Pesquisar no Blog

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Especialistas dão dicas importantes para se manter saudável durante as férias

 As férias vêm com muitas tentações, mas como você pode resistir a elas e se manter saudável enquanto aproveita sua viagem? Siga nossas dicas enquanto estiver fora e aproveite o melhor dos dois mundos.

 

1. Mime-se, mas não muito:  

“É claro que você vai se divertir, você está de férias, mas não precisa ser o tempo todo. Trata-se de ter uma regra 80/20, na qual você come de forma saudável 80% do tempo”, diz Francisco Tostes (@doutortostes), médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). 

Permita-se uma guloseima ocasional, mas pense nas frutas e vegetais que você gosta e coma mais. “Faça escolhas sobre o que você está comendo, em vez de acontecer no piloto automático”, aponta Tostes

 

2. Cuidado com a ingestão de álcool: 

O “coração de férias” é um ritmo cardíaco anormal causado pelo consumo excessivo de álcool, que as pessoas têm maior probabilidade de fazer em um intervalo. 

“Tente não exagerar com as bebidas alcoólicas, o excesso de álcool tem um efeito diurético e pode levar à desidratação”. Tente ficar abaixo do máximo recomendado, a Organização Mundial de Saúde considera um consumo máximo de 21 unidades de álcool por semana para homens e de 14 unidades de álcool para mulheres. Mas se você optar por beber, certifique-se de tomar um ou dois copos de água entre cada bebida, explica Mariana James, médica cardiologista e Ecocardiografista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) e do Hospital Samaritano Botafogo, com especialidade em Medicina Integrativa

 

3. Mantenha-se ativo: 

Matheus Vianna, personal trainer da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), criador do método Performance+, diz que é normal que durante o período de frio nós tenhamos desejos de comer mais, por conta disso, é importante manter uma rotina normal de treinos para não deixar o hábito de lado mesmo estando de férias. Mas caso realize uma viagem, é importante buscar lugares que tenham oportunidade de continuar se movimentando, seja em uma academia ou atividades ao ar livre sozinho ou em família, dessa forma é possível manter o exercício físico em dia com atividades diferentes. Auxiliando no controle da ansiedade, gasto calórico, estresse, humor e bem estar.

 

4. Gerencie o estresse:  

Viajar, gastar dinheiro, família e compromissos de trabalho podem tornar a temporada de férias estressante, explica Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares. 

Fique atento aos sinais de alerta de muito estresse, incluindo ansiedade, tristeza, tensão, raiva ou perda de apetite.   

Mantenha-se ativo, evite excesso de álcool, faça massagem, reserve um tempo para as suas atividades, dê boas risadas! Rir faz bem para o corpo e mente, às endorfinas liberadas estimulam o sistema imunológico, aumentando a produção de células de defesa no organismo, diz Caldato

 

5. Para a mulher, fique seca e confortável: 

Poderia haver algo mais irritante do que um surto de candidíase atrapalhando seus planos de verão?  

A ginecologista Yara Caldato (@yaracaldato), especialista em Ginecologia Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) de Belém do PA, aponta que à medida que a temperatura aumenta, infelizmente, também aumentam as chances das mulheres sofrerem com candidíase vaginal. Felizmente, existem algumas medidas preventivas que todos podemos tomar para reduzir as chances de sermos vítimas dessas temidas infecções fúngicas, diz Yara

 

Troque o biquíni - Depois de entrar na água - seja uma piscina, banheira de hidromassagem ou mar - certifique-se de tirar o biquíni ou roupa de banho, tomar banho e secar-se completamente antes de vestir roupas limpas.

 

Evite roupas apertadas - Mesmo que você goste de usar jeans, sua vagina provavelmente não vai gostar! Vestir roupas justas como jeans, meia-calça ou leggings não permitirá que sua área vaginal respire e você acabará suando mais do que deveria.  

Em vez disso, opte por saias e vestidos ou calças largas em um tecido leve e respirável como linho ou algodão. 

 

Pratique a higiene adequada - Quando se trata de higiene feminina, você precisa mantê-la o mais simples possível. Sua vagina se limpa naturalmente, então você não precisa usar sabonetes fortes que possam alterar seu equilíbrio natural lá embaixo. Você também deve tentar evitar tomar banhos com espuma ou sais de banho com frequência. Lavar com água, e um emoliente se necessário, é suficiente para manter a área limpa sem prejudicar seu delicado pH, completa Yara

 

6. Seja mais esperto que o Buffet: 

Nathália Guimarães, nutricionista da equipe Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e especialista em nutrição clínica integrativa e funcional, fala sobre outra indulgência das férias que é, claro, toda aquela comida deliciosa da gastronomia local! As refeições as comidinhas saudáveis ​​são ótimas, mas há tantas guloseimas e opções durante a temporada de férias, que você pode ficar tentado a enfiar o pé na jaca!   

Quando você se depara com umas variedades comidas tentadoras, siga os truques para escolhas saudáveis: 

·         Comece com vegetais e outros alimentos ricos em fibras para não só ir gerando saciedade mas também ajudando a evitar que um pico glicêmico alto ocorra;

·         Coma devagar e mastigue bastante. Leva pelo menos 20 minutos para o seu cérebro perceber que você está satisfeito e seu estômago não tem dentes então mastigar bem garante uma digestão melhor, mais eficiente e uma melhor absorção dos nutrientes.

·         Escolha da mesa alguns alimentos que você gosta e que lhe dá prazer, mas coma uma quantidade pequena destes e preencha o restante do prato com alimentos ricos em proteína (que é o macronutriente que mais gera sensação de saciedade) assim evitando que você coma em demasia. E lembre-se que você não precisa provar ou comer tudo que tem no buffet.


 

7. Lembre-se de que sempre haverá o próximo ano:

 

Manter-se saudável durante as férias significa programar o tempo de inatividade. É fácil preencher sua agenda com todos os convites e atividades disponíveis. Mas uma agenda lotada pode deixá-lo esgotado, cansado e decididamente menos festivo.

 

Em vez disso, escolha algumas atividades que sejam particularmente significativas para você. Talvez você adora assistir séries e filmes com sua família e amigos. Cozinhar, arrumar o jardim, passear com cachorro, não perca esses eventos!  





FONTES:

Francisco Tostes (@doutortostes)- médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). O médico endocrinologista e sócio do Instituto Nutrindo Ideais, maior clínica multidisciplinar do Brasil, Dr. Francisco Tostes (@doutortostes) é graduado há mais de 14 anos em medicina pela Faculdade Souza Marques e tem como foco de atuação a melhora na qualidade de vida de seus pacientes, seja através da prevenção ou empregando o que há de melhor no tratamento de doenças e outros problemas.

Mariana James - médica cardiologista e Ecocardiografista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) e do Hospital Samaritano Botafogo, com especialidade em Medicina Integrativa. Graduada em Medicina pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques, residência médica no Hospital Naval Marcílio Dias com especialização em Cardiologia , Ecocardiografia e Medicina Integrativa.

Matheus Vianna - personal trainer da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), criador do método Performance+. 
Com o objetivo de cuidar não apenas da capacidade física, mas também da saúde mental, o método promete resultado em até 12 semanas e visa ajudar os alunos que desejam chegar até a alta performance do corpo sem se machucar. Matheus é graduado em Educação Física pela Universidade Estácio de Sá, pós graduado em Ciência da Performance Humana pela UFRJ e aluno de mestrado no Programa de Pós Graduação e Pesquisa em Medicina Radiologia Clínica - Departamento de diagnóstico por imagem - Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (DDI/EPM/UNIFESP). O professor acumula experiência nas áreas de reabilitação de lesão e performance.

Higor Caldato (@drhigorcaldato) - médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares. Graduado em medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC/FAHESA) e fez sua residência médica em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bem como suas especializações de psicoterapias e transtornos alimentares também pela universidade carioca.

Yara Caldato (@yaracaldato) - Ginecologista Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) de Belém do PA - CRM-PA 11627 - RQE 5066. Graduada em medicina pela Universidade do Estado do Pará, pós graduada em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal do Pará. Especialista em ginecologia e obstetrícia, membro da Associação Brasileira de Ginecologia Regenerativa Estética e Funcional. Atualmente é médica obstetra na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, com atuação em patologias obstétricas de alto risco.

Nathália Guimarães - nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e especialista em nutrição clínica integrativa e funcional. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e Esportiva Funcional, a profissional tem formação em Psiquiatria Nutricional, além de ser palestrante e pesquisadora.


Cuidados preventivos com bebês, crianças e idosos podem evitar as doenças de inverno

Baixas temperaturas e relaxamento com medidas de proteção contribuem para a disseminação de doenças comuns da estação

 

O inverno vai até setembro e a incidência de doenças alérgicas e infecciosas transmitidas por vírus e bactérias aumentam nesta estação, como gripe, resfriado, bronquite, rinite alérgica, sinusite e pneumonia. Essas doenças respiratórias são potencializadas pelas temperaturas mais baixas associadas à baixa umidade do ar, o que pode fragilizar o sistema imunológico e favorecer a disseminação. Idosos, gestantes e crianças são potencialmente mais suscetíveis e necessitam de cuidados preventivos. 

Outros fatores como a permanência em ambientes fechados e pouco ventilados, aglomeração e relaxamento com cuidados de proteção, como o uso de máscaras, higienização das mãos e baixa procura por vacinas, também contribuem para que hospitais e pronto socorros tenham maiores taxas de atendimento e internação.

Idosos e crianças podem ser mais vulneráveis às doenças de inverno por terem um sistema imunológico mais frágil, o que os torna mais suscetíveis a infecções e por conta da presença de outras doenças. No caso dos mais velhos, doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas, renais, enfisema pulmonar e câncer, podem enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de infecções. Já as crianças podem ter doenças respiratórias crônicas, como asma, que aumentam o risco de complicações em caso de infecções respiratórias.

Com as gestantes e bebês, o sistema imunológico está em fase de atenção devido a alterações hormonais e de desenvolvimento do feto, o que pode aumentar o risco de infecções. “Este período faz com que as mucosas do sistema respiratório tenham a tendência de ficar irritadas com o clima frio e seco, o que pode aumentar o risco de infecções. Alguns grupos de pessoas estão mais suscetíveis a infecções por vírus e bactérias, como idosos, crianças, bebês, gestantes e pessoas com doenças crônicas, como asma e diabete”, explica o Dr. Fernando Pompeu, diretor Médico e de Práticas Assistenciais da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. 

Nas últimas semanas, os leitos pediátricos tiveram alta taxa de ocupação. Este movimento é esperado para a população pediátrica por conta da queda na temperatura e as internações por quadros respiratórios representam a principal causa, sendo quase 60% das internações, englobando os diagnósticos de bronquiolite, crises de sibilância e pneumonia. O vírus sincicial respiratório (VSR) é o mais prevalente podendo ser encontrado em até 40% das pesquisas virais, de acordo com o especialista.


Medidas simples previnem as doenças de inverno

Por causa do grande impacto médico e social que estas infecções respiratórias trazem, o Dr. Pompeu reforça a necessidade de medidas preventivas para evitar os problemas de saúde típicos da estação. É importante evitar aglomerações em ambientes fechados, manter a alimentação saudável, ter noite de sono adequado, praticar atividades físicas regularmente, e destaque para:

  • Manter os ambientes arejados, mesmo com o frio, abrindo as janelas e deixando o ar circular;
  • Beber muita água para manter o organismo hidratado;
  • Higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou álcool em gel;
  • Evitar fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça;
  • Utilizar roupas adequadas para o frio, evitando aglomerações em ambientes fechados;
  • Realizar check-ups e manter a vacinação em dia, especialmente contra a gripe.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

Colômbia vai contestar patentes de remédio contra a AIDS

No Brasil, também há pedido da sociedade civil para superar barreiras de patentes para o acesso ao dolutegravir


A Colômbia decidirá em breve se autoriza a quebra de patente de um importante medicamento para o tratamento da AIDS: o dolutegravir. Se aprovada, a medida reduzirá os preços do remédio para a população com o fim do monopólio do laboratório ViiV Healthcare (uma joint venture entre a GlaxoSmithKline, Pfizer e Shionogi), que atualmente produz e distribui o produto farmacêutico no país. Antecipando a decisão da nova resolução do Ministério da Saúde em uma das nações mais influentes do hemisfério sul, mais de 120 organizações da sociedade civil e outros atores escreveram ao Ministro da Saúde da Colômbia, Guillermo Alfonso Jaramillo, reforçando a necessidade de ampliar o acesso ao dolutegravir, chamando a medida de “defender a justiça na saúde”. Para Francisco Viegas, assessor da Campanha de Acesso a Medicamentos de Médicos Sem Fronteiras (MSF), “a decisão, que permitirá a liberação de versões genéricas mais acessíveis do dolutegravir, é louvável. Esse compromisso reforça a crença de que a vida das pessoas vale mais do que o lucro das empresas.”

A resolução propõe licenças compulsórias, mas conhecidas popularmente como quebra de patentes, que permitem à Colômbia fabricar ou importar dolutegravir genérico sem a permissão do proprietário da patente. O medicamento é recomendado como tratamento de primeira linha e preferencial, incluindo em mulheres grávidas, de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Internacionalmente, os genéricos estão disponíveis por uma fração do preço praticado pela farmacêutica no mercado onde ela atua com exclusividade.

No Brasil, o dolutegravir é distribuído no Sistema Único de Saúde (SUS) para mais de 460 mil pessoas desde 2017, mas também há entraves para a compra e produção de genéricos. Em 2020, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) concedeu a patente à empresa sem a anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde então, o laboratório Viiv tem impedido o Ministério da Saúde de comprar o medicamento genérico do Laboratório Farmacêutico Miguel Arraes (Lafepe), do governo do Estado de Pernambuco, que já produzia o remédio a preço mais baixo por meio de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com um laboratório privado nacional. Essa parceria é anterior a concessão da patente do dolutegravir.

A sociedade civil brasileira, liderada pelo Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), submeteu uma carta em maio deste ano ao Ministério da Saúde requerendo o licenciamento compulsório do dolutegravir. Dois meses depois, foi aprovada uma moção com o mesmo objetivo na 17ª Conferência Nacional de Saúde. “Acreditamos que o licenciamento compulsório do medicamento no Brasil fortalece a soberania sanitária nacional, permitindo a aquisição segura através de uma parceria público-privada. A medida possibilita a redução de preços, gerando economia de recursos públicos, contribuindo para a sustentabilidade das políticas de saúde e diminui o risco de desabastecimento desse medicamento essencial ao viabilizar mais de um fornecedor”, explica Susana van der Ploeg, coordenadora do GTPI. No entanto, até o momento, o Ministério da Saúde não se posicionou sobre o assunto.

A “quebra de patente” na Colômbia é um importante marco internacional e exemplo para o Brasil. Caso a medida seja aprovada, será uma derrota significativa para a indústria farmacêutica baseada em monopólio, que há muito contava com o país colombiano como um alicerce de apoio à política global de patentes e aos interesses comerciais dos EUA e da Europa no exterior.

De acordo com Viegas, MSF usa amplamente o medicamento como tratamento de primeira linha em programas na África, na Ásia e nas Américas, e viu os benefícios para os pacientes com menos efeitos colaterais e menor risco de resistência. “Os esquemas recomendados pela OMS devem estar disponíveis para todas as pessoas, onde quer que elas vivam. No entanto, MSF e os Ministérios da Saúde de alguns países de renda média, como a Colômbia, lutam para fornecer dolutegravir. Uma licença compulsória, tanto no Brasil como na Colômbia, resultaria em acesso a versões genéricas acessíveis. No Brasil, inclusive já existindo produção nacional, a medida poderia mudar substancialmente a situação dos pacientes,” conclui.


Hepatites virais: um alerta silencioso para a saúde pública

Hepatite C é mais severa entre os tipos de vírus
da doença e representa quase 40% dos casos
registrados no Brasil entre 2000 e 2022
Créditos: Envato

Diagnóstico é desafio, mas os tratamentos são promissores


O Julho Amarelo reforça as ações de conscientização sobre a prevenção, o diagnóstico e  o tratamento das hepatites virais. Essa infecção que acomete o fígado pode causar alterações leves, moderadas ou graves, mas, por não apresentar sintomas, pode tornar o quadro do paciente mais delicado. De acordo com dados da Organização Nacional de Saúde (OMS), mais de 1,4 milhão de mortes por ano são causadas por complicações relacionadas a essa doença, em todo o mundo. No Paraná, a Secretaria Estadual de Saúde destaca que a taxa de mortalidade da hepatite C pode ser comparada aos índices do HIV e da tuberculose.

Para o Gastroenterologista e Hepatologista do Hospital São Marcelino Champagnat e do Hospital Universitário Cajuru Jean Tafarel, a dificuldade no diagnóstico é um dos fatores mais preocupantes. Por isso, é aconselhável que médicos solicitem exames de hepatite B e C pelo menos uma vez na vida. “A região Sul registra mais casos de hepatite C, seguindo a incidência desse tipo no Brasil. Atualmente, todas as pessoas identificadas com a doença são tratadas, independentemente do grau. Isso significa que 100% delas se curam tomando um comprimido por três meses, sem efeitos colaterais”, detalha.


Números alarmantes
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2000 e 2022, foram identificados 750.651 casos de hepatites virais no Brasil - todos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Desses, 298.738 (39,8%) são de hepatite C, 276.646 (36,9%) de hepatite B e 169.094 (22,5%) de hepatite A. Em Curitiba, foram registrados 269 casos em 2022.



Diferentes tipos de hepatites
As hepatites virais se dividem em A, B, C, D e E, com diferentes formas de transmissão. “A hepatite A pode ser transmitida por meio do consumo de água e alimentos contaminados por fezes, condições precárias de saneamento básico e falta de higiene pessoal. A transmissão da hepatite B pode ocorrer em relações sexuais desprotegidas e também no compartilhamento de objetos pessoais como lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos, como agulhas e seringas. Além disso, pode ser transmitida verticalmente,  de mãe para filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação. O tipo D está associado à presença do vírus da hepatite B e é transmitida pelo sangue e pela relação sexual”, explica o médico.

A hepatite C é a mais severa entre os tipos de vírus, com grande chance de se tornar crônica. É contraída através do sangue contaminado e seus derivados, compartilhamento de seringas e relações sexuais sem o uso de preservativos. 

Já a hepatite E é de curta duração e cura naturalmente. Na maioria dos casos, é uma doença benigna transmitida por via fecal-oral, pelo consumo de água contaminada. “Pode ser grave em gestantes, mas raramente causa infecções crônicas em pessoas com algum tipo de imunodeficiência. Assim como a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. A maioria dos casos é registrada em países asiáticos”, alerta Jean.


Sintomas
Não é comum que as hepatites virais apresentem sintomas. Por isso, a testagem é de extrema importância. Os sintomas são: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras.



Tratamento e prevenção
De acordo com o médico, a melhor forma de tratamento ainda é a prevenção. “Existem vacinas disponíveis no sistema público para as hepatites A e B, que estão incluídas no calendário de imunização da criança. A vacina contra a hepatite A é aplicada em apenas uma dose, aos 15 meses de idade do bebê, e a vacina para hepatite B é administrada em quatro doses: ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses de vida. Para outras faixas etárias, três doses garantem a imunidade, mas o uso de preservativos é essencial. Não há vacina para a hepatite C, mas há tratamento e cura, inclusive com medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde”, finaliza o médico.


Áreas de mineração legal no Brasil acumulam 2,55 gigatoneladas de CO2 em vegetação e solo, mostra estudo

 

Cava de mineração em exploração no município de
Saltinho, interior paulista (
foto: Francisco Ruiz/Esalq-USP)

Em meio aos registros de recorde de temperatura no mundo e à intensificação das discussões sobre formas de mitigação das mudanças climáticas, pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) divulgaram estudo mostrando que, se todas as áreas de mineração legal ativas no Brasil forem exploradas nas próximas décadas, pelo menos 2,55 gigatoneladas de gás carbônico equivalente (Gt CO2 eq.) seriam emitidos.

Parte pode se dar pela perda da vegetação (0,87 Gt CO2 eq.) e a outra pelas mudanças no solo (1,68 Gt CO2 eq.). Esse total representa cerca de 5% da emissão mundial anual de gases de efeito estufa proveniente das atividades humanas.

De acordo com a pesquisa, publicada na revista científica Communications Earth & Environmental, o Brasil tem atualmente 5,4 milhões de hectares de minas legalmente ativas, o que equivale a uma área um pouco menor do que a Croácia (com 5,6 milhões de hectares). Elas estão espalhadas por todo o país, porém, a maioria fica concentrada em regiões subtropicais e tropicais (com os maiores estoques, estimados em 1,05 Gt CO2 eq.).

Para compensar essas emissões, os pesquisadores propõem uma solução baseada na natureza (SbN), com a construção de solos a partir de resíduos das próprias minas, chamados Tecnossolos. Essa estratégia tem o potencial de sequestrar até 1 Gt de CO2 eq., o que corresponde a 60% do dióxido de carbono que poderia ser emitido pelas alterações do solo.

“O primeiro passo, quando pensamos em estoque de carbono, foi analisar as emissões, já que a maioria dos trabalhos existentes avalia os impactos do processamento mineral, com a queima de combustível e o gasto com eletricidade, por exemplo. Mas sabemos que a maior parte da mineração do mundo e, principalmente no Brasil, é feita em cavas, a céu aberto. E os solos são os principais ecossistemas terrestres de estoque de carbono. Quando o solo é removido, essa matéria orgânica e a vegetação mudam, eliminando o dióxido de carbono. Por isso, analisamos o potencial de emissão com a remoção do solo e da vegetação para chegar ao número de 2,55 gigatonelas de CO2 equivalente", resume à Agência FAPESP o doutorando Francisco Ruiz, da Esalq-USP.

Ruiz é o primeiro autor da pesquisa e bolsista da FAPESP.

Para o professor Tiago Osório Ferreira, do Departamento de Ciência do Solo da Esalq-USP, autor correspondente do artigo e orientador de Ruiz, um dos principais pontos do estudo foi mostrar que os solos construídos à base de rejeitos podem ser uma alternativa para a descarbonização.

“Esse trabalho específico mostra um potencial que ajuda a destinar rejeitos e resíduos de forma nova para construir um recurso fundamental, ou seja, o solo que sequestra carbono de forma estável. A pesquisa serve de alerta para outros países, principalmente grandes mineradores, como China e Estados Unidos, de que há alternativas nessa corrida urgente contra as mudanças climáticas”, diz o professor, que também é coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geoquímica de Solos (GEPGeoq) da Esalq.

O solo é um dos quatro grandes reservatórios de carbono do planeta, juntamente com atmosfera, oceanos e plantas. Porém, em estado de degradação, pode liberar CO2, como acontece com a vegetação. Levantamento do MapBiomas revelou que, do total de 37 gigatoneladas de carbono orgânico do solo (COS) existentes no Brasil em 2021, quase dois terços (63%) estão estocados em área sob cobertura nativa estável (23,4 Gt COS), principalmente na Amazônia. Apenas 3,7 Gt COS estão estocados em solos de regiões convertidas para uso antrópico desde 1985.

Já os solos artificiais podem ser criados usando materiais derivados de atividades humanas, incluindo resíduos industriais, urbanos e de mineração. Além da regulação do clima, os Tecnossolos podem restaurar serviços ecossistêmicos essenciais, perdidos com as atividades de mineração, por exemplo, que vão desde a produção de alimentos e energia até a proteção da biodiversidade, a regulação da qualidade da água e a ciclagem de nutrientes.

Segundo a pesquisa, desde que empregadas as propriedades adequadas, os Tecnossolos podem atuar como substrato para o desenvolvimento de plantas – nativas ou de interesse agrícola e florestal – e sequestrar carbono por meio do acúmulo de matéria orgânica.

O Brasil está entre os dez principais produtores de commodities minerais do mundo. A mineração é uma importante área para o desenvolvimento econômico, mas também está ligada à degradação de ecossistemas, com a poluição do solo e da água e perda da biodiversidade. Além disso, o Brasil registrou recentemente dois grandes desastres, os rompimentos das barragens de Mariana (em 2015) e Brumadinho (em 2019), ambas em Minas Gerais, com altos custos humanos, econômicos e ambientais.


O processo

A elaboração de Tecnossolos se baseia no entendimento de processos de ocorrência natural em solo, como sua formação, intemperismo e estabilização de matéria orgânica.

Para testar a hipótese de que a construção de Tecnossolos poderia ajudar a superar as emissões de CO2 da mineração de superfície, os cientistas estimaram os estoques usando dados disponíveis na literatura. Para isso, determinaram a geolocalização e as áreas de todos os locais de mineração legal no país usando a plataforma on-line SIGMINE, da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Descobriram que a recuperação de estoques de dióxido de carbono depende do clima, com os Tecnossolos tropicais mostrando o maior potencial. Esse desempenho pode ser atribuído ao alto aporte de carbono derivado de plantas e ao potencial de estabilização de CO2 por meio de interações mineral-orgânicas.

Os pesquisadores destacam que alguns tipos de rejeitos de mineração contêm elementos potencialmente tóxicos, como arsênico, mercúrio, cádmio, cobre e chumbo, e que, por isso, seu uso deve ser evitado ou combinado com estratégias de prevenção da poluição e mobilização de metais pesados. Sugerem nesses casos o uso de técnicas de remediação (como a fitorremediação) e a aplicação de corretivos de solo.

"O que chama muito a atenção neste trabalho é a quantidade de carbono obtida nos Tecnossolos. Em alguns casos, supera o total de solos naturais. Os estudos que o Francisco [Ruiz] vem desenvolvendo mostram que é possível construir solos em pouquíssimo tempo com desempenho até melhor do que os naturais e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas", conta Ferreira.

Ruiz pesquisa Tecnossolos desde o mestrado e recebeu, em 2020, o Prêmio de Excelência da Indústria Minero Metalúrgica Brasileira, promovido pela revista Minérios, publicação considerada referência no setor. À época, o pesquisador fez um estudo em uma mineradora de calcário na cidade de Saltinho (SP) reaproveitando os rejeitos produzidos pela própria mineração para construir solos, recompondo a topografia e a vegetação.

Além de cientistas da Esalq, o trabalho publicado agora contou com a participação de pesquisadores de instituições internacionais, como as universidades Sorbonne (França) e de Santiago de Compostela (Espanha), além da Woodwell Climate Research Centre (Estados Unidos). Está vinculado ao novo Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP coordenado pelo professor Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, coautor do artigo (leia mais em: agencia.fapesp.br/41018/).

Com sede na Esalq, o CCarbon tem o objetivo de produzir conhecimento e inovação em soluções baseadas na natureza visando conciliar a crescente demanda por alimentos e energia com sustentabilidade ambiental, econômica e social.

O artigo Constructing soils for climate-smart mining pode ser lido em: www.nature.com/articles/s43247-023-00862-x?utm_campaign=related_content&utm_source=EARTHENV&utm_medium=communities#Abs1.

 

Luciana Constantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/reas-de-mineracao-legal-no-brasil-acumulam-255-gigatoneladas-de-co2-em-vegetacao-e-solo-mostra-estudo/41887/


Supermercados dão adeus ao crescimento de dois dígitos

IMAGEM: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
Após registrar alta de 15% nas vendas em janeiro, percentual volta ao patamar de 4% em junho, de acordo com a Varejo 360. Para o economista Fábio Silveira, é sinal de que a economia caminha para a normalidade, com a melhora do ambiente para os negócios

 

As taxas de crescimento de dois dígitos que os supermercadistas registraram durante a pandemia começaram a cair para um patamar “mais normal” nos últimos meses.

Em janeiro, as 150 maiores redes do varejo alimentar venderam, em média, 15% mais do que em igual período do ano passado e, em fevereiro, 15,3% mais no estado de São Paulo.

A partir de março, este percentual foi caindo mês a mês até chegar a 4,2% de alta em junho deste ano sobre igual mês de 2022, considerando as mesmas lojas.

A queda na taxa de crescimento era mais ou menos esperada pelo setor à medida que os efeitos da pandemia ficaram para trás. Além disso, a queda da inflação teve impacto no faturamento. Ainda assim,  o dado de junho assustou parte dos supermercadistas.

Os dados foram levantados pela Varejo 360, empresa de tecnologia que desenvolve pesquisa de mercado com base em informações de tíquetes de compra de consumidores paulistas.

Se consideradas também as novas lojas, o percentual de aumento de vendas cai de 19%, em janeiro, para 9% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Evidentemente, a inflação no setor de alimentos empurrou para cima o faturamento dos supermercados, assim como a pandemia, já que as lojas permaneceram sempre abertas.

“É normal que as taxas de crescimento diminuam. As comparações mensais eram enganosas com inflação e efeitos da pandemia”, diz Fábio Silveira, sócio-diretor da MacroSector.

No acumulado do primeiro semestre, as vendas do varejo alimentar no estado de São Paulo subiram 9,7%, em média, em relação a igual período de 2022, considerando as mesmas lojas.

O formato de loja que mais cresceu foi o de minimercados (Minuto Pão de Açúcar e Carrefour Express), 15,4%, seguido de supermercados, 11,6%, atacarejos, 7,1% e hipermercados, 6,7%.

Os atacarejos já se destacam quando consideradas também as novas lojas, com alta de 19,4% no primeiro semestre sobre igual período de 2022, como resultado da expansão do setor.

“O varejo alimentar está melhor do que setores que dependem de crédito, mas vive um dos piores momentos dos últimos três anos”, diz Fernando Faro, sócio da Varejo 360.

Consultores de varejo que acompanham o setor dizem que muitas lojas faturaram de fato mais durante a pandemia, mas não necessariamente viram a rentabilidade também crescer. 

“Está um sufoco atingir a meta para o mês. O esforço é muito maior, estamos fazendo mais promoções e propagandas na televisão”, diz Hélio Freddi Filho, diretor da rede Hirota.

No primeiro semestre deste ano, diz, a rede, com 18 lojas, vendeu 7,2% mais do que em igual período do ano passado, sem descontar a inflação. “O momento atual está preocupante.”

A venda on-line, que chegou a representar 15% do faturamento da empresa, agora participa com cerca de 2,5%. O que está crescendo, diz, 22%, é o modelo de loja em condomínios.

Atualmente, a rede possui 104 unidades e estão previstas mais dez inaugurações até o final do ano, algumas delas em espaços exclusivamente de escritórios.

Para Silveira, os dados acima revelam que a economia brasileira está começando a voltar à normalidade, exibindo números “mais reais” de desempenho das empresas.

“2023 será um ano de transição, com sinais de que o país pode transitar para um ambiente melhor, com inflação em queda e tendência de redução de taxas de juros”, afirma.


PERSPECTIVAS

Dois outros indicadores importantes para o desempenho do varejo, como pessoal ocupado e rendimento, diz ele, também indicam melhora no ambiente de negócios para este semestre.

De janeiro a maio deste ano, o pessoal ocupado cresceu 2,3% em relação a igual período do ano passado, apesar da elevada taxa de juros. “Com juros menores, estaria crescendo 4%.”

Somente o Bolsa Família, diz, deve colocar nas mãos da população mais carente em torno de R$ 12 bilhões por mês ou R$ 144 bilhões em 2023, 74% mais do que em 2022 (R$ 82,8 bilhões).

O pessoal ocupado deve receber R$ 295,1 bilhões por mês ou quase R$ 4 bilhões no ano. “A massa real de rendimento, incluindo o Bolsa Família, caminha para crescer 6,5% neste ano.”

O crédito, outra ferramenta importante para estimular o consumo, diz, está crescendo mais do que o previsto. Em maio, último dado disponível do BC, a alta foi de 13% sobre maio de 2022.

“Se descontar a inflação, o crescimento real do volume de crédito para o consumidor é da ordem de 8%, o que não é pouco. Só não cresceu mais por causa da inadimplência”, diz.

Mas também no caso deste indicador, diz, a situação já não é tão ruim, pois a taxa nos últimos seis meses está quase estabilizada em 3,8% (atrasos acima de 90 dias), de acordo com o BC.

“Aquela movimentação ascendente da taxa de inadimplência mudou. Não está declinante, mas exististe uma melhora nítida. A economia global, nacional, regional está se redesenhando.”

A partir deste mês, de acordo com Silveira, as condições de temperatura e pressão da economia começam a voltar à normalidade, favorecendo o varejo.


OUTROS NEGÓCIOS 

Uma das maiores marcas de tênis do mundo, a Skechers, se prepara para crescer no país, mesmo depois de ver o mercado de calçados esportivos encolher cerca em 2022.

Com 12 lojas no Brasil, a marca, operada por três grupos brasileiros, sob licença, deve abrir pelo menos mais duas unidades neste ano.

“A expectativa é que este semestre será melhor do que o primeiro com a queda de juros e incentivo ao consumo”, afirma Alexandre Santiago, country manager da marca no Brasil.

A perspectiva do mercado de calçados esportivos para 2023, diz, é de um crescimento de 5,5% no volume de vendas e de 14% em faturamento, na comparação com 2022.

No ano passado, o setor enfrentou queda de cerca de 3% em pares e aumento de 7% na receita por causa da inflação. “Só que a alta de preços não cobriu as despesas”, diz.

Os números da Skechers são maiores, diz, porque a marca está em fase de expansão no país, com a previsão de faturar 42% mais neste ano em relação a 2022.

“Acreditamos que na crise é o momento de investir. A marca, com 800 lojas nos Estados Unidos, acredita muito no Brasil”, diz.

Do portfólio mundial de produtos da Skechers, cerca de 10% já estão no Brasil. São 500 itens entre modelos e cores. Metade do que é vendido já é produzido no mercado brasileiro.

Também tem empresários animados em um dos setores que mais sofreram na fase mais dura da pandemia, o de restaurantes.

Um deles é Lalo Zanini, empresário que atua há mais de 30 anos no ramo de gastronomia e sócio dos restaurantes Luce, Vitrô Bistrô, Vianna Bar e outros.

“Tirando os meses de abril, maio e junho do ano passado da base de comparação, já que foram meses muito bons, mantemos a média de faturamento, o que é uma vitória”, diz.

Apesar de muitos restaurantes tradicionais não terem sobrevivido à pandemia ou estarem enfrentando problemas financeiros, Zanini diz que, no seu caso, todos são superavitários.

“A nossa gestão visa lucratividade e é muito agressiva em marketing. Estamos numa fase de expansão dos negócios no país”, diz.

O empresário acabou de inaugurar o Virô Bistrô no shopping Iguatemi, em Campinas, no interior de São Paulo, e também de assumir o Vianna Bar, no bairro de Pinheiros.    

A previsão ainda é abrir em agosto outra unidade do Virô Bistrô, em Sorocaba, interior de São Paulo, e o Capanema, na rua Barão de Capanema, especializada em comida kosher.

Com os dados do varejo que saíram até agora, não há dúvida que os setores mais dependentes de crédito, como o eletroeletrônico e o de veículos, são os que estão mais sofrendo.

“De fato a expectativa é de os juros caírem, mas ainda estão muito altos, e esses dois setores são os que mais sofrem com isso”, diz Fábio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio).

Mesmo com todos os indicadores indo na direção de um ambiente mais favorável para o consumo, o país ainda deve crescer pouco, pouco mais de 2% na previsão de Silveira.

Para o varejo, a expectativa, diz, é de um aumento de 1,3% em 2023 sobre 2022. “É pouco, mas cria-se uma expectativa de aceleração para o final do ano e começo de 2024.” 

 

Fátima Fernandes
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/supermercados-dao-adeus-ao-crescimento-de-dois-digitos


Como viver de música?

Quer viver de música, mas não sabe por onde começar? Confira três dicas valiosas sobre o tema!


Pensando em quem tem o sonho de viver de música, mas não sabe como, a New Music Brasil revela três dicas valiosas para você gerir sua carreira. Quem explica essas dicas são os próprios artistas da empresa. Confira!

 

Dica 1: Seja persistente

Para a dupla sertaneja Vini & Bisioli, a persistência é essencial para ter sucesso na música, afinal, é preciso muita paciência e dedicação para se estabilizar na carreira. “Faça uma escolha e persista nela. Tenha foco e faça o que estiver ao seu alcance para realizar seu sonho, sem nunca deixar de lado os fãs que você já tem. Uma hora, a oportunidade chega”, comentam. 

Quem também partilha dessa opinião é o cantor sertanejo Renato Vianna, conhecido por ganhar a quarta edição do programa The Voice Brasil. “Você tem que agarrar toda oportunidade que aparecer. Faça o que é possível e deixa acontecer”, aconselha

 

Renato Vianna | Fonte: Vírgula

Dica 2: Nunca pare de estudar

Já para Júlio Negrini, criador da banda Decifrada, entender o funcionamento da indústria musical é essencial para alcançar o sucesso, o que exige estudo e experiência profissional.

Júlio Negrini

“Antes de tocar profissionalmente, tive a oportunidade de ser promotor em muitas casas de evento. Com isso, aprendi como funcionava todo o processo de contratação. E antes de produzir bandas e compor minhas próprias canções, eu me dediquei a entender os processos de composição e produção por trás de outros artistas”, explicou.

Porém, mais do que ser um artista, ele percebeu que queria ajudar outros artistas a alcançarem seus objetivos.

Por isso, hoje ele é responsável pela banda Decifrada, uma produção artística e musical focada em canções onde as mulheres são protagonistas, tanto como artistas quanto em relação aos temas das letras. 

 

Dica 3: Tenha um Plano B

Segundo Vini, da dupla Vini & Bisioli, todo artista iniciante pode se deparar com alguns desafios, como falta de oportunidades, desvalorização, dificuldades financeiras e imaturidade. Até superar esses obstáculos e conquistar seu espaço no mercado da música, o artista precisa encontrar meios de se sustentar e investir na carreira, como um trabalho paralelo à música.

Essa foi a solução encontrada por Vini. Durante anos, ele enfrentou uma jornada dupla, mesclando a carreira musical com outros trabalhos, pois esta era a única forma de manter seu sonho vivo. “Trabalhei de vendedor de picolé até bancário”, conta Vini. Até que ele encontrou um empresário que lhe convidou para formar uma dupla com um de seus artistas: Bisioli

Vini & Bisioli | Fonte: Gazeta da Semana


Bisioli também precisou conciliar a música com outro trabalho no início da carreira. Porém, o cenário mudou quando ele conquistou uma cartela de clientes. “Quando vi que dava pra salvar as contas de casa trabalhando só com a música, larguei o emprego e foquei no meu projeto”, relatou.

Hoje, Vini & Bisioli possuem cerca de 2,5 milhões de visualizações no YouTube e mais de 5 milhões de streams no Spotify.  


Chegada do inverno e efeito El Niño acendem alerta para agricultura

Com a chegada do inverno, as baixas temperaturas e geadas trazem um grande desafio para o agronegócio brasileiro, gerando impacto significativo nas plantações, especialmente em regiões onde as temperaturas são mais baixas e o clima se torna mais rigoroso.

Durante essa estação do ano, diversos cuidados são essenciais para garantir o bem-estar dos animais e a produtividade das culturas. O Brasil é um país de dimensões continentais e as características climáticas variam amplamente de uma região para outra. Portanto, as medidas de cuidados podem variar de acordo com a localização geográfica do produtor.

Diego Zardo, Head comercial da Supercampo, alerta para a escolha de culturas adaptadas às baixas temperaturas. “Ao planejar as plantações, e pensando nas baixas temperaturas, o agricultor precisa selecionar culturas que sejam adaptadas às condições climáticas da região, pois existem culturas específicas que são mais resistentes ao frio e podem crescer bem durante essa estação”, salienta.  Além da escolha, é necessário o monitoramento constante. “Inspeções regulares são fundamentais para detectar problemas cedo, como também é indicado a cobertura do solo que evita ervas daninhas e retem a umidade”, pontua.

A vantagem para esse inverno, segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), é a expectativa de temperaturas mais altas para esse período devido ao efeito El Niño, fenômeno natural que aquece as águas do Oceano Pacífico e apresenta reflexos no clima de todo o planeta. “No entanto, mesmo com temperaturas mais altas, o El Niño costuma provocar um aumento significativo das precipitações principalmente na região sul, que merece atenção e preparo do agricultor”, enfatiza Diego.

Segundo as agências climáticas, acredita-se que a intensidade do fenômeno El Niño seja moderada nesse ano, ganhando força no próximo verão. “Caso o fenômeno traga chuvas fortes, o agricultor deve ficar atento ao encharcamento do solo, que traz prejuízos à produção agrícola. Já se as chuvas não forem intensas, as produções de soja podem ser beneficiadas com o maior volume de chuva”, exemplifica o Head Comercial, Já na produção de cana-de-açúcar, explica Diego, o El Niño intenso pode prejudicar a logística da colheita quanto à maturação da planta.

“As variações climáticas com o efeito El Niño podem afetar diretamente a produção agrícola de grãos. As culturas perenes, com o excesso de chuva, podem apresentar redução na produtividade”, alerta Diego.

Para enfrentar as variações climáticas seguem algumas dicas, lembrando que todos os produtos voltados ao agronegócio podem ser adquiridos pelo Supercampo.com:


 No caso de excesso de chuvas:

  • Não semear em solos encharcados;
  • Realizar rotação de culturas;
  • Realizar adubação nitrogenada;
  • Realizar a colheita quando o produto atinge umidade adequada.


No caso de estiagem:

  • Utilizar sistema de plantio direto;
  • Utilizar cultivares resistentes ao estresse hídrico;
  • Utilizar irrigação quando possível e necessário;


No caso de frio e geada:

  • Mantenha o calor das plantas com cobertura apropriada
  • Proteja o maquinário;
  • Adubação equilibrada: Fortaleça as plantas com nutrientes para estação.
  • Fungicidas preventivos: Evite doenças fúngicas com tratamentos preventivos.

 


O monitoramento constante é essencial para detecção precoce de problemas. A dica da Supercampo é: Monitor de Plantio sem Fieldview - PSX - Supercampo e o Kit Monitor de Plantio Contador de Sementes CPA-600 - 08 Linhas - Supercampo

Já para a cobertura do solo, retendo umidade e evitando ervas daninhas: as sugestões são: Lona Prata Silo - 6 x 100 Metros / 130 Micras - Supercampo e Lona Prata para Silo 10 x 100 metros - 130 Micras - Supercampo

Para uma adubação equilibrada, fortalecendo as plantas com nutrientes para a estação: https://www.supercampo.com/distribuidor-de-adubo-ureia-e-sementes-ds-manual-600-l-29/p

E, para evitar doenças fúngicas com tratamentos preventivos, a sugestão é Pulverizador Bravo 400 Litros M 6 - Supercampo

E saindo um pouco do campo e indo para o conforto do lar, um dos itens mais buscados na Supercampo.com é o fogão à lenha, que foi procurado por mais de 44 mil usuários desde que as temperaturas começaram a diminuir este ano: Forno a Lenha FHIFI-M com Fogão Inox 430 - Preto - Supercampo.


Posts mais acessados