Pesquisar no Blog

quarta-feira, 5 de abril de 2023

No Dia Mundial de Combate ao Câncer, SOBOPE esclarece dúvidas sobre o tratamento oncológico de jovens e crianças

 O Câncer infanto-juvenil é hereditário? A prática de atividades esportivas e até a ida à escola são permitidos durante o tratamento? Entidade reforça pontos importantes para o sucesso do tratamento



A data de 8 de abril é marcada como o Dia Mundial do Combate ao Câncer. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade. Mesmo diante desses números, ainda existem inúmeras dúvidas acerca daquilo que o público infantojuvenil em tratamento oncológico deve ou não fazer. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), além de reforçar a importância da atenção aos sinais e sintomas para o diagnóstico precoce, esclarece alguns mitos e verdades sobre o tema.

A primeira dúvida é justamente sobre a origem do câncer. Muitos acreditam que o câncer infantil é somente de natureza hereditária, o que não é verdade, segundo Dr. Neviçolino de Carvalho, médico oncologista e presidente da SOBOPE. “Embora o câncer infantil não esteja diretamente ligado a hábitos alimentares e ausência de atividade física, não se pode atribuir a predisposição genética como o único fator de risco. De fato, menos de 10% dos casos pediátricos são causados por herança genética - a maioria ainda é de origem desconhecida”, afirma.

Outra dúvida muito recorrente é sobre a frequência escolar. Segundo o presidente da SOBOPE, a participação presencial nas aulas dependerá da fase de tratamento do paciente e da decisão de seu oncologista. "Há etapas do tratamento em que há maior risco de infecções devido à queda das células de defesa causada pela quimioterapia e radioterapia. Neste caso, o recomendado é não frequentar a escola. O melhor momento de voltar às aulas deve ser orientado pelo oncologista que trata a criança", pondera o oncologista.

Considerada de fundamental importância, a prática de atividades esportivas também deve ser avaliada caso a caso. De acordo com o oncologista, a terapia contra o câncer pode provocar anemia e diminuição das plaquetas e, nesse contexto, as atividades físicas não são recomendadas. “Novamente, cabe uma avaliação do profissional que acompanha o tratamento”, reforça. Poder ou não frequentar piscina e praias é mais um ponto que gera dúvidas. "Em geral, a maioria dos pacientes tem cateteres centrais e, em muitos momentos do tratamento, estão vulneráveis à infecção. A pele fica mais sensível. Portanto, o recomendado é não liberar até que o quadro evolua e o oncologista permita", responde o presidente da SOBOPE.

Apesar de administrar restrições durante o tratamento, é essencial que os responsáveis ajudem a garantir uma boa formação social e educacional para crianças e adolescentes com câncer. Para o Dr. Neviçolino Pereira, “na medida do possível, eles não devem deixar de ter suas experiências. Caso surjam janelas de oportunidade, vale conversar com o médico. Por mais cuidados que devamos ter, é necessário, até mesmo para o sucesso do tratamento, que elas continuem brincando, se relacionando entre si e realizando suas atividades habituais, sempre que o tratamento permitir”, finaliza.


Abril Azul: por que o diagnóstico do TEA é tão desafiador


Alguns transtornos podem se confundir com o TEA, como o TDAH e a síndrome de Savant  

 

A ONU (Organização das Nações Unidas) definiu o 02 de abril como Dia Mundial de Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day). Ao longo do mês, é realizada a Campanha Abril Azul, para conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que dentre 200 milhões de habitantes, cerca de 2 milhões possuem o TEA. Para comprovar esse número e entender a prevalência do TEA no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) colocou, pela primeira vez, o transtorno no radar das estatísticas, com o objetivo de mapear quantas pessoas vivem com o TEA e quantas podem ter, mas ainda não receberam o diagnóstico. 

Esse dado foi incluído após a sanção da Lei 13.861/19, que obriga o IBGE a inserir perguntas sobre o autismo no Censo de 2020. Esses dados deveriam ter sido mapeados em 2020, mas foram adiados para 2022 por conta da pandemia do COVID-19. 

Já segundo o mais recente relatório divulgado em 2021 pelo CDC (Center of Diseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, 1 em cada 44 crianças tem TEA. Os dados são baseados exclusivamente em declarações de diagnóstico de TEA, com crianças de 3 a 8 anos. 

As pesquisas mostraram diferenças importantes nos resultados entre os grupos raciais e étnicos. Em várias regiões, as crianças hispânicas apresentaram menor prevalência de TEA do que crianças brancas e crianças negras não hispânicas. 

“É fundamental aprofundar estes estudos para entender o motivo de tanta diferença no diagnóstico de TEA quando comparado a regiões geográficas (Estados, cidades, bairros) e diferenças raciais. Assim, é possível descobrir mais sobre o transtorno e investigar suas causas que, hoje, são apontadas como genéticas e ligadas a fatores ambientais”, defende Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Entenda o TEA na infância

Segundo a psiquiatra, o diagnóstico começa pela observação do comportamento da criança. 

“O TEA, na realidade, envolve um grupo de transtornos do neurodesenvolvimento, de início precoce (antes dos 2-3 anos de idade), e que se caracteriza por dois aspectos principais: dificuldade de interação social e de comunicação. Uma criança neurotípica (que não possui problemas de desenvolvimento neurológico) começa a interagir com outras pessoas em torno dos 4-6 meses de idade”. 

De acordo com ela, a criança é capaz de sorrir quando vê alguém conhecido ou reagir com medo se um estranho, por exemplo, tenta pegá-la no colo. A medida que a criança cresce, o amadurecimento permite que a interação com outras pessoas se torne possível antes da aquisição da linguagem e da fala. 

Ao longo dos primeiros anos de vida, estas evoluções indicam o progressivo aumento da capacidade de interação social da criança. Já aquela com TEA se mostra indiferente à interação social e não expressa a reciprocidade no contato com outras pessoas. Tem grande dificuldade na comunicação verbal e não verbal, e parece desligada do ambiente em torno de si. A linguagem corporal e o contato visual com outras pessoas se mostram prejudicados. 

“Numa idade maior, o desinteresse em brincar com outras crianças é ainda mais nítido. Normalmente, ela se isola e se fixa em uma única atividade, com ritualização de movimentos repetitivos. Outra característica é a dificuldade de seguir rotinas, além de apresentar hipo ou hiperatividade aos estímulos sensoriais”, reforça Danielle Admoni.

 

Por que o diagnóstico é complexo

Há uma certa dificuldade em entregar um diagnóstico preciso, principalmente em meninas, pois elas não costumam se encaixam na maioria dos estereótipos do TEA e apresentam sintomas muito mais mascarados do que meninos. 

“Alguns transtornos também podem ser confundidos com o TEA, por apresentarem sinais semelhantes, como dificuldades no desenvolvimento, principalmente o social e de comunicação”, aponta Danielle Admoni. 

Veja alguns exemplos:

 

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)

Há dificuldade para prestar atenção e concluir tarefas, além de haver episódios de agitação e impulsividade.

 

Síndrome de Savant

Há uma capacidade de memorização elevada e resolução de problemas matemáticos, mas apresenta um déficit de inteligência em alguns aspectos e dificuldades de interação social.

 

Síndrome X-Frágil

Muito semelhante ao TEA, pois os sintomas mais característicos são os distúrbios de comprometimento intelectual, desde leve dificuldade no aprendizado até deficiência mental grave. 

“Devido à falta de informação, muitas famílias não conseguem perceber os primeiros sinais do transtorno, que podem surgir antes da criança completar um ano. Sendo assim, é muito comum obter o diagnóstico tardio”, conta a psiquiatra.

 

Tratamento

Embora o TEA não tenha cura, o acompanhamento multidisciplinar é fundamental, envolvendo psicólogo, pediatra, psiquiatra, fonoaudiólogo, neurologista, entre outros especialistas. 

Medicamentos são utilizados quando há outros sintomas associados, como ansiedade, TDAH, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, agitação, irritabilidade, distúrbios do sono, entre outros. Para cada situação, há uma medicação específica. 

“Vale lembrar que a busca por terapias com práticas baseadas em evidências científicas pode fazer toda a diferença. Também é fundamental entender que a evolução da criança e as intervenções utilizadas pelos profissionais podem variar muito, já que o TEA pode afetar cada criança de maneira totalmente distinta”, finaliza Danielle Admoni.

 

Dia Mundial da Saúde: pesquisa revela que, no Brasil, jovens são os que mais enfrentam barreiras para uma vida saudável

 

Falta de dinheiro, motivação e de tempo são os principais motivos citados entre pessoas de 18 e 25 anos  


O dia 07 de abril é conhecido mundialmente como o Dia da Saúde, e a OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que, quatro entre cinco adolescentes no mundo são sedentários, especialmente as meninas. No Brasil, o quadro se agrava, já que 84% dos jovens entre 11 e 17 anos não praticam uma hora diária de atividade física, conforme é recomendado pela instituição.

Em pesquisa recente, focada no futuro do bem-estar, a Essity, líder global em higiene e saúde, entrevistou mais de 15 mil pessoas em 15 países, entre eles o Brasil, para entender melhor sobre o comportamento dos consumidores e suas visões sobre alguns temas em torno da saúde e higiene.

Um dado curioso identificado no estudo, que reforça as informações da OMS, mostrou que 36% dos jovens brasileiros, principalmente com idades entre 18 e 25 anos, dizem que a motivação é a principal barreira para terem uma vida mais saudável. Outros motivos são a falta de dinheiro, razão de 35% dos entrevistados e a falta de tempo para se cuidar, resposta de 33% desses jovens.

Nesta faixa etária, a pesquisa aponta que as pessoas também enfrentam questões para ter uma melhor higiene pessoal: 21% declaram ser por questões financeiras,16% por falta de motivação e 12% por não ter acesso às ferramentas corretas para isso.

“Nosso propósito na Essity é levar educação em torno de questões que são tabus no âmbito da higiene e saúde, para todos. Temos este compromisso com a sociedade, e claro, não podemos deixar de lado a população jovem, que enfrenta muitas questões ao longo de seu desenvolvimento, principalmente emocionais. Em nossa companhia, procuramos encontrar soluções para reverter este quadro e ajudar que a próxima geração seja mais saudável e mais bem informada”, afirma Victor Hernández Albiter, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Essity para o South LATAM.

Outros números revelam que alguns temas relacionados à saúde ainda são tabus. 1 entre 4 jovens declararam ter perdido um dia de escola ou trabalho, por conta de seu ciclo menstrual. Além disso, o Brasil é o país onde 16% das pessoas evitam falar sobre menstruação, ficando atrás apenas da Índia, com 19% e Estados Unidos, com 17%. Por aqui, dos entrevistados que possuem questões de obesidade, 23% evitam falar sobre seu peso. Quando o assunto é incontinência urinária, 19% das pessoas que tem escape de urina, não falam sobre, enquanto 17% dos que estão vivendo questões com sua saúde mental, não se sentem confortáveis em conversar sobre o tema.

 

Essity

www.essity.com



Para o combate ao câncer é preciso caminhar junto!


O dia 8 de abril é lembrado no mundo todo como Dia Mundial de Combate ao Câncer. Como oncologistas clínicos, evitamos expressões como combate, luta, guerra ou batalha. Ao diagnosticar um paciente, buscamos alertá-lo sobre os caminhos que percorreremos juntos ao longo do tratamento da doença. Falamos da jornada, dos desafios, das conquistas, dos bons e maus momentos que virão pela frente. Nunca é simples ou fácil, mas sempre é possível. 

Os números relacionados ao câncer são impressionantes, seja pela abrangência e aumento de casos, seja pelos altos custos envolvidos na busca de melhores tratamentos. Estima-se que o Brasil diagnosticará entre 2023 e 2025 mais de 700 mil casos da doença por ano. As regiões Sul e Sudeste concentram 70% da incidência. O câncer de pele não melanoma ainda é o mais comum no país, representando 31,3% da incidência, seguido pelos cânceres de mama (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%) e pulmão (4,2%).  

O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo, sendo responsável por 10 milhões de óbitos em 2019. A incidência e a mortalidade estão aumentando globalmente, e esse crescimento reflete o envelhecimento da população mundial e a presença de fatores de risco, como tabagismo, consumo de álcool, alimentação pouco saudável, inatividade física e poluição do ar.

Um artigo publicado no Jama Oncology, em fevereiro de 2023, apresenta estimativas e projeções do custo econômico global de 29 tipos de câncer em 204 países e territórios de 2020 a 2050. O custo econômico global estimado do câncer de 2020 a 2050 é de US$ 25,2 trilhões, equivalente a um imposto anual de 0,55% sobre o produto interno bruto global. Os cinco tipos de câncer com maior custo econômico são o câncer de traqueia, brônquios e pulmão (15,4%); câncer de cólon e reto (10,9%); câncer de mama (7,7%); câncer de fígado (6,5%); e leucemia (6,3%). A China e os EUA enfrentam os maiores custos econômicos do câncer em termos absolutos, respondendo por 24,1% e 20,8% da carga global total, respectivamente.

Embora 75,1% das mortes por câncer ocorram em países de baixa e média renda, sua participação no custo econômico do câncer é menor, em 49,5%. Isso significa que o custo econômico do câncer é distribuído de forma desigual entre os tipos da doença, países e regiões. No Brasil, os encargos macroeconômicos anuais de 2020 a 2050 representaram 0,26% do PIB. A perda de produtividade, relacionada ao capital humano, representa 0,24%, do PIB total de 2020 a 2050.

O estudo apresentado no JAMA reforça que investir em intervenções eficazes de saúde pública para reduzir os gastos com câncer é essencial para proteger a saúde global e o bem-estar econômico. O que o estudo chama de intervenção, nós, do Grupo SOnHe, chamamos de filosofia. Como oncologistas clínicos, acreditamos que a relação médico-paciente seja fundamental tanto na prevenção quanto no tratamento do câncer.  Precisamos de investimento em pesquisa médica para reduzir a incidência, prevalência e mortalidade do câncer, bem como em pesquisa para identificar intervenções de saúde pública com boa relação custo-benefício. Devemos fortalecer a atenção primária e facilitar a inclusão de programas de rastreamento de câncer com boa relação custo-benefício nos pacotes de benefícios do seguro e adotar formas inovadoras de prestação de cuidados de saúde. E essas devem ser as nossas lutas! 

 

André Sasse - oncologista e CEO do Grupo SOnHe. Formado em Medicina e com residência em Oncologia Clínica pela Unicamp. É diretor médico do Radium e coordenador da oncologia dos Hospitais Madre Theodora, Santa Tereza e PUC-Campinas. 

Vinícius Conceição - oncologista e sócio do Grupo SOnHe. Formado em Medicina e com residência em Oncologia Clínica pela Unicamp. Tem título de especialista em Cancerologia e Oncologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Oncologia.


Páscoa: Comer chocolate faz bem para a saúde do coração

Recomenda-se o consumo diário ou no mínimo de 3 a 5 vezes por semana 

 

A Páscoa está chegando e a procura por ovos de chocolate ao leite, amargo ou branco aumenta nesta época do ano. Estudos diversos apontam os benefícios do consumo de cacau, principalmente relacionados à saúde cardiovascular. O chocolate, rico em flavonoides, possui efeito anti-inflamatório e antioxidante, que protege as células contra os efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo.

Segundo Alexandra Corrêa de Freitas, nutricionista e professora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, o consumo moderado do chocolate aumenta a função do óxido nítrico do corpo, reduzindo a pressão arterial e aumentando o fluxo vascular. “O cacau proporciona muitos benefícios à saúde pois tem propriedades antioxidantes, redução da pressão arterial, melhora no fluxo sanguíneo, controla nos níveis de insulina e colesterol, melhora na cognição, aprendizagem e memória e traz sensação de bem-estar, devido ações de hormônios como endorfina e da dopamina, que são produzidos com o consumo do chocolate”, disse.

A nutricionista complementa que para obter os diversos benefícios que o chocolate proporciona, recomenda-se o consumo diário ou no mínimo de 3 a 5 vezes por semana, de chocolates com maior concentração de cacau, sendo ideal aqueles que possuem no mínimo 70% cacau. “A quantidade aconselhada deve ser de 30g ao dia, o que seria equivalente a 2 a 3 quadradinhos das barras de chocolate. É realmente importante atentar-se à quantidade e tipo do chocolate escolhido, pois em excesso pode aumentar os níveis de glicose e colesterol no sangue, favorecer o ganho de peso e com isso, aumentar o risco das doenças cardiovasculares”, explica. 

A seguir, a nutricionista Alexandra Corrêa de Freitas, explica como é feito o chocolate e a melhor opção para o consumo.


Do que o chocolate é feito?

O principal ingrediente necessário para a fabricação de chocolate é o cacau, mas nem só de cacau se faz um chocolate. Os chamados chocolates ao leite, por exemplo, além de cacau possuem leite e açúcar em sua composição. O cacau tem sabor amargo e, por isso, os chocolates mais amargos são os que possuem maior concentração de cacau e menor composição de açúcar. Por outro lado, o chocolate branco não possui cacau e é composto apenas por manteiga, leite em pó e açúcar. 


Qual chocolate é melhor?

Considerando que o cacau é o ingrediente que contém os flavonoides, que por sua vez são substâncias com funções benéficas à saúde, quanto mais amargo o chocolate, maior seu teor de cacau e então, maiores os benefícios para a saúde. O chocolate ao leite contém alguma quantidade de flavonoides, porém pouca. E, o chocolate branco, por não conter cacau, não traz qualquer benefício adicional à saúde, a não ser pelo prazer de comer e degustar o seu sabor, o que também tem sua importância. Mas, no fim, a dica é: quanto mais amargo, melhor! 


Chocolate ao leite, chocolate meio amargo e chocolate amargo. Qual a diferença?

A diferença entre esses tipos de chocolate está na concentração de ingredientes como o cacau, leite, açúcar e gordura. Quanto menor a concentração de cacau, maior será a quantidade dos demais itens. Os chocolates meio amargos, 70% cacau ou mais, possuem mais cacau e menor quantidade de açúcar, leite e gordura, quanto maior for o amargo e a quantidade mencionada de cacau. Já o chocolate ao leite tem bastante variação, mas em geral possuem mais açúcar, leite e gordura do que o cacau propriamente dito.


Chocolate branco também tem benefícios?

O benefício do consumo do chocolate branco está relacionado apenas ao prazer de comer e degustar seu sabor doce mais acentuado. Como os benefícios ao coração, cérebro e bem estão relacionados ao cacau e, o chocolate branco não tem cacau em sua composição, ele não oferece essa vantagem de aliar o prazer em comer com benefícios mais diretos à saúde. Aliás, o chocolate branco contém maior teor de gordura e açúcar, por isso recomendamos o consumo cuidadoso deste alimento.


Comer chocolate é bom, por quê?

Primeiramente porque o chocolate faz parte do nosso hábito alimentar e é um alimento apreciado pela maioria das pessoas, então, comer o que se gosta com prazer e sem culpa é sempre bom. Além disso, considerando os benefícios que podem trazer à saúde, fica ainda melhor. Por esta razão, manter o chocolate em sua dieta pode fazer bem. Apenas, atente-se as quantidades e ao tipo de chocolate escolhido.

  

Faculdade Santa Marcelina


Conheças as vacinas especialmente recomendadas para a pessoa com diabetes

Diabetes favorece risco de infecções e suas complicações 

 

“Muitas pessoas com diabetes desconhecem que a doença traz mais riscos de infecções, o que aumenta as chances de complicações e mortalidade. E essas pessoas sequer sabem que existem vacinas, especialmente, para muitas das infecções bacterianas e virais”, alerta Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Escola Paulista de Medicina, Unifesp. 

Entre as infecções que mais acometem pessoas com diabetes está a respiratória: pneumonia, influenza e Sars-CoV-2. E quanto mais idade tem a pessoa com diabetes, menor o grau de imunidade e de resposta imunológica. “Esses indivíduos devem seguir o calendário e idades indicadas para vacinação. Nos adultos, ressalto, especialmente, a vacina contra a herpes-zoster, a hepatite B e a pneumonia, já que o diabetes os coloca num grupo de maior risco para tais doenças”, explica a médica que também é diretora da Clínica Croce, centro de infusão e de vacinação para todas as idades. 

A endocrinologista conta que antes de indicar uma vacina para esse tipo de paciente, é necessário observar: qual estágio ele está no diabetes e qual o tipo de vacina indicar, para que seja possível entender se não há nenhuma contraindicação (no caso de vírus vivo) e como será a resposta imunológica à vacina (para vacinas com vírus inativado). 

As vacinas especialmente recomendadas para a pessoa com diabetes são:

- Influenza (preferencialmente a quadrivalente)

- Pneumocócicas conjugadas (VPC10 ou VPC13)

- Pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23)

- Hepatite B

- Herpes-zoster

Um paciente com diabetes não vacinado e infectado pelo pneumococo tem mais risco de apresentar complicações como: otite, sinusite, meningite e bacteremia (presença de bactérias na corrente sanguínea). 

“É importante lembrar que vacinas salvam vidas. Crianças, adultos e idosos devem sempre estar com a carteira de vacinação em dia para proteção individual contra doenças muito graves, mas, também, proteção coletiva. Crianças levam para casa doenças como pneumonia, influenza...elas carregam vários microorganismos. É fundamental a imunização em massa nas crianças para proteção indireta do adulto”, finaliza a endocrinologista.


Clínica Croce
www.clinicacroce.com.br
https://www.facebook.com/clinicacroce/
https://www.instagram.com/croceclinica/
https://www.youtube.com/clinicacroce


Tabagismo está associado a dor crônica

Conforme a médica intervencionista em dor, dra. Amelie Falconi, estudos científicos revelaram que o tabagismo está relacionado ao desenvolvimento de dores nas costas e de várias neuropatias, que apresentam entre seus sintomas a dor crônica 

 

O Ministério da Saúde adverte há anos: fumar causa diversos males à saúde. Entre as doenças mais associadas ao tabagismo estão as relacionadas ao coração e a vários tipos de câncer, tais como o de pulmão, pâncreas, bexiga, e até leucemia. Nas mensagens estampadas no verso dos maços de cigarro, contudo, somos informados a respeito de outros diversos problemas decorrentes do vício, entre os quais: impotência sexual, envelhecimento precoce, aborto espontâneo etc.

Conforme a médica intervencionista em dor, dra. Amelie Falconi, o que não é muito difundido é que fumar pode ser um problema para quem sofre de uma doença invisível: a dor crônica. “Pesquisas científicas já revelaram que o tabagismo é um dos fatores que está relacionado ao  desenvolvimento de diversos tipos de neuropatia, doença que atinge o funcionamento dos nervos periféricos e pode afetar tanto a sensibilidade quanto a motricidade e não raramente ocasiona dor crônica”, afirma.

Entre as neuropatias mais comuns relacionadas ao tabagismo, conforme os estudos científicos, estão: a síndrome do túnel do carpo, nervo comprimido no punho que causa dormência e formigamento na mão e no braço; a síndrome do túnel cubital, compressão do nervo cubital no cotovelo, que acarreta dormência ou formigamento nos dedos anelar e mínimo, dor no antebraço e fraqueza na mão; e a neuropatia diabética, complicação do diabetes, que pode ocasionar dor, falta de sensibilidade, formigamentos e falta de força nas mãos e nos pés.

Dra. Amelie ressalta que os trabalhos científicos apontam ainda para a ligação entre o tabagismo e dores nas costas e dores decorrentes de hérnias de disco, a famosa “dor no ciático”. “Os estudos confirmam que o tabagismo diminui a circulação sanguínea nos platôs do disco intervertebral, o que causa má nutrição do disco e pode induzir a sua degeneração, que por sua vez, pode acarretar dor nas costas e a formação da hérnia de disco”, explica.

As pesquisas constatam também que pode haver uma relação entre o tabagismo e a intensidade da dor dos pacientes que sofrem das neuropatias. “Pessoas que fumam relataram maiores níveis de dor crônica em comparação com pacientes não fumantes”, diz a médica intervencionista em dor. Nesse sentido, adeptos do tabagismo que sofrem com dor crônica costumam consumir mais analgésicos do que aqueles que não têm o hábito de fumar.

Para dra. Amelie, as informações coletadas pelos levantamentos científicos corroboram duas mensagens que ela busca transmitir diariamente a seus pacientes. A primeira é a de que o estilo de vida interfere na dor. De acordo com a médica intervencionista em dor, não apenas o hábito de fumar pode piorar a intensidade desta doença invisível, mas também, uma alimentação pobre em nutrientes e baseada em industrializados, uma higiene do sono ruim, e a não prática de exercícios físicos.

A segunda mensagem, consequência da primeira, é de que o tratamento da dor crônica não se resume a ingestão de medicamentos. Conforme dra. Amelie, é preciso atuar de forma integrada, para mitigar esta doença invisível, buscando intervir nos fatores de risco e também  em outros dois pontos que estão intrinsicamente ligados a ela: o sono e a saúde mental. “Tratar da dor é tratar de tudo”, afirma dra. Amelie. 

  

Dra. Amelie Falconi - Especialização em Medicina da Dor pela Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. Título de Especialista em Dor pela AMB (Associação Médico Brasileira). Fellow Of International Pain Practice (FIPP) pelo World Institute of Pain (WIP). Fellowship de Intervenção em Dor - Clínica Aliviar / sinpain Rio de Janeiro. Pós-graduação em Medicina Intervencionista da Dor Guiada Por Ultrassonografia – sinpain. Pós-graduação em Anestesia Regional - Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês. Especialização em Anestesiologia MEC / SBA. Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Ministra aulas na pós-graduação de medicina intervencionista da dor do Hospital Albert Einstein. Ministra aulas na pós-graduação de medicina intervencionistada dor na Faculdade sinpain.

 

Obrigatoriedade de emissão da NFS-e pelo MEI é adiada para setembro

Receita Federal/divulgação
Segundo o Sebrae, ao emitir a NFS-e o empreendedor fica dispensado da Declaração Eletrônica de Serviços, bem como do documento fiscal municipal relativo ao ISS 


O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) prorrogou para 1º de setembro de 2023 o início do prazo da obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e) que estava prevista para 3 de abril.

A partir da nova data, todos os MEI do país que prestarem serviços para pessoas jurídicas deverão emitir suas Notas Fiscais de Serviço no padrão nacional.

Quem comercializa mercadorias não está abrangido pela norma.

Segundo o Sebrae, quando o MEI emitir a NFS-e ele ficará dispensado da Declaração Eletrônica de Serviços, bem como do documento fiscal municipal relativo ao ISS referente a uma mesma operação ou prestação.

Mesmo com o adiamento, a plataforma da NFS-e de Padrão Nacional já está disponível. O documento também pode ser emitido pelo aplicativo NFS-e Mobile, disponível nas plataformas Android e Apple.

Qualquer MEI prestador de serviços no país, independente do convênio do seu respectivo município, já pode emitir suas NFS-e dentro do padrão nacional.

Atualmente, a NFS-e conta com a adesão de 180 municípios, sendo 18 capitais, o que corresponde a aproximadamente 50% do volume total de Notas Fiscais de Serviço emitidas no país.

Participam do projeto o Sebrae, a Receita Federal do Brasil (RFB), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a Associação Brasileira de Secretarias de Finanças das Capitais (ABRASF), a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o Serpro e diversas entidades e associações que representam os municípios e os prestadores de serviço.

 

Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/obrigatoriedade-de-emissao-da-nfs-e-pelo-mei-e-adiada-para-setembro


Área da aviação abre as portas para profissionais estrangeiros que querem trabalhar nos EUA

De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, o visto EB-2 é a melhor alternativa para pilotos e outros trabalhadores qualificados


As oportunidades de emprego nos Estados Unidos para imigrantes qualificados cresce a cada semestre. De acordo com o Escritório de Estatísticas do Trabalho Americano – Bureau of Labor Statistics (BLS), ao longo dos próximos dez anos, os Estados Unidos precisarão de aproximadamente 145 mil novos pilotos. Com isso, os brasileiros interessados e capacitados têm uma boa oportunidade de viver nos EUA.

Essa realidade pode ser comprovada com o fato de que, no dia 30 de março, a Spirit Airlines anunciou que tem planos de contratar aproximadamente 4 mil novos funcionários em 2023. Isso irá acontecer a medida que a companhia aérea adquire novas aeronaves e expande as rotas de sua rede. 

Segundo a revista Forbes, a Spirit Airlines figurou entre as “Melhores Empregadores em Diversidade da América” no ano de 2022. As vagas disponibilizadas serão para pilotos, técnicos de manutenção, comissários de bordo e outras funções relacionadas às áreas de atendimento e suporte.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, a categoria de visto EB-2 é a melhor opção para aqueles que desejam trabalhar nos EUA em cargos que exigem habilidades profissionais avançadas, como a aviação. “É uma das modalidades mais procuradas por aqueles que querem obter residência permanente no país. Mas vale lembrar que os candidatos que se qualificam devem ter uma oferta de emprego estabelecida e atender a outros requisitos específicos, como experiência profissional”, pontua.

O especialista em Direito Internacional acredita que existe uma escassez de trabalhadores no mercado americano nos mais diversos setores, fazendo com que as políticas de imigração se tornem ainda mais flexíveis. “Atualmente, o país tem uma população envelhecida e uma taxa de natalidade em queda. Isso traz consequências negativas para o mercado de trabalho, fazendo com que o resto do mundo se torne uma boa fonte de mão de obra e operações”, relata.

Entretanto, Toledo alerta que os interessados em concorrer a essas vagas devem estar atentos para as certificações necessárias. “Se as pessoas pensam que vão chegar nos Estados Unidos e começar a voar sem fazer um curso ou uma validação, estão completamente enganadas. Ainda assim, a partir do momento que se tem uma autorização de trabalho e a certificação de voo, é possível conseguir trabalhos muito interessantes, como os que serão disponibilizados pela Spirit Airlines. E isso, obviamente, tem atraído aqueles que estão de olho nesse mercado”, aponta.

Além de residência permanente, o visto EB-2 permite que o solicitante leve sua família para o país norte-americano. “Todos os vistos dessas categorias são extensivos ao cônjuge e filhos menores de 21 anos, solteiros e não emancipados. Nestes casos, a maioria das modalidades permite que o cônjuge trabalhe normalmente, criando uma vida profissional independentemente em relação ao marido ou esposa”, pontua.

Em todo esse processo, o auxílio de um advogado é fundamental para contar com mais segurança e tranquilidade. “Após a entrevista e análise de perfil do contratante, se houver interesse por parte da companhia, o próximo passo será a busca por uma autorização de trabalho e é nessa etapa que o advogado fará toda a parte imigratória, de autorizações, viagem, entrada no país e documentação para que essa pessoa possa trabalhar dentro da legalidade nos EUA”, finaliza.

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 176 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos

Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br


Zona Sul terá mutirão para reconhecimento de paternidade

Ação será realizada realizada no próximo dia 15 de abril no CEU Guarapiranga 

 

O próximo mutirão para reconhecimento de paternidade será realizado no próximo dia 15, a partir das 10h, no CEU Guarapiranga. Para participar, é necessário se inscrever por meio do formulário online até o dia 7 de abril.

 

No evento, serão oferecidas orientações jurídicas, esclarecimentos de dúvidas e encaminhamento para os serviços de reconhecimento espontâneo e investigação de paternidade. A Defensoria Pública vai proferir a palestra “Educação em Direitos”, que aborda a importância do registro civil, e a UNESP providenciará os exames de DNA.

 

Serão realizados 20 exames de DNA no dia do mutirão - a Prefeitura entrará em contato para confirmar a inscrição e os grupos familiares selecionados também receberão orientação jurídica para prosseguimento do processo após a entrega do resultado em até 45 dias.

 

Essa é a segunda edição que a Prefeitura de São Paulo realiza no âmbito do Plano Municipal pela Primeira Infância de São Paulo (2018-2030), em parceria com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O Mutirão da Paternidade é coordenado pela Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos, com apoio da Secretaria Municipal de Educação.

 

“Trabalhamos para fortalecer a parentalidade e assegurar os direitos que decorrem dela. No primeiro mutirão, realizado em outubro, tivemos um bom retorno da população e notamos a importância desse serviço integrado. Convidamos a população a se inscrever e participar”, afirma Alexis Vargas, Secretário Executivo de Projetos Estratégicos da Cidade de São Paulo. A primeira edição do mutirão aconteceu na Cidade Tiradentes (ZL) e a segunda acontecerá no Jardim Ângela (ZS), que são distritos prioritários para a primeira infância por terem grandes concentrações de crianças em situação de vulnerabilidade (essa é uma classificação elaborada a partir de um diagnóstico territorial no âmbito do Plano Municipal pela Primeira Infância). "Com essa parceria, estamos levando para quem vive nos distritos prioritários para a primeira infância a informação sobre o direito à paternidade e incentivando que realizem o atendimento e solicitem esse reconhecimento”, complementa.

 

Para o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, o mutirão é uma oportunidade de levar mais pessoas ao CEU e evidenciar a importância do equipamento a serviço da comunidade. “A SME sempre se coloca à disposição dos órgãos e população para contribuição com os espaços dos CEUs, que estão sempre disponíveis para prestação de serviços, além de promoção da educação integral, democrática, emancipatória, humanizadora e com qualidade social”.



Dicas para declarar o Imposto de Renda 2023 e não cair na malha fina


Quanto antes o contribuinte enviar as informações à Receita Federal,
mais cedo ele receberá a sua restituição
Divulgação


Contribuinte deve estar atento às mudanças anunciadas e às particularidades da sua declaração; prazo de envio vai até 31 de maio


O período para os contribuintes enviarem a declaração do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) 2023 começou nesta quarta-feira (15) e termina em 31 de maio. Para evitar cair na malha fina, ou ter de arcar com multas e juros no futuro, é preciso estar atento às regras e informar os dados corretos ao Fisco.

Estão obrigadas a declarar todas as pessoas que tenham recebido, em 2022, mais de R$ 28.559,70 em rendimentos sujeitos à tributação ou acima R$ 40.000 em rendimentos isentos e não-tributáveis, ou tributados exclusivamente na fonte.

Contribuintes que obtiveram ganhos de capitais em alienação de bens ou realizaram operação em Bolsa de Valores, mercadorias, de futuros e assemelhados acima de R$ 40.000 ou com a apuração de ganhos líquidos também devem preencher a declaração, assim como aqueles possuem patrimônio (bens ou direitos) que superou o valor de R$ 300.000.

Quanto antes o contribuinte enviar as informações à Receita Federal, mais cedo ele receberá a sua restituição, que será paga a partir de 31 de maio – se este for o caso – ou terá sua declaração devidamente processada.

“Cada declaração é única. Há quem tenha feito saque extraordinário do FGTS, por exemplo; há quem receba pensão alimentícia, que ano passado foi um rendimento que deixou de ser tributável para ser isento, inclusive com direito a restituição de valores dos últimos cinco exercícios; há quem tenha investimentos em Bolsa de Valores ou em criptomoedas. Por isso, estar sempre atento às regras da Receita Federal e buscar auxílio quando necessário são medidas importantes para evitar problemas futuros”, assinala Flávio Luque Bastos, sócio-diretor do Grupo IRKO.

 

Confira dicas para declarar corretamente o IRPF/2023 e evitar problemas com o Leão:


  1. Ações em Bolsa de Valores 

Uma das novidades da Receita Federal para este ano é que apenas quem vendeu ações cuja soma seja superior a R$ 40.000 necessitará declarar as operações em mercado de ações. Quem está sujeito ao pagamento de impostos (ou seja, quem teve lucro) em operações de Bolsa de Valores, Mercadorias, de Futuros e outros também precisa declarar.

Até 2022, qualquer operação de venda de ações na Bolsa brasileira obrigava o investidor a enviar uma declaração ao Fisco. No entanto, é preciso estar atento e considerar as vendas de ações de todas as plataformas cujo investidor opera. 

“É importante lembrar que a tributação de ações ocorre à parte da declaração do IR, e a fiscalização pode acontecer até cinco anos após a operação da venda das ações. Por isso, é preciso estudar e recorrer a um profissional para fazer a tributação corretamente, evitando erros e frustrações no futuro. Às vezes, o investidor considera que está fazendo um excelente negócio na venda de ações, apurando lucro a priori, mas se esquece de que ainda não foi tributado. Assim, quando ocorre a fiscalização e posterior tributação, com multa e juros, o lucro deixa de existir”, alerta Bastos. 

 

  1.  Heranças e doações

Pessoas que receberam heranças ou doações no decorrer de 2022 não podem deixar de declarar os valores, e precisam estar atentas também ao pagamento do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) – imposto estadual isento para transferências de até R$ 79.925 em São Paulo, o equivalente a 2.500 UFESP, para o exercício de 2022.

Atualmente, a Fazenda Estadual cruza os dados com a base do Imposto de Renda, identificando, assim, possíveis sonegadores. “Por isso, é bom ressaltar que, mesmo que uma doação ou herança se encontre totalmente regularizada para fins da Receita Federal, ainda pode caber tributação no que diz respeito ao Fisco estadual”, diz o especialista. “O ideal então é checar antes de incluir o bem na declaração do IR e, se esse for o caso, já descrever que o tributo foi quitado, discriminando inclusive dados da guia de recolhimento na Declaração, para evitar problemas.” 

 

  1. Patrimônio

A Receita Federal aprimora o sistema de cruzamento de dados todos os anos para evitar a sonegação, além de alterar o e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) para facilitar o envio de documentos pelos contribuintes. O sistema está atualmente preparado para apontar quais rendimentos são tributáveis ou não. Por isso, as chances de erros são menores. Mesmo assim, o declarante precisa prestar atenção ao enviar suas informações, principalmente as patrimoniais.

Por exemplo, um investidor que compra e vende ações fora do Brasil pode adquirir bens em outro país com o lucro que obteve nessas operações. Ainda que a tributação do exterior tenha sido feita corretamente, é imprescindível declarar a aquisição de imóveis no IR.

Isso porque quando a pessoa, eventualmente, vender esses bens e for reaplicar o dinheiro no Brasil, será necessário justificar a origem da quantia. “Se os imóveis jamais foram declarados, o Fisco pode entender que o valor foi conquistado ilegalmente ou que houve sonegação, criando assim uma situação complicada no futuro”, diz Bastos. 

 

  1. Rendimentos isentos e não-tributáveis

Os contribuintes são obrigados a declarar se ultrapassaram o limite de rendimentos tributáveis no valor de R$ 28.559,70 durante o exercício de 2022. Porém, a recomendação do especialista é incluir também os ganhos isentos e não-Tributáveis, além dos rendimentos de tributação exclusiva na fonte, com o objetivo de evitar problemas ao usar as respectivas quantias para adquirir bens ou investimentos.

“O ideal é sempre declarar valores recebidos, por exemplo, via saque-aniversário do FGTS (rendimentos isentos) ou prêmios de loteria (tributação exclusiva na fonte), para justificar a origem do dinheiro no futuro. Assim, caso a pessoa compre um imóvel, por exemplo, com o valor, não parece que ele caiu do céu”, aponta o sócio-diretor do Grupo IRKO. 

 

  1.  Pensão Alimentícia

Uma das principais mudanças no IRPF 2023 se refere à isenção de imposto sobre os valores recebidos em pensão alimentícia. Portanto, quem recebe o benefício precisa incluir os valores na declaração na opção “Rendimentos Isentos”. A nova regra atende a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que retirou o imposto que incidia sobre o benefício após disputa de sete anos entre a União e pensionistas.

Outro ponto importante a ser mencionado: quem recebeu e recolheu impostos sobre esses pagamentos no passado poderá requerer restituição, válido para os cinco últimos exercícios.

Entretanto, nada muda para quem paga a pensão, que deve continuar informando a quantia como pagamento efetuado, além de incluir o beneficiário na ficha de alimentados.

  

  1.  Criptomoedas

A compra e a venda de criptomoedas já estão previstas em Instrução Normativa da Receita Federal desde 2019. Assim, possuem até código próprio para serem incluídas na declaração. As moedas virtuais são classificadas como ativos financeiros sujeitos a ganhos de capital.

“Quando a pessoa investe em moedas virtuais, é preciso prestar atenção no quanto está investindo. A criptomoeda vem se valorizando muito. Logo, é fundamental estar atento para declarar corretamente e evitar a perda de patrimônio”, explica o sócio da IRKO.

Somente valores acima de R$ 5.000 na data da compra precisam ser informados no IRPF. As quantias precisam ser declaradas sempre em reais, mesmo que tenham sido transacionadas em outras moedas, como dólar ou euro. 

 

  1. Opção pelo Débito Automático

O especialista lembra ainda que o contribuinte que tiver imposto a pagar e decidir fazê-lo via débito automático, seja a primeira quota ou em quota única, poderá optar pela modalidade apenas até o dia 10 de maio.

  

Grupo IRKO


Como a tecnologia pode melhorar a gestão da indústria de alimentos?

O Brasil está entre os primeiros colocados no ranking de maiores exportadores de alimentos do mundo. Atendendo um total de 190 países, a indústria alimentícia nacional segue mantendo o seu patamar e protagonismo. Porém, mesmo diante de um cenário tão promissor, é importante abordar os desafios de gestão que acometem a área e, acima de tudo, como a tecnologia pode contribuir significativamente neste aspecto.

Os números empolgam. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, o setor representou um faturamento de 10,8% do total do PIB em 2022. Além disso, respondeu por 17,6% das exportações totais brasileiras, atingindo a marca de US$ 58 bi. Estes dados nos chamam atenção pelo fato de que foram obtidos após o período crítico da pandemia de Covid-19 – em um resultado que, diferentemente do esperado, fortaleceu ainda mais a atuação do setor no país.

Essa estabilidade, contudo, foi ameaçada com o desenrolar da Guerra da Ucrânia, que afetou diretamente o preço dos alimentos. Esse fator, sem dúvidas, acendeu o alerta dos produtores para a importância de desenvolverem estratégias que driblassem essa situação, assegurando o desempenho obtido até então.

Uma vez superados tais acontecimentos, cabe o questionamento: como é a projeção para a indústria de alimentos 2023? Podemos dizer que segue positiva, considerando os avanços que o setor vem realizando na busca por aprimorar ações de melhoria tanto a nível operacional quanto gerencial, visando eliminar e superar os desafios que acompanham e que, inevitavelmente, sempre farão parte da rotina da área.

Um dos fatores que impede o desempenho ininterrupto da indústria de alimentos está na perda de lucros como resultado de desperdícios constantes. Considerando a magnitude dessas empresas, muitas companhias possuem a dificuldade de localizar pontos de falhas e ter um controle da cadeia produtiva e do chão de fábrica. Esse é um empecilho que deve ser tomado como prioridade internamente, uma vez que a sucessão de erros, quando contabilizados no final, pode gerar um prejuízo altíssimo.

Outro ponto que corrobora como mais um problema está no aspecto logístico, enfrentado principalmente por empresas que possuem um sistema de distribuição próprio. Nesses casos, a companhia arca com os desafios de entregar, recolher ou repor produtos quando solicitados em tempo hábil. Para evitar riscos decorrentes dessa escolha, cabe à organização investir em um controle para que produza os itens na quantidade certa visando atender a demanda, sem que falte ou sobre demais.

Diante de tantos obstáculos perigosos, a melhor forma de serem superados ultrapassa a mão de obra humana, exigindo o auxílio de ferramentas e sistemas que ajudem a colocar em prática ações efetivas. Neste aspecto, a tecnologia ganha protagonismo como uma importante auxiliadora no processo – ressaltando como um dos maiores apoiadores nessa tarefa o ERP.

Através de um software de gestão, torna-se possível obter um maior controle dos processos e realizar análise e dashboards das etapas das produções e, principalmente, mitigar erros e desperdícios nas operações. Por meio da aplicação da ferramenta, é facilitada a realização de análises e projeções para um melhor direcionamento e atendimento de demandas para diferentes públicos por meio da logística que passa a ser equalizada – agregando em ganhos como redução de custo, automação tributária e melhor gerenciamento.

E, considerando a agilidade que o setor exige, o apoio de um ERP é efetivo para tomadas de decisões rápidas e assertivas, que passam a ser obtidas através da melhor conversação entre as áreas que começam a operar em concordância, tendo a mesma base de consulta de informações e registros. Entretanto, não podemos jamais considerar que a tecnologia é a resposta para todos os desafios para a indústria alimentícia, uma vez que seu uso deve ser considerado um meio que resultará no sucesso a partir do alinhamento dos processos e ações das pessoas.

Nessa jornada, contar com uma solução verticalizada junto de especialistas no segmento farão toda a diferença na conquista de resultados exponenciais. E, em se tratando da indústria de alimentos, muito já foi conquistado, mas não se deve parar por aí – pois para permanecer na frente, é necessário manter o ritmo sem parar e olhar para trás.

 


Alan Gomes - diretor de negócios da SPS Minas, uma das principais consultorias do mercado SAP Business One.

SPS Group
https://spsconsultoria.com.br/


Posts mais acessados