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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Maio Roxo chama atenção para as doenças inflamatórias intestinais nos pets

Médica veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support, Juliana Dhein, explica sobre a importância do diagnóstico precoce.


O mês de maio traz mais uma campanha de conscientização para os pets. O “Maio Roxo” tem como objetivo conscientizar os tutores sobre as doenças inflamatórias intestinais, que são crônicas e afetam o trato gastrointestinal. Quando não são detectadas precocemente causam desconforto e sofrimento para os pets. A médica veterinária Juliana Dhein explica sobre a importância do diagnóstico precoce: “É importante que os tutores estejam atentos aos sintomas, levem seus animais de estimação para exames regulares e consultem um veterinário se notarem qualquer alteração no comportamento ou na saúde de seus animais. Com o diagnóstico precoce, é possível iniciar o tratamento de forma mais rápida, melhorando a qualidade de vida do animal”, explicou. 

Os primeiros sintomas que devem ser observados são apetite seletivo, diarreia, vômito, perda de peso e dor abdominal. Embora possam afetar qualquer animal de estimação, é mais comum nos pacientes de meia idade, nos braquicefálicos e raças como York Shire, Spitz Alemão, Buldogue Francês e Golden. 

A médica veterinária explica também sobre a prevenção das doenças, algo que pode ser determinante na vida do animal. “Os tutores devem estar cientes de que a dieta é um fator importante no tratamento e prevenção das doenças inflamatórias intestinais. Uma dieta equilibrada e de qualidade, que atenda às necessidades nutricionais específicas do animal, pode ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a saúde geral do trato gastrointestinal e, consequentemente, da vida desse pet”, finalizou Juliana Dhein, médica veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support.

 

Cachorro castrado e mudança de comportamento: entenda a relação

O comportamento do cachorro castrado muda, por isso, é importante estar ciente de todas as mudanças antes do procedimento 

 

O comportamento de cachorro castrado muda em alguns aspectos, pois muitos deles têm a ver com o cio e como eles se “transformam” nesses períodos. Afinal, o instinto animal é algo que não dá para simplesmente se desfazer. 

Porém, alguns são mais inibidos pela castração, o que faz com que eles diminuam certos hábitos.

 

Dão menos escapadas

Esse é um dos principais motivos para os tutores optarem pela castração, principalmente aqueles que têm um pet que gosta de dar uns passeios sem permissão.  

Isso porque o instinto os fazem sair para procurar suas parceiras para satisfazê-los. Por mais que esse ato das escapadas seja algo bem preocupante para os tutores, deve-se ter em mente que até os humanos não conseguem controlar totalmente todas as suas necessidades.  

Porém, apesar de natural, as fugidinhas são perigosas para eles e muito assustadoras para nós. Por isso, a castração é bem-vinda nesses casos. 

 

Ficam mais calmos 

É importante salientar que isso ocorre em apenas alguns casos, pois a inquietude e agressividade tem diversas razões.  

De acordo com a médica veterinária Dra. Ana Paula Sanchez Barcelos do Vet Quality Centro Veterinário 24h, diminuir hormônios como a testosterona pode sim modificar o comportamento do cachorro castrado.  

Porém, se a causa da hostilidade for por estresse, ansiedade, falta de socialização e falta de gasto de energia, a castração não interfere em nada.

Nesses casos, é preciso mudar os fatores externos para melhorar a qualidade de vida do bichano! 

 

Melhoram os hábitos do xixi

Se i nos passeios, o cão para a todo momento para deixar sua marca, então, saiba que esse problema pode diminuir ou acabar de vez.  

Eles fazem isso pelo instinto de mostrar a outros cães, que aquele lugar ali tem dono. Depois de castrados, os hormônios responsáveis por esse hábito diminuem, assim como o hábito em si.  

Por isso, quanto antes realizar o procedimento, melhor de ensiná-los onde eles devem fazer as necessidades. Assim, vão se acostumar mais rápido e da melhor forma. 

 

Torna-se menos ativo

A especialista em comportamento animal, Renata Bloomfield, também da Vet Quality, explica que os cachorros necessitam de menos energia depois da castração.  

Para os tutores que não tem tanto tempo e espaço para passeios e brincadeiras muito frequentes, essa é uma boa notícia.  

Porém, deve-se lembrar de consultar um médico veterinário para instruir sobre a dieta. Se o pet gastar menos energia e comer a mesma quantidade de comida, a tendência é engordar e chegar à obesidade. 

 

Passa a não “montar” mais em objetos e pessoas

O ato dos cachorrinhos fazerem saliências com as pernas dos donos, das visitas ou de quem estiver por perto, é algo que pode ser bem incômodo e às vezes até constrangedor.  

Além disso, eles também se aproveitam de qualquer objeto para satisfazer esse desejo. Mais uma vez, não o fazem por mal, e isso é apenas mais um dos instintos animais.  

O comportamento do cachorro castrado muda também nesse sentido e esses episódios acabam de vez. Essas vantagens também se equivalem em relação às fêmeas, tendo em vista que se a castração for realizada cedo, as chances de desenvolverem câncer de mama reduzem bastante. Podem ser evitadas doenças uterinas, como a piometra, alterações ovarianas e gravidez imaginária.

 

A importância dos exames de rotina antes da castração

Assim como os humanos, é necessário realizar exames antes de qualquer cirurgia, os bichinhos também precisam. Na verdade, exames de rotina são fundamentais, em qualquer ocasião.  

Apesar de o procedimento não ser muito invasivo, hemograma e eletrocardiograma completos dão a confirmação de que as chances de complicações são mínimas.  

Portanto, a saúde precisa estar em dia antes do procedimento, para garantir o bem-estar do cachorro e não submetê-lo a riscos.  

 

Como cuidar do pet após a castração?

Além do comportamento do cachorro castrado, outra preocupação que se deve ter é com os cuidados após a cirurgia. Afinal, são eles quem determinam boa parte do sucesso dela.  

Por isso: 

  • Siga a medicação à risca: todas as orientações do médico são importantíssimas, por isso, segui-las rigorosamente é o mais importante. Quando se trata de remédios, o negócio fica ainda mais sério, e tanto os medicamentos, quanto a quantidade e o período devem ser levados a sério. 

 

  • Cuide bem dos curativos e cicatrizes: o externo também conta muito para o decorrer do procedimento, e caso as cicatrizes forem mal cuidadas, o é sofrimento físico na certa. Nesse caso, as orientações médicas também são super importantes, mas além de segui-las, o tutor deve verificar se o próprio cachorro não tirou os curativos e não está os cutucando.

 

  • Evite esforço físico: quanto mais esforço, maiores as chances dos pontos estourarem e dos aspectos físicos incomodarem o cãozinho e a recuperação demorar mais. Desse modo, não se pode incentivá-lo a correr, pular, brincar e estar muito perto de outros animais. 

 

Os comportamentos de cachorro castrado, são normais, porém, se perceber algo fora do comum, desde questões físicas, até comportamentais e emocionais, é importante buscar por um hospital veterinário, finalizam as veterinárias.



Animal de estimação: o que as crianças precisam saber antes de ter um


Os benefícios que o convívio com um animal de estimação trazem
 são inquestionáveis, porém, é importante olhar alguns pontos
antes de levar um bichinho para casa 
Crédito: Envato

“Posso ter um cachorrinho?” Essa é uma daquelas perguntas respondidas diariamente por muitos pais, principalmente pelos que têm filho pequeno. Segundo pesquisa do Instituto Pet Brasil, que anualmente realiza o Censo Pet IPB, em 2021 existiam 149,6 milhões de animais de estimação no país, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. Os cães são os queridinhos, com 58,1 milhões, seguido das aves canoras, com 41 milhões. Os gatos estão em terceiro lugar, no entanto, são os animais que apresentaram maior crescimento nos lares nos últimos anos.

De acordo com a professora Josiane Oliveira, do Colégio Positivo, em Curitiba (PR), entre as crianças, os cães e gatos são os preferidos, mas não são as únicas opções disponíveis. "Existem chinchilas, pássaros, peixes, coelhos e tartarugas, por exemplo. Por isso, é importante levar em consideração o gosto e o perfil da criança”, explica.

Segundo ela, os benefícios que o convívio com um animal de estimação trazem são inquestionáveis, porém é importante olhar alguns pontos antes de levar um bichinho para casa. “Inicialmente, é dever dos pais explicar para a criança que o pet não é um brinquedo e, por isso, não deve ser entregue à criança como um ‘presente’ ou ‘objeto’. Isso pode trazer a falsa sensação de que o animal é facilmente descartável ou substituível”, destaca Josiane.

Para fazer uma escolha coerente e que não prejudique a família e o animal, é interessante levar em consideração alguns questionamentos:

  • Em qual espaço da casa o animal ficará?
  • Existem pessoas dispostas a cuidar?
  • Como será a divisão quanto aos cuidados?
  • Qual é o tempo de vida do animal?
  • Quais são as necessidades vitais do pet escolhido?
  • Quem cuidará do animal quando a família for passear ou viajar?

Além disso, explicar para a criança que, assim como os humanos, os animais também têm necessidades. “É necessário que a criança entenda que o animal não chegará à residência para suprir as suas expectativas. Ele pode demorar para se adaptar ou sujar e estragar itens. No entanto, ainda assim, não poderá ser devolvido ou maltratado”, explica a professora.


Alimentação, higiene e limpeza

É aconselhável que a família prepare o espaço e faça combinados antes da chegada do animal. “Alimentação, higiene e limpeza do local são pontos importantes, e é papel dos pais explicar, em detalhes, como funcionarão os passeios, às idas ao pet shop e quais são as obrigações de cada um na casa”, conclui.


Benefícios

Ainda que o bicho de estimação mude a rotina da família, o convívio com um animal traz inúmeros benefícios para a vida de uma criança. Entre eles, aprendizados sobre respeito e cuidado com os animais; ensina a aceitar melhor os imprevistos; leva à compreensão que as obrigações mudam com o passar do tempo; e ensina também a dividir comida, carinho e brinquedos.

 

Colégio Positivo

Mitos e verdades sobre a castração de pets

Quando se fala em castração animal, o medo é apenas um dos tabus para muitos donos de pets. Ainda existe a crença de que o procedimento é uma crueldade com os bichos de estimação, da mesma forma como seria com os humanos. Outra incerteza é quanto ao sofrimento que isso poderia causar nos animais. São tantas dúvidas, que resolvemos apontar o que é mito e o que é verdade sobre a castração dos pets.

- A castração é um procedimento doloroso para os pets
MITO! A castração, tanto de machos quanto de fêmeas, é um procedimento cirúrgico simples, rápido e indolor, uma vez que se utiliza a anestesia geral. Nos cães machos, ela consiste na retirada dos testículos, enquanto na fêmea, que é mais invasiva, é feita a extração dos ovários.

- A castração interfere na personalidade do animal
VERDADE! A testosterona presente nos cães machos concentra-se exatamente na região dos testículos. Vale lembrar que este é o hormônio que confere maior ou menor agressividade do animal. Com a retirada do órgão, eles tendem a apresentar comportamento mais pacífico. Mas isso não significa uma mudança total de personalidade. O efeito da castração neste aspecto é mais brando.

- A castração é só para o controle de natalidade dos animais
MITO! O principal motivo para a castração animal é garantir mais saúde ao pet. Os riscos de câncer nos órgãos reprodutores dos pets são significativamente maiores do que nos dos humanos, reduzindo, assim, sua incidência. Automaticamente, a castração eleva a expectativa de vida do pet.

- A castração deve ser feita somente em cães
MITO! A castração oferece os mesmos benefícios em qualquer espécie de animal doméstico. É importante que o procedimento seja realizado nos pets com no máximo 6 meses de idade, quando eles já tomaram as vacinas essenciais e ainda não iniciaram o ciclo reprodutivo.

- A castração é um procedimento relativamente caro
VERDADE! Embora não seja um procedimento tão acessível, cujo valor pode até passar dos R$ 2 mil, dependendo da espécie de animal, há planos de saúde especiais para pets que contemplam procedimentos cirúrgicos, inclusive o da castração, e também de vacinas existentes apenas na rede particular. Vale a pena consultar as condições e buscar um plano de saúde especializado em saúde animal e que seja completo. A Au!Happy, por exemplo, oferece essas condições.

- A castração influência no metabolismo
VERDADE! O metabolismo também pode ser afetado pelo procedimento. Mas o médico veterinário que realiza a castração faz uma série de recomendações que o tutor deve seguir à risca após a cirurgia. Há uma adaptação que não é tão complicada, bastando apenas oferecer aos pets tudo aquilo que todo tutor sabe fazer muito bem: muito amor e carinho!


Você sabia? Tutores que não recolhem as fezes dos pets na rua podem sofrer punições

Professor do curso de Direito da Universidade Cruzeiro do Sul explica os principais cuidados que os donos devem ter ao soltar os animais para fazerem suas necessidades em locais públicos

 

É muito comum alguns tutores saírem de manhã para passearem com os pets na rua, ou ainda apenas soltar o animal para fazerem xixi e cocô. Porém, existem aqueles responsáveis que nunca recolhem as necessidades dos pets, mas o que poucos sabem é que, nestes casos, podem sofrer punições judiciais. 

De acordo com o Prof. Me. Wellington Ferreira de Amorim, coordenador do curso de Direito da Universidade Cruzeiro do Sul, o tutor é responsável por todos os danos que o seu pet vier a causar a terceiros, conforme dispõe o artigo 936 do Código Civil, que estabelece: “Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”.  

O especialista ressalta que se o cachorro ou gato defecar na calçada do vizinho, o proprietário da casa pode reclamar. Por mais que popularmente a calçada é tida como pública, a responsabilidade por ela é do dono do imóvel que faz frente para aquele local. Sendo assim, o responsável tem o dever de cuidar e o direito de exigir que se respeite a conservação e higiene da calçada.  

“É possível o ajuizamento por danos morais, se for uma conduta reiterada que tenha causado abalo psicológico ao proprietário do imóvel, ou ainda tutela de urgência em relação ao descumprimento de uma obrigação de não fazer, ou seja, temos o dever de abstenção em relação a causar danos a outrem”, sinaliza. 

Se o dono solta o animal, de forma deliberada, para fazer as suas necessidades fisiológicas, ele está ciente de que o pet poderá fazê-la em qualquer lugar, desde a via pública, calçada e até no jardim ou portão de algum vizinho em condomínios residenciais que não possuem muros e portões, exemplifica Amorim. Assim, o dono tem o dever de recolher as fezes e lavar o ambiente em caso de urina.  

“Muitas pessoas gostam de pets, mas não têm por falta de tempo ou de vontade cuidar dessas questões de natureza fisiológica, logo, não podem ser obrigados a suportar sujeiras por irresponsabilidade do dono do animal”, opina.  

A Lei Federal que trata dos animais e do meio ambiente é a n° 9.605/98. “Em nosso país, existem diversas Leis Municipais e Estaduais que também regulam o assunto de forma complementar, sendo importante que se verifique a legislação da região. Além disso, em condomínios verticais ou horizontais também existem regras de convivência e que tratam também sobre a questão dos animais (Convenção do Condomínio e Regimento Interno: se é permitido ou não; o porte do animal; a necessidade do uso da focinheira; a responsabilidade do dono do animal pelos danos que causar; etc. No Estado de São Paulo, por exemplo, existe o Código de Proteção aos Animais do Estado (Lei nº 11.977, de 25 de agosto 2005)”.  

Se os donos insistirem em não recolherem as sujeiras, o professor do curso de Direito da Universidade Cruzeiro do Sul orienta os proprietários a manterem o diálogo em primeiro lugar. “O diálogo é sempre o melhor caminho para a resolução de um conflito, sendo essa a primeira etapa que deve ser tentada. Se não for possível uma resolução amigável, a próxima etapa seria na esfera administrativa, ou seja, acionar a Prefeitura Local, por intermédio de sua Secretaria de Saúde que, geralmente, possui um serviço específico para o Controle de Zoonoses”, discorre. 

“A Prefeitura poderá multar ou aplicar alguma outra sanção, conforme legislação local, fazendo uso do seu poder de polícia, ínsito à administração pública. Já se as medidas citadas acima forem insuficientes, caberá à pessoa prejudicada, acionar judicialmente o dono do animal”, completa. 

Por fim, Amorim reforça que a responsabilidade do dono se estende a qualquer dano, de qualquer natureza a terceiros, ou seja, se um animal ataca alguém, morde ou arranha, entre outros, além de causar danos às propriedades alheias, a responsabilidade será do seu proprietário. “O artigo 936 do Código Civil estabelece uma responsabilidade objetiva, independentemente de culpa ou de intenção, por isso, é importante que os tutores de pets saibam que estão assumindo o risco de causarem danos e de repará-los quando deixam os seus animais soltos em locais públicos”, pontua.  

 

Universidade Cruzeiro do Sul
https://www.cruzeirodosul.edu.br/


4 dicas para aumentar a qualidade de vida e bem-estar dos felinos

Foto por Danai76 em freepik
 A harmonia entre os pets, tutores e o ambiente é a base para relações saudáveis e para o bem-estar animal


De acordo com o Censo Pet IPB divulgado em julho de 2022, a população de gatos domésticos no Brasil superou a marca de 27 milhões de animais. Um dos possíveis fatores contribuintes para este número é o aumento de pessoas que moram em apartamentos, uma vez que o espaço é mais restrito, além dos felinos serem animais mais independentes do que os cães, algo que se adapta melhor à rotina atual da população.

O fato de gatos serem mais autossuficientes não quer dizer que eles não exijam cuidados ou atenção de seus tutores.  Ter um gato em casa é um compromisso de longo prazo e o tutor deve promover, da melhor forma possível, medidas que proporcionem ao pet o máximo bem-estar e qualidade de vida.

“Entender o comportamento dos felinos é o primeiro passo para fornecer a eles um ambiente mais adequado às suas necessidades e que permita a expressão dos seus instintos naturais”, comenta Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal. “Estes animais prezam muito pela sua rotina, individualidade e liberdade, e quando alguma dessas necessidades deixa de ser atendida é comum que surjam os comportamentos inadequados que muitas vezes desagradam os tutores”.

Para auxiliar na melhora da qualidade de vida destes animais e em seu relacionamento com os tutores, a médica-veterinária traz algumas dicas:

 

Adaptação do ambiente

Adaptar o ambiente para receber um felino vai muito além de colocar telas nas janelas e varandas. É preciso fornecer utensílios que sejam facilitadores da expressão de seus instintos naturais e estimule o animal a se colocar em movimento.

“É importante não restringir o pet a apenas um cômodo, especialmente se ele precisa conviver com outro animal. Para os gatos é essencial ter diversas opções de locais para dormir, escalar, se esconder, além de múltiplas caixas de areia, bebedouros e comedouros diversos. Assim eles conseguem exercer a sua individualidade e liberdade de escolha”, Nathalia explica.

Fornecer arranhadores é outra adaptação importante para a espécie, já que arranhar é um comportamento típico e que serve para alongar os músculos e marcar o território de forma visual, pelo traçado deixado pelas unhas, e de forma química, com a liberação de feromônios pelas glândulas presentes nas patas. Quando não existem arranhadores suficientes, é comum que os pets optem por soluções alternativas, como arranhar sofás e cortinas, o que não agrada muito aos tutores.

 

Atenção com a saúde

Não é só porque o pet não tem acesso à rua ou contato com outros animais que as visitas regulares ao médico-veterinário devem ser deixadas de lado. A saúde é um dos pilares principais quando falamos de bem-estar animal, e ela se refere não apenas a prevenir que o pet seja acometido por doenças, mas também entender os sinais de que algo não está indo bem e intervir de maneira adequada.

“Felinos são caçadores na natureza e, por este motivo, camuflam muito bem qualquer sinal de dor ou mal-estar. Muitas das doenças que acometem os gatos tem início silencioso, refletido apenas em mudança de comportamento. O tutor precisa conhecer o seu pet e estar atento a qualquer mudança como isolamento excessivo, desinteresse, alteração na rotina de alimentação ou de uso da caixinha, agressividade ou vocalização além do normal. Estes são sinais que podem ser confundidos com estresse, mas quase sempre estão relacionados à saúde do pet”, alerta.

A profissional reforça que a intervenção rápida é sinônimo de maior sucesso na recuperação do pet, por isso para os tutores de gatos é importante não postergar a visita ao médico-veterinário.

 

Cheirinho que faz bem

Muitos odores são conhecidos por promover sensação de relaxamento e bem-estar dos felinos, e o mais famoso deles é o Cat Nip, também conhecido como erva do gato. A erva é da família da hortelã e é um potencializador do humor natural dos bichanos, muito apreciada pelos gatos. Quando inalada, ela pode deixar os felinos muito mais ativos, enérgicos e brincalhões, ou pode promover um profundo relaxamento no gatinho, deixando-o com um comportamento mais amigável e tranquilo.

Além de potencializar o humor, Cat Nip pode auxiliar os felinos durante treinamentos e no momento de socializar com os humanos, estimulando o bichano a engajar em brincadeiras que simulem a perseguição de uma presa, por exemplo, o que também tem impacto positivo em sua saúde física e mental.

 

Interação social positiva

“Os gatos são animais sociáveis e criam vínculos entre si e com seus humanos, desde que seus limites sejam respeitados. Entre os animais, é estabelecida uma hierarquia muito clara e, assim, a convivência consegue ser pacífica. Quando um novo gato é inserido na casa, é comum que esta hierarquia sofra mudanças e que gere até mesmo um nível de estresse nos animais”, Nathalia explica.

Para facilitar momentos como a chegada de um novo membro ao grupo, a adaptação deve ser progressiva e pode acontecer contando com o auxílio de análogo sintéticos dos feromônios felinos, que promovem a sensação de segurança e conforto aos animais, auxiliando na redução de estresse e na adaptação entre os indivíduos.

“O análogo sintético do odor facial felino (F3) também auxilia na manutenção do bem-estar dos gatos. Ele é uma cópia do feromônio liberado pelos felinos quando eles esfregam a cabeça e o corpo em móveis e objetos para marcar território e demonstrando segurança e conforto. O seu cheiro não pode ser sentido pelos humanos e nem tem efeito sobre nós, mas promove aos gatos completa sensação de tranquilidade e segurança. Na introdução de um novo membro ao grupo, a utilização do análogo do odor facial felino favorece tanto novo membro que está chegando, deixando-o mais confiante, quanto ao grupo já formado, que fica mais receptivo”, a médica-veterinária reforça.

Atualmente no mercado é possível encontrar o análogo sintético em forma de “spray”, que pode ser usado em situações pontuais como na caixa de transporte quando necessária a visita ao médico-veterinário, e em forma de difusor, mais recomendada para mudanças na rotina da casa. 

 A harmonia entre os pets, tutores e o ambiente é a base para relações saudáveis e para o bem-estar animal. Conhecendo bem o instinto dos felinos e possibilitando que eles expressem o seu comportamento da melhor forma, é possível proporcionar maior sensação de bem-estar e qualidade de vida para os bichanos.

 

Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br


Para atrair e reter talentos, empresas abrem as portas dos escritórios para os pets

Diferencial vem chamando a atenção de profissionais, especialmente os mais jovens, que dizem se sentir mais felizes, confortáveis e calmos com a presença dos bichinhos


A composição da família brasileira mudou. Depois da pandemia de Covid-19, o número de animais de estimação nos lares cresceu cerca de 30%, segundo pesquisa realizada pelo Radar Pet. E o mercado de trabalho já está começando a sentir os efeitos dessa mudança: ao receber os colaboradores de volta ao ambiente corporativo, as empresas perceberam que o bem-estar dos pets, que precisavam ficar em casa, durante o expediente era uma preocupação frequente de muitos profissionais. Para alguns negócios, a solução foi incorporar a presença dos animais no dia a dia do escritório.  

“No período crítico da crise sanitária, os pets se acostumaram com a gente em casa. Quando voltamos a frequentar o escritório duas vezes na semana, pensamos em como integrar o home office ao ambiente corporativo. Algumas pessoas pediram autorização para trazer seus pets e começamos a nos acostumar com a presença deles. Depois, foi questão de pouco tempo para oficializarmos essa nova política”, conta Rafiana Rech, gerente de Pessoas & Cultura da NZN, empresa do segmento de publicidade e comunicação online que aderiu ao modelo pet friendly.

De acordo com um levantamento realizado pela Nestlé Purina, companhias que adotam essa postura são bem-vistas pelos millenials, nascidos entre o início da década de 1980 e meados dos anos 1990. 41% dos respondentes afirmaram que estariam dispostos a trabalhar numa empresa pet friendly em detrimento de outra que não lida bem com os animais de estimação. Ainda, para 36%, o benefício de ter o pet por perto seria mais importante do que um seguro saúde. 

Para Otto Marques, CEO e fundador do Meu Pet Club, startup especializada em planos de saúde para animais de estimação e benefícios corporativos que envolvem os pets, a premissa de levar cães e gatos para o ambiente de trabalho pode trazer vantagens importantes para o clima organizacional. 

“Os benefícios são inúmeros, indo da tranquilidade para o trabalhador que sabe que seu pet está bem ali com ele até o estreitamento das relações interpessoais entre as equipes. Acredito que essa prática será cada vez mais frequente dentro das companhias”, aposta. 


Convivência saudável exige cuidados importantes – Para evitar qualquer desconforto na convivência com os pets, é indicado que a empresa tenha uma política clara para regulamentar a prática. Ainda, os tutores não podem descuidar de questões importantes, como higiene e alimentação do animal. Para a médica veterinária da marca, Giovana Ferreira, o conforto do pet também não pode ser deixado de lado. 

“Antes de levar o bichinho para o trabalho, certifique-se de que ele fica confortável em ambientes fechados por períodos mais longos. Animais com problemas de ansiedade, por exemplo, podem não ficar à vontade e, nesses casos, é melhor evitar”, alerta Giovana.

Na NZN, a vacinação em dia é outro pré-requisito para receber os pets no escritório. Os colaboradores devem fazer um cadastro na plataforma do RH da empresa, com nome, foto, cópia da carteira de vacinação e informações sobre o comportamento do animal. Também foi determinado que cada tutor doe um quilo de ração a ONGs que se dedicam à causa animal. Tutor da Romanoff e do Thor, cães da raça husky siberiano, Kleber Prando, cloud architect da empresa, comenta que poder levar seus pets para o trabalho ajudou em sua concentração e na produtividade. 

“Tê-los por perto durante o dia me ajuda a relaxar e a manter a calma. Consequentemente, sinto que aumenta minha produtividade e concentração. Aqui, os colegas de trabalho são muito receptivos com os nossos pets, o que cria um ambiente totalmente positivo, acolhedor, descontraído e saudável, além de aumentar a felicidade e o bem-estar tanto dos funcionários quanto dos animais", finaliza.

 

Filhote de zebra nasce no Brasil, fato considerado pouco comum no país


Ela nasceu no Bioparque Zoo Pomerode, que também registrou o nascimento de uma Jacutinga, espécie em perigo pela Lista de Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção


Ela tem poucos meses de vida, mas já chama a atenção de quem passa pelo Bioparque Zoo Pomerode (SC). Nascida em janeiro, a fofa filhotona de zebra representa um nascimento incomum no Brasil. “Existem poucos casais formados em idade reprodutiva e, por isso, esse nascimento é pouco comum”, explica a bióloga Priscila Weber Maciel.

Para que esse nascimento fosse possível de forma natural e de acordo com os instintos dos animais, a equipe do bioparque adotou uma série de ações. O primeiro passo foi a aproximação do casal em seu habitat e o monitoramento constante para garantir o bem-estar de ambos juntos. “Foram 12 meses de gestação e durante esse período a fêmea foi acompanhada quanto ao aumento do escore corporal e maior consumo de alimento, sendo assim adotada uma oferta de dieta adequada às suas necessidades, ajustes do ambiente, entre outros cuidados”. O acompanhamento foi diário e constante até as semanas próximas ao parto, quando foram ampliados os cuidados com a fêmea e a filhote.

A zebrinha nasceu de forma natural em 19 de janeiro. Ela e a mãe passaram a ser monitoradas 24 horas por dia. A filhote possui boa saúde, se alimenta bem com leite materno, e há algumas semanas ela já vem comendo capim, alfafa e ração, e tem se desenvolvido de forma natural, com o auxílio da mãe. “As duas foram mantidas em uma área anexa ao ambiente das zebras, para permitir o seu desenvolvimento e cuidados maternos sem a interferência das outras zebras. Agora, neste momento que ela está um pouco mais desenvolvida, foi possível fazer a junção com os outros animais”, explica.

O Zoo Pomerode abriga quatro zebras, incluindo a mãe e a filhote. A aproximação de ambas com os outros dois representantes da espécie foi feita de forma gradativa e com monitoramento constante para assegurar a compatibilidade entre eles. Para garantir um desenvolvimento natural da espécie, a equipe técnica do bioparque optou por não verificar peso e medidas da zebrinha nesse primeiro momento. A aferição deve ser realizada com ela já em fase de crescimento. “Há mais de 90 anos nós focamos na conservação e preservação de animais ameaçados, exóticos e silvestres. Esse trabalho tem sido fundamental para o desenvolvimento de espécies e o cuidado delas”, acrescenta.

 

Nascimento de ave em perigo de extinção

O cuidado com as espécies adotado pelo bioparque Zoo Pomerode contribuiu para o registro de um novo nascimento no primeiro trimestre do ano: um filhote de jacutinga, ave que habita a Mata Atlântica, considerada uma semeadora de florestas já que é dispersora de sementes. A avezinha nasceu em 5 de março, tem se alimentado bem com sementes, frutas e ração, e se desenvolvido de forma natural com os cuidados da mãe.

Vítima de desmatamento, degradação de habitat e caça ilegal, a jacutinga está classificada como “Em Perigo” pela Lista de Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção e pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). “Por conta desta vulnerabilidade da espécie, foi criado um acordo de cooperação técnica entre instituições como a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério do Meio Ambiente (MMA), onde essas instituições, junto de zoológicos, somam esforços para conservação da espécie”, conta. O bioparque de Pomerode conta agora com cinco jacutingas que podem ser vistas pelos visitantes no recinto de imersão Paraíso das Aves.

 

Sobre o Bioparque Zoo Pomerode

Com 90 anos de história, é considerado o maior zoológico de Santa Catarina. O local conta com mais de mil animais de 200 espécies, sendo que muitos são ameaçados de extinção. O bioparque é referência nacional no acolhimento e tratamento de animais selvagens que sofreram ferimentos fora de cativeiro e precisaram passar por atendimento especializado.

 

Doença Renal Crônica: Veterinário do CEUB alerta sobre hidratação dos pets

Cuidados e diagnóstico da Doença Renal Crônica em cães e gatos incluem exames regulares e dieta equilibrada


Quase sempre assintomática, a Doença Renal Crônica (DRC) é uma das principais doenças que afetam os animais de estimação todo o mundo. De acordo com estudo publicado pelo Centro Médico de Minnesota (EUA), 10% dos cães e 30% dos gatos com mais de 15 anos possuem essa enfermidade. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, no entanto, os pets afetados podem continuar a desfrutar de uma boa qualidade de vida. O professor do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Bruno Alvarenga, alerta quanto aos cuidados, desde a prevenção até o tratamento da doença.

Segundo Alvarenga, a detecção precoce da DRC é fundamental para o sucesso do tratamento. Ele recomenda que os pets façam anualmente os exames regulares e monitoramento da saúde. “A doença renal crônica em estágios iniciais é totalmente silenciosa, por isso é necessária a prevenção. Quando presente, dentre sinais que podem indicar que há algo errado estão o aumento da ingestão de água e do volume de urina. Mas geralmente são em momentos de extrema desidratação que ocorrem as injúrias renais”, destaca o especialista.

O veterinário do CEUB explica que os gatos têm mais facilidade de desenvolver a doença, uma vez que a domesticação da espécie levou a uma considerável redução no volume de água ingerida. “Enquanto animal selvagem, os felinos caçavam presas com pelo menos 70% de água. Dentro de casa, os gatos comem ração, que tem mais ou menos 10% do teor de umidade. Para garantir a hidratação dos gatinhos, o ideal é dar ração úmida e disponibilizar fontes e potes de água pela casa”, alerta Alvarenga.

Outro alerta é se o animal parar de beber água, o que deve ser observado. “O exame de urina é um dos principais meios e mais baratos para identificação de problemas renais e para monitorar a DRC, pelo material ser o produto principal do rim. Entretanto o rim tem muitas funções, que vão além de produzir urina, como estimular a produção de hemácias, atuar no controle da pressão arterial e no nível de diversos eletrólitos”, indica.

O estresse também pode ser um fato desencadeador da doença. No gato, por exemplo, que é um animal de muita rotina, a desordem pode ser despertada pela simples mudança de ambiente, uma ida ao pet shop ou a mudança de móveis dentro da casa. “A troca de ração, uma pessoa a mais, uma pessoa a menos, o barulho de uma obra podem desencadear a diminuição na ingestão de água e alimentação no pet, causando problemas renais”.

Para evitar a doença, a dica é simples: o animal tem que se hidratar e a hidratação adequada varia de acordo com o manejo. O especialista do CEUB explica que se um pet faz ingestão de alimentação natural, parte da água necessária para manter a hidratação está inserida na comida. Já aqueles que se alimentam de ração seca e bebem água no pote precisam tomar um volume maior de água. Em resumo, cães e gatos precisam ingerir água tanto pura, quanto nos alimentos, totalizando algo em torno de 100ml de água por quilo. O importante é sempre estimular a ingestão de água e realizar os exames de monitoramento anualmente!

Para tratar um animal diagnosticado com doença renal ou qualquer outra, é fundamental um bom acompanhamento médico veterinário, e que o tutor siga à risca as orientações do profissional. “Por mais que amemos os animais como filhos, não podemos cuidar deles como humanos, devendo respeitar as limitações e metabolismo de cada espécie. E ainda por vezes quando os animais não estão bem, é comum sentir vontade de medica-los, porem além de nem todas as medicações poderem ser feitas em uma espécie, estas podem ser nefrotóxicas e se administradas em um paciente renal pode expô-lo a riscos maiores”, arremata o doutor.

 

Mitos e verdades sobre doenças respiratórias e articulares nos pets


 

A manipulação de medicamentos veterinários com sabores
e formas farmacêuticas diferenciadas auxilia na adesão do pet ao tratamento 
Priscilla Fiedler


Com a queda nas temperaturas, aumentam os riscos de doenças respiratórias e pioram quadros de doenças já existentes

Assim como os humanos, cães e gatos também têm a saúde afetada pelas temperaturas mais baixas. Por isso, as dicas sobre uso de roupinhas, caminhas e casinhas mais quentes e protegidas e cuidados com banho e tosa são indispensáveis, afinal ninguém quer ver seu animalzinho adoecer. No entanto, algumas dúvidas frequentes podem prejudicar a saúde e o tratamento adequado dos pets.

A médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade, esclarece alguns mitos e verdades sobre os cuidados com os pets no inverno: 


Os cães só contraem a gripe canina no inverno - MITO

A traqueobronquite infecciosa, popularmente conhecida como gripe canina, é causada pela bactéria Bordetella bronchiseptica e o vírus da parainfluenza A.  Os sinais clínicos nos cães são muito parecidos com as manifestações em humanos: tosse, espirros, febre, secreção nasal e olhos lacrimejantes. Engasgos também podem ocorrer, deixando os cães bastante desconfortáveis. Já os gatos podem ser acometidos pela rinotraqueíte felina, com sintomas semelhantes e causada pelo Herpesvírus felino tipo 1 ou FeHV-1.

“Por se tratarem de doenças virais, são autolimitantes, porém contagiosas e podem passar de um animal para o outro por gotículas de ar ou restos de secreções no solo, em comedouros e bebedouros. Por isso, a prevenção e a alta imunidade são determinantes”, explica a veterinária. Clima frio, períodos chuvosos e mudanças bruscas de temperaturas afetam diretamente as defesas do organismo dos animais, por isso os riscos de contrair a traqueobronquite infecciosa e a rinotraqueíte felina tendem a ser maiores nesses períodos, mas o risco, na verdade, está presente em qualquer estação.

A melhor forma de prevenção é a vacinação, que deve ser feita anualmente, além da qualidade dos cuidados rotineiros, respeitando a idade e a condição de saúde de cada animal.


Doenças articulares pioram no inverno – VERDADE

Com o frio, o organismo dos animais faz a vasoconstrição (redução do tamanho do vaso sanguíneo) aumentando a densidade e o acúmulo de líquido nas articulações, reduzindo a circulação de oxigênio pelos tecidos e aumentando a produção de ácido lático no corpo. Tudo isso gera ainda mais dor em animais com fraturas ou que tenham quadros de artrites, artroses ou alguma doença osteoarticular crônica, mais comuns em animais idosos e de grande porte.

A veterinária orienta manter os animais em ambientes aquecidos, evitar caminhadas em pisos escorregadios ou instáveis e ficar atento ao peso dos pets. “Animais com sobrepeso têm mais tendência a doenças articulares por causa da sobrecarga articular, principalmente nos joelhos e cotovelos. Já quando os animais escorregam ao se levantar e enquanto caminham ou correm, as articulações sofrem ainda mais”, explica. O acompanhamento veterinário e o tratamento contínuo são fundamentais para animais com quadros de doenças articulares. Já a prevenção e a complementação do tratamento com suplementos podem fazer uma grande diferença: “O uso do UC-II, ou colágeno tipo dois, é indicado para os animais com doenças articulares, pois desacelera a destruição articular e reduz os quadros de inflamação”, comenta Farah.


Vitaminas e suplementos ajudam a prevenir doenças de inverno – VERDADE

Vitaminas e nutracêuticos colaboram muito para a imunidade dos pets e atuam como antioxidantes, o que ajuda a evitar enfermidades e a melhorar quadros já instalados de doenças infecciosas e processos inflamatórios.

Além do UC-II, outro nutracêutico que se destaca no tratamento de doenças articulares é o açafrão-da-terra, ou cúrcuma, por ter propriedade anti-inflamatória, que reduz a dor causada pela artrite e estimula a imunidade. Já a condroitina protege a cartilagem e a glucosamina tem o poder de fortalecer o tecido cartilaginoso lesado.

A tão conhecida Vitamina D também colabora com a imunidade dos cães e gatos e as betaglucanas têm efeito anti-inflamatório, imunomodulador e antioxidante no organismo dos pets. A veterinária lembra que, apesar de serem suplementos naturais, nutracêuticos e vitaminas devem ser prescritos pelo médico veterinário, pois somente esse profissional poderá indicar a dosagem e a posologia adequadas a cada animal.


A pele dos animais não precisa de cuidados extras no inverno – MITO

Apesar da proteção da pelagem, a pele dos pets sofre com as temperaturas extremas, clima seco ou úmido demais e a agressão causada pela água quente dos banhos. Além disso, o uso de roupinhas, embora proteja os animais do frio, pode causar danos à pele caso não seja feita a troca periódica para evitar o acúmulo de sujeiras, pelos embolados e umidade. Pets com pele sensível e atópicos, também acabam sofrendo mais nesse período.

A indicação é investir em shampoo, condicionador, leave-in e banho seco com ativos hidratantes. A administração de ômega 3 e uso de shampoos medicamentosos com bases emolientes também podem ser receitados pelo veterinário. “Ao retornar dos passeios sempre é indicado higienizar as patas com produtos próprios para pets, como lenços umedecidos que possuam ação protetora para a pele. A aplicação diária de hidratante de patinhas também vai proteger a pele dos coxins, focinhos e cotovelos de ressecamento e fissuras”, esclarece Farah.


Medicamentos que combatem os sintomas da gripe em humanos podem ser administrados nos pets – MITO

Neste quesito a especialista faz um importante alerta: “Nunca medique seu animal de estimação sem consultar um veterinário. O organismo de cães e gatos responde de maneira totalmente diferente: remédios para humanos, podem causar sérios danos e até levar animais a óbito”. O ácido acetilsalicílico, por exemplo, que é facilmente metabolizado pelo organismo humano, pode causar falência hepática em felinos e gastroenterite hemorrágica em cães. Cães e gatos também não possuem enzimas necessárias para metabolizar o ibuprofeno, o que pode causar úlceras, danos nos rins e ser fatal, dependendo da dosagem e sensibilidade do animal.

A lista de medicamentos proibidos é extensa, por isso, a consulta veterinária é fundamental. “Além das particularidades do organismo dos pets, o médico veterinário geralmente já conhece o histórico do paciente e vai receitar o tratamento mais adequado ao seu quadro de saúde, com a dosagem específica para a espécie e o peso do animalzinho”, reforça Farah.

Outro ponto importante é a adesão do animal ao tratamento. Nem sempre o pet aceita o medicamento com facilidade por não estar acostumado ou pelo mal-estar causado pela doença, o que pode causar estresse e também comprometer os resultados, caso o bichinho não faça a ingestão correta do medicamento. A manipulação de medicamentos veterinários com sabores e formas farmacêuticas diferenciadas é uma alternativa para tornar o tratamento mais agradável e prazeroso para o pet. “Um medicamento em forma de molho sabor frango, por exemplo, vai estimular o pet e melhorar a adesão ao tratamento”, comenta a veterinária.

 

DrogaVET
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Até para transporte, há normas para condução de pets


Muitas das pessoas que têm um pet costumam ter uma rotina de levar o animal para dar uma volta de carro de vez em quando. Outros são mais ousados, e fazem viagens para lugares mais distantes, sem deixar para trás o bicho de estimação. Seja qual for o destino, há regras que a família, e principalmente o motorista, deve saber sobre o transporte de animais. Tudo para garantir o conforto e a segurança de todo mundo, tornando a viagem mais agradável.

Essas regras não são meras orientações, mas leis federais constantes no próprio Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Na legislação, há três artigos dedicados ao transporte de animais que merecem atenção redobrada para os tutores. O desrespeito ao primeiro deles, por sinal, é bastante comum dentro da cidade. Se você já viu um cachorro dentro de um carro em movimento com a cabeça pra fora da janela, ou se você mesmo faz isso com seu pet, saiba que essa é uma infração que fere o Art. 169 do CTB.

Isso porque o texto diz que configura falta dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança. Essa determinação é reforçada ainda pelo Art. 235, que considera infração grave, passível de multa e de retenção do veículo, conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados. É exatamente o erro de quem permite que o animal fique com a cabeça pra fora do carro.

Já o Art. 252, por sua vez, aponta que dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à esquerda ou entre os braços e pernas do motorista também é considerado infração média, cuja consequência é a aplicação de multa. Quando observamos esses artigos num contexto de condução de pets, ainda que apenas num simples passeio pelo bairro, fica mais evidente que a única medida que proporciona segurança e evita movimentos inesperados do animal é a sua real alocação dentro do veículo.

Da mesma forma que o cinto de segurança ajuda a prevenir crianças de se movimentarem a ponto de se exporem a algum perigo ou de desviar a atenção do motorista, os pets devem estar protegidos de maneira que não consigam se deslocar dentro do carro em movimento. O CTB não determina uma forma exclusiva de conduzir os pets, e compete ao tutor garantir que ele se mantenha seguro dentro do veículo.

Opções não faltam. Hoje o mercado de pets oferece diversas alternativas para protegê-los, inclusive cintos de segurança feitos especialmente para cães. Além disso, há as famosas caixas de transporte, que devem ser mantidas sempre trancadas e presas de maneira que não se desloquem diante de uma manobra mais brusca do carro. Um lugar que costuma ser seguro é no chão, atrás do banco dianteiro.

É claro que isso não significa que não há riscos envolvidos quando se sai de casa com o pet em segurança. Um acidente ocorre sempre de maneira inesperada. Nessas circunstâncias, é evidente que o socorro direcione sua atenção às pessoas. Um plano de saúde para o pet pode ser a salvação paralela ao animal que estiver no carro. Essa prevenção garante que o atendimento adequado seja oferecido a todos os passageiros, inclusive aos bichos de estimação.

Por isso, ao transitar com um pet, considere todas as condições e riscos e se esforce para assegurar que todos estão seguros, inclusive em situações para as quais não fazemos planos. Este é o primeiro passo para transformar o passeio ou a viagem que vocês planejaram em momentos realmente especiais.


Simone Cordeiro - diretora-comercial da Au!Happy, operadora de plano de saúde para pets pioneira no país - marketing@yousaude.com.br

 

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