente aos pulmões, reduzindo o risco de efeitos colaterais sistêmicos.

As bombinhas, por serem utilizadas diretamente na boca, a tornam mais seca, e o espaçador é um excelente substituto, principalmente no período noturno. É importante consultar um médico alergista ou imunologista para avaliar a condição e prescrever o tratamento adequado, orientando o paciente sobre o uso correto do dispositivo.

 

  • Consulte um médico

As dicas mencionadas auxiliam na melhoria da noite de sono, ao evitar que haja acúmulo de alérgenos no ambiente. Contudo, se as crises alérgicas noturnas persistirem ou forem graves, é preciso consultar um médico alergista ou otorrinolaringologista. Eles podem realizar testes para identificar os alérgenos específicos que estão causando as crises e recomendar um tratamento adequado.

 


Alergoshop
https://alergoshop.com.br/

 

Eletrificação da frota de veículos e expansão do hidrogênio verde devem criar mercado de R$ 2,2 trilhões para setor fotovoltaico no Brasil

 Segundo estudo do Portal Solar, demanda adicional por energia nos próximos 30 anos pode exigir cerca de mais 540 gigawatts em painéis solares no País


Estudo inédito desenvolvido pelo Portal Solar, franqueadora de projetos fotovoltaicos no País, indica que a demanda extra por energia elétrica no Brasil, decorrente da eletrificação da frota de veículos e da produção de hidrogênio verde, deve movimentar o mercado nacional de energia solar em cerca de R$ 2,2 trilhões até 2050.

O relatório aponta que a energia solar deve ser protagonista nesse cenário de demanda adicional que virá nas próximas três décadas, oriundo da descarbonização das economias, tendo a necessidade de adicionar cerca de 540 GW em sistemas fotovoltaicos, sejam centralizados e distribuídos, bem como a aplicação de baterias para armazenamento energético.
 
Embora outras fontes renováveis devam crescer para acompanhar a nova onda de demanda por energia no País, a solar fotovoltaica se configura como uma das mais competitivas e atrativas neste cenário que se avizinha.
 
O estudo, feito a partir de cruzamento de dados oficiais e projeções de entidades setoriais, órgãos de governo e institutos internacionais, destaca, por exemplo, a queda dos preços de equipamentos fotovoltaicos, a melhora na geração por metro quadrado das placas solares e os projetos de rápida instalação e de baixo custo da geração descentralizada, o que fazem da solar a tecnologia mais adequada para atender o crescimento exponencial do consumo.  
 
“Em razão de exigências ambientais, custos de investimentos e possibilidade de geração elétrica próxima ou junto ao local de consumo, a energia solar fotovoltaica se posiciona, portanto, como a tecnologia mais viável para atender esse crescimento de demanda”, explica Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.
 
O executivo lembra que diversos fatores em conjunto fizeram com que o mercado de energia solar crescesse 36 mil vezes no Brasil entre 2012 e 2023, saindo de 8 MW para quase 30 GW de capacidade instalada, colocando a fonte solar fotovoltaica como a segunda maior da matriz elétrica, atrás apenas da hídrica, com aproximadamente 110 GW.
 
“A resolução normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que criou o mercado de geração distribuída, abriu o caminho para que combinação entre a inflação das tarifas de energia e a redução de custos dos equipamentos fotovoltaicos catapultassem o crescimento vertiginoso da energia solar no País”, explica Meyer.
 
Há também o avanço tecnológico do mercado internacional. Conforme dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), o preço dos painéis solares caiu 90% no mercado global entre 2010 e 2019. Na última década, esses equipamentos também passaram a gerar 80% mais energia por metro quadrado. Paralelamente, a tarifa média da classe residencial explodiu no Brasil, saindo de R$ 284,67/MWh para R$ 632,62/MWh entre 2013 e 2022, segundo evolução histórica da Aneel, um aumento de mais de 122%.


 
MIGRAÇÃO DA FROTA
 
O estudo elaborado pelo Portal Solar aponta que a transição energética total da atual frota de veículos circulantes do Brasil traria uma demanda adicional de 403 terawatts-hora/ano (TWh/ano), um volume que se aproxima da capacidade total de geração energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) e exigiria o equivalente a cinco novas hidrelétricas de Itaipu.
 
Uma matéria da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) indica que os veículos elétricos deverão se tornar mais baratos que veículos a combustão por volta de 2027. O ponto de paridade indica o momento em que os fabricantes poderão construir e vender os dois tipos de automóveis com a mesma margem, assumindo que não existam subsídios.
 
As tecnologias de carregamento também avançaram muito. Conforme publicação da Agência Internacional de Energia (IEA), em 2022, mais de 900 mil pontos de carregamentos públicos foram instalados globalmente, representando um crescimento de 55% em relação a 2021. Atualmente, o país que mais investe nesse mercado é a China.
 
“Uma vez que todos os grandes fabricantes automotivos já estão colocando em prática a migração de suas linhas de produção para veículos elétricos, a transição da frota de veículos se torna eminente no mundo, incluindo no Brasil”, diz o CEO do Portal Solar.
 
Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), a frota de veículos elétricos do País saltou de 77 mil para 126 mil de 2021 para 2022. A associação reporta também que, no primeiro trimestre de 2023, as vendas cresceram 55% em relação ao mesmo período do ano passado, levando a frota de veículos elétricos para mais de 140 mil carros em circulação.
 
“Embora ainda pequeno, esse mercado tem uma curva de crescimento que se assimila a registrada em revoluções tecnológicas anteriores, como nos mercados de chips, internet, smartphones e painéis solares. Agora, chegou a vez dos veículos elétricos, baterias e hidrogênio verde”, afirma Meyer.
 
Segundo dados do Ministério dos Transportes, da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAN) existem aproximadamente 120 milhões de veículos automotores no país.
 
De acordo com o Relatório da Frota Circulante (2023) publicado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e pela Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças), aproximadamente 60 milhões desses veículos, metade do total, estão efetivamente circulando nas ruas diariamente.
 
Com base na quilometragem média por classe de veículos circulantes, o Portal Solar, estima que a migração total da frota trará uma demanda de energia adicional de 403 TWh/ano. Considerando o fator de capacidade médio de 17% dos sistemas fotovoltaicos residenciais, isso representará uma necessidade adicional de 270 GW de capacidade instalada na matriz energética brasileira.
 
A maior parte dessa demanda de energia, aproximadamente 75%, virá de ônibus e caminhões, que rodam mais quilômetros por ano e possuem eficiência energética menor, devido ao peso. Carros representariam aproximadamente 17%. Motos menos de 2%.


HIDROGÊNIO VERDE

 
O estudo destaca ainda que a demanda de energia no País irá aumentar por uma série de outros fatores além eletrificação da frota de veículos, entre eles o crescimento do PIB, a eletrificação de outros setores, como a indústria, e a “nova onda” mundial do hidrogênio verde.
 
Segundo matéria publicada no Estado de São Paulo em 13 de junho de 2023, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em visita ao Brasil, anunciou que o bloco vai investir o equivalente a R$ 10,5 bilhões no País para produção de hidrogênio verde, considerado o combustível mais limpo do mundo, porém altamente intensivo em energia.
 
O composto, produzido no processo de eletrólise da água, tem três vezes mais energia que a gasolina e atrai a atenção de grandes empresas.
 
Segundo artigo publicado pela McKinsey, o Brasil pode se tornar um dos líderes mundiais na produção de hidrogênio verde dado seu potencial de energia eólica e solar abundante, um sistema elétrico integrado e de baixo carbono e uma posição geográfica vantajosa para alcançar a Europa e a costa leste norte-americana, além de uma relevante indústria doméstica.
 
De acordo com Luiz Piauhylino Filho, da Secretaria de Hidrogênio Verde (SHV) do Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), a Europa, por exemplo, precisará instalar 3.350 GW de energia renovável para viabilizar a eletrificação e produção de hidrogênio verde, necessárias para atingir a meta de descarbonização até 2050. Porém, o continente europeu só tem capacidade de instalar 20% desse total.
 
Segundo relatório do Portal Solar, se o Brasil quiser atender 10% dessa demanda, teria que instalar 268 GW adicionais de projetos renováveis para a produção de hidrogênio verde e seus derivados nos próximos 27 anos. Este cenário desconsidera a necessidade de investimento para servir ao mercado doméstico – em particular o transporte de carga por caminhões, a siderurgia e outros usos energéticos industriais.
 
O estudo do Portal Solar, acima de tudo, apresenta o panorama do futuro que já começa a se formatar, demonstrando o verdadeiro tamanho potencial do mercado de energia solar no Brasil. O artigo, ao fundamentar o cenário com dados e projeções de entidades de classe nacionais e internacionais, traça um breve roteiro para ajudar os participantes do mercado a desbloquear todo o potencial do setor.


Portal Solar


Como a energia solar pode ajudar a impulsionar a produção agrícola

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Alta na conta de luz alerta para a importância da energia improdutivas


A demanda por energia solar no país vem crescendo como uma alternativa para contornar os frequentes aumentos nas contas de luz. No final de maio, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa, afirmou que a tarifa média no Brasil deve ser reajustada em 6,9% nos próximos meses. Alguns estados, inclusive, já anunciaram um reajuste com valores superiores ao esperado. Em Minas Gerais, por exemplo, a correção foi de quase 15%, enquanto no Pará foi de 16,85%

Em média, a tarifa de energia elétrica residencial acumulou aumento de 6,79% no primeiro semestre de 2023, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O aumento da conta de luz afeta diversos setores, entre eles a agricultura. Uma alternativa viável e lucrativa para os produtores rurais, explica o especialista em captação de crédito rural para empresas, João Fossaluzza, é a transformação de terras improdutivas em Usinas Solares. "As terras podem se tornar improdutivas por várias razões - as mais comuns incluem erosão do solo, contaminação e esgotamento de nutrientes. No entanto, existem alternativas para transformá-las em terras cultiváveis e lucrativas - uma delas é o investimento em usinas fotovoltaicas, uma solução sustentável e econômica para ajudar a impulsionar a produção agrícola", afirma.  

Além de reduzir os custos com eletricidade, a instalação de painéis solares em fazendas contribui para o meio-ambiente, pois o sistema não emite gases de efeito estufa ou outros poluentes, destaca Fossaluzza. "O valor investido no Painel solar vai gerar uma economia suficiente para compensar os custos do financiamento. Ou seja, estamos diante de um cenário em que ganham o agricultor, o meio ambiente e o sistema elétrico nacional", explica o vice-presidente da Atto Agro.

A Atto Agro é especialista em fomentar e realizar operações estruturadas para o agronegócio, oferecendo condições favoráveis para produtores rurais, empresas e cooperativas. "O produtor pode, através das linhas de crédito, obter financiamento para usinas solares em até dez anos, enquanto as empresas podem pagar em até 5 anos", esclarece Fossaluzza.  

Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), realizado em março, a energia solar fotovoltaica tornou-se a segunda maior fonte da matriz elétrica do Brasil, superando a eólica, e podendo gerar uma economia de até 90% nas contas de luz.

De acordo com Fossaluzza, a falta de infraestrutura de energia elétrica em algumas regiões e os problemas no fornecimento também impulsionam o investimento em energia solar.


Poços artesianos

O desenvolvimento sustentável ganha ainda mais importância em períodos de seca, com início no mês de julho e término previsto apenas para outubro ou novembro. As variações climáticas sempre foram motivo de preocupação para a atividade agropecuária. 

Para não sofrerem com a falta de água, como as longas estiagens fora de época, muitos produtores agrícolas optam por instalar em suas propriedades poços artesianos, tanto para manter a irrigação de seus cultivos, quanto para o abastecimento geral da unidade produtiva. Os poços artesianos levam água a moradores de zonas rurais. 

Em lugares em que a rede elétrica não está próxima aos poços perfurados, a energia solar é uma solução viável e sustentável. Os sistemas fotovoltaicos conseguem, por exemplo, abastecer poços artesianos - que funcionam via energia (elétrica ou solar) para bombear a água até a superfície. A água, bombeada em pequenas vazões, é utilizada para irrigar plantações e hidratar animais. 

Os principais benefícios de um poço artesiano incluem economia de água, qualidade da água para o cultivo e irrigação de plantações em locais sem ou com pouca água superficial. "Uma das vantagens da Energia Solar é que ela pode ser instalada em locais remotos, sem acesso à energia elétrica, gerando economia e incentivando o desenvolvimento sustentável", finaliza Fossaluzza.

 

Visto para os EUA é possível para profissionais especialistas

 Profissionais de diversos segmentos, telecomunicações, por exemplo, ou ainda esporte, medicina, na área das ciências e até artes podem solicitar esse processo que custa em média R$ 25 mil dólares e é divido em três fases que duram até dois anos.

 

Você tem uma qualificação e quer obter o Green Card e ter residência fixa e legal nos Estados Unidos (EUA)? Saiba que existem categorias de vistos que dão essa oportunidade, sem a necessidade de uma oferta de emprego de uma empresa americana ou ainda precisar investir em solo internacional. São os vistos EB1 e EB2 NIW, concedidos a profissionais com longa experiência em suas áreas de conhecimento e que, além da habilitação e experiência comprovadas, possuem também um histórico de contribuições e reconhecimentos no decorrer de sua carreira.

Profissionais de diversos segmentos, telecomunicações, por exemplo, ou ainda esporte, medicina, na área das ciências e até artes podem solicitar esse processo que custa em média R$ 25 mil dólares e é divido em três fases que duram até dois anos. 

“A primeira fase é a entrega ao USCIS (United States Citizenship and Immigration Services) de um dossiê com as comprovações de mérito, que pode aprovar, exigir mais informações ou até negar o pedido. Já a segunda parte, o National Visa Center solicita mais documentos pessoais, antecedentes criminais e uma avaliação física com um profissional credenciado. A terceira e última fase, por sua vez, compõe-se de uma entrevista no consulado americano”, explica o especialista em direito internacional, o advogado e consultor de negócios internacionais Leonardo Leão, da Leão Group.

Vale lembrar que existem três subcategorias para a petição EB-1: EB-1A, para profissionais com habilidades extraordinárias; EB-1B, para professores e pesquisadores de destaque; e EB-1C, para executivos internacionais. 

No EB-2 NIW se enquadram profissionais dos mais diferentes setores, mas que tenham mais de 10 anos de experiência comprovada e também devem atestar que seus trabalhos podem colaborar com a economia, cultura ou educação nos EUA.

Para qualquer uma dessas categorias, reunir antecipadamente documentos que certifiquem as qualificações é essencial. Ser membro de associações, participar ativamente do setor em que atua e até mesmo prêmios aumentam a elegibilidade para o visto.

 

Leonardo Leão - especialista em Direito Internacional, advogado, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group. Mestre em Direito pela University of Miami School of Law, com especialização na University of Miami Division of Continuing & International Education. É pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui MBA pela Massachussets Institute of Business. Tem um vasto conhecimento e histórico comprovado de mais de 15 anos fornecendo conselhos indispensáveis aos clientes que buscam orientações em relação a internacionalização de carreiras e negócios.


Extratos de cajuzinho do cerrado e alecrim são potencial larvicida contra o Aedes aegypti

Pesquisa do CEUB abre caminho para métodos sustentáveis de controle da proliferação do mosquito causador da dengue, zika e chikungunya


A natureza oferece antídotos poderosos. Estudo realizado por estudante de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB) trouxe novas perspectivas no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Desenvolvido por Clerrane Santana, a pesquisa revela o efeito larvicida de extratos de plantas, como o cajuzinho do cerrado (Anacardium humile) e alecrim (Rosmarinus officinalis), explorando alternativas complementares aos inseticidas químicos convencionais.

No Brasil, o controle vetorial do Aedes aegypti é uma questão de saúde pública. No entanto, a resistência dos mosquitos aos inseticidas químicos e os impactos ambientais associados ao seu uso são um desafio constante. Diante dessa problemática, a estudante do CEUB se propôs a explorar o poder das plantas no combate a esse mosquito.

Para o estudo, foram utilizadas larvas de Aedes aegypti em estágio de desenvolvimento 3, que foram expostas a extratos etanoicos de cajuzinho do cerrado e alecrim. Tais extratos foram obtidos por meio do método de maceração com agitação em etanol 96º. Para realizar o experimento, o ativo foi implementado em placas de Petri, onde as larvas foram expostas aos extratos em concentrações de 1% e 2%, diluídos em água destilada. Também foram estabelecidos grupos de controle, sendo um com apenas água destilada e outro com água sanitária comercial, conhecida por seu efeito larvicida.

Os resultados foram promissores: 0 extrato de cajuzinho do cerrado apresentou um efeito larvicida semelhante ao da água sanitária na concentração de 2% em 12 e 24 horas de exposição. Já o extrato de alecrim não apresentou diferença estatística significativa em relação ao grupo controle nas concentrações testadas. No entanto, nas primeiras 12 horas, o alecrim demonstrou ser mais eficiente do que a água sanitária, com uma taxa de mortalidade de 85% em comparação aos 78% do controle convencional.

Francislete Melo, professora de Ciências Biológicas do CEUB e orientadora do projeto, explica que a fitoterapia trabalha com uma mistura de componentes: "Acredita-se que seja a interação dessas moléculas que cause o efeito desejado. Os extratos testados são ricos em compostos fenólicos, que já são conhecidos por suas propriedades larvicidas”.

A pesquisadora Clerrane Santana destaca que a aplicação doméstica de extratos de plantas, como o alecrim, apresenta-se como uma alternativa simples, natural e de baixo custo para o controle das larvas do mosquito. Ela indica como estratégia complementar às medidas de controle já estabelecidas pelos órgãos de saúde. "Os resultados abrem caminho para a implementação de métodos mais sustentáveis e eficientes no combate ao Aedes aegypti, contribuindo para a redução das doenças transmitidas por esse vetor e para a preservação do meio ambiente", completa.


Infecções por Aedes aegypt

O Brasil registrou 173 mortes por dengue em 2023, com uma média de 2 mortes por dia, de acordo com relatório epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. 4.231 notificaram casos da doença, totalizando 584.113 casos prováveis de dengue em apuração. O levantamento aponta que outras 234 mortes ainda estão em investigação. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 41% no número de casos. Em março, houve um pico significativo, com 45.442 casos em apenas três dias.

 

Apertem os cintos, a Reforma Tributária chegou!

Muitos de nós não acreditavam que este dia chegaria, mas ele chegou. O início de julho de 2023 é um marco histórico para o sistema tributário brasileiro com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da aguardada Reforma Tributária. Embora não contemple todos os tributos, é um grande avanço quando se trata dos impostos sobre o consumo. Essa reforma inclui a unificação de cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) em três: o CBS federal (Contribuição de Bens e Serviços), o IBS, que será administrado por Estados e Municípios (Imposto sobre Bens e Serviços) e o IS federal (Imposto Seletivo), que incidirá sobre produtos que prejudicam a saúde e o meio ambiente, como cigarros, por exemplo.

Esta reforma tenta corrigir alguns problemas do sistema atual, como o excesso de regulamentações (apenas para ilustrar, cada um dos mais de 5,5 mil municípios possui sua própria legislação de ISS), cumulatividade de tributos (o ICMS em poucas situações é compensável no decorrer da cadeia), disputas judiciais (interpretações divergentes na sistemática de créditos de PIS e Cofins), cobrança de impostos sobre impostos (quem se lembra da tese do século do ICMS na base do PIS e Cofins), excesso de alíquotas (só de IPI existem cerca de 45 alíquotas diferentes), muitas obrigações acessórias (hoje, um contador tem que enviar muitos e muitos arquivos para o Fisco), dentre outros.

Embora alguns temas ainda estejam pendentes, como a alíquota, por exemplo, a espinha dorsal da reforma já foi aprovada por meio da votação da PEC 45/19. Em resumo, esse modelo de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) definiu que:

  • Haverá não cumulatividade plena.
  • A tributação ocorrerá “por fora”, ou seja, não haverá incidência de tributo sobre tributo.
  • Haverá uma alíquota padrão, com alguns segmentos tendo alíquota reduzida em 60%.
  • A cesta básica estará completamente isenta de impostos.
  • Haverá um cashback com devolução de parte do IBS para famílias de baixa renda.
  • Será criado um Fundo de Desenvolvimento Regional para amenizar as perdas de arrecadação dos estados e municípios.
  • Regimes tributários diferenciados, como o da Zona Franca de Manaus e o Simples Nacional, serão mantidos.

Mas as mudanças começarão já? A resposta é não. Ainda teremos alguns desafios pela frente, como a aprovação dessa reforma no Senado Federal e a criação de uma lei complementar para abordar todos os detalhes não contemplados na PEC. Para se ter uma ideia, a previsão é que a implementação do IVA comece em 2026, em regime experimental, alcançando sua efetividade plena somente em 2033. Até lá, contadores e especialistas em tributação terão que lidar com atividades duplicadas. E os empresários precisarão reavaliar seus custos e preços para que a reforma traga o menor impacto possível em seus negócios.

No entanto, a saga pela reforma tributária completa ainda não terminou. O segundo round será concentrado na reforma da tributação sobre a renda e o patrimônio. Polêmicas como a tributação de dividendos, revisão das deduções médicas e de saúde, alterações nas alíquotas do imposto de renda para empresas e a defasagem da tabela do imposto de renda da pessoa física prometem gerar muitas discussões no segundo semestre de 2023.

 

Marco Aurélio Pitta - profissional de contabilidade, gerente de Contabilidade e Controladoria do Grupo Positivo e coordenador e professor dos programas de MBAs em Contabilidade e Finanças da Universidade Positivo (UP).

 

Cibersegurança: 5 áreas críticas que as empresas devem proteger

No contexto atual, no qual grupos internacionais de delinquentes cibernéticos utilizam malware e ransomware para realizar ataques, as empresas devem estabelecer estratégias organizacionais focadas em criar ecossistemas de proteção que envolvam a segurança de TI, orientados à segurança da informação.



Embora a segurança de TI tenha sido sempre um aspecto relevante no funcionamento das empresas, nunca havia sido um tema tão crítico como atualmente. Com as empresas e instituições avançando a passos largos em seus processos de transformação digital e suas equipes de colaboradores trabalhando em sistemas remotos ou híbridos, a segurança se tornou um flanco cada vez mais vulnerável. 

No entanto, a ideia de que “isto não vai acontecer comigo” ainda é muito frequente em empresas de todos os portes e segmentos. Sem ir muito longe, segundo um relatório da Gartner do ano passado, até 2025, 45% das organizações de todo o mundo terão sofrido ataques no software de suas cadeias de suprimento, o que apresenta um terreno fértil para hackers e grupos de delinquentes cibernéticos que se aproveitam dessas fraquezas para realizar ataques utilizando malware e ransomware não só para destruir as infraestruturas, como também para obter ganhos econômicos.

 

Então, o que as empresas precisam fazer atualmente em relação à cibersegurança? 

Ricardo Pulgarín, Security Solutions Architect da Cirion Technologies explica: "As empresas, independentemente de seu porte e negócio, devem estabelecer uma estratégia de segurança organizacional  que englobe duas frentes: a segurança de TI – o conjunto de tecnologias, processos e práticas projetados para a proteção de redes, dispositivos, programas e dados –  e a segurança da informação, como o conjunto de medidas e técnicas utilizadas para controlar e salvaguardar todos os dados manipulados dentro da organização e garantir que eles sejam expostos apenas para quem se destinam, sendo esta a área de maior risco. 

A partir da segurança de TI, as empresas devem contar com diferentes ferramentas de proteção para gerar um ecossistema que inclua a previsão de ataques, a análise proativa da exposição, a prevenção de incidentes, o desvio de ataques, a detecção e a contenção de incidentes, e a geração de respostas, para poder pesquisar e resolver os problemas detectados.       

Na opinião do executivo da Cirion, em um cenário onde as vulnerabilidades podem provocar estragos no funcionamento de uma empresa, este ecossistema deve cuidar de 5 áreas-chave para evitar e enfrentar possíveis ataques cibernéticos: 

  1. Desenvolvimento: tudo o que uma empresa publica na internet, por exemplo, códigos fonte, aplicações, páginas web comerciais, sites corporativos e outros desenvolvimentos.
  2. Data Centers: todos os serviços que não são páginas web, tais como a gestão de GPS, software de biometria, máquinas virtuais, sistemas de autenticação de usuários e repositórios de arquivos, entre outros.  
  3. Conectividade: todos os canais de acesso, tais como canais de Internet, MPLS, banda larga, entre outros.
  4. Endpoints: os dispositivos dos usuários, ou seja, computadores e tablets com os quais trabalham, além dos smartphones corporativos. 
  5. Usuários: quem utiliza a informação e o que deve ser feito – através de conscientização e treinamento sobre cibersegurança – para que os usuários não sejam vítimas de golpes dos hackers. 


Cirion
www.ciriontechnologies.com


Agricultura regenerativa transforma produção de alimentos e fortalece um futuro com bem-estar consciente e descarbonização

Unsplash
Os Sistemas Regenerativos de Produção (SRP) estão emergindo como um modelo revolucionário para a produção agrícola. Essa abordagem proativa integra os ciclos naturais e a biodiversidade no cultivo de alimentos, otimizando a saúde do solo e, consequentemente, produzindo alimentos de alta qualidade e nutricionalmente ricos.

O SRP vai além da simples conservação. Trata-se de uma prática que revitaliza e melhora o ecossistema. Trabalhar em harmonia com a natureza permite que os solos recuperem a nutrição, se renovem e se fortaleçam, resultando em colheitas mais vigorosas e resilientes.

Sistemas regenerativos congregam saberes ancestrais de cuidado com a terra, conhecimentos científicos e novas tecnologias. Atualmente, essa rede desponta como um farol na forma de produzir e pensar o consumo de alimentos, com força para transformar a cultura de desperdício e impactos ambientais negativos gerados por práticas agrícolas insustentáveis para a biocapacidade do planeta. Segundo dados do Climate Watch, no Brasil, a agricultura é a principal atividade geradora de gases do efeito estufa. 

Empresas e negócios que almejam apoiar a sustentabilidade podem apostar nesses sistemas regenerativos como parceiros para compensação de carbono através do plantio de árvores nativas. 

Os consumidores também desempenham um papel crucial, pois podem impulsionar esta prática escolhendo sempre produtos cultivados em sistemas regenerativos. Ao optar por alimentos com procedência segura, estão não apenas prezando pela recuperação do solo e da biodiversidade, mas também apoiando o trabalho das famílias e comunidades que adotam essas práticas sustentáveis. Simultaneamente, os consumidores se beneficiam com alimentos puros, de alta qualidade.

O Sistema Regenerativo de Produção representa uma poderosa solução que equilibra a necessidade de produzir alimentos de alta qualidade com a recuperação de ecossistemas. Trata-se de um modelo que promove um relacionamento mais harmonioso e respeitoso com a natureza. Regenera, refloresta, cuida e garante a sustentabilidade e a resiliência dos sistemas agrícolas para as gerações futuras. 


Cada vez mais empresas são aliadas dos sistemas regenerativos

Diversas empresas inovadoras têm abraçado o SRP como parte integrante de suas operações, promovendo práticas sustentáveis que beneficiam tanto o meio ambiente quanto os consumidores. 

A Viva Regenera é uma das empresas que se destaca nesse segmento. Com o intuito de trazer ao mercado os ingredientes mais puros e nutritivos, oriundos de sistemas regenerativos como a agrofloresta, a agroecologia e o extrativismo sustentável, ela mantém uma visão holística de saúde. Compreende-se, nesse contexto, que a saúde do indivíduo está inextricavelmente ligada à saúde do planeta, impulsionando assim a concepção de produtos que beneficiem tanto os consumidores quanto à natureza, não deixando de fora desse impacto positivo os próprios agricultores e extrativistas. O forte compromisso da Viva Regenera com a sociobiodiversidade se evidencia no apoio ao extrativismo sustentável, conservação de biomas e manutenção das florestas em pé. A empresa pratica a captura de carbono por meio do plantio em sistemas agroflorestais e contribui ativamente para a mitigação das mudanças climáticas.

A Selva e Paz dedica-se à produção de barras de super frutas desidratadas artesanais, valorizando a origem orgânica, o processo vegano e a ausência de açúcar, glúten e conservantes em seus produtos. Utilizando frutas inteiras na confecção das barras, a empresa se esforça para preservar o máximo do valor nutricional original. Com uma visão agroflorestal, a Selva e Paz incorpora práticas de produção que respeitam a natureza e incentivam a sustentabilidade. Sua filosofia se alinha com um compromisso de cuidar tanto da saúde humana quanto do planeta, enfatizando a importância da produção consciente e responsável.

A Cookoa Chocolates, em sua estrutura produtiva, emprega o método 'bean-to-bar'. Isso implica que ela supervisiona cada passo do processo produtivo, desde a seleção meticulosa das amêndoas de cacau até a confecção da barra de chocolate. Em sua busca pela matéria-prima, a empresa garante a aquisição responsável, sem comprometer a natureza ou o bem-estar do produtor. O negócio se certifica de conhecer a origem do cacau, garantindo assim a qualidade desde a colheita, passando pela fermentação, até a secagem. Os chocolates produzidos pela marca vão além de simples alimentos, são resultados de um processo de produção sustentável. A empresa se compromete a usar ingredientesagroflorestais  provenientes de agricultura regenerativa, sempre com o intuito de melhorar e revitalizar a terra.

A Plantopia, guardiã do autocuidado, oferece uma variedade de óleos hidratantes, essenciais e itens de higiene pessoal. Esses produtos são criados a partir de ingredientes naturais, inspirados em sabedorias ancestrais como o Ayurveda e na rica biodiversidade da Amazônia. Reafirmando o seu compromisso com a sustentabilidade, a marca tem uma linha de camisetas e moletons, feitos de algodão orgânico cultivado e tecido por cooperativas sustentáveis. Essas peças são tingidas com corantes naturais, um testemunho do empenho da Plantopia em manter-se fiel aos seus princípios de responsabilidade socioambiental. A missão da marca é estimular um estilo de vida consciente, incentivando práticas de autocuidado que levem em conta a relação individual com as demais pessoas e a natureza. Dentro desse panorama, a empresa recorre a sabedorias ancestrais - como as dos povos originários, da Aromaterapia e do Ayurveda - como fundamento para o desenvolvimento de seus produtos.

Além das demais, a Agroforestry Carbon também tem se destacado por seu trabalho na agricultura regenerativa, especificamente através de práticas de agrofloresta que promovem a captura de carbono, ao mesmo tempo que incentivam a biodiversidade e a saúde do solo. Ao optar por sistemas agroflorestais de pequenos produtores, a Agroforestry Carbon apoia a recuperação de áreas degradadas e a produção de alimentos 100% puros. O impacto é tanto ambiental quanto social, já que o programa beneficia pequenos agricultores que não teriam a oportunidade de trabalhar com a compensação de carbono.


Open Finance: como a tecnologia auxilia na gestão financeira?

Não há como negar os constantes avanços que o sistema financeiro vem passando. Se antes, tínhamos que ir em agências físicas para realizar transações, atualmente, esse processo é feito na palma das mãos e em qualquer lugar. Contudo, mesmo diante de um cenário de transformação que atravessa o setor, dúvidas e incertezas ainda fazem parte dessa jornada, principalmente, com a atual fase do Open Finance, que vem causando divergências entre especialistas.

O Open Finance nada mais é do que o sistema pelo qual clientes de produtos e serviços financeiros podem autorizar o compartilhamento de seus dados entre as diferentes instituições bancárias autorizadas pelo Banco Central. Na prática, essa é uma versão mais abrangente do Open Banking, mas que possui, para além das operações tradicionais, outras funcionalidades como câmbio, credenciamento, investimentos, seguro e previdência.

Entretanto, mesmo diante das diversas possibilidades que o sistema prevê, sua adesão ainda não ganhou a força esperada. De acordo com a “Pesquisa de pagamentos Brasil 2023”, realizada pela consultoria McKinsey, apenas uma em cada três pessoas compartilharam os dados em Open Finance. Tal apontamento mostra o cenário desafiador que o sistema financeiro no país enfrenta.

Afinal, o Brasil possui uma ampla concentração bancária em instituições tradicionais e, tendo em vista o alto crescimento do movimento de fintechs no país, tais bancos sentem-se ameaçados em perderem seus clientes – o que os inibe de apresentarem soluções que podem ser utilizadas de comparativos entre as vantagens de seus serviços, os fazendo serem resistentes quanto a integração de novas ferramentas.

Por outro lado, os clientes também refletem a outra parcela que expressa alta resistência. A falta de confiabilidade em novos recursos é reflexo do baixo investimento e acesso à educação financeira com estes usuários. Assim, eles sentem-se seguros apenas quando sabem que estão utilizando uma ferramenta que tenha uma instituição renomada por trás, como foi o caso do PIX, que teve uma ampla adesão uma vez que o Banco Central é a organização que o administra.

O que vemos agora com o Open Finance que, praticamente, engatinha rumo a sua consolidação, nada mais é do que um forte exemplo dos desafios que afligem a eficiência da gestão financeira no país. Até porque, a falta de padronização de dados, bem como as exigências e complexidades que englobam o sistema tributário brasileiro, trazem à tona uma gama de obstáculos que impedem avanços significativos e contribuem para a criação de receios.

Isso tudo, sem falar das organizações. Afinal, à medida que o sistema financeiro atravessa por mudanças, as empresas precisarão também se adaptar e buscar métodos eficazes que auxiliem para uma gestão assertiva, mesmo em meio a um cenário de imprevisibilidades. E, quanto a isso, a tecnologia sempre será um agente auxiliador.

Considerando que a nova fase do Open Finance irá abranger seguros e investimentos, o meio corporativo também precisará estar atento quanto as novas projeções de mercado, o que reforça a necessidade de ter em dia a gestão financeira. Neste aspecto, contar com o apoio de uma ferramenta destinada a gerir as transações bancárias, tendo integrado diversas instituições bancárias com a chegada de novos recursos, além de trazer maior versatilidade e abrangência as operações, também irá auxiliar que os dados produzidos pela organização sejam administrados de forma segura e transparente.

Entretanto, é errado pensar que ter em mãos um sistema robusto irá solucionar todos os desafios pela frente. Antes de aderir uma ferramenta, é primordial avaliar se ela tem a capacidade de ser aderida na corporação, bem como se poderá ser acessada e administrada a qualquer hora e lugar, garantindo os princípios de automação, integração entre sistemas e gestão.

Certamente, pôr em prática essas ações não é algo simples, ainda mais considerando que tais mudanças acontecem em meio ao surgimento de novas criações no mercado. Por isso, contar com o apoio de uma consultoria especializada é um fator importante para destacar aquilo que, de fato, é relevante para a organização, a guiando para o processo de tomada de decisão assertivo.

O Open Finance mostra o avanço das operações financeiras que deverão seguir a tendência de serem realizadas fora do total controle dos monopólios. Especialistas divergem acerca das desvantagens desse recurso sobressaírem aos seus benefícios propostos, porém, a resistência as mudanças jamais será a solução, uma vez que estar aberto ao novo sempre será o melhor caminho para a transformação.

 

Gilberto Bueno - consultor de sistemas do Grupo Skill.

 

Inclusão Digital: CEUB oferece curso de informática gratuito para público 60+

 Com inscrições até 25 de julho, os alunos receberão noções de informática e orientações de combate às Fake News


O Centro Universitário de Brasília (CEUB) está com inscrições abertas para curso gratuito de noções básicas de informática e de internet voltado para o público da terceira idade. As aulas estão previstas para acontecer de 12 de agosto a 02 de dezembro, aos sábados, das 9h às 12h. As matrículas para o projeto de extensão ‘Curso de Informática Básica para a Comunidade’ podem ser feitas até 25 de julho neste link. Com vagas limitadas, o curso terá turmas presenciais com até 50 alunos, que receberão certificado da instituição.

O programa universitário inclui orientações sobre o dia a dia das redes sociais no celular e em computadores. As aulas terão início em meados de agosto, nos laboratórios de informática do Centro Universitário, nos Campus Asa Norte e Taguatinga. Com duração de um semestre, a jornada abordará: Desinformação e Fake News, Ferramentas Google, Sistemas Operacionais com foco no Windows, Internet, Mobile, Word, Excel e Power Point. Os alunos passarão por avaliação, que garante a entrega do certificado na conclusão.

Responsável pela ação, o professor de Ciência da Computação Gislane Santana destaca que o projeto de extensão acadêmica vai além do comprometimento com a educação de qualidade dos alunos. A iniciativa cultiva lições de cidadania e acesso à informação: "A realização deste curso tem como propósito aplicar os conhecimentos adquiridos pelos alunos de Ciência da Computação, ao mesmo tempo em que forma cidadãos conscientes de seu papel social e incentivar o voluntariado. Essa é uma oportunidade de interação com pessoas de diferentes gerações", frisa Santana.


Como participar


Com vagas limitadas, o curso de Informática Básica do CEUB terá turmas presenciais de até 50 alunos. Após a realização da inscrição, o aluno receberá o calendário das aulas por e-mail e WhatsApp. O início da capacitação está previsto para 12 de agosto, com o término em 02 de dezembro. Para participar é exigido o uso de e-mail da plataforma Google no ato da inscrição, para auxiliar o acesso às reuniões online via Meet. Para receber o certificado ao fim da jornada, é obrigatório registrar presença em 75% das aulas e aprovação na avaliação final.


Serviço:

CEUB: Curso de Informática Básica para a Comunidade
Prazo: inscrições até 25/07
Link: https://forms.gle/zQteYbpfVy6MB2Z17
Aulas: 12/08 a 02/12/2023
Local: CEUB - Campus Asa Norte e Taguatinga


A falsa concepção do empoderamento feminino: desconstruindo a ótica patriarcal

 

Recentemente, Preta Gil contou sobre quando foi traída pelo marido e comentou que: “Por causa do meu empoderamento e da minha construção de sororidade com as mulheres, eu deixei duas coisas me escaparem: meu sexto sentido e minha intuição. E achei que não combinava com a mulher que sou sentir ciúmes, não é sobre ciúmes bobo e sim sobre evidências”.

 

Isso acontece porque o empoderamento feminino, hoje, é construído sobre o prisma de uma sociedade patriarcal, onde a mulher se masculiniza, e não estou falando de aparência, estou falando de postura de padrões. 

 

Infelizmente, temos uma falsa noção daquilo que é empoderamento, porque até o empoderamento feminino é construído a partir de uma ótica de poder masculino, ou seja, o conceito de empoderamento feminino é construído a partir de ideais da própria sociedade patriarcal.  

 

Entendemos o empoderamento feminino como: mulheres que passam imagens de fortaleza no sentido de não demonstrar sentimentos, mulheres que não sentem ciúmes, mulheres que não choram, que são fortes, que estão em reuniões e são firmes. É entendido pela sociedade, hoje, um conceito de que empoderamento é algo que vem do poder masculino, como se uma mulher empoderada por padrão tenha que se comportar como homem, pois as que agem dessa maneira estão em posição de poder. Isso tudo porque, claro, o poder é constituído na sociedade patriarcal como eminentemente masculino.

Conseguimos entender o que Preta Gil quer dizer quando pensamos em frases como “Ah, eu pego e não me envolvo” ou até mesmo “Faço isso, mas não vou chorar”. Esses pensamentos levam às mulheres uma falsa ideia de empoderamento, achando que seriam mais confiantes ao agir como homem, não demonstrando sentimentos, não levando em conta responsabilidades afetivas e minando qualquer forma de vulnerabilidade.

 

Ou seja, deixamos de demonstrar porque entendemos que isso é uma fraqueza. Deixamos de ouvir a nossa intuição, que mulher empoderada não pode levar em conta esse tipo de besteira, logo, a gente não se envolve nos relacionamentos sexuais como se isso nos tornasse pessoas mais fortes. 

 

E isso tudo vem muito da problemática de não conceber o feminino, de não ver que o poder pode ser eminentemente feminino. Precisamos ver o poder trazendo como principal valor a expressão na vulnerabilidade, já que esta mesma vulnerabilidade é capaz de gerar conexão. Ela é o verdadeiro instrumento capaz de empoderar as mulheres através da conexão e da consolidação de valores.

 


Atualmente, o que acontece é que a falsa ideia de empoderamento feminino não é nada mais do que reproduzir os homens, e reproduzir aquilo que os homens fazem, para estar no poder. Portanto, temos que remodelar essa maneira de ver o poder, precisamos trazer as nossas características, mostrar que nos importarmos, ouvir a nossa intuição, e fazer isso como o nosso mecanismo de poder. 

 

A sociedade patriarcal faz com que essas características que são independentemente femininas, sejam vistas como fraqueza e, a partir disso, perpetua essa ótica patriarcal pegando o que nós mulheres temos de melhor, como gerar conexão, demonstrar vulnerabilidade, e de demonstrar empatia, de falar sinceramente, argumentar, de ter responsabilidade afetiva e joga isso tudo para fora porque é entendido que ser igual o homem é uma forma de ter empoderamento feminino.




Mayra Cardozo - sócia da Martins Cardozo Advogados e advogada especialista em Direitos Humanos e Penal, também é mentora de Feminismo e Inclusão e líder de empoderamento.


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