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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Quem viver verá!

Combustíveis alternativos e futuro do transporte rumo ao zero emissões 

 

Há várias bifurcações possíveis para se chegar a um destino mais limpo e renovável. O mercado de combustível alternativo já é uma realidade e a Simone Cotrufo França da Carcon Automotive listou alguns deles que valem a pena acompanhar de perto. Confira:

Biodiesel

Combustível já consagrado no mercado. Ele pode ser utilizado na sua forma pura ou misturada para alimentar os veículos que utilizam o diesel como combustível. A mistura do Biodiesel no Diesel atualmente é de 10%. É produzido a partir do processo químico de transesterificação de gorduras vegetais OU animais. Por ser isento de enxofre ajuda a reduzir a emissão de poluentes. O biodiesel, quando comparado ao óleo diesel mineral, é capaz de reduzir a emissão de Carbono (CO), além de reduzir a emissão de outros gases poluentes e agressivos à saúde.


Biometano

Semelhante ao GNV (gás natural veicular) o biometano é obtido através do tratamento do biogás, onde são retirados compostos que não contribuem para a combustão. É um combustível que pode ser misturado ou substituir o GNV em motores ciclo Otto a gás. Biogás é um gás originário a partir da digestão anaeróbia (sem oxigênio) de matéria orgânica (resíduos sólidos urbanos, material orgânico e esgoto doméstico). Reduz a emissão de CO2 e o seu processo de fabricação tem baixo custo. A Carcon tem um artigo sobre o tema no link https://lnkd.in/djbutNqY


Bioetanol

Diferentemente do etanol que é produzido através de composições fósseis, o bioetanol é produzido a partir de matéria prima vegetal. No caso, no Brasil o uso da cana de açúcar é a principal fonte de obtenção desse combustível. Atualmente, o bioetanol é o único combustível líquido prontamente disponível para ser utilizado na substituição parcial da gasolina e vem sendo testado e utilizado para abastecer baterias de carros elétricos.


Gás Natural (GNV)

Apesar de sua origem ser fóssil, ele polui menos que o diesel. Atualmente é possível ver tanto veículos de passeio como veículos de carga movidos à GNV. É considerado um combustível mais limpo e econômico.


Energia elétrica/Baterias

Uma das mais badaladas alternativas aos veículos movidos a combustíveis fósseis, os veículos elétricos são a grande opção que vem sendo utilizada pelas montadoras. Veículos leves podem ser encontrados nas concessionárias do país, e infraestruturas estão sendo instaladas para otimizar o uso dessa tecnologia. Já, quanto a veículos pesados, é possível acompanhar o crescimento de caminhões tipo VUC que utilizam bateria, além dos ônibus (como os trólebus) e os retrofitados (veículos a combustão transformados em elétricos). Para caminhões estradeiros, os estudos já estão avançados, e na Europa ou EUA algumas empresas já fazem uso dos caminhões elétricos. Esses veículos são emissão zero e ainda resultam em uma redução significativa de manutenção.


HVO - Óleo Vegetal Hidrogenado ou Diesel Verde

O HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) trata-se de um combustível Drop-in, ou seja, é totalmente compatível ao Diesel, podendo substitui-lo sem adaptações de motores ou infraestrutura de abastecimento. Ele é obtido a partir da hidrogenação de óleos (como soja, mamona, girassol etc) ou gordura animal (esses insumos podem ser usados separadamente ou misturados). Este produto é um combustível livre de enxofre e aromáticos e tem um valor elevado de índice de cetano. A CARCON detalhou o tema em outro artigo. Click no link e aprofunde-se no assunto: https://lnkd.in/daCgx6iJ


Hidrogênio

O hidrogênio é um dos grandes candidatos a protagonista para um futuro neutro em carbono. Ele pode ser produzido diretamente a partir da água por eletrólise (a eletrólise é um processo químico não espontâneo que ocorre pelo fornecimento de energia elétrica por meio de uma fonte geradora), mas quase todo o hidrogênio atualmente em uso é gerado a partir da reforma a vapor do metano ou da gaseificação do carvão o que demanda muita energia, gerando emissões de carbono. Entretanto, para que o hidrogênio se torne o protagonista ainda precisará superar grandes problemas técnicos em torno de sua produção, distribuição e armazenamento.

 

Sua Majestade, o Caixa

 

Um dos chavões mais difundidos no mercado financeiro é a expressão “Cash is King”. Quem a usa com frequência como eu, quer chamar a atenção dos administradores para a importância de se manter um robusto colchão de caixa na empresa, que possa fazer frente às despesas inesperadas numa emergência. Tal afirmação é sobretudo importante para empresas intensivas em capital, ou seja, que precisam de um grande volume de dinheiro para produzir, estocar e vender seus produtos. Não precisa ser um especialista para concluir que, dada a sazonalidade, organizações do agronegócio, em sua maioria, se enquadram nesta definição.

Apesar de tudo, não é fácil os administradores se convencerem disso. O principal questionamento a essa prática é quanto ao custo do carrego, que nada mais é que a diferença entre o que a empresa paga de juros em seus empréstimos e o que ela recebe de juros em suas aplicações. Carregar caixa custa caro!

Sim, carregar caixa realmente custa caro, mas como tudo em economia e finanças temos que olhar a relação custo/benefício. Acompanho as finanças de empresas e empreendimentos do agro há mais de 20 anos. Nesse período, presenciei várias crises, seja por excesso de oferta, jogando os preços das commodities abaixo do custo de produção, seja por frustração de safra, ou até mesmo devido aos chamados “Cisnes Negros” (acontecimento de impacto desproporcionado ou evento raro aparentemente inverossímil, para lá das expectativas normais históricas, científicas, financeiras ou tecnológicas).  Em relação aos cisnes, vale notar que em um intervalo de menos de 12 anos tivemos dois: a crise do subprime em 2008 e a pandemia do coronavírus, ambos atingindo todos os setores da economia,  isso sem considerar ainda a recente invasão da Ucrânia pela Rússia. Não é menos importante lembrar que o Brasil, por ser um país com fragilidades macroeconômicas estruturais, está sempre mais sujeito a crises econômicas que os países desenvolvidos. 

Por experiência própria, posso afirmar categoricamente que, via de regra, as empresas que possuíam caixa robusto, passaram incólumes por todas as crises que presenciei, fossem elas setoriais, nacionais ou globais, enquanto as demais sempre sofreram em alguma medida, algumas tendo sido forçadas a pedir recuperação judicial ou chegando até a ter sua falência decretada. Assim, costumo dizer que o custo de carrego tem que ser encarado como um prêmio de seguro.

Adicionalmente, além de servir como um seguro contra situações desafiadoras de mercado, quem carrega caixa consegue gerenciar melhor sua cadeia de suprimentos, carregar estoque para entressafra, consegue janelas de fixação e limites maiores nas tradings, além de taxas e prazos mais competitivos em empréstimos e financiamentos. Sim! Bancos também adoram clientes com caixa! Não à toa, empresas de primeiríssima linha não veem qualquer incômodo em carregar um caixa expressivo. Veja alguns exemplos de companhias abertas em 31 de dezembro no ano passado: Brasilagro, caixa de R$ 563 milhões, equivalente a 1,13 vezes sua dívida financeira de curto prazo; São Martinho, caixa de R$ 1,5 bilhões, 2,23 vezes; Suzano, caixa de R$ 5,2 bilhões, 2,79 vezes.

Sim, carregar caixa realmente custa caro, mas como tudo em economia e finanças temos que olhar a relação custo e benefício. Ter um caixa bem dimensionado diminui o risco, aumenta o poder de barganha e torna a empresa mais fácil de administrar.

Vida longa ao Rei!

 

 

Manoel Pereira de Queiroz - Superintendente de Agronegócio do Banco Alfa, membro do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP e conselheiro da ADEALQ.

 

Saúde, educação e violência: os impactos da gestão da pandemia nos direitos de crianças e adolescentes no Brasil

Instituto Alana e CEPEDISA lançam dossiê mostrando as implicações da má gestão da pandemia da Covid-19 na vida dessa população e convidam diversas esferas da sociedade para debater soluções e reverter os impactos negativos da violação de direitos

 

A pandemia começou em 2020 e, desde então, tem impactado todo o mundo em várias escalas. Não foi diferente com as crianças e os adolescentes, que tiveram seus direitos básicos violados, especialmente pela gestão feita durante o período. Exemplo do descaso é que, entre as normas criadas pelo governo federal durante a crise sanitária, apenas uma pequena parcela traçava planos de enfrentamento exclusivos para o público infantojuvenil. Isso é o que mostra o “Dossiê Infâncias e Covid-19: os impactos da gestão da pandemia sobre crianças e adolescentes”, elaborado pelo Instituto Alana e o Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (CEPEDISA). 

O documento será lançado hoje durante o VIII Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância, promovido pela Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, na Câmara dos Deputados. A pesquisa analisou 142 atos normativos, editados pelo Executivo federal, que mencionaram termos ligados à infância e à juventude, tais como “criança”, “adolescente”, “jovem” e “infantil”. Entre eles, poucos continham políticas públicas voltadas a este público. Nesse contexto, caberia à União a destinação orçamentária e a formulação de normas gerais entre todos os entes da federação. 

Essa ineficiência de ações está revertida em números: dados da Fiocruz indicam que, até o dia 4 de dezembro de 2021, 1.422 crianças e adolescentes morreram em razão da Covid-19 - sendo 418 óbitos de crianças com até 1 ano; 208 de 1 a 5 anos e 796 de 6 a 19 anos -, tornando o Brasil o segundo país com mais mortes nesta faixa etária. Além disso, quase 20 mil crianças e adolescentes abaixo de 19 anos foram hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), confirmados por Covid-19. 

Vale destacar que crianças em situação de vulnerabilidade, cujas famílias se encontram em situação de pobreza, especialmente crianças e adolescentes negros, residentes em comunidades periféricas, quilombolas e indígenas - estas últimas, segundo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, têm o dobro de risco de morrer de Covid-19 em relação às demais crianças - foram mais expostos à doença, em compasso com as profundas desigualdades sociais e raciais do país. 

Soma-se a isso o estresse gerado pela falta de apoio durante a pandemia, além do aumento da pobreza e da fome, da quebra da convivência familiar e social, da interrupção de atividades presenciais e da perda de amigos e familiares que comprometeram a saúde mental das crianças e dos adolescentes, contribuindo para o sofrimento psicológico e o agravamento de questões de saúde já existentes. Um exemplo é que, segundo a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, uma a cada quatro crianças de até 3 anos regrediram em algumas questões comportamentais, indicando o aumento do estresse com o isolamento social. 

As pesquisas que constam no dossiê são de março de 2020 até setembro de 2021, com exceção do tópico ''Vacinação de crianças e adolescentes'' que, em razão da atualidade do debate, foi atualizado até fevereiro de 2022.
 

Vacinação 

A vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 é um poderoso meio para auxiliar na proteção e no desenvolvimento integral deste público, que sofre tão intensamente os impactos da má gestão da pandemia. A Fiocruz já alertou que as pessoas que ainda não foram imunizadas são as mais suscetíveis às novas variantes. Mesmo assim, o governo federal impediu a celeridade da campanha de vacinação e iniciou a imunização de crianças menores de 12 anos quase um mês após o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

O direito à vacinação infantil está previsto em lei, pois a imunização integra o direito à saúde com absoluta prioridade, conforme o artigo 227 da Constituição Federal. Ainda, o artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê a vacinação obrigatória em “casos recomendados pelas autoridades sanitárias”. 

“O governo federal deixou ações de enfrentamento à pandemia voltadas para as crianças por último. Elas tiveram seu direito à saúde negado, quando deveriam ser a prioridade. Ainda, elas possuem o direito de ser protegidas contra uma doença que pode levar à morte e deixar sequelas. A saúde individual e coletiva é uma condição para que elas tenham acesso a outros direitos, como à educação e à convivência em sociedade”, destaca Ana Claudia Cifali, coordenadora jurídica do Instituto Alana.
 

Educação 

Estudo do Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância) revela que o Brasil corre o risco de regredir duas décadas no acesso de meninos e meninas à educação, já que pelo menos 5 milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos estavam sem acesso à educação em novembro de 2020. Destes, 40% tinham de 6 a 10 anos, faixa etária em que a educação estava praticamente universalizada antes da pandemia. 

Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico indica que o Brasil foi o país onde as escolas ficaram fechadas por mais tempo durante a crise do coronavírus. Redução do aprendizado, ampliação das desigualdades e aumento da evasão escolar são os principais impactos da demora na retomada das atividades presenciais. Atualmente, 28% dos jovens consideram não retomar os estudos, segundo pesquisa "Juventudes e a Pandemia do Coronavírus", realizada pelo Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE) e organizações parceiras. 

Mais um impacto da falta de atividades presenciais, especialmente nas escolas, importante local de proteção, é o aumento da violência doméstica. No Brasil, as denúncias envolvendo violência física, sexual e psicológica contra crianças e adolescentes caíram desde o início da pandemia. Porém, a redução dos números não equivale à redução das violências, mas se refere à subnotificação dos casos. Isso porque a rede de proteção voltada aos jovens, como a própria escola, os canais de denúncia e as possibilidades de identificação das violências foram reduzidas com o isolamento. 

Por estes motivos, o retorno presencial às escolas é imprescindível. Inclusive, o Instituto Alana está monitorando as decisões dos 26 estados e do Distrito Federal, além de diversas cidades do país, sobre a retomada das aulas. Há uma tendência de adiamento da retomada, com algumas previsões apenas para março e abril, o que viola os direitos previstos pela Constituição, pelo ECA e pela própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
 

Orfandade e pandemia 

Levantamento do Imperial College mostra que, no Brasil, de março de 2020 a outubro de 2021, ao menos 168,5 mil pessoas de 0 a 17 anos perderam o pai, a mãe ou ambos por causa da Covid-19. No Senado, o relatório final da CPI da pandemia recomendou a criação de uma política de auxílio financeiro a crianças e adolescentes em situação de orfandade causada pelo coronavírus. Porém, é necessário que uma legislação específica seja aprovada. 

“Precisamos dimensionar a situação dessas crianças e adolescentes em situação de orfandade e promover medidas de auxílio financeiro e apoio psicossocial para mitigar os efeitos deste trauma tão precoce. Neste processo, é essencial fortalecer os órgãos que atuam para garantir os direitos da criança e do adolescente, como os conselhos tutelares”, afirma Ana Claudia, do Instituto Alana.
 

Crianças e adolescentes negros 

A má gestão da pandemia refletiu mais duramente entre crianças e adolescentes negros, grupo que historicamente enfrenta maiores desigualdades em diversos setores da sociedade. Segundo dados do Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância da Gripe), até maio de 2021, 57% das crianças mortas pela Covid-19 no Brasil eram negras, grupo que inclui pretos e pardos. Para efeito de comparação, as crianças brancas foram 21,5% do total, enquanto 16% não tiveram a raça definida. 

Vale destacar que este grupo sofreu não apenas nos aspectos ligados à infecção pelo vírus, mas também em cenários socioeconômicos afetados direta ou indiretamente. Sabendo que a condição dos pais e responsáveis reflete na vida desses jovens, o desemprego é um dos principais problemas entre as famílias negras. No segundo trimestre de 2020, a diferença da taxa de desemprego entre brancos e pretos foi a maior desde 2012, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Outro impacto é na educação de meninas negras. A ineficiência do ensino remoto para este grupo em razão da falta de equipamentos adequados para a realização das atividades escolares é um dos principais aspectos, sendo que um terço dessas jovens sequer realiza alguma atividade educacional ou reserva tempo e espaço adequado para os estudos, conforme mostra pesquisa realizada na cidade de São Paulo pelo Geledés Instituto da Mulher Negra.
 

Tempo de tela e o contato com a natureza 

O dossiê também mostra que 76% dos jovens assistem a mais vídeos na televisão do que antes da pandemia, enquanto 74% assistem a mais vídeos no YouTube e 45% ficam mais nas redes sociais do que antes da pandemia. Os números alertam para riscos, como superexposição das crianças, tratamento indevido de dados pessoais e exposição à publicidade infantil e táticas de marketing predatório. 

Por outro lado, as famílias que conseguiram passar algum tempo ao ar livre notaram os benefícios para a saúde física e mental. Quatro em dez relataram que o contato com a natureza permitiu que as crianças passassem a pandemia com mais saúde e bem estar, e 91% afirmaram que os pequenos ficaram mais felizes e ativos quando estão ao ar livre, segundo a pesquisa “O papel da natureza para a saúde das crianças no pós-pandemia”, idealizada pelo programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, em parceria com a Fundação Bernard Van Leer e o WWF-Brasil. A Sociedade Brasileira de Pediatria também divulgou uma nota técnica que mostra a importância da natureza na recuperação da saúde e bem estar das crianças no pós pandemia. 

 

Ana Cláudia Cifali - coordenadora jurídica do Instituto Alana. Mestre em Cultura de Paz, Conflitos, Educação e Direitos Humanos pela Universidad de Granada (UGR), Mestre e Doutora em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com período doutorado sanduíche no Programa Delito y Sociedad da Universidad Nacional del Litoral (UNL). Membro do Grupo de Trabalho Infâncias e Juventudes do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (Clacso) e do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Segurança e Administração da Justiça Penal (GPESC).


Campanha de prevenção à violência contra a mulher chega à Estação Osasco de trem (Linha 8-Diamante), com distribuição de cartilhas, adesivos, bottons, postais e maços de chá

 Atividades fazem parte do projeto Jardim das Cores e integram a ação internacional “Informe mulheres, transforme vidas”



Encerrando as atividades de conscientização sobre a igualdade de gênero realizadas ao longo de março, a ViaMobilidade, em parceria com a Bauhinia Eco-social, oferece nesta terça, dia 5 de abril, uma ação especial em homenagem às mulheres na Estação Osasco (Linha 8-Diamante).

Entre 10h e 12h, colaboradores da Bauhinia Eco-social distribuirão no local folhetos informativos sobre prevenção à violência contra a mulher, adesivos, bottons, cartões-postais e sachês de chá cultivados por agricultoras de Parelheiros, zona sul de São Paulo. A ação faz parte do projeto Jardim das Cores, que compõe a campanha internacional “Informe mulheres, transforme vidas”. 

"A iniciativa é uma homenagem à mulher no mês dedicado às suas lutas e conquistas, com o objetivo de levar informação e apoio às passageiras que circulam pela ViaMobilidade”, afirma Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da concessionária.

 

Ação já passou por várias estações e nesta terça está em Osasco - Linha 8-Diamante


Serviço:

Campanha Bauhinia Eco-social -- dia 5 de abril Estação Osasco (Linha 8-Diamante): das 10h às 12h

 

Brasil tem mais de R$ 2,69 bilhões retidos em imposto de renda: como restituir esses valores?


Só nos últimos cinco anos, mais de R$ 2,69 bilhões ficaram retidos em imposto de renda, de acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior do Trabalho. A boa notícia é que grande parte desses valores, ainda, podem ser restituídos.

O Brasil é o líder mundial em reclamações trabalhistas. Até 2020, ainda existiam em tramitação mais de três milhões de processos em fase de execução - ou seja, na transformação da decisão, favorável da ação, em valores, segundo dados da Justiça do Trabalho.

O trabalhador, quando recebe sua Ação Trabalhista, em sua maioria sofre retenção de imposto de renda, descontado diretamente no valor a receber. Porém, o que nem todos sabem é que é possível restituir até 100% dessa cobrança.

Com a pandemia, os números acima mencionados podem ficar ainda maiores. Dados da Justiça do Trabalho mostram um crescimento de 30% no volume de ações, com foco principal nas novas relações de trabalho, que foram totalmente alteradas durante o isolamento social.

Embora essas ações levem anos – o tempo médio de espera pode chegar a até 10 anos – quando ganha a ação, o trabalhador paga imposto na fonte e é obrigado a declarar o valor no imposto de renda. E, se não o fizer de maneira adequada, corre o risco de cair na malha fina. Sendo assim, é fundamental contar com o apoio de especialistas.

Diante de uma legislação complexa e altamente passível de mudanças constantes, contar com o direcionamento de profissionais especializados traz mais segurança na assertividade do procedimento, analisando as quantias exatas passíveis de serem restituídas e como prosseguir para este fim.

A avaliação individual de cada processo é o ponto de partida da restituição de imposto de renda em ações trabalhistas. Nela, são analisadas quais tipos de verbas existem, a regularidade perante a legislação e a aplicação do direito, com base no cálculo total apurado – dados fundamentais para verificar a legitimidade da restituição. Mesmo que a quantia final não seja tão elevada, sua aquisição é extremamente importante de ser feita a fim de manter as contas em dia com a Receita Federal e, até para que não pague mais um centavo além do que é devido.

Uma vez verificado, todo o processo de recuperação pode ser feito, administrativamente, direto na declaração do contribuinte – seja na atual ou retroativa, num prazo de até cinco anos anteriores. A restituição leva, em média, um ano para acontecer e são elevadas as chances de conquistar um percentual significativo do valor pago.

Para a Receita Federal, o fato gerador do imposto de renda é sua disponibilidade de valor – ou seja, sua data de recebimento como base declaratória. Mas, muitos erros são cometidos ao longo do processo, especialmente na forma de se apresentar esses valores na declaração.

A probabilidade de serem alvos de cobranças indevidas, acrescidas de multas e juros pela informação incorreta é extremamente elevada, e vem se elevando a cada ano, fato que apenas poderá ser evitado com o devido apoio de profissionais qualificados e preparados para a análise minuciosa dos números existentes nos cálculos homologados no processo, necessários para validar o potencial de restituição.

Grande parte das ações trabalhistas faz com que os contribuintes sejam alvos de pagamentos indevidos na hora de declarar, inclusive, sendo alvo de cobranças elevadas e indevidas. Evitar tais prejuízos é completamente possível - contudo, a ação necessita ser iniciada rapidamente, para evitar intimações e/ou notificações por parte da Receita Federal, devendo contar, em todo o procedimento, com o auxílio de uma empresa especializada, que garanta a apuração do real valor, bem como a montagem de todo o dossiê, para a entrega dos documentos necessários a esclarecer os Auditores e validar a máxima recuperação desses valores. 

 

Daniel Lima - Sócio Fundador da Restituição IR, a maior empresa especializada em recuperação de imposto de renda retido em processo judicial.

 

Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/

 

domingo, 3 de abril de 2022

Não perca a energia

 

        Filha, mãe e avó usam o espaço dedicado ao home office. Uma sobrecarga grande que exigiu uma          restruturação da parte elétrica da casa 

Diego Rocha


É rotineiro termos vários aparelhos ligados ao mesmo tempo dentro de casa e, consequentemente, a rede elétrica não suporta a carga. Veja como solucionar esse problema

  

Nosso dia a dia está cada vez mais interligado ao uso de aparelhos eletrônicos. Para quase tudo que fazemos, utilizamos algum tipo de equipamento alimentado por energia elétrica. São TVs cada vez maiores e, muitas das vezes, com várias pela casa, vídeo games, ar condicionado, aparelhos de som, barbeadores, carregadores de celulares, notebooks e até na cozinha, que antigamente disponha apenas de uma geladeira, conta com micro-ondas e panelas elétricas. Enfim, são inúmeros os dispositivos que dispomos para auxiliar na nossa rotina. Consequência disso é uma possível sobrecarga no sistema elétrico da casa, o que pode gerar uma grande dor de cabeça para o morador.

De acordo com Maria Fernanda Silva de Oliveira, arquiteta do escritório Estúdio 4 Soluções em Arquitetura, quanto mais avanços temos na tecnologia, mais devemos nos preocupar com a fiação da residência. “A gente começa a pensar na instalação elétrica já no projeto. Então, os imóveis mais novos têm instalações elétricas que suportam a demanda desses aparelhos sem nenhum problema. Já as instalações mais antigas podem acabar sofrendo com sobrecarga, pois elas não foram feitas para suportar tantos aparelhos elétricos conectados”, disse Maria Fernanda.

A arquiteta falou que é comum as pessoas a procurarem para refazer o projeto elétrico, pois não há tomadas suficientes nos cômodos, os plugs estão aquecendo e, na maioria dos casos, está havendo desarme do disjuntor, principalmente quando o chuveiro é ligado. “Com o auxílio de um engenheiro eletricista, trocamos toda fiação, refazemos o quadro de distribuição e colocamos novos pontos de tomada para atender toda a demanda de aparelhagem dos dias de hoje”, explicou Maria Fernanda.

 

Home Office

A demanda pela reforma da parte elétrica, conforme observou Maria Fernanda, teve um aumento durante a pandemia, pois as pessoas passaram a estudar e a trabalhar em casa e acabaram precisando adequar os ambientes para ligarem os computadores. “Com essa história de aulas on-line e Home Office, as pessoas precisaram adaptar os espaços para comportarem os computadores, pois - em grande parte - não há tomadas suficientes”, revelou a arquiteta.

No entanto, a arquiteta tranquiliza quem precisa desse tipo de reforma, mas não quer quebrar as paredes da casa. “Algumas alternativas que a gente usa para evitar cortes é a utilização de painéis de marcenaria que, além de esconder a fiação, dão um charme superespecial ao ambiente. Também pode-se usar algum móvel que esconda esses cabos ou que dê para passar a fiação por dentro deles. Só em último caso que nós sugerimos cortar a parede”, esclareceu Maria Fernanda.

 

WiFi

Segundo Olavo Rocha, fundador da Tecai, uma cena muito comum ultimamente é pai, mãe e filhos, ao mesmo tempo, ligarem seus notebooks e smartphone na rede de internet, para trabalhos e aulas, e a qualidade da conexão cai vertiginosamente. “Para melhorar a distribuição do WiFi na residência precisamos considerar uma série de fatores em relação a disponibilidade do sinal como a infraestrutura de materiais, a arquitetura do local e a distribuição perfeita desses em relação a demanda atual e futura dos moradores”, elucidou Olavo.

Para ter um sinal satisfatório e que atenda a demanda de toda família, Olavo explica que é preciso preparar toda a rede de infraestrutura do WiFi para, assim, usufruir plenamente das suas atividades. “É importante considerarmos a infraestrutura adequada para as TV’s, para os dispositivos das casas inteligentes, do Home Office para que os empresários possam ter reuniões mais produtivas com qualidade de áudio e vídeo, tudo isso fará com que tenhamos aproveitamento de 100% da internet através do Wi-Fi”, concluiu o proprietário da Tecai.

 

O ASSUNTO É BANHEIRO? 10 MITOS E VERDADES QUE ENVOLVEM O CÔMODO

 

O box de banho necessita de uma manutenção anual? Pode usar cores na decoração de ambientes pequenos? O banheiro precisa de higienização semanal? São coisas comuns, mas que muita gente ainda não tem conhecimento. Com o objetivo de esclarecer as principais questões que abrangem o local, Érico Miguel, técnico da Ideia Glass, desvenda 10 mitos e verdades sobre o cômodo


Quando o assunto é reforma, manutenção e utilização do banheiro, o que não faltam são dúvidas do que pode ou não fazer. "Muita gente se questiona sobre como realizar a limpeza e a manutenção do box de banho, além de não saber ao certo como higienizar o cômodo, como pensar em uma decoração apropriada para o espaço, entre outras indecisões", revela, Érico Miguel, técnico da Ideia Glass, marca especialista em kits de ferragens para box de banho e portas de vidro divisórias de ambiente.

Pensando nisso, o especialista no assunto, esclarece os principais mitos e verdades que envolvem o banheiro. Confira!



1- Pendurar toalha no box de banho estraga a peça?
VERDADE!
"Apesar de um hábito comum, é importante não colocar toalhas ou vestuários pendurados no box de banho". De acordo com o profissional, nada deve ficar suspenso nas ferragens para não danificá-las ou gerar algum emperramento nos trilhos.



2- Usar cores fortes em ambientes pequenos deixam ele com aspecto menor?
MITO!
É possível utilizar tonalidades fortes em banheiros pequenos, sim! A dica aqui é prestar atenção em quais elementos no décor elas serão utilizadas, e de que maneira. "Uma opção legal é apostar a cor mais escura em uma única parede ou em algum pequeno ponto do ambiente, como um quadro ou a porta de um armário, que trará um charme e personalidade ao local", esclarece Érico.



3- Ferragens coloridas são indicadas apenas para ambientes maiores?
MITO!
As ferragens coloridas no box de banho podem ser usadas em diferentes tipos de banheiros, desde os pequenos até os maiores. O que muda, de acordo com a metragem do local, é o modelo do box.

"As ferragens coloridas trazem modernidade e charme para todo o tipo de banheiro. O importante é que o tamanho do box esteja alinhado com o espaço do cômodo", informa o profissional.



4- O banheiro precisa de higienização semanal?
VERDADE!
É recomendado, uma vez por semana, realizar uma limpeza mais pesada, pois o banheiro é um cômodo bastante utilizado e que acumula sujeiras e bactérias. Além disso, é importante realizar a manutenção diariamente. "Retirar os lixos com frequência e manter a pia e a área de banho sempre secas, são fatores que fazem a diferença para manter o local higienizado", indica o profissional.



5- O box de banho necessita de uma manutenção anual?
VERDADE!
Conforme a regulamentação ABNT NBR 14207/2009, é recomendado realizar a manutenção do box de banho anualmente.

"Como o box de banho é um item bastante utilizado e que pode ocasionar acidentes repentinos, é necessário fazer a manutenção uma vez por ano e sempre com uma empresa qualificada, pois somente um profissional especializado poderá garantir a segurança e a qualidade do produto", sugere Érico.



6- Repaginar o visual do banheiro só é possível com quebra-quebra?
MITO!
Não é preciso fazer uma reforma geral para mudar o visual do banheiro. "Para deixá-lo mais moderno e elegante, trocar alguns itens que compõem o banheiro, como o box de banho com roldanas aparentes, a cor da parede ou apostar em objetos de decoração diferentes, pode ser o suficiente", indica Érico.



7- Usar a cor preta no banheiro vai pesar o visual do ambiente?
MITO!
O preto é uma tonalidade bastante versátil e que vai bem na decoração do banheiro, para usá-lo no ambiente, uma boa dica é inserir ele em alguns pontos estratégicos do cômodo. "Para isso, é legal apostar em metais e ferragens do box de banho, na marcenaria e até mesmo na pia da cuba ou vaso sanitário", recomenda o especialista da Ideia Glass.



8- Usar produtos químicos para lavar o box de banho pode estragar a peça?
VERDADE!
É preciso tomar cuidado com os produtos químicos de PH ácido, pois eles não reagem bem em contato com o vidro. "Água sanitária e cloro, por exemplo, podem estragar o vidro, além da possibilidade de causar reações alérgicas à pessoa que estiver realizando a limpeza", enfatiza.

O profissional afirma que o sabão neutro, balde com água quente, antiembaçante para os vidros e panos que não soltam fiapos são os produtos que precisam estar em mãos na hora de fazer a limpeza do box de banho.



9- Banheiro com decoração clean pode ter um toque de modernidade?
VERDADE!
É muito comum as pessoas apostarem em uma decoração mais clean e minimalista no banheiro, até mesmo por geralmente ser um cômodo pequeno e estreito, mas isso não indica que o ambiente precisa ser sem graça e muito básico. "Uma boa dica para dar um ‘up’ no visual do local, é optar por um box de banho com um design moderno e diferente, como as opções com roldanas aparentes", indica Érico.



10- Banheiros pequenos e estreitos não possuem conforto e funcionalidade?
MITO!
Para obter maior funcionalidade e conforto no banheiro, é preciso prestar atenção nas escolhas na hora de reformar o cômodo. "Nesse caso, é necessário escolher um modelo de box de banho que seja ideal para o local, além de optar por itens práticos e funcionais, como prateleiras, nichos embutidos na parede e marcenarias com recortes, visando aproveitar cada espaço do local de modo estratégico", conta o profissional.



Ideia Glass

www.ideiaglass.com.br

 

Esfriou? Plantas ornamentais precisam de cuidados especiais durante o outon

Especialista dá dicas para que as espécies cultivadas em casa resistam a queda nas temperaturas com a chegada da nova estação

 

Nos últimos anos, a prática de cultivar plantas ornamentais em casa ganhou muitos adeptos, principalmente durante o período de isolamento social. Com a chegada do outono e a queda nas temperaturas, quem decidiu adicionar a convivência com flores e plantas em casa, mas não tem muita habilidade, precisa estar atento as necessidades de cada espécie para adaptação nas estações mais frias do ano.

Para compor ou manter as espécies vivas e saudáveis mesmo com as temperaturas mais baixas, é fundamental, além de escolher plantas que se adaptam bem a espaços internos, prestar atenção a cuidados especiais com a terra. “Existem sim algumas espécies que são mais adaptáveis as temperaturas mais frias, porém independentemente do clima, é importante corrigir o solo duas vezes por ano, especialmente antes das mudanças mais bruscas de clima entre verão e outono e inverno e primavera, realizando adubação para que as plantas estejam fortalecidas”, explica Elizeu de Almeida, florista da Esalflores, maior rede de floriculturas do país.  

Plantas que não demandam muita luz e nem uma frequência grande de regas são ótimas opções para os períodos mais frios. “Há diversos gêneros de flores e plantas que se ajustam bem a menor incidência de luz e clima mais gelado”, comenta Elizeu de Almeida. “Mas o mais importante mesmo durante o outono e inverno é sempre checar a umidade da terra e estabelecer a quantidade de regas a partir daí”, acrescenta. Uma boa sugestão é a planta conhecida como Pacová. “Ideal para casas e apartamentos, ela precisa de claridade mas sem luz direta e pode ser regada apenas umas duas vezes por semana no outono e inverno”, indica o florista. O Lírio da Paz também é uma opção a ser considerada. “Se adapta bem a sombra e não exige mais do que regas esporádicas de acordo com a umidade da terra”, detalha o especialista. Outra sugestão são as marantas. “Perfeitas para serem cultivadas em locais com sombra, elas podem ser submetidas a luz do sol apenas no período da manhã com regas de pouca água, dia sim e dia não”, complementa.

As orquídeas também ficam muito bem em ambientes internos com claridade. “Nas épocas mais frias, as orquídeas devem ser molhadas a cada 15 dias, encharcando e deixando escorrer. Importante lembrar de não expô-las diretamente ao sol quando não houver flores e adubar com substrato específico uma vez ao mês”, detalha o florista. Há ainda a Tulipa, opção conhecida das estações mais geladas. “Além de se adaptar bem ao interior das casas, elas podem ser cultivadas acrescentando uma ou duas pedrinhas de gelo na terra todos os dias”, esclarece. O profissional ainda lembra que é sempre importante estar atento ao aspecto da planta e observar a reação dela às condições do ambiente. “Aos poucos é possível perceber qual a frequência ideal de regas e o local perfeito para a planta dentro da residência, fazendo com que a manutenção da planta se torne ainda mais fácil, mesmo com a variação climática”, completa Elizeu de Almeida.


Mudanças na decoração podem contribuir para melhora na saúde mental

 Arquiteta e CEO da ArqExpress, Renata Pocztaruk dá dicas do que as pessoas podem fazer para melhorar o clima na casa e, de quebra, contribuir com o bem-estar emocional

 

A pandemia trouxe não só o vírus, mas também a necessidade do isolamento social, desemprego e uma grave crise financeira. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) em onze países, as restrições que ajudaram a conter o avanço da Covid-19, também contribuíram para pontos de alerta em relação à saúde mental. Segundo o estudo, o Brasil é o país que mais tem casos de ansiedade (63%) e depressão (59%). Em segundo lugar está a Irlanda com 61% das pessoas com ansiedade e 57% com depressão, e os Estados Unidos, com 60% e 55%, respectivamente.

 

Apesar da pandemia já estar sob controle, muitas pessoas desenvolveram sintomas de esgotamento mental, visto que os momentos de lazer e trabalho passaram a ser todos no mesmo ambiente, dentro de casa. Com o modelo home office adotado por muitas empresas, também foi possível reverter esse cenário e transformar alguns espaços, experimentando novas sensações com pequenas mudanças, como trocar os móveis de lugar, investir na iluminação adequada, adquirir plantas e escolher a cor ideal para os cômodos. 

A ArqExpress- startup que inova ao entregar projetos de arquitetura e decoração com orçamento total pré-definido pelo cliente e em tempo recorde- viu a procura pelos serviços crescer significativamente no período de isolamento e passou a atender cerca de 50 clientes por mês. De acordo com Renata Pocztaruk, arquiteta e CEO da empresa, as pessoas buscaram por transformações que poderiam ser feitas com a família dentro de casa, com custo acessível e sem quebradeira. “Com a quarentena as pessoas começaram a prestar mais atenção em suas casas e, o desejo que talvez antes não fosse uma prioridade, acabou batendo na porta de todas as famílias. Ficou evidente que um ambiente melhora a qualidade de vida e contribui com a saúde mental das pessoas”, afirma.

Pensando nisso, Renata desenvolveu algumas dicas que podem ser colocadas em prática para melhorar a saúde mental e, consequentemente, o clima da casa. “Nosso cérebro é bombardeado por inúmeras substâncias quando entramos em um novo ambiente e isso pode influenciar no funcionamento do organismo. Apenas a forma de dispor os objetos já proporciona uma grande mudança no bem-estar, contribui com o estímulo da criatividade, melhora a memória e gera novas experiências”, ressalta.

 

Imagens que acalmam:

É hora de tirar aquela foto tão saudosa da gaveta e investir em um belo porta-retrato. As fotografias, que estavam esquecidas e guardadas apenas nos celulares, remetem a um momento especial, trazem recordações. Prepare um cantinho para essas lembranças tão gostosas.

Além disso, decorar a casa com quadros e deixá-los na altura padrão já melhora 50% do ambiente.

 

Cores:

Apostem em cores que tragam tranquilidade, as neutras são sempre uma boa opção. Se a ideia é colorir o ambiente, aplique em detalhes que possam ser facilmente substituídos depois, caso queira redecorar futuramente. 

 

A iluminação adequada:

A iluminação de cada espaço precisa de uma atenção especial, afinal a luz certa é capaz de melhorar ou piorar o conforto do seu ambiente. Usar a lâmpada adequada para cada ambiente será uma preocupação mais forte. Além disso, os pendentes e luminárias decorativas ganham cada vez mais atenção na hora de pensar em uma iluminação mais intimista. Uma dica simples é trocar as lâmpadas e incluir as amarelas dentro de casa, pois trazem aconchego.

 

Conexão com a natureza:

Os elementos naturais e o contato com a natureza geram um bem-estar quase imediato. Por isso, não pense duas vezes ao considerar colocar alguma plantinha na parte interna da sua casa.

E a dica principal é manter o sentimento de harmonia naquele lugar, então nada como ter uma casa confortável e que nos traga tranquilidade. 

 

 

ArqExpress

https://www.arqexpress.com.br/

 

 

Begônia Maculata: saiba como cuidar da planta que é tendência em decoração de interiores

Popular nas redes sociais e estimada pelos “pais de planta”, a espécie exótica exige cuidados específicos

 

Com uma estética exótica e inconfundível, a Begônica Maculata tem conquistado os adeptos do conceito “urban jungle”. As folhas longas de formato estreito nas pontas  e coloração verde e verso avermelhado que contrasta com as pequenas manchas brancas arredondas, conferem uma “estampa” única á folhagem e garantem um visual exuberante e charmoso a qualquer ambiente. 

Uma das espécies mais desejadas do momento, a Begônia Maculata é frequentemente vista em perfis de redes sociais dedicados a decoração e dicas de botânica. Tipicamente brasileira, ela tem origem nas matas tropicais do sudeste e centro-oeste do país, onde o ambiente é caracteristicamente úmido, repleto de árvores e portanto sem incidência direta de luz solar, o que torna os ambientes internos ideais para essa categoria de Begônia. 

Com cultivo descomplicado, a Begônia Maculata demanda os cuidados básicos comuns entre as espécies indicadas para espaços residenciais. “O mais importante é se aproximar das condições de iluminação e umidade das matas de onde ela é originária. Ou seja, terra úmida e meia sombra”, afirma Emerson de Souza Silva, especialista da Esalflores, maior rede de floriculturas do país. “As regas não precisam ser diárias. De três a quatro vezes por semana são suficientes desde que a terra não fique encharcada e, muito menos, ressecada”, acrescenta o profissional. 

Com aspecto singular e harmônico, a Begônia “avisa” quando os procedimentos de manutenção estão equivocados. “As folhas murcham e reclinam significativamente se ela estiver precisando de água ou recebendo muito sol. É interessante também evitar locais que recebam muito vento para que a umidade permaneça por mais tempo”, diz o especialista. Para simular o solo rico em nutrientes da Mata Atlântica, outra dica é adubar a terra. “A adubação pode ser feita com substrato de húmus por exemplo. Lembrando que também não é recomendado borrifar água diretamente nas folhas. O ideal é borrifar a uma distância acima delas para que cheguem reduzidas na folha, como seria a água da chuva em seu ambiente natural”, complementa.   

Com status luxuoso de planta rara, o preço para ter uma Begônica Maculata agregando personalidade ao interior de casas e apartamentos gira em torno dos R$ 400. “É uma espécie de produção bastante limitada e a procura cada vez maior nas floriculturas deixa sua aquisição ainda mais exclusiva”, explica Emerson. “Mas sem dúvida vale o investimento. Para aqueles que apreciam a presença das plantas em casa essa é uma espécie singular, que evidencia tanto a decoração quanto traz harmonia para a casa com sua beleza única. É como ter uma obra de arte da natureza em exposição”, completa o profissional da Esalflores.

 

10 dicas para realizar um projeto de arquitetura com foco em moradores que desfrutam a terceira idade

Neste apartamento, o arquiteto Bruno Moraes prezou pela praticidade e a ergonomia de uma senhora que vive sozinha, sem abrir mão da sofisticação no décor, e compartilhou recomendações para tornar o lar mais seguro e confortável 

 

Quarto adaptado com maior espaço de circulação, caso seja necessária, futuramente, a utilização de uma cadeira de rodas pela moradora | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e fotos de Guilherme Pucci

 



Dona Darcy é uma senhora repleta de disposição. Adora ter independência no dia a dia, assim como receber os filhos e netos aos finais de semana os para encontros de família. Mesmo assim, se preocupa com o futuro e gostaria que seu apartamento tivesse a estrutura adequada, caso ela tivesse dificuldades de mobilidade no decorrer dos anos.

Esse foi o desafio encontrado pelo arquiteto Bruno Moraes, do escritório que leva seu nome, na reforma de um apartamento de 95 m², localizado na Vila Olímpia, em que aliou soluções inteligentes e estilo contemporâneo na decoração.

Confira, logo abaixo, alguns detalhes desse projeto, além de 10 dicas importantes para obras em imóveis com moradores na terceira idade.



Integração e conforto

“Neste apartamento, para conquistar uma circulação mais fluída, sala e cozinha foram integradas por meio da demolição de uma parede. Uma porta também foi retirada, permitindo a conexão da varanda, que recebeu a mesa de jantar, com o estar”, explica o arquiteto. Com essa reorganização da planta do imóvel, todas as refeições passaram a ser abraçadas por um visual incrível da cidade.
 

A cozinha apresenta um maior espaço para uma circulação segura, além de pontos de luz na marcenaria que facilitam a visualização das atividades | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e fotos de Guilherme Pucci

 

Um dos destaques da área gourmet, a ampla bancada com 5,50m de extensão, é garantia de praticidade para a moradora e seus convidados | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e fotos de Guilherme Pucci

 



Espaços muito bem pensados

Na suíte principal, onde foi produzido o dormitório da moradora, foram efetuadas várias modificações que atenderão suas expectativas. A ampliação abriu espaço para a criação de um closet, para a organização de suas roupas, e a cama foi colocada mais próxima da janela com o intuito de prover, do outro lado, uma passagem bem mais aberta. “Tanto o banheiro da suíte, quanto a sua porta de acesso e o box do banho foram ampliados. A alteração ocorreu por um pedido dela, como uma preparação para necessidades futuras. Assim, caso um dia precise utilizar cadeiras de rodas, ela usufruirá de maior conforto”, conta Bruno. Na reorganização do layout, foi preciso deslocar a bacia sanitária.
 

O banheiro da suíte é mais largo. Assim, por possíveis questões de mobilidade, será possível usá-lo com mais autonomia e comodidade | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e fotos de Guilherme Pucci

 



Terceira Idade: 10 Dicas para a Reforma do Imóvel

1- Revestimentos: É necessário tomar muito cuidado. Afinal, nessa fase da vida, as pessoas geralmente estão mais expostas às quedas, em razão de problemas de saúde e ortopédicos. É preciso investir em revestimentos antiderrapantes para evitar escorregões, bem como eleger modelos de fácil limpeza, seja para o caso de o próprio idoso realizá-la sozinho, ou para alguém que cuide da residência.
 

Autonomia: A bancada tem iluminação especial para a maquiagem e a pintura do cabelo. Há um espelho retrátil especialmente colocado para essas atividades | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e foto de Guilherme Pucci


2- Layout e Mobiliário: Na hora de montar o layout interno, uma recomendação interessante é evitar a disposição de muitos objetos no meio do caminho, pois isso dificultará o deslocamento do morador idoso. “Quanto mais fluído for o ambiente, melhor será o espaço”, indica o arquiteto.


3- Circulação: Cuidado com o risco de prender a cadeira de rodas ou enganchar o andador em algum lugar. Pensando em uma locomoção segura, o ambiente não deve dispor de passagem apertadas, como também vãos de portas estreitos ou objetos que possam atrapalhar o deslocamento.

Aconchego, segurança e praticidade na sala de estar da Dona Darcy | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e foto de Guilherme Pucci

 

4- Barras de apoio e rampas: Principalmente com relação ao banheiro ou outras áreas molhadas, uma dica é incluir barras de apoio nas paredes para que o idoso possa se equilibrar e, até mesmo, conseguir tomar banho sozinho. Também vale incluir um banquinho com pés antiderrapantes, que servirá de apoio caso o morador sinta necessidade de sentar-se. Em casas com pequenas, escadas vale a pena considerar a execução de rampa de acesso.
 

A marcenaria do closet oferece uma estrutura bem concedida para a disposição dos itens pessoais, bem como o seu acesso no dia a dia. No tocante ao piso, o porcelanato que simula a madeira deixa o ambiente gostoso, como propicia segurança para evitar quedas | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e fotos de Guilherme Pucci

 

5- Sistemas de monitoramento e segurança: Em muitos casos, enquanto os parentes vão trabalhar, moradores com idade mais avançada costumam ficar com cuidadores ou mesmo sozinhas. Por essa razão, um recurso valioso se consiste na instalação de um sistema de monitoramento com câmeras, que garante a tranquilidade de acompanhar tudo o que está acontecendo, mesmo de longe.

6- Fechadura Eletrônica: Já imaginou se um idoso que mora sozinho passa mal? É essencial que algum familiar tenha uma cópia das chaves, ou então, invista em fechaduras eletrônicas. “Com a senha, o acesso ao imóvel para a prestação do socorro é facilitada. É possível também abrir uma porta remotamente, no caso de um médico que esteja chegando na residência, por exemplo”, conta Bruno.

7- Altura dos móveis: Esse tópico demanda uma atenção com a ergonomia de móveis como cadeiras, sofás e camas (especialmente do tipo box), pois os idosos têm mais dificuldade de se levantarem sozinhos. Antes da compra, é recomendado ir até a loja pessoalmente e verificar os tamanhos disponíveis – e, se possível, levá-los para realizar uma experiência in loco. Outra solução é trabalhar com móveis sob medida.

8- Sensores: Outro perigo está relacionado a possíveis vazamentos de gás – seja por esquecimento, ou pelo acionamento acidental. Por isso, há sensores que avisam sobre problemas por meio da emissão de sinais sonoros ou mensagens de texto.

Espaços com plantinhas e porta temperos também contribuem para uma atmosfera agradável | Projeto de Bruno Moraes Arquitetura e fotos de Guilherme Pucci

 



9- Temperaturas: É primordial manter uma temperatura estável dentro de casa, além de evitar as mudanças bruscas entre ambientes, assegurando a imunidade de todos. Para tanto, investir em um sistema de aquecimento / ventilação é uma alternativa a ser considerada para a regulagem e estabilidade da temperatura (mesmo os sistemas de ar-condicionado comuns possuem as opções de quente e frio).

10- Alergias: Antes de começar uma reforma, é essencial verificar se o morador sofre de possíveis alergias a materiais, tintas, ou outras substâncias – especialmente quando a obra ocorrer simultaneamente com os habitantes dentro de casa. Também vale ter cautela na escolha de tecidos felpudos ou carpetes, pois podem causar rinites ou agravar problemas respiratórios.


Bruno Moraes Arquitetura

www.brunomoraesarquitetura.com.br

@brunomoraesarquitetura


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