Os Sistemas Regenerativos de Produção (SRP) estão
emergindo como um modelo revolucionário para a produção agrícola. Essa
abordagem proativa integra os ciclos naturais e a biodiversidade no cultivo de
alimentos, otimizando a saúde do solo e, consequentemente, produzindo alimentos
de alta qualidade e nutricionalmente ricos.Unsplash
O SRP vai além da simples conservação. Trata-se de
uma prática que revitaliza e melhora o ecossistema. Trabalhar em harmonia com a
natureza permite que os solos recuperem a nutrição, se renovem e se fortaleçam,
resultando em colheitas mais vigorosas e resilientes.
Sistemas regenerativos congregam saberes ancestrais
de cuidado com a terra, conhecimentos científicos e novas tecnologias.
Atualmente, essa rede desponta como um farol na forma de produzir e pensar o
consumo de alimentos, com força para transformar a cultura de desperdício e
impactos ambientais negativos gerados por práticas agrícolas insustentáveis
para a biocapacidade do planeta. Segundo dados do Climate Watch, no Brasil, a
agricultura é a principal atividade geradora de gases do efeito estufa.
Empresas e negócios que almejam apoiar a
sustentabilidade podem apostar nesses sistemas regenerativos como parceiros
para compensação de carbono através do plantio de árvores nativas.
Os consumidores também desempenham um papel
crucial, pois podem impulsionar esta prática escolhendo sempre produtos
cultivados em sistemas regenerativos. Ao optar por alimentos com procedência
segura, estão não apenas prezando pela recuperação do solo e da biodiversidade,
mas também apoiando o trabalho das famílias e comunidades que adotam essas
práticas sustentáveis. Simultaneamente, os consumidores se beneficiam com
alimentos puros, de alta qualidade.
O Sistema Regenerativo de Produção representa uma
poderosa solução que equilibra a necessidade de produzir alimentos de alta
qualidade com a recuperação de ecossistemas. Trata-se de um modelo que promove
um relacionamento mais harmonioso e respeitoso com a natureza. Regenera,
refloresta, cuida e garante a sustentabilidade e a resiliência dos sistemas
agrícolas para as gerações futuras.
Cada vez mais empresas são
aliadas dos sistemas regenerativos
Diversas empresas inovadoras têm abraçado o SRP
como parte integrante de suas operações, promovendo práticas sustentáveis que
beneficiam tanto o meio ambiente quanto os consumidores.
A Viva Regenera é uma das empresas que se destaca
nesse segmento. Com o intuito de trazer ao mercado os ingredientes mais puros e
nutritivos, oriundos de sistemas regenerativos como a agrofloresta, a
agroecologia e o extrativismo sustentável, ela mantém uma visão holística de
saúde. Compreende-se, nesse contexto, que a saúde do indivíduo está
inextricavelmente ligada à saúde do planeta, impulsionando assim a concepção de
produtos que beneficiem tanto os consumidores quanto à natureza, não deixando
de fora desse impacto positivo os próprios agricultores e extrativistas. O
forte compromisso da Viva Regenera com a sociobiodiversidade se evidencia no
apoio ao extrativismo sustentável, conservação de biomas e manutenção das
florestas em pé. A empresa pratica a captura de carbono por meio do plantio em
sistemas agroflorestais e contribui ativamente para a mitigação das mudanças
climáticas.
A Selva e Paz dedica-se à produção de barras de
super frutas desidratadas artesanais, valorizando a origem orgânica, o processo
vegano e a ausência de açúcar, glúten e conservantes em seus produtos.
Utilizando frutas inteiras na confecção das barras, a empresa se esforça para
preservar o máximo do valor nutricional original. Com uma visão agroflorestal,
a Selva e Paz incorpora práticas de produção que respeitam a natureza e
incentivam a sustentabilidade. Sua filosofia se alinha com um compromisso de
cuidar tanto da saúde humana quanto do planeta, enfatizando a importância da
produção consciente e responsável.
A Cookoa Chocolates, em sua estrutura produtiva,
emprega o método 'bean-to-bar'. Isso implica que ela supervisiona cada passo do
processo produtivo, desde a seleção meticulosa das amêndoas de cacau até a
confecção da barra de chocolate. Em sua busca pela matéria-prima, a empresa
garante a aquisição responsável, sem comprometer a natureza ou o bem-estar do produtor.
O negócio se certifica de conhecer a origem do cacau, garantindo assim a
qualidade desde a colheita, passando pela fermentação, até a secagem. Os
chocolates produzidos pela marca vão além de simples alimentos, são resultados
de um processo de produção sustentável. A empresa se compromete a usar
ingredientesagroflorestais provenientes de agricultura regenerativa,
sempre com o intuito de melhorar e revitalizar a terra.
A Plantopia, guardiã do autocuidado, oferece uma
variedade de óleos hidratantes, essenciais e itens de higiene pessoal. Esses
produtos são criados a partir de ingredientes naturais, inspirados em
sabedorias ancestrais como o Ayurveda e na rica biodiversidade da Amazônia.
Reafirmando o seu compromisso com a sustentabilidade, a marca tem uma linha de
camisetas e moletons, feitos de algodão orgânico cultivado e tecido por
cooperativas sustentáveis. Essas peças são tingidas com corantes naturais, um
testemunho do empenho da Plantopia em manter-se fiel aos seus princípios de
responsabilidade socioambiental. A missão da marca é estimular um estilo de
vida consciente, incentivando práticas de autocuidado que levem em conta a
relação individual com as demais pessoas e a natureza. Dentro desse panorama, a
empresa recorre a sabedorias ancestrais - como as dos povos originários, da
Aromaterapia e do Ayurveda - como fundamento para o desenvolvimento de seus
produtos.
Além das demais, a Agroforestry Carbon também tem se destacado por seu trabalho na agricultura regenerativa, especificamente através de práticas de agrofloresta que promovem a captura de carbono, ao mesmo tempo que incentivam a biodiversidade e a saúde do solo. Ao optar por sistemas agroflorestais de pequenos produtores, a Agroforestry Carbon apoia a recuperação de áreas degradadas e a produção de alimentos 100% puros. O impacto é tanto ambiental quanto social, já que o programa beneficia pequenos agricultores que não teriam a oportunidade de trabalhar com a compensação de carbono.
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