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segunda-feira, 17 de abril de 2023

A milenar tuberculose: estamos perto de sua erradicação?

Tuberculose e alguns tipos de câncer, como o de colo do útero, podem estar com os dias contados, a partir de políticas públicas de prevenção e testagem em larga escala dos quadros populacionais 

 

No mês de abril, onde celebra-se oficialmente o Dia Mundial da Saúde, torna-se imprescindível uma forte reflexão sobre os cuidados e prevenção às doenças de maior incidência global, responsáveis pelo impacto no bem-estar e qualidade de vida dos seres humanos. Além de toda conscientização sobre os bons hábitos alimentares e a prática constante de atividades físicas, a data configura uma ocasião propícia para mobilizar governos e autoridades de saúde sobre as práticas adotadas localmente, inclusive no que diz respeito ao rastreio de doenças previsíveis, curáveis e que muitas vezes podem ser evitadas, como a tuberculose e alguns tipos de câncer, entre eles, o de colo do útero.  


A milenar tuberculose: estamos perto de sua erradicação?  

Considerado um problema de saúde pública mundial pela própria OMS, a doença foi responsável por 1,6 milhão de óbitos em 2021. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021 foram 74.385 novos casos da doença, sendo mais de 5 mil deles, fatais – um percentual 11% maior quando comparado ao período de 2020. Em 2022, os índices de contaminação foram ainda maiores, ultrapassando o marco de mais de 78 mil novos casos.  

“As metas de erradicação da tuberculose, que segundo a OMS deveriam ser cumpridas até 2030, sofreram, de fato, um grande atraso em virtude da pandemia. Tivemos casos subnotificados, redução na oferta e procura por diagnósticos e tratamentos. Para que esse objetivo seja cumprido, uma das medidas mais efetivas de conter essa transmissão e sanar suas ocorrências se dá pelo diagnóstico e tratamento precoces da tuberculose ativa e da prevenção reativa da patologia, através do tratamento da infecção latente (ILTB), quando ainda não apresenta sintomas”, destaca Paulo Gropp, VP da QIAGEN na América Latina, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares. 

 Para fazer esse rastreio efetivo nos quadros populacionais, o executivo destaca que um dos meios mais precisos, analisados e recomendados pela OMS é o teste IGRA, ou ensaio de liberação de Interferon-gama. “É um teste sensível, específico e objetivo, realizado com uma pequena amostra de sangue e que requer apenas uma visita ao médico, apresentando resultado rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais. O que talvez muitas pessoas não saibam e cabe a nós trazer essa conscientização, é que esse tipo de exame está disponível à população brasileira pelo SUS e em todos os planos de saúde”, complementa.  


HPV e o câncer de colo do útero  

Considerado o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo do útero tem entre seus principais causadores o vírus do HPV. De acordo com dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer –, são esperados mais de 17 mil novos diagnósticos da enfermidade ainda neste ano de 2023; um índice de risco em torno de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres. 

“Uma das maneiras mais efetivas de diagnóstico é o monitoramento frequente da presença do vírus no organismo. Embora 90% dos casos de HPV representem uma contaminação transitória, onde o próprio sistema imunológico consegue se defender, o risco aumenta quando a presença do patógeno prolonga-se e acaba por gerar lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna”, explica Gropp. 

Além dos exames mais comuns como a colposcopia e o Papanicolau, que identificam alterações nas células do útero por diferentes causas, existe um teste molecular muito mais sensível, capaz de detectar o DNA do vírus, antes mesmo do surgimento da lesão inicial: a Captura Híbrida. 

 Embora o exame esteja disponível às mulheres brasileiras apenas no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, o executivo destaca a importância dessa disponibilidade a um número maior de pacientes, como as que fazem seus acompanhamentos pelo SUS.  

“Milhões de mulheres já realizaram a captura híbrida e muitas vidas já foram poupadas pela contribuição dessa tecnologia. E é neste ponto que pedimos a atenção das autoridades em saúde. O câncer de colo do útero é totalmente previsível, os avanços tecnológicos têm nos ajudado com isso. É preciso fazer uma profunda análise sobre o quanto diminuiria a sobrecarga do sistema público, inclusive financeiramente, ao adotar essas ferramentas de prevenção e evitar que novos casos de câncer sejam manejados. Os ganhos são ainda maiores para as mulheres, que têm sua saúde física e mental poupadas, pelo fato de não terem que enfrentar esse diagnóstico”, conclui Gropp.  


QIAGEN
https://www.qiagen.com/us/

Dor e dormência nas mãos? Conheça os sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo

Quando comprimido ao nível do punho, o nervo mediano
é responsável pela síndrome que pode gerar dor,
 cãimbras e dormência na área.

Causada por uma compressão no nervo mediano ao nível do punho, a síndrome do túnel do carpo provoca um tipo de Dor Neuropática Localizada que pode afetar o cotidiano dos pacientes

 

Muitas das atividades que as pessoas realizam diariamente envolvem a execução de movimentos contínuos e repetitivos com as mãos e punhos, sejam elas tarefas domésticas ou de trabalho, como uso do celular ou computador, ou até mesmo praticar esportes. No entanto, o mau posicionamento do punho e o uso de força excessiva(1) em algumas dessas ações podem causar inflamação e deterioração dos nervos sensitivos e motores localizados ao nível do punho, causando danos ou alterações em suas funções(2).

 

Esse tipo de compressão é conhecida como síndrome do túnel do carpo (STC), a neuropatia por encarceramento de nervo mais comum, estimando-se que afete até 5% da população mundial(3). Sabe-se também que entre 50% e 90% dos casos de STC estão ligados às atividades laborais e ao esforço que elas implicam em função do trabalho físico(4). Segundo o doutor André Tsai, Presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA) e Presidente do Comitê de Dor da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT-ABDOR), "as pessoas com esta condição chegam a sentir formigamento, cãibras, dormência e até mesmo dor na região afetada, a qual geralmente é a mão dominante, mas pode se estender até o ombro. Tudo isso impacta na qualidade de vida, nas funções físicas e atividades cotidianas das pessoas”.

 

Além disso, essa síndrome pode originar outras complicações que agravam a situação do paciente, como a dor neuropática localizada (DNL), um tipo de dor cuja principal característica é desenvolver-se em áreas consistentes e limitadas a uma superfície menor que uma folha de papel tamanho carta(5). Estima-se que a DNL afete 60% dos pacientes de dor neuropática(6), sendo esta a que tem maior probabilidade de causar incapacidade, pois tende a se tornar crônica.

 

“Em estágios avançados, quando as compressões nervosas são muito severas ou prolongadas, podem ser gerados danos irreparáveis, gerando atrofias, fraqueza muscular e até perda de sensibilidade, limitando significativamente o desenvolvimento da vida profissional e pessoal das pessoas”, alerta Tsai. 

O especialista destaca ainda que um tratamento integral e gradual é importante para evitar que a dor se torne crônica. 

“O primeiro passo no tratamento dessa síndrome é evitar os fatores de risco que causam a STC, como má postura na região das mãos e punhos. Isso é acompanhado pelo manejo farmacológico da dor neuropática, que pode ser sistêmica ou pela aplicação de drogas localizadas na área afetada, e também tratamentos como a fisioterapia e acupuntura, que também ajudam a atenuar os sintomas da STC”, conclui o doutor. 

 


Referências

(1) Causas, características y síntomas del Síndrome de Túnel Carpiano. Cómo diagnosticar el síndrome del túnel carpiano (2013). Disponível em https://mgyf.org/wpcontent/uploads/2017/revistas_antes/V2N8/V2N8_244_247.pdf

(2) Social determinants of health and physical activity are related to pain intensity and mental health in patients with carpa tunnerl syndrome (2023). Disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2468781223000085?via%3Dihub

(3) Prevalencia mundial del Síndrome de Túnel Carpiano. Factores asociados con la calidad de vida en pacientes con síndrome de túnel carpiano (2014). Disponível em http://www.scielo.org.co/pdf/anco/v30n2/v30n2a04.pdf

(4) Análisis de factores de riesgo laborales y no laborales en Síndrome de Túnel Carpiano (STC) mediante análisis bivariante y multivariante (2016). Disponível em https://scielo.isciii.es/pdf/medtra/v25n3/original1.pdf

(5) e (6) Características y prevalencia del dolor neuropático localizado (DNL). Consenso multidisciplinario de diagnóstico y tratamiento del dolor neuropático periférico y localizado en México (2019). Disponível em https://www.scielo.org.mx/pdf/gmm/v155n4/0016-3813-gmm-155-4-428.pdf


Câncer colorretal: incidência aumenta entre os mais jovens

Mas há uma ferramenta inovadora na guerra contra o câncer: o Teste Onco-PDO 

 

Estudo recente publicado pela American Cancer Society, indica que um em cada cinco casos de câncer colorretal diagnosticados hoje ocorre em pessoas com menos de 55 anos, em comparação com um em cada 10 casos em 1995. 

Ainda não foi descrita a causa dessa tendência, mas um artigo recém-publicado na Science sugere algumas razões possíveis, incluindo fatores ambientais e genéticos. 

As descobertas também revelaram um aumento nos diagnósticos de doença avançada, o que é particularmente preocupante. As taxas crescentes em adultos mais jovens levaram os Serviços Preventivos dos EUA a mudar sua recomendação em maio de 2021 para iniciar os exames aos 45 anos em vez de 50, mas aqueles com fatores de risco podem precisar começar ainda mais cedo.

O câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país. Este tipo de câncer pode não causar sintomas imediatamente, mas é importante observar: uma mudança nos hábitos intestinais, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes, a sensação de que você não se sente aliviado ao ter uma evacuação, sangramento retal com sangue vermelho vivo, sangue nas fezes, o que pode fazer com que elas pareçam marrom-escuras ou pretas, cólicas ou dor abdominal, fraqueza e fadiga, além de perda de peso não intencional.

A detecção precoce do câncer, por meio do exame de colonoscopia, em todas as pessoas acima dos 50 anos é uma estratégia fundamental para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, aumentar a chance de tratamento. Os principais fatores de risco são: idade acima dos 50 anos, histórico familiar, dieta pobre em fibras, ingestão excessiva de carnes vermelhas e processadas. 


Com chances de cura, a guerra contra o câncer já é travada com inovadoras ferramentas 

Para os casos de diagnóstico positivo com recomendação de quimioterapia, os avanços científicos têm apresentado novas ferramentas. Uma delas foi trazida pela Invitrocue Brasil ao país. Os investimentos da empresa na tecnologia de organoides levaram ao desenvolvimento do teste Onco-PDO (Organoides Derivados do Paciente) que auxilia os médicos a individualizar o tratamento do paciente. Com ele, as células do paciente são cultivadas e testadas para diferentes drogas quimioterápicas e drogas de terapia alvo, analisando como respondem às diferentes terapias.  

Trata-se de um cultivo celular tridimensional, que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo do seu tumor de origem. O Teste Onco-PDO leva em conta que cada paciente é único, e isso ajuda o médico a traçar a melhor escolha para aquele paciente específico. Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente para os diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas.

O benefício é que, ao invés de fazer previsões de como um o câncer pode responder a uma terapia, o Teste Onco-PDO permite verificar especificamente o efeito dessa terapia no tumor do paciente e trabalhar diretamente com as células vivas que formam o câncer em cada caso.

Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha 8 de 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente reagiram aos diferentes tratamentos testados.  O Teste Onco-PDO  está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil.

O futuro da medicina agora depende de ações de precisão. Para que as novas ferramentas possam ser utilizadas, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!

 


Invitrocue Brasil
www.invitrocuebrasil.com.br /
invitrocue@invitrocue.com.br

 

Entenda o que é a demência frontotemporal, doença com a qual o ator Bruce Willis foi diagnosticado

Doença possui semelhanças com o Alzheimer, porém com diferenças significativas e pode afetar diferentes funções cognitivas 

 

Recentemente, a família do consagrado ator norte-americano Bruce Willis divulgou que ele foi diagnosticado com demência frontotemporal. Em março de 2022, ele já havia anunciado a aposentadoria da atuação por conta de um distúrbio de fala denominado afasia que o impedia de se comunicar adequadamente. Em comunicado, a família do ator explicou que os problemas com a fala eram apenas alguns dos sintomas que ele estava enfrentando e afirmou que era um alívio ter um diagnóstico claro sobre sua doença após tanto tempo. Mas afinal, o que é a demência frontotemporal e como ela afeta as pessoas?

O neurologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Tiago Sowmy, explica que a demência frontotemporal, assim como a Doença de Alzheimer, são doenças crônicas neurológicas degenerativas, que se instalam ao longo de um período de tempo que pode abranger de meses a anos. “Ambas são doenças que afetam a cognição do indivíduo, o que pode prejudicar aspectos como a memória, linguagem (com leitura, escrita e fala), adequação do comportamento social, auto-organização, funções executivas e em alguns casos a perda da capacidade de reconhecimento de faces e de objetos”, detalha ele. 

Porém, a demência frontotemporal é diferente do Alzheimer em relação à sua apresentação clínica e à sua fisiopatologia. Segundo o médico, é uma doença multifacetada e pode se apresentar de várias formas, com sintomas que podem ser mais comportamentais (variante comportamental da demência) ou mais relacionados à linguagem (afasia progressiva primária), em que ocorre dificuldades para falar, escrever e compreender ordens simples ou complexas advindas de outras pessoas. “No início, ambas podem se apresentar de maneira parecida. O paciente pode apresentar alguma dificuldade cognitiva sem grande repercussão, pois a doença ainda não se desenvolveu para que o diagnóstico fique mais preciso. Não é incomum que apenas durante o curso da patologia, de sua evolução clínica e da investigação laboratorial que fique discriminada qual o tipo de demência frontotemporal apresentada pelo paciente”, explica o especialista. 

Os sintomas da demência frontotemporal são alteração do comportamento e de personalidade e, com o decorrer do tempo, podem surgir distúrbios cognitivos. Os sintomas comportamentais se iniciam com um quadro de desinibição, apatia ou falta de engajamento nas atividades diárias, podendo evoluir para um comportamento de impulsividade e comportamentos antissociais, inclusive com episódios de agressividade. “Não é incomum percebermos uma dificuldade para a realização de juízos de valor, ou seja, de julgamentos ou ainda uma inflexibilidade nas atitudes ou ações. É muito comum que o próprio paciente não tenha consciência da doença e dos sintomas que apresenta (anosognosia)”, destaca o médico. A tendência é que, por ser uma doença degenerativa progressiva, os sintomas se agravem ao longo do tempo, tornando a convivência e os cuidados ainda mais complexos, o que afeta a vida dos familiares e dos cuidadores. 

Os sintomas da doença costumam iniciar com maior frequência na faixa dos 50 e dos 60 anos, como foi o caso de Bruce Willis, sendo que 10% dos casos se dão acima dos 70 anos. Tiago Sowmy acrescenta que cerca de 40% dos pacientes diagnosticados têm antecedentes familiares, com alguns tipos de mutações genéticas.

 

Diagnóstico 

Tiago indica que o primeiro passo para identificar a doença é a realização de uma investigação ampla que afaste outras patologias que possam explicar os sintomas. Entre os exemplos, ele aponta, estão casos de neurosífilis, doenças hepáticas, doenças metabólicas associadas à disfunção tireoidiana, depressão, transtorno bipolar e até mesmo o uso de drogas e medicações que possam simular os sintomas. “Após essas doenças serem descartadas, o médico responsável poderá realizar um diagnóstico clínico apoiado por exames de imagem que podem mostrar alterações e o surgimento de atrofias nas regiões dos lobos frontal e temporal. Além da ressonância magnética, podem ser utilizados exames de imagem, como o PET e o SPECT, que buscam avaliar não mais a anatomia ou estrutura do cérebro, mas principalmente o seu metabolismo e o seu funcionamento”, destaca o médico.

Para além disso, há ainda trabalhos científicos e pesquisas que podem identificar a presença de proteínas que se relacionam com uma das variantes da demência frontotemporal. Por fim, ainda reforça que há algumas alterações genéticas familiares que podem favorecer a manifestação da doença. “O diagnóstico também se baseia em uma avaliação neuropsicológica, feita por um profissional especializado que consegue mapear os domínios cognitivos mais afetados. A avaliação de todos esses aspectos será determinante para se fazer um diagnóstico mais apurado. Infelizmente ainda não existe um tratamento específico, mas o grande objetivo de um diagnóstico precoce é o controle de sintomas que o paciente possa apresentar, além de descartar doenças potencialmente tratáveis”, finaliza.



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

Infectologista do Grupo HealthSculp alerta sobre a importância da vacinação contra a Gripe

 Campanha do Ministério da Saúde já foi iniciada em todo o país e será realizada até o dia 31 de maio. 

 

Normalmente é em meados do outono e inverno que os casos de gripe costumam aumentar, afirma o Dr. Flavio Bustorff, médico infectologista da Clínica MedSculp. “Isso acontece devido ao tempo seco, que causa o ressecamento das vias respiratórias, tornando o organismo mais vulnerável ao vírus. Além disso, as pessoas costumam ficar em locais fechados e sem ventilação, o que facilita a disseminação do vírus”.

Segundo ele, qualquer pessoa pode ser afetada pela gripe, porém aquelas que apresentam quadros potencialmente mais preocupantes são pessoas com mais de 60 anos, crianças de até 6 anos, grávidas e puérperas, pessoas com deficiência e portadores de doenças crônicas como doenças respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas, diabetes, transplantados ou obesidade grau 3.

“Da mesma forma que acontece com a COVID-19, a vacina pra influenza não imuniza a pessoa contra a doença, porém, ela ativa o sistema imune, de forma que, uma vez infectada, o organismo já possui defesas e os quadros costumam ser mais leves, evitando hospitalizações e outras complicações”, reforça.

Vale destacar que a vacina ofertada no SUS é chamada trivalente, ou seja, ela imuniza contra os três sorotipos de influenza mais frequentes no ano. Já nas clínicas privadas, a vacina disponível é a tetravalente, ou seja, ela imuniza contra um sorotipo adicional de influenza, no caso a Influenza B (Phuket).

O médico aponta que as reações mais comuns à vacina da influenza são dor, vermelhidão e inchaço local, dor no corpo, cansaço, náusea e dor nas articulações. “Reações graves são incomuns”, finaliza Dr. Flavio, ressaltando a importância das pessoas se vacinarem contra a gripe e completarem o esquema vacinal para a maior proteção de todos.

  

Dr Flávio Bustorff - médico infectologista pela UFRJ - RQE 43458, atende na MedSculp


Seconci-SP: avalie se você está cuidando bem da voz

Fonoaudióloga faz recomendações por ocasião do Dia Mundial da Voz


 “Cuidar bem da voz é fundamental, pois, além de exprimir em palavras o que se quer comunicar, ela imprime as emoções, os sentimentos, a personalidade da pessoa, através da sua qualidade”. Esta é a mensagem de Taiane Vieira Moraes da Silva, fonoaudióloga do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Mundial da Voz (16 de abril).

A data tem o propósito de promover cuidados e prevenir doenças relacionadas à voz. “Além de ser um instrumento de trabalho, a voz é uma das funções responsáveis pela expressão e um indicador de saúde”, diz a especialista. 

Taiane conta que no Brasil, a data foi instituída pela Lei 11.704/2008, embora já acontecessem solenidades da Semana Nacional da Voz entre os dias 12 e 16 de abril desde 1999. 

“A voz representa uma parte significativa durante a comunicação. É uma forma de expressão totalmente individual, influenciada por três dimensões: biológica, psicológica e sócio-educacional”, explica Taiane.

 

Recomendações 

De acordo com a fonoaudióloga, ações direcionadas à autoavaliação possibilitam à pessoa consultar o médico, que por sua vez pode realizar diagnósticos precoces de doenças, algumas graves, como o câncer de laringe. 

Desta forma, Taiane recomenda alguns cuidados a serem empregados no dia a dia, para se ter uma voz mais saudável: 

·         Beba água regularmente, em pequenos goles, principalmente quando estiver fazendo uso profissional da voz. A água hidrata o organismo e favorece uma emissão vocal sem tensão. 

·         Mantenha uma alimentação saudável e regular. Isso ajuda a prevenir o refluxo, que é prejudicial à laringe e às pregas vocais. 

·         Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente antes da utilização profissional da voz, pois estes aumentam a produção de secreção no trato vocal e dificultam a emissão. 

·         Evite gritar ou falar frequentemente em forte intensidade: sempre que possível, procure se aproximar do outro para conversar. Evite competição sonora: ao falar, abaixe o volume da TV e/ou do som. 

·         Evite ingerir líquidos muito gelados ou muito quentes, principalmente durante o uso profissional da voz. 

·         Atente-se a possíveis ressecamentos do trato vocal quando estiver exposto ao ar-condicionado. Isso pode levá-lo a produzir uma voz com maior esforço e tensão. Se este for o seu caso, procure manter-se bem hidratado e beber água em pequenos goles durante o período de exposição. 

·         Evite chupar balas ou pastilhas fortes, assim como utilizar sprays, que mascaram o sintoma de garganta irritada e fazem a voz ser produzida com esforço, sem perceber. Quando o efeito da bala passar, a irritação na garganta será ainda maior. Em substituição a estas alternativas, procure fazer repouso vocal. 

·         Evite pigarrear ou tossir demais, pois isso provoca um forte atrito entre as pregas vocais, irritando-as. Procure substituir esses hábitos por uma respiração, seguida de deglutição de saliva para deslocar a secreção. Se o problema persistir, procure um médico. 

·         Evite falar muito quando estiver gripado ou em crise alérgica, pois, nestes casos, o tecido que reveste a laringe está inchado e haverá grande atrito entre pregas vocais durante a fala. 

·         Evite roupas apertadas na região do pescoço e na cintura. Elas dificultam a livre movimentação da laringe e do diafragma, musculatura importante para a respiração. 

·         Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso. Tais hábitos irritam a laringe. Além disso, o cigarro aumenta consideravelmente o risco para o desenvolvimento do câncer de laringe e pulmão. O fumo é altamente nocivo, pois a fumaça quente agride o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais, podendo causar irritação, pigarro e edema. Álcool em excesso também é prejudicial para as pregas vocais e tem efeito analgésico, levando você a cometer abusos vocais sem se dar conta.

·         Evite falar grosso ou fino demais, travar os dentes ao falar e falar muito rápido. Tenha uma voz com entonação variada, articule bem as palavras, perceba-se enquanto fala, acalme-se, faça pausas expressivas e respiratórias. 

“No caso de persistirem por mais de 15 dias sinais de alerta como rouquidão, ardência, falhas e cansaço para falar, consulte um médico otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo, que poderão avaliar, fornecer orientações preventivas e tratar patologias já existentes. Vale lembrar que o tratamento precoce é sempre mais rápido, podendo inclusive evitar procedimentos cirúrgicos”.

 

A dor de ficar sem palavras

Sonia Reinol, 61 anos, atriz 
Divulgação

Distúrbio de linguagem: orientações para recuperação da afasia!

 

Você sabe o que é afasia? É um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade das pessoas de interpretarem textos, falar, compreender palavras, diferenciar sons e escrever.  Isso, geralmente ocorre após um problema neurofuncional como AVC, Tumores, lesões por acidente, doenças degenerativas ou qualquer outro problema que dificulte, comprometa ou impossibilite a comunicação.

Após o diagnóstico, é imprescindível o acompanhamento de um fonoaudiólogo, pois o profissional em terapia precisa requalificar as funções de respiração, deglutição e fala do paciente afásico. Casos mais graves podem comprometer até o comportamento, como desassociar a palavra do seu significado, por exemplo: A pessoa fala caneta, mas na verdade ela queria dizer prato.

 

“Quem olha para mim jamais pensa que tenho alguma sequela de AVC” 

Vida agitada, bem-sucedida e realizada! Essa era a vida da empresária Sônia Reinol até sofrer um AVC que a deixou como sequela a afasia. Dona de uma empresa no ramo de eventos, ela era responsável por contratos, negociações e toda comunicação com os clientes, quando de repente viu sua carreira virar de cabeça para baixo com o diagnóstico. “No dia que acordei no hospital, via todo mundo conversando, mas era como se as pessoas estivessem falando um outro idioma do qual apenas eu não conseguia dominá-lo. Eu compreendia o que era dito e acreditava que quando comunicava estava sendo clara, a questão era que eu trocava as palavras, falava coisas sem sentido”, comenta Sônia.

O primeiro passo em busca da recuperação contou com a ajuda de um fonoaudiólogo, além do apoio incondicional da família e muito empenho por parte de Sônia. Focada em retomar gradativamente sua rotina, ela resolveu percorrer um caminho bastante desafiador para um afásico, buscando refúgio no teatro com o intuito de se comunicar novamente com as pessoas. “Me lembro que fiz o papel de Madame Clessi, durante as comemorações de 100 anos de Nelson Rodrigues, foi um desafio e tanto. Havia uma palavra que a personagem dizia sempre, a palavra era “vendo”, no sentido do verbo vender e eu não conseguia dizer ou entender a palavra. Foram 2 meses de muito trabalho até fazer sentido” relembra.

Segundo Tamara Drumont, fonoaudióloga do Instituto Diferente Mente, cada terapeuta dedica tempo e atenção técnica para organizar o plano terapêutico voltado as necessidades de cada caso, uma vez que o aprendizado das habilidades de comunicação é um processo que dura a vida toda e que se modifica constantemente para estimular e apoiar a nova forma de falar que este paciente irá construir. “Partimos do princípio da organização das funções cognitivas, como fala, pensamento, memória, planejamento e execução motora levando em conta o grau de comprometimento físico, o tempo em que ela ocorreu e a intensidade com a qual as manifestações acontecem”, comenta a especialista.

Esse obstáculo enfrentado diariamente por Sônia Reinol a motivou a se tornar uma espécie de embaixadora da afasia, tanto que ela buscou uma nova forma de inspirar outras pessoas, através de sua biografia “A Filha do Rei”. “Hoje, sempre que consigo espaço falo sobre o transtorno e uso a minha história e a minha luta para incentivar pessoas a não desistirem. Conheço bem a sensação dessa sequela e convivo com ela diariamente, então seja com o livro, com o teatro ou em entrevistas, quero levar essa mensagem de superação e de conscientização para esse distúrbio de linguagem’’, finaliza a atriz.


Cidadania Itinerante oferece serviços gratuitos em ONGs nas zonas leste e norte da Capital

 

A partir desta terça-feira, 18 de abril, a Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), por meio do Cidadania Itinerante, vai oferecer serviços gratuitos à população das zonas leste e norte da capital paulista, nas unidades móveis do projeto. 

Na terça (18/4), a van atenderá na R. Santo Antônio da Vargem Alegre, 2 - Jardim Carolina (Associação Comunitária Jardim Nazaré Dois); e na quarta-feira (19/4), na Tv. Dona Luiza Ursula, 103 - Comunidade do Boi (Associação de Moradores do Jardim Jaraguá), ambos na zona leste. 

Já na quinta (20/4) e sexta (21/4), a unidade móvel oferecerá os serviços na R. Cel. Euclides Machado, 224 - Jardim das Graças (ONG Dha Q Brada), na zona norte. O horário de atendimento durante os quatro dias será das 9h às 17h.

Durante a ação, serão entregues ao público de 150 a 200 senhas por dia até uma hora antes do fim do atendimento. A iniciativa busca expandir a atuação das coordenações, programas e serviços da SJC em todo o Estado de São Paulo. Desde junho de 2022, o projeto Cidadania Itinerante esteve em 111 municípios, com 58 mil serviços solicitados.

Serão oferecidos para a população: agendamento para 2.ª via do RG, emissão de 2.ª via das certidões de nascimento, casamento e óbito, CPF, contas de consumo (água e luz) e atestado de antecedentes criminais; solicitação de 2.ª via da CNH e da carteira de trabalho digital; entrada no seguro-desemprego; elaboração de currículo; recebimento de denúncias e encaminhamento para coordenações, programas e ouvidoria da SJC.

  

Serviço 

Cidadania Itinerante oferece serviços gratuitos em ONGs nas zonas norte e leste da Capital

Datas: 18 a 21 de abril

Horário: 9h às 17h

Locais: 

Santo Antônio da Vargem Alegre, 2 - Jardim Carolina

ttps://goo.gl/maps/98vAYvFCz4nvVB4X8

 

Travessa Dona Luiza Ursula, 103 - Comunidade do Boi

https://goo.gl/maps/k2r5i4KFHSEKy3dLA

 

Cel. Euclides Machado, 224 - Jardim das Graças

https://goo.gl/maps/zpVA75Kd4d2sk43p9

  

Semana Nacional de Conciliação Trabalhista: recurso agiliza resolução de conflitos entre colaboradores e empresas

 

Agilizar a resolução de um processo trabalhista sem causar malefícios aos envolvidos é o mundo ideal para aqueles que se encontram nessa situação. Felizmente, a Reforma Trabalhista foi uma importante incentivadora da conciliação, abrindo espaço para que cada vez mais casos sejam homologados via acordos extrajudiciais, dispensando a instrução processual e decisões finais pelos juízes.

Para estimular essa adesão, a Semana Nacional de Conciliação Trabalhista é uma das maiores iniciativas do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que ocorrerá, este ano, de 22 a 26 de maio. Seu objetivo é, justamente, fomentar a implementação de medidas que tragam maior celeridade aos processos trabalhistas, além de aprimorar os meios consensuais de resolução de conflitos. Para isso, o evento conta com a participação dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho e envolve magistrados, servidores, advogados, reclamantes e reclamados.

Na edição de 2022, mais de 21 mil acordos foram firmados, movimentando mais de R$764,6 milhões, em meio as mais de 187 mil audiências realizadas no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) dos Regionais, um número que supera em mais de 43% a média nacional alcançada fora da Semana de Conciliação. Independentemente se ocorrer de maneira direta ou indireta, a conciliação possibilita que as demandas sejam resolutivas, beneficiando as partes e o próprio sistema judiciário.

Apesar do tempo médio entre o ajuizamento de uma ação e o seu encerramento ser imprevisível, a conciliação trabalhista é um dos melhores meios para agilizar seu andamento e evitar que o processo se arraste por anos. Obedecendo o princípio da autonomia da vontade, é com ela que ambos buscarão um termo em comum – cada um cede um pouco e todos saem ganhando.

Por inúmeros fatores, esperar uma decisão judicial e concluir uma execução, até que a parte credora consiga efetivamente receber, demanda tempo e onera tanto os envolvidos quanto o sistema judiciário, sendo a Semana Nacional de Conciliação Trabalhista uma incentivadora da resolução de conflitos e se mostrando hoje a melhor forma de resolver estes casos em tempo satisfatório.

Mas, mesmo dispensando a intermediação judicial, é sempre recomendado que as partes envolvidas contem com a presença e orientação de profissionais especializados no ramo para que possam conduzir a conciliação da melhor maneira possível, satisfazendo ambos os lados.

A pacificação social promovida por essa iniciativa impacta positivamente todo o sistema judicial, tornando-o cada vez mais assertivo e ágil em suas demandas, já que os próprios envolvidos concordam em finalizá-la. Em meio a quantidades crescentes de acordos sendo registrados a cada ano, essa é uma estratégia que tenderá a se destacar cada vez mais no país e com importantes impactos para a sociedade como um todo.

 


Caroline Garcia - Coordenadora da área trabalhista do Arbach & Farhat Advogados.

Arbach & Farhat
https://arbachefarhat.com.br/


Imposto de Renda Pessoa Física: confira as principais mudanças para 2023

O prazo para acertar as contas com o Leão já começou. O período de entrega da Declaração de Impostos de Renda da Pessoa Física (DIRPF) teve início no dia 15 de março e termina no dia 31 de maio. 

Deve declarar o Imposto de Renda, o cidadão residente no Brasil que se enquadra em uma das situações a seguir:

  • Quem recebeu rendimentos tributáveis superiores à R$ 28.559,70 em 2022;
  • Aqueles que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil no ano passado;
  • Aqueles que obtiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto;
  • Que realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto;
  • Quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;
  • Quem tinha, até 31 de dezembro de 2022, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;
  • Aqueles que passaram à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava até 31 de dezembro de 2022; e
  • Quem obteve, em 2022, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 relativo à atividade rural.

Segundo a própria Receita Federal, são esperadas entre 38,5 milhões e 39,5 milhões de declarações neste ano – e, para facilitar ainda mais para os contribuintes, as mudanças instauradas trazem alternativas de preenchimento mais dinâmicas e menos burocráticas, facilitando a informação correta dos dados individuais, assim como a restituição dos valores devidos.

Confira as principais novidades para este ano:

#1 Pré-preenchimento da declaração: A declaração pré-preenchida evita erros, economiza tempo e, neste ano, foi incluída entre os grupos com prioridade no recebimento da restituição nos primeiros lotes. O recurso foi ampliado com a inclusão automática de mais dados e informações. No entanto, para utilizar essa modalidade, é necessário ter acesso ao sistema gov.br, onde o contribuinte precisará ter nível de segurança “prata” ou “ouro”.

#2 Módulo de autorização de acesso: essa nova funcionalidade permite que um terceiro tenha acesso aos serviços da plataforma “Meu Imposto de Renda” de outro contribuinte. Com essa autorização, o terceiro poderá declarar, retificar, ver pendências, gerar Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), imprimir declarações e recibos, entre outros. Essa permissão, contudo, é limitada durante um período máximo de seis meses e poderá ser revogado a qualquer momento pelo contribuinte que concedeu a permissão.

#3 Pensão alimentícia: a partir deste ano, quem recebe pensão alimentícia não será mais tributado. Desta forma, é necessário incluir essas informações na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. A decisão do SFT de afastar a incidência do imposto sobre esses valores decorrentes do direito de família foi publicado no dia 23 de agosto na ADI nº 5422. Cabe ainda lembrar que quem já recebia pensão alimentícia antes deste anúncio tem o direito de retificar até cinco declarações anteriores, mudando os valores da ficha de Rendimentos Tributáveis para a ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis.

#4 Pix para recebimento de restituição: acompanhando uma das maiores preferências de meios de pagamento da população, agora a restituições do IRPF poderá ser via Pix, desde que a chave cadastrada seja o CPF do contribuinte. Aquele que optar por esse meio de recebimento terá prioridade na restituição, se comparado com os que escolherem a categoria de recebimento via conta corrente, uma vez que a Receita Federal incluirá rapidamente o contribuinte que tem restituição na fila dos lotes.

#5 Valor mínimo para movimentações na bolsa de valores: a Receita Federal alterou a forma de declarar investimentos na bolsa de valores. Agora, a obrigatoriedade recai sob quem vendeu ações cuja soma foi superior a R$ 40 mil no ano ou obteve lucro sujeito à incidência do Imposto de Renda nas vendas. O contribuinte deverá se atentar quanto a obrigatoriedade da entrega da declaração por outros requisitos legais. O objetivo da mudança é beneficiar os pequenos e novos investidores.

Quem não entregar a Declaração de Imposto de Renda dentro do prazo legal estará sujeito a multa correspondente a 1% ao mês sobre o valor do imposto devido, limitado a 20% acrescido dos juros (Selic). Caso não haja imposto devido, a multa será de R$ 165,74. 

Por isso, fique atento ao prazo de envio e revise as informações declaradas, de preferência com o apoio de profissionais especializados para evitar eventuais problemas com o Fisco. Assim, qualquer inconsistência poderá ser identificada antecipadamente e ajustada para que a declaração seja entregue corretamente.

 


Júlio Baruchi e Taís Baruchi - sócios na ECOVIS® BSP.



BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Banido na Itália, saiba se ChatGPT pode estar com os dias contados também no Brasil

Para advogada especialista em proteção de dados, decisão é prenúncio de que as tecnologias emergentes deverão respeitar as legislações e a autonomia de cada País

 

A Autoridade Italiana de Proteção de Dados (Garante) determinou a limitação temporária do processamento de dados dos titulares estabelecidos na Itália pela OpenAI, ‘dona’ do ChatGPT. O regulador alegou que o chatbot não fornece detalhes aos usuários sobre o processamento de seus dados e não dispõe de base legal apropriada para usar as informações. Outro argumento é que as informações fornecidas pelo ChatGPT nem sempre correspondem aos dados reais, determinando um processamento impreciso. A inexistência de mecanismos de verificação da idade também precisará ser corrigida pela OpenAI.

Mas seria possível que o bloqueio seja estendido a outros países, chegando a impedir o acesso de usuários brasileiros? Para Ana Carolina Teles, advogada do escritório Assis e Mendes, a hipótese pode ser considerada, já que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), que rege a legislação brasileira, teve como principal inspiração justamente o regulamento do direito europeu sobre privacidade e proteção de dados pessoais, o RGPD.

“Em termos de competência, considerando que o ChatGPT realiza tratamento de dados pessoais e é destinado ao público global, cabe sim sua atenção ao cumprimento da lei brasileira”, destaca a advogada. “Havendo descumprimentos em nível equivalente ao que foi identificado nos países europeus, é sim possível que a ANPD questione situações equivalentes”, explica.

Ainda de acordo com Ana Carolina, o Congresso Nacional ainda está discutindo um Projeto de Lei sobre o Marco da Inteligência Artificial, o que ainda rende muita incerteza sobre a regulação desse tema em terras brasileiras. Segundo a advogada especialista em proteção de dados, não ainda um consenso sobre quem seria a autoridade ou agência responsável por demandar casos específicos de modelos de linguagem como o ChatGPT.

No entendimento da advogada do Assis e Mendes, o mercado observará agora se o ChatGPT conseguirá de fato cumprir as determinações mais desafiadoras impostas pelo Garante para voltar a atuar. Algumas delas, segundo Ana Carolina, soam especialmente complexas para serem colocadas em prática, como a exigência de permitir que os titulares dos dados obtenham a retificação de seus dados pessoais gerados incorretamente pelo assistente virtual ou, em alternativa, tenham esses dados apagados se a retificação se revelar tecnicamente inexequível.

Seja qual for o futuro do ChatGPT, a advogada pondera que a decisão é um prenúncio que as tecnologias emergentes deverão respeitar as legislações e a autonomia de cada País e que, se for necessário, órgãos reguladores devem impor restrições. “Ficaremos atentos, inclusive, se isso pode causar prejuízos no desenvolvimento dessas ferramentas tão disruptivas”, projeta.
 

Proteção ao meio ambiente é tema de obra assinada por mais de 60 especialistas brasileiros

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Advogados, engenheiros, economistas, biólogos, químicos e geólogos discutem passado, presente e futuro das políticas ambientais no país

 

O Brasil, por sua extensão territorial e imensa biodiversidade, é personagem central nas discussões sobre a mitigação das mudanças climáticas causadas pela poluição e pelo uso indiscriminado dos recursos naturais. Por isso, possui também longo histórico de legislações que tratam do assunto. Para refletir sobre o passado, presente e futuro das políticas ambientais no país, 69 especialistas compartilham suas análises no livro Proteção ao Meio Ambiente no Brasil, lançamento da editora Almedina Brasil.

A obra, compilado de 40 artigos assinados por advogados, engenheiros, economistas, biólogos, químicos, geólogos e outros profissionais, tem coordenação especial da professora Patrícia Iglecias. Advogada, superintendente de Gestão Ambiental e professora associada da USP, ela foi Secretária do Meio Ambiente e Presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). É considerada referência em proteção ambiental. As advogadas Fernanda Abreu Tanure e Caroline Marques Leal Jorge Santos e o químico Jorge Luiz Nobre Gouveia também coordenaram o livro.

A evolução do debate acerca das questões ambientais ao longo de 30 anos desde a realização da Eco-92, em 1992, permeiam as reflexões apresentadas. O título cobre tópicos relacionados ao clima e questões globais; gestão e legislação ambiental; Proteção à biodiversidade e aos recursos naturais; diagnóstico e monitoramento da qualidade ambiental; e controle ambiental. Os textos tratam ainda de temas como Fundo Amazônia, manutenção da camada de ozônio, Código Florestal Brasileiro, Política Nacional de Biodiversidade, atenção aos recursos hídricos e recuperação de ecossistemas.

Olhando em retrospecto os 30 anos que se passaram desde a Eco-92 até a COP 27, do Rio de Janeiro a Sharm El-Sheikh, no Egito, parece nítida a existência de uma linha de evolução que o direito ambiental e os mecanismos de proteção ambiental experimentaram nesse período. Em grande medida, é exatamente disso que tratam muitos dos artigos selecionados para esta obra. [...] Olhando para o período entre a Eco-92 e a COP 27, fica claro que o direito ambiental ganhou amplitude. Inicialmente havia uma visão um tanto restrita ao ambiente natural, limitando-se o direito ambiental aos aspectos da fauna e da flora, sem considerar a multiplicidade do vocábulo e a magnitude dos desafios que sua proteção foi impondo até o contexto atual.

(Proteção ao Meio Ambiente no Brasil, pg. 29)

Sem descolar da realidade e em reconhecimento da necessidade de desenvolver o país, os especialistas mostram como a interdependência entre negócios e clima estende-se por todos os setores. Por isso, é estratégico para as empresas conhecerem como os mecanismos dessa área funcionam hoje e visualizar as tendências de como funcionarão no futuro. Somente assim, segundo os autores, será possível criar iniciativas produtivas que gerem riqueza para a nação, mas também respeitem a natureza.

Proteção ao Meio Ambiente no Brasil lança olhar para o mundo ideal e cria pontes para a construção de um futuro focado no bem-estar ambiental. A partir das informações compiladas na obra, o leitor terá ferramentas para tomar consciência e torna-se agente da mudança “Há muitos exemplos de que podemos e devemos mudar para melhor. Essa é a minha visão. Se houver várias pessoas com essa visão, com certeza é possível melhorar muito. É uma construção de pessoas”, convida a professora Patrícia Iglecias.

Ficha técnica

Livro: Proteção ao Meio Ambiente no Brasil - Passado, Presente e Futuro: Estudos em Homenagem a Patrícia Iglecias
Coordenação: Patrícia Iglecias, Fernanda Abreu Tanure, Jorge Gouveia e Caroline Marques Leal Jorge Santos
Editora: Almedina Brasil
ISBN: 9786556278100
Páginas: 868
Formato: 16x23x3,5
Preço: R$ 299,00
Onde encontrar: Almedina Brasil

Sobre os coordenadores

Patrícia Iglecias - Advogada, Livre-Docente, Doutora e Mestre pela USP. Superintendente de Gestão Ambiental e Professora Associada da USP. Foi Secretária do Meio Ambiente e Presidente da CETESB.

Fernanda Abreu Tanure - Advogada, mestranda em Direito Civil pela USP. Pós-Graduada em Direito Ambiental pela PUCSP. Gerente do Departamento Jurídico da CETESB.

Jorge Luiz Nobre Gouveia - Químico Industrial pela UFPB. Doutor em Ciências pelo IPEN. Mestre em Saúde Pública pela USP. Chefe de Gabinete e Gerente do Departamento de Desenvolvimento da CETESB.

Caroline Marques Leal Jorge Santos - Advogada, Mestre e doutoranda em Direito Civil pela USP. Pesquisadora do GEAMA/USP e professora. Foi Chefe de Gabinete da CETESB e assessora da SMA/SP.

 

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