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sexta-feira, 17 de março de 2023

O que os assédios do Guimê e Cara de Sapato no BBB23 revelam sobre o machismo?

Misoginia existe até nas relações amorosas e deve ser combatido (Crédito Unsplash)

Especialista em relacionamentos dá 5 dicas para impor limites com marido machista

 

Na última quarta (15), o BBB23 foi palco de assédio de dois participantes, Guimê e Cara de Sapato, com a mexicana Dania Mendez, que entrou na casa mais vigiada do Brasil através de um intercâmbio com outro reality show. Na festa do líder (Guimê), a digital influencer foi vítima de assédio e, por conta do ocorrido, os dois brothers correm o risco de serem expulsos.

Lexa, esposa de Guimê, lamentou o ocorrido nas redes sociais: “Eu sei a mulher INCRÍVEL que eu sou, ajudando o tempo todo, erguendo, falando bem, me envolvendo em tretas que não são minhas… quem me acompanha sabe que eu me dediquei 101% por tudo, para vê-lo brilhar… não durmo direito, parei a minha vida pra ver o Guimê acontecer”

Segundo dados da pesquisa PoderData, divisão de estudos estatísticos do site Poder360, 83% dos brasileiros reconhecem que há machismo no Brasil, mas apenas 11% se consideram machistas. Além disso, a mesma pesquisa revela que outros 7% acreditam que a desigualdade de gênero não existe no país. É fácil de entender que as mulheres também são vítimas em muitas relações amorosas, com maridos que, com violência psicológica e/ou física, alimentam uma ideia de inferioridade às mulheres, e suas esposas não são isentas.

“É fundamental saber quais atitudes e/ou falas são machistas e corroboram com o discurso misógino. Em uma relação amorosa, as cenas são mais previsíveis, e é igualmente importante que sejam combatidas, ainda mais porque muitas pessoas erram em achar que o machismo está apenas na agressão física. No casamento, além das falas machistas, ainda existe a ideia de que é papel da mulher, sozinha, cuidar da casa, dos filhos e do próprio marido, e isso deve acabar”, disse Henri Fesa, especialista em relacionamentos e representante da Casa das Magias.

Em qualquer relação, é importante entender que a responsabilidade afetiva deve estar presente, seja para entender atitudes misóginas ou para simplesmente conversar sobre um problema menor. “O amor não é a única base de um relacionamento. É preciso respeito, empatia, cuidado, companheirismo e outros pontos para que uma relação saudável aconteça. Se tratando de machismo no casamento, é importante não ‘abrir mão’ desses cuidados, pois o índice de feminicídios ainda é grande na sociedade”, continua o especialista.

Em 2022, considerando apenas o primeiro semestre, 699 mulheres foram mortas em razão da sua condição de ser sexo feminino, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ou seja, em apenas seis meses, aproximadamente quatro mulheres foram mortas todos os dias no Brasil, e unicamente por serem mulheres. O crime de feminicídio surge com a Lei nº 13.104/2015, que modifica o artigo 121 do Código Penal que tipifica o crime de homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre os crimes contra a vida.

Apesar do triste índice, é importante entender que tudo começa na discussão, no tratamento, nas palavras e que devem, sem dúvidas, ser combatidas no início. Para uma relação respeitosa, amorosa e saudável, a Casa da Magia, com espiritualistas com mais de 30 anos de experiência, tem ajudado casais a restabelecerem a harmonia e garantir o amor e a cumplicidade da relação através do Casamento Espiritual. Seja através da espiritualidade ou de qualquer outro método, é importante se guiar pelo respeito e buscar equilíbrio na relação. 

Pensando nisso, Henri Fesa, especialista em relacionamentos da Casa das Magias, dá 5 dicas para impor limites com um marido machista:


1. Identifique as falas e ações machistas
 

Antes de tudo, é preciso reconhecer tudo que representa o machismo dentro da sua relação. Entenda que não é só a violência física, mas a psicológica, ou ações que colocam a mulher como responsável pelos cuidados da casa, dos filhos e situações afins;

 

2. Exponha a situação ao parceiro 

É fundamental expor como a desigualdade de gênero afeta a relação, como explicar injustiças com os cuidados da casa, quando não são divididas, ou falas que corroboram com a misoginia. Se ainda houver disposição, busque mudança no parceiro de imediato;

 

3. Mantenha-se firme 

Entenda que não há argumentos no mundo que justifiquem o machismo. Ele deve ser controlado e ponto final.


4. Exija respeito sempre
 

Na relação, mesmo que a mudança aconteça de maneira mais lenta, é importante exigir respeito. Respeito é o mínimo;

 

5. Modele os acordos da relação 

É comum casais fazerem seus acordos, como a frequência de determinadas atividades, os afazeres domésticos, modo como fazem determinadas coisas. Na conversa, busque mudar os acordos que não fazem mais sentido ou os que colocam a mulher em desvantagem.


Casa das Magias
casadasmagias.com.br/


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