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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Pesquisadores identificam dois compostos capazes de inibir o crescimento de células de tumores cerebrais

Testes foram feitos in vitro com culturas de glioblastoma, câncer agressivo e com poucas opções de tratamento. Próximo passo é testar o efeito das substâncias em células nervosas normais e em animais (foto: NCI/Unplash)

 

Um dos tipos mais letais de tumor é o glioblastoma, já que poucos medicamentos se mostram eficazes em combater esse crescimento desajustado de células da glia, que compõem o tecido cerebral. O padrão atual de tratamento é a remoção cirúrgica do tumor, seguida de quimioterapia com temozolomida, radioterapia e nitrosoureias (como lomustina). Embora tenha havido certa melhora na sobrevida de pacientes ao longo dos anos, o prognóstico ruim permanece, pois essas células tumorais têm altíssima capacidade de resistir aos fármacos existentes e, muitas vezes, voltam a crescer após operação.

Agora, um estudo publicado na revista Scientific Reports mostrou resultados promissores de duas substâncias que conseguiram inibir a proliferação dessas células tumorais. Para o teste, in vitro, foram avaliados 12 compostos gerados como subprodutos durante a síntese total do cloridrato de apomorfina (APO). Dois deles, chamados de A5 (derivado de isoquinolina) e C1 (derivado de aporfina), mostraram capacidade de promover a morte das células de glioblastoma. Além disso, conseguiram bloquear a formação de novas células-tronco tumorais e potencializaram o efeito da temozolomida, hoje o principal quimioterápico utilizado no tratamento.

“Mais estudos são necessários para melhor caracterizar a ação em células tumorais e normais, mas os resultados obtidos sugerem uma potencial aplicação terapêutica desses compostos como novos agentes citotóxicos úteis no controle dos glioblastomas”, explica Dorival Mendes Rodrigues-Junior, do departamento de bioquímica médica e microbiologia da Universidade de Uppsala, na Suécia, um dos autores do artigo.

Para desenhar o estudo, os pesquisadores se debruçaram sobre a obtenção do cloridrato de apomorfina, que envolve uma série de reações químicas sequenciais, na qual cada passo gera um composto que é consumido na etapa seguinte. Em uma pesquisa anterior, o grupo havia avaliado o grau de eficácia de 14 desses compostos em células de câncer epidermoide de cabeça e pescoço. Tanto o A5 quanto o C1, também naquela ocasião, haviam se mostrado promissores e a opção foi por expandir os testes. “Diante da relevância e urgência em se identificar novas substâncias terapêuticas que possam ser úteis para o tratamento de glioblastoma, avaliamos o mesmo painel utilizado no estudo anterior, mas agora para este outro tipo de tumor”, explica Rodrigues-Junior.

O projeto sobre marcadores moleculares de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço conta com apoio da FAPESP e envolve outro autor que também assina a publicação mais recente, André Vettore, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Diadema.

“Esse estudo apresenta resultados interessantes, mas são apenas os primeiros passos de uma longa caminhada. Essa potencial utilidade dos compostos A5 e C1 no controle de células de glioblastoma precisa agora ser analisada em modelos in vivo, bem como ter seus efeitos avaliados em células neurais não tumorigênicas”, adverte Vettore. Para o pesquisador, caso os resultados obtidos nesses ensaios sejam promissores, é possível supor que, no futuro, a eficácia seja avaliada em estudos clínicos. “Satisfazendo todas as etapas, esses compostos poderão ser, por fim, úteis no tratamento de pacientes acometidos com glioblastoma”, diz.

Produtos naturais bioativos

O estudo foi elaborado para avaliar as atividades antitumorais in vitro de 12 compostos aromáticos obtidos como intermediários na síntese total da apomorfina. Essa substância alcaloide tem interação com a via da dopamina e já é amplamente utilizada para controlar as alterações motoras causadas pela doença de Parkinson.

Os alcaloides representam uma das classes mais conhecidas de produtos naturais com múltiplas propriedades farmacológicas e são estudados por ação anticonvulsivante, antiagregante plaquetário, anti-HIV, dopaminérgico, antiespasmódico e anticancerígeno.

A FAPESP incentiva estudos com essas substâncias por meio de um projeto conduzido no Departamento de Química da Unifesp, em Diadema, sob a coordenação de Cristiano Raminelli, outro autor da publicação na Scientific Reports. Assinam também o estudo Haifa Hassanie, Gustavo Henrique Goulart Trossini, Givago Prado Perecim, Laia Caja e Aristidis Moustakas.

O artigo Aporphine and isoquinoline derivatives block glioblastoma cell stemness and enhance temozolomide cytotoxicity pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-022-25534-2.

 

Ricardo Muniz
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/pesquisadores-identificam-dois-compostos-capazes-de-inibir-o-crescimento-de-celulas-de-tumores-cerebrais/40604/


Dia do Dermatologista

Como diria o poeta Paul Valéry, o que existe de mais profundo no homem é a pele 

A pele, maior órgão do corpo humano, igualmente maior para a subjetividade e, por que não, para a comunicação, é nossa interface com o mundo. Basta uma pequena alteração na pele e lá se foi nossa autoestima. Das preocupações históricas do contágio, quando sempre se “pegava” a doença de pele, à saúde da beleza, encontramos mais de três mil manifestações e sinais cutâneos, além do crescente e preocupante número de câncer da pele. Do evolucionismo ao próprio envelhecimento, destacamos a cor da pele, que já mudou o mundo, com terríveis considerações sociais. Tudo passa pela pele. E hoje, mais do que sempre, a nossa felicidade. 

Uma interessante expressão francesa, bien dans sa peau, ilustra essa situação, principalmente quando utilizada no negativo da primeira pessoa, je ne suis pas bien dans ma peau. Essa sensação de não estar bem, dentro da sua pele, significa, simplesmente, não estar nada bem. Traduz um estado de infelicidade. Conseguiríamos a felicidade pele-independente? Por outro lado -- feliz --, a sabedoria popular produz pérolas, que cientificamente ficam, não entre conchas, mas sim entre aspas, repletas de valor. O amor, uma “questão” de pele. A aceitação, outra “questão de pele”. A “química” do tato. O “beijo” do toque. Enfim, sensações e percepções de bem-estar “à flor da pele”. 

Em 1964, Lyndon Johnson, então presidente dos Estados Unidos, empregou pela primeira vez o termo qualidade de vida. Desde então, o termo se tornou obrigatório em diversas áreas do conhecimento. Na Medicina, consideramos não somente a eficácia e a segurança de um tratamento, mas também a terceira dimensão, seu funcionamento social. Assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu e mediu a qualidade de vida no impacto do nosso estado de saúde, do nosso viver. Em seguida, Andrew Finlay, professor de Dermatologia na Inglaterra, elaborou o primeiro questionário a avaliar a qualidade de vida em pacientes com problemas de pele. Trata-se do DLQI (Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia). Quando empregamos este questionário nos pacientes, estamos avaliando, através da pele, o grau do impacto negativo daquela desordem cutânea na qualidade de vida desses pacientes. Estudos mostraram que alterações na pele são comparáveis a graves doenças sistêmicas quando falamos na falta de felicidade. E não estamos sequer falando em beleza. 

Em 05 de fevereiro celebramos a data do médico com essa especialidade: a pele. Que privilégio ser um dermatologista! Somos aproximadamente dez mil no Brasil, ajudando a embelezar e salvar a pele deste país maravilhoso, com muita alegria. 


Comemoro, reverenciando a pele. Viva o dia do dermatologista!

E quando me perguntam: você trabalha com quê?

Trabalho com sinais.

Sinais e sintomas.

Sintomas, aqueles pastores no sentir.

Sinais, as pegadas a seguir.

Trabalhos com palavras também.

Muitas palavras. Algumas até enrugadas. 

Sou médico na pele.

 

 Lincoln Fabricio - Médico dermatologista e professor da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)


Mamografia: A história de um exame que pode mudar histórias de vida


A palavra rastreamento tem origem no verbo rastrear, que significa “acompanhar ou perseguir pistas, indícios e/ou rastros de algo ou alguém”, ou seja, carrega um sentido de investigação. No contexto do cuidado em saúde, rastreamento pode ser definido como qualquer estratégia que tem como objetivo identificar uma doença ou uma alteração precursora de doença, em uma pessoa considerada saudável. Trazendo esse conceito para a oncologia, duas condutas importantes podem ser tomadas a partir do rastreamento. Em primeiro lugar, a identificação de lesões precursoras permite o seu tratamento e, com isso, a prevenção do desenvolvimento de câncer. Por outro lado, podemos identificar câncer em seu estádio mais inicial, com elevada chance de cura. Para se ter uma ideia, a identificação de câncer de mama em seus estádios mais iniciais está associada a uma chance de cura que chega a mais de 95%.

A importância do diagnóstico precoce do câncer de mama já era reconhecida muito antes de termos exames adequados para esse propósito. Na década de 1920, em um congresso anual de radiologistas, nos EUA, especialistas já entendiam que o exame visual e a palpação das mamas eram muito limitados na identificação do câncer de mama inicial, bem como na diferenciação entre o câncer e lesões benignas. Já no início do século 20, foram realizadas diversas campanhas educativas nos Estados Unidos orientando as mulheres a não adiar a procura por atendimento médico caso apresentassem algum sintoma de câncer de mama. Infelizmente, tais campanhas não tiveram efeito na redução do risco de morte por câncer de mama. De fato, o diagnóstico precoce do câncer de mama envolve a detecção da doença antes do desenvolvimento de qualquer sinal ou sintoma da doença. Por isso, a importância dos exames de imagem.

A história da mamografia começa em 1913, quando um cirurgião alemão publicou um estudo no qual realizou radiografia de 3.000 mamas operadas, evidenciando diferenças entre mamas normais, mamas com lesões benignas e mamas com câncer. Nas décadas seguintes, a técnica do exame foi aprimorada, mas inicialmente o exame era utilizado principalmente na avaliação de mulheres que seriam submetidas a cirurgia da mama. O primeiro estudo que avaliou o uso da mamografia para a identificação de câncer de mama em mulheres sem suspeita para a doença foi publicado em 1960 por Robert Egan, um radiologista do MD Anderson Cancer Center. O potencial da mamografia na identificação de câncer de mama em mulheres sem sinais e sintomas da doença foi confirmado por outros estudos publicados alguns anos depois.

O primeiro estudo clínico randomizado que avaliou o benefício da mamografia para rastreamento do câncer de mama com objetivo de reduzir a mortalidade pela doença incluiu 60.000 mulheres que residiam na região da cidade de Nova Iorque e eram atendidas pelo mesmo plano de saúde. O estudo foi realizado entre os anos de 1966 e 1982. Já no início dos anos 70, os primeiros resultados do estudo indicavam que a mortalidade por câncer de mama entre as mulheres submetidas a repetidos exames de mamografia foi menor do que a de mulheres que não fizeram a mamografia. Na última publicação, após um acompanhamento de mais de 10 anos, os pesquisadores mostraram que a realização de mamografia em intervalos regulares foi associada a uma redução de 30% no risco de morte por câncer de mama. Os resultados desse importante estudo levaram à realização de diversos estudos randomizados nos Estados Unidos e na Europa, que confirmaram o benefício do rastreamento com mamografia na redução do risco de morte por câncer de mama.

Uma questão que gerou muito debate inicialmente era a idade ideal para início do rastreamento. Além de dúvidas quanto ao benefício do rastreamento para mulheres com idade de 40 a 49 anos, suspeitava-se de que em mulheres jovens a mamografia poderia trazer mais riscos pela radiação (lembrando que é um exame de radiografia). No entanto, diversos estudos evidenciam o benefício do rastreamento também nessa faixa etária, e não existem dados que indiquem um risco aumentado pela realização do exame em mulheres jovens. 

No congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) de 2022, um importante estudo foi apresentado, evidenciando a contribuição da mamografia e dos tratamentos para o câncer na redução do risco de morte por câncer de mama. Foi analisado um período de quase 20 anos, sendo observado que o rastreamento que a mamografia, na medida em que possibilita o diagnóstico precoce do câncer, foi associado a uma redução de aproximadamente 31% no risco de morte por câncer de mama. Quando consideramos mulheres que tem acesso aos mesmos tratamentos, sabemos que a maior parte das mortes por câncer de mama ocorre entre as mulheres que não faziam rastreamento. Isso deixa claro que tratamentos mais eficazes atuam em conjunto com o diagnóstico precoce, pela mamografia, para aumentar as taxas de cura do câncer de mama.

No Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde recomenda que o rastreamento com mamografia seja realizado a cada dois anos para mulheres com idade entre 50 e 69 anos. Tal recomendação é feita do ponto de vista de saúde pública e se baseia no fato de que essa faixa etária é a que apresenta maior benefício. Isso, porém, não significa que não há benefício do rastreamento em mulheres com idade de 40 a 49 anos. Alguns estudos, inclusive, sugerem benefício semelhante ao de mulheres mais velhas. Considerando esse benefício, e o fato de que temos observado aumento da incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que o rastreamento seja iniciado aos 40 anos de idade, e que o exame seja feito anualmente. Já existe um Projeto de Decreto Legislativo (número 679/2019) que propõe assegurar a realização da mamografia de rastreamento para as mulheres a partir dos 40 anos, no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto já foi aprovado no Senado Federal e, atualmente, aguarda o parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.

Por fim, algumas palavras sobre o uso dos demais exames de imagem no rastreamento do câncer de mama. O ultrassom de mamas não é considerado um método adequado para rastreamento do câncer de mama, mas pode ser utilizado como exame complementar quando a mamografia é suspeita ou quando a mulher tem mamas muito densas. Além disso, o ultrassom permite a realização da biopsia da lesão suspeita. A ressonância magnética (RNM) das mamas tem seu principal papel no rastreamento de câncer de mama em mulheres com alto risco de desenvolvimento da doença, como por exemplo em mulheres portadoras de mutações genéticas de alto risco para câncer de mama. Nesses casos, a RNM é utilizada em conjunto com a mamografia. 

 

Leonardo Silva - oncologista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais. É Mestre e Doutor em Oncologia Mamária e membro do Grupo SOnHe. Atua no Caism/UNICAMP, no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza, no Hospital Madre Theodora e no Hospital PUC-Campinas.

 

Dia Nacional da Mamografia: 7 mitos e verdades sobre o exame

Muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre a mamografia, o que contribui para a falta de adesão ao acompanhamento médico

 

05 de fevereiro é o Dia Nacional da Mamografia, sendo uma data importante no calendário da saúde, sobretudo para a mulher, já que este exame é imprescindível para detectar alterações na mama e identificar o câncer. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), 40% das brasileiras não realizam o exame há mais de três anos. O dado é preocupante, já que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de mama é o tipo mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele não melanoma. Em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença. 

Estudos da Associação Americana de Câncer mostram que, se descoberto no início, o câncer de mama tem chances de cura de até 98%. Esse índice cai para até 50% se a neoplasia estiver em um estágio mais avançado. 

Daí a importância de fazer a mamografia, o exame de rastreio por imagem que tem a finalidade de estudar o tecido mamário, tendo a precisão de detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável, e identificar lesões em estágios iniciais. 

“Mesmo que a mamografia tenha sua importância comprovada para diagnósticos precoces e ajuda no combate ao câncer de mama em estados agressivos, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre o exame, fator que contribui para a falta de adesão ao acompanhamento médico”, afirma Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP e membro da FEBRASGO. 

Para desmistificar informações sobre a mamografia, o especialista cita os principais mitos e verdades acerca do exame:

 

A mamografia é o principal meio de diagnosticar a doença em fases iniciais

Verdade: O exame é o método mais eficaz para identificar lesões, nódulos, assimetrias e microcalcificações, que são pequenos depósitos de cálcio alojados no interior da mama e que podem representar o início da proliferação celular do câncer.

 

A mamografia deve ser feita anualmente, a partir dos 40 anos

Depende: O INCA indica que a mamografia deva ser feita a cada dois anos, a partir dos 50 anos, caso não seja encontrada nenhuma alteração. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia defende que as mamografias comecem a partir dos 40 anos. 

O câncer de mama é mais comum em mulheres a partir dos 50 anos. No entanto, pode atingir mulheres mais jovens. O rastreamento costuma ser iniciado a partir dos 40 anos, com a realização do exame de mamografia anual. Mas, para mulheres com histórico familiar, a mamografia pode ser realizada a partir dos 35 anos.

 

Mulheres sem histórico familiar da doença não precisam do exame de rotina

Mito: “Ainda que o câncer de mama não tenha acometido ninguém da família, não significa que você estará imune à doença. Grande parte das mulheres que desenvolvem o câncer de mama não apresentam histórico familiar”, alerta Carlos Moraes.

 

A radiação da mamografia pode fazer mal à mulher

Mito: O exame pode ser realizado normalmente, já que a radiação emitida é muito baixa, sendo insuficiente para causar danos a outros órgãos.

 

Quem faz autoexame diário das mamas não precisa tanto da mamografia

Mito: O autoexame tem como objetivo identificar qualquer alteração na região das mamas. Se houver, será preciso realizar a mamografia para uma avaliação detalhada. 

“Entretanto, há nódulos que não são palpáveis, sendo descobertos apenas na mamografia”, pontua Carlos Moraes, que também é especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre.

 

As características da mama podem atrapalhar a mamografia

Verdade: Mamas gordurosas aparecem mais escuras no exame, sendo mais fáceis de identificar anormalidades. Já as mamas com muito tecido fibroglandular, cujo aspecto é mais branco e denso, criam uma dificuldade maior na detecção de um eventual câncer. Nestes casos, é preciso realizar também um ultrassom das mamas.

 

Prótese de silicone dificulta o exame

Depende: O silicone pode se sobrepor a lesões na mamografia, afetando os resultados. No entanto, há manobras durante o exame que permitem uma visualização quase que completa da mama, sem interferir o implante. Eventualmente, pode ser preciso aliar outros exames, como o ultrassom e até a ressonância magnética, que possibilitam uma melhor visualização. 

“Vale lembrar que a mamografia deve ser realizada rotineiramente, com o objetivo de preservar a saúde da mulher. Muitas pacientes só marcam consulta quando já estão com os sintomas, correndo o risco desnecessário de não tratar a doença logo no início”, finaliza o ginecologista Carlos Moraes.

 

Imunoterapia pode garantir sobrevida a pacientes de câncer, diz SBP

Tratamento utilizado pela jornalista Glória Maria que faleceu hoje (2/2) está no Brasil há uma década. Indicação de tratamento só é recomendada a partir do diagnóstico feito pelo médico patologista. 

 

O diagnóstico precoce continua ser a melhor alternativa para a cura do câncer, por isso o rastreio por meio de exames e hábitos de vida saudáveis trazem um bom prognóstico. Na última década, a imunoterapia, um tratamento biológico que potencializa o sistema imunológico, traz qualidade de vida e sobrevida aos pacientes, especialmente em casos de câncer como o da jornalista Glória Maria, que lutava contra a doença desde 2019 e faleceu hoje (2/02) aos 73 anos. 

Os novos tratamentos podem mudar para melhor o cenário futuro do câncer. A imunoterapia pode ser complementar à quimioterapia e à radioterapia. “A imunoterapia pode ser aplicada quando se tem indicação. Para descobrir o médico patologia faz a análise do material enviado para a biópsia. E determina a partir de testes de patologia molecular, de imuno-histoquímica, entre outros, se o paciente é elegível ao tratamento de imunoterapia”, explica o Dr. Clóvis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). 

Durante o diagnóstico é feita toda uma avaliação, com o processo de estadiamento do tumor, localização, etc. “Hoje, muitos cânceres de pulmão, renal e melanoma são beneficiados com a imunoterapia”, acrescenta o presidente da SBP.  “O melhor é quando processo cirúrgico já consegue eliminar o tumor”. 

A campanha do Dia Mundial do Câncer, 04 de fevereiro, traz exatamente o tema “Por cuidados mais justos”, uma data criada em 2000, pela União Internacional de Combate ao Câncer (UICC) para conscientizar e estimular as pessoas a desenvolver e a conservar hábitos de vida saudáveis, que diminuem as chances de ocorrência da doença.  

O presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Dr. Clóvis Klock, destaca a importância do acesso aos exames e ao tratamento pela rede pública de saúde.  “O Brasil tem um serviço nacional e gratuito para atendimento a toda a sua população, o Sistema Único de Saúde (SUS), que faz uma diferença gigantesca”, diz o Dr. Klock.  

Como muitos países não contam com um sistema como o SUS, é dramática a diferença entre quem tem e quem não tem acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento do câncer. Mais de 3,7 milhões de vidas poderiam ser salvas no mundo a cada ano com estratégias e recursos preventivos mais equitativos para cânceres comuns como o de mama, colo do útero, colorretal e próstata, como vacinação, detecção precoce e tratamento, de acordo com dados de um estudo publicado pela Universidade de Harvard “Closing the Cancer Divide”, de Felicia Marie Knaul e outros, com prefácio do Prêmio Nobel de Economia Amartya Sen. 

Mesmo com o Brasil em situação bem melhor por ter o SUS, há espaço para ampliar o acesso aos serviços médicos de diagnóstico e tratamento do câncer no país. “A imunoterapia tem conseguido aumentar a sobrevida do paciente em alguns anos”, esclarece o Dr. Klock. 

Esses tratamentos na grande maioria não são cobertos pelo SUS e os testes de patologia molecular, fundamentais para a utilização dessa nova modalidade terapêutica, também não constam na tabela do SUS. “Ampliar o acesso a esses diagnósticos e tratamentos certamente fará a diferença na vida das pessoas portadoras de algum tipo de câncer”, afirma o presidente da SBP. 

Outro problema é a falta de médicos patologistas para o tamanho da população brasileira. “Isso atrasa o diagnóstico porque cada patologista tem que examinar muitos casos, escrever muitos laudos. Na prática, significa uma fila de serviços a fazer e o tempo é importante no combate contra o câncer”. 

Assim, o tema da campanha vale também para o Brasil, país que deve ter em média 704 mil casos novos por ano no Brasil até 2025, segundo estima o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A SBP se une à UICC nesta campanha. “Por cuidados mais justos”.

 

Sociedade Brasileira de Patologia - SBP

 

Dia Mundial do Câncer: SBOC defende prevenção e agilidade no diagnóstico e tratamento da doença

No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a previsão é de 704 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025 

 

No próximo sábado, 4 de fevereiro, diversas instituições ao redor do mundo chamam a atenção para o Dia Mundial do Câncer – data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) para conscientizar a população sobre esse conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. Apesar dos inúmeros avanços da medicina, estudos preveem¹ que, até 2030, os diversos tipos de cânceres ultrapassarão os problemas cardiovasculares, chegando ao posto de principal causa de morte por doença em todo o mundo.

No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a previsão é de 704 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025², sendo os tipos mais incidentes os cânceres de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelo câncer de mama (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aproveita a data para alertar a população e os tomadores de decisão sobre as medidas de prevenção, rastreio e tratamento do câncer cientificamente eficazes. “Se identificado em estágios iniciais, vários tipos de câncer podem apresentar boas chances de cura”, lembra o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira.

Desde sua criação, a SBOC tem atuado em diferentes frentes como incentivo à formação e à pesquisa na área oncológica, educação continuada de médicos e outros profissionais que atuam contra o câncer, políticas de saúde, defesa profissional, relações nacionais e internacionais.

A entidade produz e atualiza anualmente Diretrizes com recomendações terapêuticas inteiramente baseadas em evidências clínicas e direcionadas aos médicos oncologistas, assim como materiais informativos sobre prevenção do câncer para a população em geral.

“Embora as causas do câncer sejam multifatoriais, sabemos que existem diversas medidas eficazes de redução do risco, como proteger-se do sol em excesso, controlar a obesidade, praticar atividade física, vacinar-se contra o HPV, evitar o tabagismo e o consumo exagerado de álcool e alimentos ultraprocessados”, enfatiza o presidente da SBOC. “Ao estimularmos essas práticas preventivas, contribuímos para diminuir o surgimento de novos casos de câncer e, consequentemente, o número de mortes”, acrescenta.

O especialista defende também mais agilidade nos atendimentos oncológicos no sistema público de saúde. A Lei 13.896/19, por exemplo, assegura aos pacientes com suspeita de câncer o direito à realização de exames no prazo máximo de 30 dias no Sistema Único de Saúde (SUS), e um adendo à essa lei estipula o início do tratamento em no máximo 60 dias a partir do diagnóstico. Porém, ainda não vemos essas medidas sendo realizadas na prática em todo o país. “Há muitos entraves que impedem a rapidez no atendimento ao câncer – uma doença que não pode esperar”, comenta Dr. Carlos Gil.

Um estudo divulgado no The British Medical Journal, de 2020, revelou que, a cada quatro semanas de atraso no tratamento do câncer, o risco de morte aumenta em até 13%. “Com uma nova gestão do Ministério da Saúde, nossa esperança é a de que o governo federal trabalhe com um olhar especial para a área da oncologia, garantindo a incorporação e a aplicação de novas terapias para enfrentamento da doença em todo o território nacional”, afirma o oncologista clínico. 

 

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica - SBOC


Open Banking: conheça as 5 vantagens de compartilhar dados entre instituições financeiras

Executiva de fintech de crédito pessoal elenca os principais benefícios dessa tecnologia, que é segura e regulamentada pelo Banco Central



Muito se fala, atualmente, sobre o Open Banking, ou Sistema Financeiro Aberto, que nada mais é do que um conjunto de regras e tecnologias que permitem o compartilhamento de dados e serviços de clientes entre instituições financeiras. A integração dos sistemas é totalmente regulamentada pelo Banco Central do Brasil; sendo assim, os usuários podem contar com este canal seguro e prático para compartilhar facilmente suas informações bancárias com outras empresas.

 

O Open Banking já é realidade para os brasileiros, mas muitas pessoas ainda não sabem exatamente do que se trata. A iniciativa está de acordo com a evolução da tecnologia digital no Sistema Financeiro Nacional, incentivando a competitividade entre os bancos tradicionais, bancos digitais e fintechs de crédito.

 

Com as informações compartilhadas, novos produtos podem ser criados e oferecidos de acordo com a necessidade real dos clientes, aumentando a oferta, obrigando as empresas a reduzir os preços e melhorar a qualidade de seus serviços, beneficiando diretamente o consumidor final.

 

“Quando estamos falando de dados pessoais e financeiros, que são informações importantes e valiosas, é natural que a gente se sinta ameaçado e surjam dúvidas e medos. Afinal, ninguém quer ter sua privacidade invadida”, declara Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal.

 

Pensando nisso, a especialista elencou os principais benefícios do Open Banking para os usuários:

 

Aumento do número de produtos do seu interesse, sob medida

A possibilidade de customização oferecida pelo Open Banking abre opções infinitas quando se trata de serviços financeiros, uma vez que as instituições são capazes de coletar informações sobre os clientes. Isso não apenas abre um leque de oportunidades, como também colabora com a oferta de produtos e serviços extremamente personalizados, focados na real necessidade do usuário. 

 

"O acesso a mais fontes de dados do consumidor permite que as experiências oferecidas se adequem a suas necessidades específicas. Ou seja, quando as pessoas disponibilizam o acesso à informação, as instituições passam a ter a possibilidade de oferecer serviços que vão ao encontro daquilo que o cliente precisa. Ele passa a receber propostas mais interessantes e certeiras”, declara Thaíne.

 

Mais escolhas para os clientes

Anteriormente, existiam diversas restrições que impediam a abertura de empresas menores para competir com os grandes bancos e instituições, como informações e suporte. Com o surgimento do Open Banking, mais startups e empreendedores terão acesso a dados de seus usuários e poderão oferecer melhores serviços, aumentando a concorrência do mercado de forma saudável, sem serem limitados pela infraestrutura financeira tradicional.

 

"Uma variedade cada vez maior de novos serviços e produtos passa a ser possível com os regulamentos bancários abertos do Open Banking. E, toda vez que aumenta a oferta de um serviço ou produto, as empresas que já estão estabelecidas precisam se adaptar e melhorar a sua própria oferta. Quem sai ganhando é o cliente", explica Thaíne.

 

Compartilhamento seguro de dados, sem exposição indesejada

Um dos maiores receios dos usuários é a exposição indiscriminada de suas informações. No caso do Open Banking, este risco é minimizado devido à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e todo o processo é fiscalizado pelo Banco Central do Brasil.

 

Sendo assim, apenas as instituições que forem selecionadas pelo usuário receberão seus dados compartilhados, o que faz com que o consumidor tenha total controle e autonomia sobre como seus dados financeiros serão usados e quem poderá acessá-los.

 

Crédito facilitado 

Com o Open Banking, os clientes passam a ter acesso a crédito com mais agilidade e menos burocracia, o que também garante segurança para quem oferece crédito no mercado. Os processos se tornam mais simples e os consumidores podem acessar linhas de crédito realmente compatíveis com seu perfil.

 

"Uma vez que as empresas facilitadoras de crédito podem acessar seus dados e conferir o histórico financeiro diretamente com outras instituições do mercado, isso ajuda muito na hora da contratação", explica Thaíne.

 

Solução completa em único lugar

Provavelmente, uma das principais vantagens cotidianas do Open Banking para o cliente é a possibilidade de ter acesso a todos os seus serviços financeiros em um único local, graças aos aplicativos móveis e serviços digitais.

 

"Agora, os clientes podem se conectar a todas as suas contas bancárias e sistemas de pagamento através de uma única plataforma, o que não apenas economiza tempo, como dá muito mais controle pessoal sobre suas finanças" finaliza a especialista.

 

Simplic


Dois a cada dez brasileiros pretendem solicitar novos cartões de crédito em 2023, revela pesquisa da Serasa

 

  • Levantamento mostra que aumento de limite será a opção mais buscada pelos consumidores neste ano 
  • No site da Serasa, é possível simular opções gratuitamente e comparar todos os benefícios disponíveis antes de solicitar seu cartão 

  

Para identificar a relação do brasileiro com o cartão de crédito e apontar as perspectivas relacionadas ao consumo, a Serasa realizou uma pesquisa para mensurar os principais benefícios desejados e as possíveis motivações para trocas em relação ao uso do cartão.  

  

De acordo com o levantamento, que ouviu 4.521 pessoas entre 19 de dezembro de 09 de janeiro, 19% dos consumidores afirmam que pretendem fazer novos cartões em 2023, mas 61% dos entrevistados revelaram que, se encontrassem todos os benefícios em um só cartão de crédito, passariam a ter apenas um.  

  

“A pesquisa mostra que os brasileiros querem ser mais estratégicos no uso do cartão, buscando formas mais econômicas e benefícios que serão usados em outras áreas da vida, como milhas aéreas”, diz Amanda Rapouzo, diretora da Serasa.  

  

Pensando em mudanças para 2023, os dados revelam que 39% dos consumidores esperam trocar o cartão por uma nova opção com mais limite neste ano. Em seguida, 16% revelam buscar por um cartão sem anuidade e 14% desejam oportunidades de programa de pontos para trocar por recompensas. 

Principais mudanças buscadas pelos consumidores em relação ao Cartão de Crédito: 

 

A partir dessas tendências, o mercado também tenta inovar com novas ofertas para todos os perfis de consumo. “Com tantas opções atualmente, existem cartões para todas as faixas de renda, fases da vida, sonhos e objetivos”, aponta Amanda. “Por isso, é importante entender seu modo de uso no dia a dia e traçar um planejamento financeiro que seja condizente com as funcionalidades do cartão desejado”. 

  

Compare cartões de crédito na Serasa 

  

Antes de definir o cartão ideal, é possível simular as oportunidades no marketplace da Serasa, que disponibiliza consultas online e gratuitas e que não impactam o seu Serasa Score. “Como o acesso ao crédito é essencial para o desenvolvimento e a realização de aspirações próprias, a Serasa tem investido em soluções que facilitam essa aquisição na vida dos brasileiros”, comenta a diretora. 

  

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Serasa
www.serasa.com.br


Saiba como proteger a loja do Prilex, vírus que rouba dados dos seus clientes

Freepik
 Novo golpe impede o pagamento por aproximação e força o consumidor a usar o cartão de crédito físico, permitindo a realização de uma transação-fantasma


Tentativas de golpes virtuais contra lojistas e consumidores não estão restritas ao comércio eletrônico, elas acontecem também no varejo físico. Recentemente, a empresa de cibersegurança Kaspersky anunciou a descoberta de variações do vírus Prilex, criado por hackers brasileiros, que já causaram rombos a muitas instituições na última década.

De modo geral, o vírus é capaz de bloquear pagamentos por aproximação de cartão e, após uma mensagem de erro, induz o consumidor a inserir o cartão na maquininha para tentar outra forma de pagamento.

A partir daí, o Prilex frauda as transações, rouba dados e os envia com todas as informações de pagamento aos criminosos. Empresas que movimentam valores expressivos têm sido o alvo preferencial dessa operação, segundo a pesquisa da Kaspersky.

A prática, que foi reconhecida há pouco tempo, tem sido conduzida pelo mesmo grupo de brasileiros e especialistas em tecnologia da informação que em 2014 roubava dados de caixas eletrônicos. E que no Carnaval de 2016 instalaram vírus em mais de mil máquinas, e as programaram para soltar todo o dinheiro em estoque ao mesmo tempo.

Agora, a atuação do vírus se volta para os pontos de venda e varejo em geral.

Segundo apuração da Kaspersky, empresa de segurança que emitiu o alerta, existem três novas variações do Prilex capazes de bloquear pagamentos por aproximação nos dispositivos infectados.

Além de criar um dos mais avançados vírus para roubo de cartão no mundo, o grupo de hackers brasileiro também vende a tecnologia a outros grupos de criminosos.


COMO PROTEGER A SUA LOJA

Computadores conectados à internet estão sempre sujeitos a serem infectados por vírus, mas nesse caso os criminosos usam um procedimento padrão. Por meio de telefonemas, o grupo entra em contato com os lojistas como se fosse funcionários de instituições financeiras e anuncia a necessidade de uma manutenção nos equipamentos.

Nesse momento, o lojista é orientado a instalar uma ferramenta que dá acesso remoto ao computador, como fazem os técnicos em geral. A permissão dá acesso a instalação do vírus, e a partir disso, a quadrilha passa a movimentar todas as transações realizadas no estabelecimento.

Mesmo com essa etapa, o grupo cibercriminoso brasileiro conseguiu expandir sua atuação para América do Norte e Europa. E em 2018, causou prejuízo superior a R$8 milhões a um banco na Alemanha.

Para Rafael Franco, especialista em cibersegurança da Alphacode, o novo golpe é um alerta para lojistas e consumidores. Como as ferramentas do Prilex afetam computadores de pontos de venda, Franco diz que é importante se atentar à segurança de suas operações.

Computadores usados para sistemas de pagamento não devem ser utilizados para outros fins, e é necessário que o sistema tenha uma solução de segurança atualizada e otimizadas para suas versões.

Sempre que receber um contato, o mais indicado, segundo Franco, é desligar e retornar para o número da operadora e confirmar a comunicação e necessidade de manutenção e confirmação dos dados.

"Não acredite em nenhuma ligação e sempre retorne para um número idôneo. O fraudador sempre irá confirmar dados públicos, como CNPJ, endereço, e outras informações simples de se conseguir na internet sobre qualquer negócio", diz.

Para se manter em segurança, o especialista recomenda que os pontos de venda aceitem apenas operações por aproximação via celular ou, ainda, que solicitem aos clientes que paguem via PIX.



Mariana Missiaggia
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/saiba-como-proteger-a-loja-do-prilex-virus-que-rouba-dados-dos-seus-clientes

 

Setor de serviços cresce no Brasil

Comprometimento, disponibilidade, maturidade emocional e força de vontade são diferenciais do público idoso, que conquista mais vagas de trabalho
Divulgação


Terceirização ganha força no país e idosos conquistam mais vagas de trabalho 


Em outubro de 2022, o volume de serviços no Brasil recuou 0,6% frente ao mês anterior (ponto mais alto da série histórica), na série com ajuste sazonal, após ter acumulado um ganho de 5,8% de março a setembro. O setor de serviços encontra-se 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia). 

Segundo a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na série sem ajuste sazonal, ante igual mês de 2021, o volume de serviços teve sua 20ª taxa positiva consecutiva (9,5%). O acumulado do ano foi de 8,7% frente a igual período de 2021. O acumulado em 12 meses passou de 8,8% em setembro para 9,0% em outubro. 

A área de facilities – que inclui os serviços de limpeza, copa, segurança, jardinagem, manutenção, recepção e portaria - também segue forte. Conforme levantamento da Fundação Instituto de Administração (FIA-SP), desde a pandemia, a terceirização deste tipo de serviço cresceu 94% nas empresas brasileiras. No Paraná, o saldo é positivo. Dos 147.955 novos postos de trabalhos abertos até outubro de 2022, grande parte das vagas é destinada ao setor: de cada 10 vagas, seis são para serviços.


Vantagens da terceirização

A terceirização é uma alternativa em que alguns dos serviços da companhia são delegados para outra empresa, de modo que ela possa se concentrar em suas atividades principais. De modo geral, todas as atividades que não sejam as atividades-fim podem ser terceirizadas, mas algumas costumam ser mais procuradas como limpeza, manutenção e reparos. 

Entre os benefícios dessa transferência de responsabilidades estão a diminuição de erros no controle das documentações, a gestão de pessoas feita de maneira profissionalizada, a redução de custos com rescisões trabalhistas, trocas de funcionários ou faltas. O ganho de tempo com recrutamento e seleção, qualificação de pessoas e a verificação de resultados alcançados são outros itens que favorecem a terceirização. 

Para a diretora executiva da Higicorp, o número de contratações aumentou 28% no ano passado e ela prevê incremento de 15% no começo de 2023. “Muitas organizações que têm funcionários próprios precisam de substitutos para cobrir férias, por exemplo, e essa opção garante eficiência e economia”, explica Lorena Diniz.


Mais idade, mais compromisso, mais vagas

Profissionais com mais idade também ganham espaço no mercado de trabalho, incluindo a área de facilities. Segundo o IBGE, em 2010 o percentual de pessoas idosas empregadas era de 7,32%. Nas projeções do instituto, este índice deve chegar a 25,5% em 2060. Por isso, a força de trabalho no país tende a ficar cada vez mais nas mãos de quem é experiente. 

“O que faz diferença na contratação deste perfil é a experiência, comprometimento, disponibilidade, maturidade emocional, força de vontade e disposição. Isso tem despertado o interesse nas empresas, principalmente para 2023; ano em que muitas companhias devem retornar ao formato presencial”, diz Lorena. 

Do total de 200 colaboradores, a Higicorp tem 64 funcionários pré-idosos (entre 40 a 50 anos) e outros 36 funcionários na categoria de idosos jovens (entre 50 e 65 anos). 

“A qualidade do trabalho realizado pelas pessoas mais maduras é um diferencial para nossas novas contratações. Eles são mais comprometidos com horário, sabem seguir regras, gostam de se sentir mais úteis, usam a experiência de vida para agregar qualidade às atividades e aos relacionamentos interpessoais dentro do ambiente”, complementa Lorena Diniz.

 

Higicorp


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