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sexta-feira, 17 de março de 2023

FecomercioSP discute a transformação digital no mercado de trabalho e a urgência da capacitação profissional para além do mercado de tecnologia

 
Evento híbrido contará com a presença do secretário do MDIC, instituições de ensino profissionalizantes, empresários e associação da área da tecnologia
 

Com o objetivo de abordar a importância da capacitação e da qualificação profissionais para as mudanças digitais do mercado de trabalho, os conselhos de Emprego e Relações do Trabalho (CERT) e de Economia Digital e Inovação (CEDI), ambos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizam, no dia 24 de março, o evento O Trabalho do Presente e do Futuro – Capacitação em Tecnologias Digitais, com foco nos pequenos e médios negócios. O encontro trará lições e exemplos práticos possíveis de serem implementados em diferentes setores.
 
O evento, gratuito e aberto ao público, será transmitido via Zoom a partir das 9h, com painéis presenciais para convidados na sede da FecomercioSP. Interessados podem fazer as inscrições pelo link
 
Uallace Moreira Lima, secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); José Pastore, presidente do CERT; Ivo Dall’Acqua Júnior, vice-presidente da Federação; Andriei Gutierrez, coordenador do CEDI; Anna Beatriz Waehneldt, diretora de Educação Profissional do Departamento Nacional do Senac; e Emilena Lorenzon, vice-diretora superintendente do Centro Paula Souza são alguns dos participantes.
 
Na ocasião, os especialistas convidados explicarão como os novos comportamentos e as tendências devem impactar a tomada de decisão e as empresas. Andriei Gutierrez e Felipe Prado, especialista em cibersegurança, falarão sobre a transformação digital e os desafios para a qualificação, em uma provocação inicial aos participantes. Em seguida, os painéis abordarão os seguintes temas: “Desafios e melhores práticas do setor privado: novas competência digitais no mundo profissional”; “O que tem sido feito pelo ensino profissionalizante?”; e “Políticas públicas voltadas para capacitação por meio da aquisição de competências digitais”. Além de Prado, os temas serão debatidos por Critiano Kruel, Chief Innovation Officer (CIO) da StarSe; Silvia Bassi, publisher da The Shift; Guilherme Mercês, diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC); e Sérgio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Brasscom.
 
O credenciamento de imprensa pode ser realizado até 23 de março pelos e-mails vinicius@cultedge.com e arletemariamoraes@outlook.com, além dos telefones: (11) 96860-1503 e (11) 94291-8055. 
 
Serviço
Evento O Trabalho do Presente e do Futuro – Capacitação em Tecnologias Digitais
Híbrido e gratuito
Data: 24 de março
Horário: das 9h às 13h
Inscrições: link


 
Confira a programação
 
9h – 9h30: abertura
Com Uallace Moreira, secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Anna Beatriz Waehneldt, diretora de Educação Profissional do departamento nacional do Senac; e Ivo Dall’Acqua Júnior, vice-presidente da FecomercioSP.
 
09h30 – 10h: provocação inicial
“A transformação digital e os desafios para a qualificação”
Com Andriei Gutierrez, presidente do CEDI, e Felipe Prado, especialista em cibersegurança.
 
10h – 10h40: painel 1
“Desafios e melhores práticas do setor privado: novas competências digitais no mundo profissional”
Com Cristiano Kruel, CIO da StarSe, e Silvia Bassi, publisher da The Shift
 
10h40 – 11h20: painel 2
“O que tem sido feito pelo ensino profissionalizante?”
Com Anna Beatriz Waehneldt, diretora de Educação Profissional do Departamento Nacional do Senac, e Emilena Lorenzon Bianco, vice-diretora do Centro Paula Souza.
 
11h20 – 11h50: painel 3
Políticas públicas voltadas para capacitação por meio da aquisição de competências digitais”
Com Sérgio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Brasscom, e Guilherme Mercês, diretor de Economia e Inovação da CNC.
 
11h50 – 12h40: debates
 
12h40 – 13h: encerramento
Com o professor José Pastore, presidente do CERT
 

 FecomercioSP


Mês do Consumidor: usuários de óculos de grau têm garantias e direitos específicos estabelecidos pelo CDC

Consumidores devem estar atentos aos serviços oferecidos pelas óticas, físicas ou online, e as cláusulas e informações presentes nos certificados entregues no ato da compra

  

Você sabia que, como todo bem durável, os óculos também estão contemplados na lista de normas previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC), no que diz respeito a garantias, condições de troca, conserto ou mesmo no caso de devolução do produto? Sim, há leis criadas exclusivamente para atender a esse perfil de consumidor, que deve estar atento e conhecer previamente os seus direitos.

“Há situações muito comuns que levam o consumidor a acionar o serviço de garantia quando compra seus óculos, como como a dificuldade em se adaptar às novas lentes, algum desconforto sentido com o residual do antirreflexo, a queda de uma peça ou, ainda, no caso de lentes ou armações descascadas”, explica Makoto Ikegame, CEO e cofundador Lenscope, startup especializada na disponibilização de lentes para usuários com alto grau de refração. 

De acordo com o executivo, antes de qualquer coisa, é fundamental que o consumidor pesquise sobre a loja em que está comprando seus óculos: “uma busca rápida pela web, checando as avaliações do próprio Google e as redes sociais da empresa, pode ajudar bastante a evitar dores de cabeça futuras. Além disso, uma dica valiosa é buscar no YouTube por vídeos de clientes mostrando o produto completo e comentando suas experiências com ele, sejam elas positivas ou negativas”, complementa. 


Em qual momento posso acionar a garantia?

Assim que adquire os óculos, seja em lojas físicas ou online, o consumidor já pode contar com dois tipos de garantias, previstas no artigo 26 do parágrafo II, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). São elas:

  • No caso de defeitos: se houver qualquer avaria originária do processo de confecção, tanto das lentes quanto da armação, o cliente tem direito à troca do produto ou mesmo a devolução do valor em dinheiro. Isso tudo dentro do prazo de 90 dias – tanto no caso das lojas e óticas físicas, como quando a compra é realizada de forma online.
  • Insatisfação do cliente: esse ponto, aplicado somente no caso das compras realizadas pela internet, tem o prazo de uma semana (ou sete dias), a contar da data do recebimento do produto. Nesse caso, é possível optar pela devolução do valor pago ou pela troca do item.


Certificados – além de saber das condições existentes dentro da garantia, é importante estar atento se a loja, física ou virtual, está lhe entregando os certificados do produto e das lentes, em que constam todas as informações detalhadas a respeito do item – como o índice de refração das lentes e o tipo de tratamento antirreflexo (se houver) – e as dicas sobre como proceder no caso de defeitos, trocas, consertos etc. 

Nas compras online, também é importante estar atento aos canais de contatos da empresa, como e-mails, chats, redes sociais etc.; verificar se o site é seguro – geralmente, os portais mais confiáveis começam com “https://” e apresentam o símbolo de um cadeado na barra de endereços ou rodapé  –; e certificar-se de ter recebido as notas fiscais da compra.


Assistência técnica

Lembre-se de que é responsabilidade da ótica, seja ela física ou virtual, munir seus clientes de informações sobre como acionar a assistência técnica, com orientações sobre as responsabilidades e prazos dos respectivos fabricantes, tanto no caso de produtos dentro da garantia ou mesmo fora dela. “Hoje também é possível solicitar assistência online e pedir o conserto daqueles óculos utilizados há mais tempo. Nesse caso, basta entrar em contato com um fornecedor e verificar sobre como proceder”, explica Ikegame. 


O que as lojas não podem fazer?

  • Vendas casadas: algumas lojas condicionam a venda de um produto ou serviço à compra de outro item. Vale lembrar que o CDC proíbe a prática, já que a considera abusiva;
  • Oferecer exames de vista “gratuito”: a ótica não pode oferecer exame de vista, seja em suas dependências ou por meio de parceria com clínica ou profissional da área. Comumente, ao fazer esse tipo de exame, a receita fica retida, caso o cliente não efetue a compra do óculos no local. Essa prática, além de configurar venda casada (mencionada acima), é proibida pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
  • Cartão de crédito: a empresa jamais poderá obrigar o cliente a adquirir um cartão para abertura de conta bancária;
  • Garantia estendida obrigatória: é proibido que a loja obrigue o cliente a optar por esse tipo de garantia no ato da compra de um produto ou serviço.

 

Lenscope, healthtech

 

O que os assédios do Guimê e Cara de Sapato no BBB23 revelam sobre o machismo?

Misoginia existe até nas relações amorosas e deve ser combatido (Crédito Unsplash)

Especialista em relacionamentos dá 5 dicas para impor limites com marido machista

 

Na última quarta (15), o BBB23 foi palco de assédio de dois participantes, Guimê e Cara de Sapato, com a mexicana Dania Mendez, que entrou na casa mais vigiada do Brasil através de um intercâmbio com outro reality show. Na festa do líder (Guimê), a digital influencer foi vítima de assédio e, por conta do ocorrido, os dois brothers correm o risco de serem expulsos.

Lexa, esposa de Guimê, lamentou o ocorrido nas redes sociais: “Eu sei a mulher INCRÍVEL que eu sou, ajudando o tempo todo, erguendo, falando bem, me envolvendo em tretas que não são minhas… quem me acompanha sabe que eu me dediquei 101% por tudo, para vê-lo brilhar… não durmo direito, parei a minha vida pra ver o Guimê acontecer”

Segundo dados da pesquisa PoderData, divisão de estudos estatísticos do site Poder360, 83% dos brasileiros reconhecem que há machismo no Brasil, mas apenas 11% se consideram machistas. Além disso, a mesma pesquisa revela que outros 7% acreditam que a desigualdade de gênero não existe no país. É fácil de entender que as mulheres também são vítimas em muitas relações amorosas, com maridos que, com violência psicológica e/ou física, alimentam uma ideia de inferioridade às mulheres, e suas esposas não são isentas.

“É fundamental saber quais atitudes e/ou falas são machistas e corroboram com o discurso misógino. Em uma relação amorosa, as cenas são mais previsíveis, e é igualmente importante que sejam combatidas, ainda mais porque muitas pessoas erram em achar que o machismo está apenas na agressão física. No casamento, além das falas machistas, ainda existe a ideia de que é papel da mulher, sozinha, cuidar da casa, dos filhos e do próprio marido, e isso deve acabar”, disse Henri Fesa, especialista em relacionamentos e representante da Casa das Magias.

Em qualquer relação, é importante entender que a responsabilidade afetiva deve estar presente, seja para entender atitudes misóginas ou para simplesmente conversar sobre um problema menor. “O amor não é a única base de um relacionamento. É preciso respeito, empatia, cuidado, companheirismo e outros pontos para que uma relação saudável aconteça. Se tratando de machismo no casamento, é importante não ‘abrir mão’ desses cuidados, pois o índice de feminicídios ainda é grande na sociedade”, continua o especialista.

Em 2022, considerando apenas o primeiro semestre, 699 mulheres foram mortas em razão da sua condição de ser sexo feminino, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ou seja, em apenas seis meses, aproximadamente quatro mulheres foram mortas todos os dias no Brasil, e unicamente por serem mulheres. O crime de feminicídio surge com a Lei nº 13.104/2015, que modifica o artigo 121 do Código Penal que tipifica o crime de homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre os crimes contra a vida.

Apesar do triste índice, é importante entender que tudo começa na discussão, no tratamento, nas palavras e que devem, sem dúvidas, ser combatidas no início. Para uma relação respeitosa, amorosa e saudável, a Casa da Magia, com espiritualistas com mais de 30 anos de experiência, tem ajudado casais a restabelecerem a harmonia e garantir o amor e a cumplicidade da relação através do Casamento Espiritual. Seja através da espiritualidade ou de qualquer outro método, é importante se guiar pelo respeito e buscar equilíbrio na relação. 

Pensando nisso, Henri Fesa, especialista em relacionamentos da Casa das Magias, dá 5 dicas para impor limites com um marido machista:


1. Identifique as falas e ações machistas
 

Antes de tudo, é preciso reconhecer tudo que representa o machismo dentro da sua relação. Entenda que não é só a violência física, mas a psicológica, ou ações que colocam a mulher como responsável pelos cuidados da casa, dos filhos e situações afins;

 

2. Exponha a situação ao parceiro 

É fundamental expor como a desigualdade de gênero afeta a relação, como explicar injustiças com os cuidados da casa, quando não são divididas, ou falas que corroboram com a misoginia. Se ainda houver disposição, busque mudança no parceiro de imediato;

 

3. Mantenha-se firme 

Entenda que não há argumentos no mundo que justifiquem o machismo. Ele deve ser controlado e ponto final.


4. Exija respeito sempre
 

Na relação, mesmo que a mudança aconteça de maneira mais lenta, é importante exigir respeito. Respeito é o mínimo;

 

5. Modele os acordos da relação 

É comum casais fazerem seus acordos, como a frequência de determinadas atividades, os afazeres domésticos, modo como fazem determinadas coisas. Na conversa, busque mudar os acordos que não fazem mais sentido ou os que colocam a mulher em desvantagem.


Casa das Magias
casadasmagias.com.br/


O prêmio da impunidade nos casos de violência contra a mulher.

Por que a resposta estatal não é satisfatória para as vítimas de violência que buscam a punição do agressor? Como em tantos outros casos, a justiça brasileira premia agressores pela quantidade de recursos, pela morosidade judiciária o que fomenta a violência, o feminicídio e a impunidade de agressores contumaz.

Extorsão, ameaças, violência e agressões morais e físicas são crimes graves e inaceitáveis, independentemente da idade ou gênero da vítima. Porém, infelizmente, as estatísticas comprovam que as mulheres são sempre os principais alvos. A única forma de frear essa triste realidade é tratar esses crimes com celeridade, seriedade e o máximo rigor da lei.

Mas a expectativa pode ser bem diferente da realidade. O caso de BRUNO BASSO, cuja lista de crimes cometidos é extensa, infelizmente demonstra que o Brasil ainda precisa aprimorar os mecanismos de punição para os agressores de vítimas de violência.  Após mais de uma década de julgamentos e processos, Bruno foi condenado pelos crimes que cometeu, o que inclui agressões físicas, morais e extorsão violenta contra sua ex-companheira. Entretanto, a história de Bruno Basso mostra que a condenação nem sempre é garantia do cumprimento da pena ou de segurança da vítima. Por que isso acontece?

Em pleno século XXI é importante relembrar que Maria da Penha recorreu insistentemente aos mecanismos internacionais, até que, após 18 (dezoito) anos da ocorrência do crime, a Organização dos Estados Americanos – OEA teve que intervir para responsabilizar o Brasil por omissão e negligência no tocante à violência doméstica, recomendando a criação de políticas públicas nesse sentido.

Não importa nesse momento em qual contexto o acusado praticou o crime, o que está por trás do fato, os contornos do caso, o que de fato o levou a praticar o crime, nem tampouco as necessidades da vítima para que se chegue a uma solução em que efetivamente traga respostas e caminhos aptos a restaurar a situação problemática. Nenhuma dessas preocupações interessa para o processo penal. A vítima parece apenas um objeto de um processo que buscará provar sua situação de inocência em total estado de vulnerabilidade. Infelizmente, essa é a realidade do processo penal brasileiro. 

 

SISTEMA PENAL COMO POTENCIAL VITIMAÇÃO DAS MULHERES- Além de vítimas, as mulheres sofrem pela violência processual penal, que é intrínseca ao funcionamento do sistema penal, que reproduz a violência estrutural.  Isso transforma a vida da vítima em um tormento longo, doloroso e custoso.


VIOLÊNCIA PROCESSUAL INSTITUCIONAL - A violência institucional e a violência processual contra a mulher também merecem especial atenção do sistema de justiça e da rede de proteção, por afrontar o princípio de direito internacional consuetudinário da não violência contra a mulher.


ASSÉDIO PROCESSUAL. A vítima sofre, por ser mulher, pressões morais de todas as formas para desistir dos processos que tem direito. 

Todos os itens acima conduzem as vítimas de violência ao silencio e a fadar ao fracasso do processo criminal. A quantidade de recursos utilizados pelo agressor e seus advogados levam as vítimas ao processo de revitimização. Não é só no momento da revelação que ocorre a revitimização. Esta também se manifesta no curso dos processos pelo abuso de poder, pelos ataques, pelos recursos utilizados pelos advogados dos agressores. É muito comum que o agressor aponte a vítima como: desestruturada, desonrada, doente, mesmo que todos esses sintomas tenham sido causados pela violência do próprio réu.

Por isso é importante uma releitura do processo penal, segundo as peculiaridades dessa forma de violência. Se assim não for, a vítima retornará ao seu silêncio e o processo punitivo estará fadado ao fracasso.

É o caso da representação de grandes bancas de defesas ao lado dos agressores que sobrepõem interesses de seus clientes para subterfúgio das penas impostas, com infindáveis recursos que buscam protelar a execução da pena até alcançar a tão almejada prescrição da pena. Esse é o caso do empresário Bruno Basso.


O tormento de quem enfrenta um processo de violência doméstica: da hostilidade à impunidade.

A história de crimes de Bruno Basso teve início quando ele se separou de sua ex-companheira que é empresária do mercado de tecnologia da informação, exigindo dela valores milionários na separação, o que lhe foi prontamente negado visto que nunca contribuiu para o sucesso da dela. Diante da negativa, ele iniciou uma cruel empreitada de ameaças, ataques e agressões. Bruno Basso foi preso quatro vezes, e nas três primeiras conseguiu sua liberdade novamente, com pagamento de fiança, dos seus nobres advogados. A primeira prisão foi em flagrante, ao ameaçar e extorquir violentamente sua ex-mulher dentro do seu ambiente de trabalho. O criminoso foi ainda condenado em um episódio de agressão a um idoso que testemunharia contra ele. Ou seja, nem mesmo os 10 processos contra sua pessoa foram capazes de interromper a sequência de ataques de Bruno Basso contra sua ex-mulher, suas filhas e pessoas envolvidas.

Em 2020, o STF condenou o réu Bruno Basso pelo crime de extorsão, após 12 anos de luta da vítima por justiça. Desde então, os advogados do criminoso moveram 18 tentativas de prescrição do processo para tentar extinguir a pena.

Finalmente, em 11/02/2023, a sessão de cumprimento de mandados de prisão conseguiu capturar foragido há quase dois anos. Bruno foi detido, mas a sua permanência na prisão pode ser curta. Seus advogados já articulam benefícios e, até mesmo, a soltura do mesmo. Os resultados dessa ação já começam a aparecer. Mesmo sendo preso após estar foragido, Bruno Basso é mantido em um presídio de detenção provisória, em cela privilegiada e separada dos demais detentos. Algo que não é previsto em seu caso, principalmente por ser ele um condenado que estava fugindo da justiça há mais de dois anos.


Para a efetividade do combate à violência contra a mulher, a leitura e aplicação das normas devem ser realizadas sob a perspectiva de gênero.

 

A prisão de Bruno Basso é uma vitória de todas as mulheres

A prisão de Bruno Basso deveria ser um exemplo de que a justiça alcança a todos e que mesmo os poderosos podem ficar impunes. Além disso, reforça o sentido de evolução da nossa sociedade no combate à violência contra a mulher. A impunidade do agressor ainda é uma das maiores ameaças que aflige diariamente milhares de mulheres vítimas de crimes brutais. E evidencia as estatísticas de que em grande parte dos casos, a violência é cometida dentro do próprio lar. Ao decretar a prisão de Bruno Basso em instância definitiva, a Justiça deixa claro que ninguém é imune, independentemente de quanto poder ou influencia se tenha.


Cristina transformou uma violência em esperança para outras mulheres e criou a AME 

Diante de todas as ameaças e violências que sofreu, Cristina Boner transformou o limão em limonada e encontrou um proposito para levar adiante. Ela percebeu o quanto é caro e difícil  lutar judicialmente contra a violência de gênero, especialmente quando se vive em um sistema judicial proreos (favorável ao réu). Compreendeu que outras milhares de mulheres viviam situações semelhantes e resolveu agir. Em 2004, uniu um grupo de mulheres empreendedoras com o intuito de fundar uma associação civil, sem fins lucrativos e de interesse público (OSCIP), em prol da valorização da mulher e fomento a participação feminina na sociedade. Assim, surgiu a Associação de Mulheres Empreendedoras, a AME.  Desde então, milhares de mulheres foram treinadas e capacitadas com cursos presenciais e online, para ganharem independência, ingressarem no mercado de trabalho e se verem livres da violência doméstica. Essa foi  sua resposta e, por isso,  Maria Cristina Boner faz um apelo: qualquer decisão no sentido de deixar  Bruno Basso, criminoso foragido durante longos anos é um desrespeito as mulheres e ao significado de justiça.


Vai vender ou comprar um veículo usado?

 Confira as dicas do Detran.SP

 

Checar se existem bloqueios, avaliar o preço cobrado e o funcionamento do veículo são atitudes indispensáveis antes de fechar qualquer negócio




Com a alta nos preços para adquirir um veículo zero km, a busca por usados é sempre uma opção para realizar um bom negócio. Pensando nisso, o Detran.SP traz diversas dicas para quem quer vender ou comprar um veículo usado com segurança. A primeira delas é consultar possíveis débitos, bloqueios e restrições do veículo que será adquirido. A pesquisa pode ser feita no site da autarquia (www.detran.sp.gov.br).

Já para aqueles que vão vender um veículo, a internet virou a principal escolha atualmente, pois negociar de forma particular pode render alguma economia. Especialmente em relação aos negócios realizados junto a agências e concessionárias, onde os valores ofertados pelas lojas para a compra dos usados, geralmente, são bem abaixo da tabela FIPE, a principal referência no mercado deste tipo de carros.

Mas é necessário cuidado com os meios digitais. O vendedor não deve fornecer, por exemplo, o número do chassi, uma vez que, além de não ser uma informação essencial para conclusão da negociação, ainda pode ser utilizada em veículos clonados, normalmente frutos de roubo e/ou furto. Somente informações da placa e do RENAVAM já são suficientes.


Mercado de usados em alta

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que a comercialização de seminovos representa 83% das vendas de veículos no estado de São Paulo. Entre janeiro e dezembro de 2022, foram contabilizadas 4,1 milhões transações de veículos usados, contra 849.530 emplacamentos de novos.

Segundo a Federação, nos meses de janeiro e fevereiro de 2023 ocorreram 2.049.491 transações de usados, resultado 3,9% acima do registrado no primeiro bimestre do ano passado. O segmento que se destacou foi o de automóveis e comerciais leves, que somou 1.511.227 unidades comercializadas, melhora de 5,3% sobre o mesmo bimestre de 2022, quando houve 1.435.381 transações.


Dicas do Detran.SP

1) Desconfie de “ofertas imperdíveis” e “preços muito baixos”. Golpes são aplicados, principalmente pela internet, atraindo compradores com preços bem abaixo do mercado. Consulte a tabela Fipe para verificar valores atualizados;


2) Em uma venda particular de forma online, sempre marque com o comprador a vistoria prévia do veículo em um local público e tenha atenção no momento do pagamento para evitar algum tipo de golpe. Nunca finalize a compra analisando apenas fotos na internet, nem pague qualquer quantia sem antes ver pessoalmente o veículo;


3) Antes do fechamento do negócio, também é aconselhável levar o carro a um mecânico de confiança para verificar o funcionamento do motor, do sistema de iluminação, entre outros itens;


4) Antes de fechar uma compra, o comprador deve levar o carro a uma empresa de vistoria de identificação veicular credenciada pelo Detran.SP para emissão do laudo veicular. Para verificar todas as empresas, acesse: https://www.detran.sp.gov.br/wps/portal/portaldetran/parceiros/pesquisaecvs.


5) Na hora de transferir o veículo, preste atenção nos principais documentos solicitados, que são: original e cópia da CNH atualizada, comprovante de residência atualizado (por exemplo, água ou luz) e os documentos do veículo (CRV ou ATPV-e). Todos os eventuais débitos do veículo devem estar quitados e a taxa de transferência paga para a realização do serviço. O prazo para providenciar a transferência de propriedade é de 30 dias;


6) Proprietários de veículos que possuem a Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo em formato físico (papel moeda verde) não devem nunca entregar o documento em branco para o comprador. Realize o seu preenchimento, assine-o, e faça o reconhecimento de firma, na modalidade “por autenticidade”, juntamente com o novo proprietário, no cartório;


Para quem possui a Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo em formato digital também é necessária a assinatura e o reconhecimento de firma tanto do comprador quanto do vendedor do veículo no cartório. Sem o reconhecimento de firma não haverá a inclusão de comunicação de venda e o reconhecimento do processo;


7) Sempre que houver o reconhecimento de firma em cartório, recomenda-se que o vendedor fique com uma cópia autenticada do documento do veículo, entregando o original ao novo proprietário do veículo;


8) Em até cinco dias da data de ida ao cartório, o vendedor do veículo poderá acompanhar no site do Detran.SP se a comunicação de venda foi incluída no cadastro do veículo. Em caso negativo, o vendedor deverá notificar a conclusão da negociação ao Detran.SP, apresentando a cópia autenticada do CRV ou do ATPV-e;


9) A assinatura da ATPV-e (Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo em meio digital), quando vendedor e comprador forem pessoas físicas, é possível de ser concluída diretamente pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), do Governo Federal, sendo dispensada, nessa hipótese, a necessidade de se deslocar até um cartório para realizar reconhecimento de firma;


10) Se o comprador do veículo não puder comparecer em uma unidade do Poupatempo ou do Detran.SP para solicitar a transferência, um parente próximo (mãe, pai ou irmão) pode representá-lo, desde que apresente o original e cópia simples de um documento que comprove o parentesco, além de uma cópia do documento do dono do veículo.


Sobre o Detran.SP 

O Detran.SP trabalha incessantemente para a prevenção de acidentes e preservação da vida, tendo como meta a organização de um trânsito mais seguro e harmônico entre todos os modais. O Órgão atua com foco na busca constante da excelência de serviços aos cidadãos paulistas, a partir dos valores de integridade e transparência em seus processos. Atualmente, o Órgão adota progressivamente a ferramenta da transformação digital para impactar positivamente na qualidade de vida dos paulistas, facilitando o atendimento às demandas cotidianas da população. Cerca de 93% dos atendimentos feitos nas unidades do Detran.SP integradas ao Poupatempo são digitais. Maior órgão executivo de trânsito do País, o Departamento de Trânsito Paulista é responsável por 28% da frota do Brasil, com mais de 32 milhões de veículos registrados no Estado. O Estado de São Paulo possui mais de 27 milhões de motoristas habilitados. Todos os meses, o Detran.SP é responsável pela emissão de cerca de 400 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e 1,2 milhão de Certificados de Registro e Licenciamento Veicular (CRLVs). São mais de 136 mil documentos emitidos por dia, em média.


Precisamos falar sobre greenwashing

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A reputação de uma empresa está diretamente ligada à integridade, à transparência e às evidências de ações que resultem em impactos positivos para a sociedade

 

Vivemos em um mundo de negócios competitivos e, diante das atuais pressões de investidores sobre as temáticas de ESG, uma imagem íntegra e sustentável definitivamente representa uma vantagem. O que cria um terreno fértil para o que chamamos de greenwashing.

Cunhado em 1989 e traduzido como “lavagem verde”, o termo é caracterizado pela valorização de uma empresa ou produto por meio de omissão de informações, fake news, exageros fictícios ou até mesmo a manipulação ou ausência de dados relevantes.

Isso pode ocorrer em diferentes cenários, desde relatórios anuais e financeiros, até propagandas de marketing, rótulos de produtos, imagens ou declarações públicas.

No ambiente corporativo, estamos sujeitos a falhas, crises reputacionais e imprecisão de informações. Contudo, diante de ações com consequências ambientais e sociais, todo zelo é pouco.

A reputação de uma empresa está diretamente ligada à integridade, à transparência e às evidências de ações pontuais e sistêmicas que resultem em impactos positivos mensuráveis a curto, médio e longo prazo para a sociedade. Ao partirmos dessa premissa, sabemos o quanto a indústria de combustíveis fósseis, por exemplo, é constantemente criticada por greenwashing.

Quando tratamos temáticas como redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e neutralidade de carbono, observa-se que o plano de negócios muitas vezes segue na contramão dos compromissos com a descarbonização assumidos publicamente.

Outro setor que vem sofrendo críticas relativas a greenwashing e forte pressão regulatória por mais transparência na agenda e critérios ESG é o setor financeiro, principalmente os fundos de investimento que se apresentam como sustentáveis.

Por isso, para que a agenda ESG seja de fato um norteador na redução e reparação de danos sociais e ambientais, a tendência é que as entidades regulatórias intensifiquem o combate à prática de greenwashing.

Atualmente, há diversos formatos de relatórios e métricas que auxiliam empresas e instituições na identificação das melhores práticas na divulgação de impactos relativos a ESG, como o GRI (Global Report Initiative), SASB (Sustainability Accounting Standards Board), e PRI (Principles for Responsible Investment World Economic Forum).

Nesse sentido, tendo como horizonte o aspecto preventivo, o principal pilar para evitar o greenwashing é a governança corporativa.

O uso das estruturas de governança e compliance das empresas é crucial para ações de ESG centradas em compromissos estratégicos, análise e monitoramento de riscos e fortalecimento da cultura organizacional em toda a comunidade de stakeholders (clientes, fornecedores, colaboradores etc).

Embora as empresas tenham ciência da importância da agenda ESG e, até mesmo do conceito de greenwashing, pode haver um despreparo para enfrentar crises reputacionais ligadas a esse tipo de ocorrência. Por isso, listamos a seguir 6 passos e caminhos imprescindíveis de ação para as empresas diante de uma crise de greenwashing:

1) Invista em soluções tecnológicas para a geração de dados confiáveis, gerando evidências que garantam a confiabilidade dos dados, inclusive no que tange ao atingimento ou não dos compromissos assumidos publicamente. Isso inclui o suporte às três linhas de defesa da governança em relação às metas e ações concretas da agenda ESG, que sempre devem ser alinhadas à estratégia da empresa, verídicas e alcançáveis. No momento da crise, soluções tecnológicas aplicadas auxiliarão com mais rapidez e precisão diante do confronto de dados.

2) Mantenha a política de gestão de crises sempre atualizada. Ela precisa endereçar os riscos e reunir todas as informações desse processo. Por exemplo, planos de contingência, procedimentos sobre o que deve ser feito e quem precisa ser acionado em caso de crises efetivas. Considere desenhar uma política a partir do mapeamento de riscos e da simulação de possíveis crises.

3) Acione o comitê de gestão de crise com membros de diferentes expertises, com as competências certas para centralizar, coordenar e endereçar as ações. É muito importante definir antecipadamente quais são os papéis e responsabilidades de cada membro. Isso agiliza a tomada de decisões.

4) Em caso de iniciar o processo investigativo, selecione uma empresa de consultoria externa independente que irá reunir fatos, dados e documentos por meio da coleta de informações disponíveis para análise de quem são os envolvidos, modus operandi, entre outros impactos. Considere sempre o acionamento de um escritório de advocacia especializado em temas ESG e gestão de crises para avaliação dos impactos e resultados no processo de gestão de crise e, sobretudo, na continuidade do negócio.

5) Estabeleça protocolos de comunicação, como monitoramento da repercussão, que poderão ser acionados de acordo com o impacto da questão de greenwashing e os diversos públicos envolvidos. É aconselhável que sejam contratados e usados agentes externos (como agências de comunicação) para a comunicação assertiva e direcionada aos interesses dos diversos grupos e públicos-alvos, como investidores, mercados, empregados, governo, comunidade, entre outros.

6) Por fim, realize treinamentos periódicos e tempestivos para os momentos de crises, que incluam desde os porta-vozes até a disseminação entre os colaboradores para que todos tenham ciência do ocorrido. Esses treinamentos devem ter uma programação pautada em medidas em curso, orientação de como proceder, processo de gestão de crise para diversas análises, comunicação institucional e pronunciamentos públicos.



Marina Mantoan, Lutz Kuehne, Clarisse Ottero e Fernanda Filipavicius
Agência EY

 

Recuperações Judiciais crescem 87,3% em fevereiro, revela Serasa Experian

Micro e pequenas empresas registram aumento e lideram ranking de pedidos pelo recurso 

 

O mês de fevereiro registrou 103 pedidos de recuperação judicial frente aos 55 realizados no mesmo período do ano anterior. De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, esse movimento representa uma alta de 87,3%. Ainda segundo o índice, foram as micro e pequenas empresas que marcaram o maior número de requisições. Veja os dados completos no gráfico abaixo:

 

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a estagnação econômica do país, combinada com a inflação e juros altos, influenciam diretamente na alta da inadimplência, tanto para empresas como para consumidores. “No caso dos empreendimentos, por acumularem uma quantidade enorme de dívidas, acabam entrando em risco de insolvência e alimentando as estatísticas de falências e de recuperações judiciais”.

 

A análise por segmento mostrou que o setor de Comércio foi aquele que mais demandou por recuperação judicial, com 36 pedidos. Depois estão as empresas de Serviço, com 33 requisições, seguidas pelas Indústrias (21) e Setor Primário (13).

 

Pedidos de falências crescem 38,7%

As solicitações de falências também cresceram, passando de 62 pedidos em fevereiro de 2022 para 86 no mesmo mês deste ano. A relação desses dois períodos revela um aumento de 38,7%. Também nesse recorte, foram as micro e pequenas empresas que lideraram o ranking, com 50 solicitações. As grandes vieram a seguir, com 19 requerimentos, já as médias registraram 17. Para conferir os pedidos de falências por setor confira a tabela abaixo:


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados. O indicador é segmentado por porte.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br



Conheça as profissões do futuro

Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país, comenta quais serão destaques em 2023

 

Avanços tecnológicos e mudanças de comportamento e mindset na sociedade fazem com que o mercado de trabalho esteja em constante movimento e novos conhecimentos sejam demandados dos profissionais.

Entre eles está o aprofundamento sobre temas ligados à sustentabilidade. Um levantamento no Google Trends revelou que a busca pelo assunto ESG (Environment, Social and Governance, na sigla em inglês) cresceu mais de 1200% no Brasil entre 2021 e 2022.  O Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo divulgado pelo Senai que mapeia e projeta o mercado de empregos industriais no país, também indica que a área de meio ambiente é a segunda com maior projeção de crescimento no número de vagas nos próximos anos, chegando a 16%.  

“A agenda das empresas está cada dia mais focada em ações em prol da sustentabilidade, uma vez que não é mais possível ignorar que atividades econômicas estão diretamente ligadas à saúde do planeta. Uma visão social abrangente e a preocupação com o bem-estar dos colaboradores são igualmente importantes. Dessa forma, alguns cargos promissores são o de Gestor de ESG e Head de Sustentabilidade”, comenta Larissa Gonçalves, gerente de R&S da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país.

O setor da logística também deve crescer. Um estudo recente do Insider Intelligence reportou que até 2025 o mercado de e-commerce deve dobrar de tamanho em comparação a 2019, com as vendas online atingindo US$ 7,4 trilhões. As funções de Analista de Logística e Controller Logístico, cujos salários giram em torno de R$ 6 mil, são algumas das mais procuradas atualmente.

“A pandemia abriu caminho para o crescimento do e-commerce e, após tantos brasileiros terem ganhado confiança nesta modalidade de compra, ele segue como alternativa ao varejo tradicional e continua com alta demanda”, ressalta a especialista.

O setor de TI como um todo segue como um dos mais promissores, sobretudo áreas como Big Data, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), em que os salários podem chegar a R$ 15 mil. “São avanços que criam a necessidade de um profissional que possa realizar essa interação, por isso outro cargo que passa a ser solicitado é o de Gestor de equipes mistas humano-máquina”, explica Larissa.

“Quando falamos em tecnologia, não estamos mais falando de um setor específico”, Larissa completa. “Ela está presente no setor de saúde que precisará de um profissional que possa auxiliar em diagnósticos à distância e no urbanismo que demandará um analista de cidades inteligentes, por exemplo.”

Larissa destaca que, nesse novo cenário profissional cada dia mais dinâmico, a atualização é fundamental. “Ao falarmos de profissões do futuro não trazemos algo descolado da realidade e sim uma evolução natural, por isso, na maior parte das vezes estamos falando de especializações. Muitos profissionais que já atuam com compliance e área jurídica estão buscando se aprofundar nos pilares do ESG, bem como os profissionais de TI, para os quais a IA e o deep learning já são parte do dia a dia.”

  

Luandre Soluções em Recursos Humanos

 

A inflação anual argentina ultrapassa a barreira dos três dígitos e chega aos 102,5%.

A economia Argentina vive hoje um drama múltiplo: uma indisciplina fiscal que implica num resultado inflacionário, que resultou na ultrapassagem da barreira dos três dígitos e levou a inflação a 102,5%.

Segundo Leonardo Trevisan, professor de economia na ESPM, a crise se agrava pelas constantes emissões da moeda. “Tal medida tem gerado dois fatores: o primeiro é o câmbio com dívidas assumidas desde o governo Macri com o FMI no total de US$ 44 bihões, com reservas de dólares fragilizada e com menos de US$ 2 bilhões em caixa. O outro fator é a seca que assola o país desde o ano passado e vem se agravando neste. O agronegócio está sendo afetado diretamente pelo efeito climático, com redução do do trabalho, a entrada de dólares e, por consequência, a queda do PIB”, diz.

O especialista comenta que com a estimativa de queda de 3% do PIB no ano, o governo deve impor soluções. “Mas, como é ano de eleição em outubro, o quadro econômico não é favorável para a nação argentina”, afirma.

 

Fonte: Leonardo Trevisan, economista e professor de economia da ESPM


Guia com versão Open Source é aliado na luta contra o machismo no ambiente de trabalho


2ª edição do guia prático "Como não ser um babaca" está disponível para organizações que encaram o desafio de combater a desigualdade de gênero no ambiente de trabalho

Divulgação Sindilegis


A tecnologia pode ser uma forte aliada das mulheres na luta por uma sociedade menos desigual. Nas últimas décadas, elas têm conquistado cada vez mais espaços, até então ocupados apenas por homens, mas a igualdade de gênero no ambiente corporativo ainda representa um grande desafio. Pensando nisso, a 2ª edição do guia prático "Como não ser um babaca", lançada neste mês, oferece uma versão open source (código aberto) para empresas e organizações potencializarem esse movimento contra o machismo. 

Para demonstrar como essa transformação social ocorre lentamente, o relatório Global Gap Report 2022, do Fórum Econômico Mundial, mostrou que a equidade entre os gêneros pode demorar até 132 anos para ser alcançada. Nesse cenário desafiador, empresas e organizações interessadas em abordar a temática podem ter acesso ao arquivo aberto e inserir sua marca, desde que creditem o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis), idealizador da publicação.

Entre as instituições que já aderiram à iniciativa, estão a Fecomerciários e o Sebrae Nacional, que está divulgando os conteúdos para mais de 7 mil colaboradores e incluiu o livro no acervo da biblioteca da Universidade Corporativa Sebrae. “Mais do que um movimento tecnológico, trata-se de um movimento que busca, na prática, transformar a mentalidade e o comportamento da sociedade. O Guia funciona como uma ação educativa efetiva para promover a diversidade e, mais ainda, sensibilizar sobre a temática do machismo”, explica Elisa Bruno, diretora de Comunicação Social do Sindicato, que há anos protagoniza campanhas do Dia Internacional da Mulher. 

A  1ª edição de ‘Como não ser um babaca’ alcançou o ranking dos TOP 10 na Amazon e foi reconhecido pelo Prêmio Colunistas. Com linguagem irreverente e dicas fáceis de aplicar, a publicação se propõe a cooperar com o processo de sensibilização dos homens por uma masculinidade que renuncia o machismo e estabelece uma prática de equidade e respeito. “Não existe mais espaço para pessoas e empresas manterem uma postura neutra, pois o neutro é masculino e significa ser conivente com a violência e desigualdade de gênero”, destaca a diretora. 

A nova edição também traz, de forma inédita, uma ação interativa: a Amiga Oculta, pela qual as pessoas podem enviar o livro de forma anônima para algum colega ou conhecido que tem atitudes ou falas discriminatórias. Acesse www.naosejaumbabaca.com.br e saiba mais. O novo capítulo do guia cita, por exemplo, fala recente em reality show com audiência de 150 milhões de brasileiros: "Já, já, vai tomar umas cotoveladas na boca". Essa e dezenas de outras babaquices, citadas por diversas figuras públicas, inclusive pelos renomados Millôr Fernandes, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Chico Anysio.


Na prática

O livro “Como não ser um babaca” busca reduzir o machismo que muitas vezes não entra nas estatísticas. Fique alerta para espantar de vez esse tipo de comportamento:

 

  • "Bom mesmo era antigamente..." 

Essa frase só pode ser dita por quem foi beneficiado. O Código Civil de 1916 era recheado de absurdos, como "a mulher só tem direito à pensão dos filhos se for inocente e pobre". 

 

  • "Ih! Tá de TPM..." 

 A tensão pré-menstrual é uma realidade e pode provocar alterações de humor, acontece que essa é só uma desculpa para diminuir e desvalorizar as emoções e reações das mulheres. 

 

  • "Passe perfume para a reunião, hein!"  

As mulheres são cobradas para estarem atraentes, como se o seu poder de argumentação valesse menos do que poder de sedução ou como se uma coisa tivesse a ver com a outra.

 

  • "Ela é mais macho que muito homem." 

Mulher não precisa deixar de ser mulher para ser bem-sucedida. Caso você ainda não saiba, características como coragem, determinação e força não são exclusivamente masculinas. 

 

  • "Incrível! Você mesma quem fez?" 

Essa frase, apesar de enaltecer o trabalho da mulher, revela uma enorme descrença em seu potencial. É como dizer: "Está bom demais para ter vindo de uma mulher. Será possível?".

 

  • "Vai pegar mal não ter uma mulher no time."  

Este não deveria ser o motivo para incluir mulheres na equipe. Que bom que a sociedade está problematizando a ausência feminina, mas é preciso entender a importância disso.

 

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