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segunda-feira, 28 de março de 2022

Setor de telecom recolheu 6,9 bilhões de reais para fundos setoriais em 2021

Valor foi impactado pelo Leilão do 5G. Desde 2001, os cinco fundos setoriais já recolheram R$ 226,9 bilhões e apenas 8,3% do total foram aplicados no setor

 

As prestadoras de serviços de telecomunicações recolheram R$ 6,93 bilhões para os Fundos Setoriais em 2021. Os dados fazem parte de levantamento da Conexis Brasil Digital. Desde 2001, os 5 fundos setoriais arrecadaram R$ 226,9 bilhões em valores atualizados, desse total, apenas 8,3% foram aplicados no setor.
 
“Esperamos começar a alterar esse cenário ainda em 2022, com a aplicação de recursos do Fust para expansão e democratização da banda larga.”, afirmou o presidente executivo da Conexis, Marcos Ferrari. Em 2021, foi recolhido R$ 1,580 bilhão para o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).

 


O governo publicou no dia 22 de março o decreto que regulamenta a nova lei do Fust. A partir da regulamentação da nova legislação, será possível usar recursos do fundo para expandir e democratizar o acesso à banda larga no país. Com os recursos será possível ampliar o acesso à conectividade, por exemplo, em áreas rurais e em escolas públicas. Sendo que, no mínimo, 18% dos recursos do Fust serão destinados às escolas públicas, para serem aplicados em educação.
 
O documento também fixou as regras para a constituição do Conselho Gestor, que será responsável pela aprovação dos projetos, e para a operacionalização da aplicação dos recursos por meio de Agentes Financeiros, como o BNDES e demais instituições financeiras credenciadas.


 
Leilão impactou recolhimentos de 2021

O valor recolhido em 2021, impactado pelo Leilão do 5G, foi quase o dobro do registrado em 2020, quando as prestadoras recolheram R$ 3,57 bilhões. Isso porque parte do valor arrecadado no leilão vai para o Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações). O Fistel representou 53% do valor recolhido aos fundos, somando R$ 3,7 bilhões.
 
O segundo fundo que mais recebeu recursos foi o Fust, R$ 1,6 bilhão em 2021, 23% do total, seguido pelo Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), para o qual foram recolhidos R$ 974 milhões, 14% do total. O Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e a CFRP (Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública) representaram, cada um, 5% da arrecadação total, com R$ 367 milhões e R$ 320 milhões respectivamente.

 

Conexis Brasil Digital

https://conexis.org.br


O metaverso a favor da saúde

 


O ambiente de realidade virtual que chamamos metaverso pode representar um grande avanço para a área da medicina, ampliando diagnósticos à distância, possibilitando atendimentos de qualquer lugar do mundo e melhorando a qualidade de vida. Entenda mais

 

A área da saúde pode ser uma das mais beneficiadas pelo metaverso, pela amplitude de atuações que pode receber e, especialmente, por ser capaz de usá-lo como um facilitador dos processos humanos. A frase é de Guilherme Stella, fundador da TrackFY, empresa especializada em soluções de mapeamento digital para os segmentos médico, de construção e mineração. Para ele, a saúde só tem a ganhar com o avanço tecnológico conectado à rede.

Guilherme explica: “o metaverso duplica a realidade e se torna um grande ambiente onde podemos atuar infinitamente. Imagine a triagem de pacientes transportada para um ambiente virtual simulado, que receberia todas as informações do paciente e que o traria, como in loco, para uma imersão naquele ambiente”. Muito mais amplo do que a telemedicina, para Guilherme a realidade paralela do metaverso pode chegar a ser o novo universo médico em si, guardadas as proporções.

O metaverso possibilitaria, então, um avanço incrível da internet e telemedicina, um atendimento virtual remoto, com paciente e médico 100% imersos nesse ambiente virtual e com a possiblidade de uma avaliação clínica a partir da digitalização do paciente. “Dependendo da evolução da tecnologia para o usuário, ele mesmo poderia mapear, em 3D e do seu celular, a região em que tem determinado sintoma, e o profissional da saúde teria acesso a essa imagem como se o paciente estivesse ao vivo em sua frente. A partir daí, seriam elencadas prioridades e o atendimento presencial, quando necessário, poderia ser indicado pelo centro de triagem online e feito em um centro especializado próximo ao paciente”, explica ele.

Segundo o gestor, o ensino da saúde também pode ganhar muito com o metaverso: “vai existir um universo paralelo onde estudantes ou residentes podem, da sua casa, acompanhar procedimento do mundo real, em qualquer lugar do mundo, ou procedimentos que estão sendo realizados via robótica em um centro de ensino virtual, mas com coordenadas”.

Imagine um estudante da periferia de São Paulo, por exemplo, participar de um procedimento em uma universidade dos Estados Unidos, não via call ou outra tecnologia já amplamente utilizada, mas de maneira totalmente imersa. Enquanto na realidade aumentada e outras experiências virtuais que já existem, o usuário tem perspectiva passiva e unilateral, no metaverso ele se torna um elemento atuante e pode explorar o ambiente de forma ilimitada.


Mas, afinal, o que é o metaverso?

“Ao meu ver”, explica Guilherme “o metaverso é um simulacro do mundo real, paralelo a este e que acontece em tempo real ao nosso. Algumas pessoas ainda entendem o metaverso como um game ou como uma experiência virtual. Mas podemos dizer que o ele é o ambiente paralelo no qual essa experiência acontece. E, diferente de tudo que conhecemos, o metaverso nos dá uma autonomia e uma amplitude de ação dentro de um universo digital e paralelo como nunca imaginamos”. Um novo sistema de protocolo global, de computadores interconectados que criam uma infinita rede de informação, “o Metaverso é a evolução da internet”, finaliza Stella.

 

Imagens: Divulgação

TrackFY - www.trackfy.tech


Emprego: 3 milhões abriram MEI em 2021, mas 19 milhões seguem na informalidade

Autônomos são responsáveis por maior parcela de empregos, mas grande parte atua na informalidade por não entender a formalização


Enquanto somente 3 milhões de trabalhadores autônomos se registraram como microempreendedores individuais (MEIs) em 2021, 19,2 milhões seguem na informalidade. Os dados são de um comparativo entre os registros do Sebrae obtidos no último ano e um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para Nycollas Liberato, diretor-executivo do Students For Liberty Brasil (https://www.studentsforliberty.org/brazil/), os brasileiros têm perfil empreendedor, mas a burocracia e a desinformação impedem a formalização.

“Estamos falando de uma população que não é apresentada ao básico da educação financeira e que, ainda assim, é o tempo todo encorajada a trabalhar por conta própria, se arriscando sem qualquer instrução prévia”, explica. 

Desde 2021, o Students For Liberty Brasil vem trabalhando na conscientização empreendedora da população. Para isso, a entidade desenvolveu um curso direcionado a alunos da rede pública, com foco no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Brasil Empreende. São aulas on-line e gratuitas ofertadas por meio de parcerias com escolas e outras instituições de todo o Brasil.  

“É interessante como o debate sobre empregos está sempre presente nos poderes políticos, mas raramente chega à sociedade, como é o caso das últimas reformas trabalhista e previdenciária. As mudanças foram aprovadas, mas a população não sabe quais são os novos direitos e deveres. Nesse cenário, a desinformação é o caminho perfeito para a informalidade”, comenta Nycollas. 

Para alcançar esse lugar desconhecido da formalização, os trabalhadores lidam com extensos processos e até custos. “É um sistema realmente burocrático. A pessoa precisa ter acesso a internet, apresentar documentos, entregar relatórios e ir até a prefeitura, além de pagar uma contribuição mensal de imposto. O que pode ser ainda mais difícil para as micro ou pequenas empresas, já que as taxas cobradas são maiores e as exigências também”. 

Com mais de 200 pessoas atendidas somente em 2021, o desafio do Brasil Empreende é fechar mais parcerias para expandir a sua atuação pelo país. “Nosso intuito é mostrar que empreender é bom quando é feito com responsabilidade e conhecimento. As pessoas precisam saber que não é porque estão fora do mercado de trabalho formal que não têm direitos. O empreendedorismo é um mecanismo muito importante nesse processo de formalização, além de ser uma ferramenta de empoderamento”, conclui.

 


Students For Liberty Brasil

https://www.studentsforliberty.org/brazil/ 

 

Quatro tendências para o e-commerce

O consumidor moderno se adequou à comodidade e praticidade do e-commerce. Os benefícios para ambos os lados foram inegáveis – mas, exigiu grande estratégia de adaptação do empreendedor frente ao alto nível de exigência em sua jornada de compra.

Novos critérios e valores de compra se destacaram no mercado. Dentre eles, a empatia e bem-estar se tornaram características decisivas durante a experiência para 50% dos clientes, segundo o estudo Life Reimagined. Isso, sem falar dos enormes avanços tecnológicos aplicados para o melhor desempenho do e-commerce.

A Inteligência Artificial e o Big Data foram alguns dos maiores aliados, contribuindo para o gerenciamento do alto volume de dados dos consumidores e, como utilizá-los a favor de uma maior taxa de conversão, gestão de estoque e direcionamento das estratégias mais assertivas às necessidades de cada perfil.

Todas essas ferramentas, aliadas e utilizadas em conjunto, favoreceram o crescimento de 27% do comércio online em 2021 – resultando em um faturamento de R$ 161 bilhões ao longo do ano.

Após conquistas extraordinárias, certas tendências vêm despontando rumo ao próximo salto do e-commerce. Veja as principais:

#1 Metaverso: alvo de grandes investimentos, o metaverso é o ambiente perfeito para os negócios online. As empresas estão diante de uma grande oportunidade de marketing, podendo proporcionar aos clientes um lugar com foco em experiência e conveniência. Em uma expectativa feita pela Allied Market Research, o ambiente está projetado para atingir US$ 455 bilhões em 2030 – mas, demandará certos desafios em criar um ambiente funcional e relevante, onde o consumidor possa escolher e provar produtos, finalizar a compra e receber da forma mais adequada para ele.

#2 Super apps: mesmo não sendo um tema novo, é uma excelente oportunidade de crescimento para o e-commerce. Os super apps são funcionalidades e novos serviços nos quais as empresas vão inserindo outros aplicativos no mesmo ambiente, englobando novas vertentes de negócio que vão muito além de seu core business. Neles, os clientes terão acesso a múltiplas funcionalidades em uma mesma plataforma, oferecendo praticidade e agilidade na aquisição de serviços e produtos.

#3 Alt-commerce: o comércio alternativo, em uma tradução livre, é um conceito que faz muito sentido para o novo consumidor. Trata-se de uma experiência social, gamificada e ao vivo, com canais não-tradicionais, misturados com o social commerce. Esses novos consumidores buscam uma experiência fluida, onde a compra está completamente inserida dentro do ambiente em que ele vive. Para o e-commerce, pode ser extremamente vantajoso ao permitir que os usuários possam conduzir sua jornada de compras em seu meio predileto, elevando seu faturamento.

#4 Entregas por drone: pode parecer uma realidade distante, mas a entrega de produtos por drones deve se consolidar muito em breve. O serviço é essencial em cidades com problemas de mobilidade urbana, como São Paulo, sendo uma solução para os desafios que os varejistas enfrentam diariamente nas rotinas de entrega. Caso bem-sucedida, os benefícios para a lucratividade do e-commerce serão certeiros – mas, também trarão um maior nível de exigência e menos paciência pelos consumidores, em relação ao tempo de entrega de um produto.

Todas essas tendências tecnológicas aplicadas nas operações do e-commerce, trarão uma experiência cada vez melhor para o usuário, dentro do ambiente ao qual ele está inserido.

Investir nestes recursos será uma estratégia indispensável para o destaque do negócio em meio à concorrência, assim como se aproximar constantemente do público mais jovem, para conhecer seus hábitos e acompanhar as mudanças de comportamento e rotina.

As empresas precisam estar prontas para se adaptar de maneira rápida às exigências do mercado. Apenas assim, conseguirão acompanhar o alavanco do comércio online e suas incríveis vantagens competitivas para seu crescimento.


Larissa Lopes - Head of Marketing e especialista em estratégias para o mercado de varejo na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/

 

Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda orientam passageiros no combate à Dengue

  Desde março, cartazes de prevenção ao mosquito Aedes aegypti se encontram em todas as estações das linhas Diamante e Esmeralda

 


A ViaMobilidade Linhas 8 e 9, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos de São Paulo, orienta passageiros, por meio de materiais informativos, sobre prevenção, controle e tratamento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como Dengue, Chikungunya e Zika. 

Os cartazes foram planejados pela Unidade de Vigilância e Saúde (UVIS) de Santa Cecília e ficarão permanentes para consulta em todas as estações das linhas. Ali se encontram informações de prevenção ao inseto e às doenças que o advém. Tais como cuidados com objetos com água parada e sintomas das enfermidades por ele geradas. 

Para Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaMobilidade Linhas 8 e 9, a iniciativa integra o compromisso da concessionária com a sociedade. "Além de oferecer um transporte seguro e confortável, nosso objetivo é levar às pessoas que circulam pelas nossas estações orientações que contribuam com sua saúde e bem-estar”, diz. 

Para mais informações sobre o combate ao Aedes aegypti entre em contato por meio do telefone 156 ou pelo site Portal de Atendimento da Prefeitura de São Paulo.



Serviço

Campanha Contra Dengue - UVIS Sta Cecília

Linha 8-Diamante: Todas estações

Linha 9-Esmeralda: Todas estações


Metas de saneamento ainda estão distantes no Brasil

Todos os dias são despejadas 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado na natureza


Todos os dias, um volume de esgoto equivalente a 5,3 mil piscinas olímpicas é despejado na natureza sem qualquer tratamento no país. Ao mesmo tempo em que a tecnologia 5G está prestes a ser inaugurada nas grandes cidades, 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso a água potável de qualidade e cem milhões sequer possuem o esgoto coletado em suas residências. 

Os números fazem parte da 14ª edição do Ranking do Saneamento, divulgado esta semana pelo Instituto Trata Brasil. O estudo, que analisou a situação de cem municípios localizados em todas as regiões a partir de informações do governo federal, indica que o Brasil melhorou discretamente nos últimos anos em relação ao saneamento, mas ainda há muito a avançar para atingir a universalização do atendimento. 

De acordo com o Novo Marco do Saneamento, aprovado em 2020, 99% da população deve ter acesso à água e 90% dos domicílios brasileiros devem contar com coleta de esgoto até 2033. Em 2020, de acordo com o Trata Brasil, foram investidos R$ 13,7 bilhões no setor, valor considerado insuficiente para atingir as metas estabelecidas pelo Novo Marco.

“Em 2020, foi sancionado o Novo Marco Legal do Saneamento Básico, um importante passo no sentido de promover investimentos no setor, e, consequentemente, direcionar o país à universalização”, diz Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, que participou do levantamento. “Contudo, 2020 também foi o primeiro ano da pandemia de covid-19, fato que escancarou a lentidão com que avançam os principais indicadores de saneamento básico”, completa Oliveira.

Em relação à rede de água potável, 84,1% da população brasileira, em média, tem água na torneira em suas casas. Os municípios mais bem colocados são o Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS) e São Bernardo do Campo (SP). Todos eles fornecem água a 100% de seus habitantes.

Na outra ponta, os piores colocados são Porto Velho (RO), com apenas 32,8% da população atendida com rede de água consolidada; Ananindeua, no Pará, com 33,8%; Macapá (AP), com 37,5% do total de população atendida; e Santarém, no Pará, com 50,9%.

Em relação ao esgoto, 54,9% da população, em média, conta com coleta de esgoto. Apenas dois municípios analisados, Piracicaba e Bauru, ambas no interior de São Paulo, atendem 100% da população com coleta de esgoto e 34 cidades têm coleta superior a 90% dos habitantes.

Em Santarém, o índice de coleta de esgoto chega a apenas 4,1% dos habitantes, o menor índice do país. Em Porto Velho (RO), o índice é de 5,8% e, em Macapá, 10,7%.

“Os resultados desse ranking mostram uma realidade já conhecida: de maneira geral, os estados das regiões Sudeste e Sul têm maior cobertura e melhor prestação de serviços de saneamento. Já nas cidades com pior desempenho verifica-se uma predominância de municípios no Norte e Nordeste, ainda que tenhamos algumas cidades de outras regiões”, diz Gustavo Gusmão, diretor-executivo da EY para o setor de Governo e Infraestrutura.

Segundo Gusmão, existem diversos efeitos positivos dos investimentos em saneamento, tanto para a população atendida como para o desenvolvimento do país. Na saúde, explica o consultor, há redução relevante nos números de mortalidade infantil de internações hospitalares, bem como a redução de doenças advindas da ausência de condições sanitárias adequadas. 

“Nesse sentido, há uma redução de gastos públicos com saúde, recursos que podem ser destinados a outras áreas sociais prioritárias”, diz Gusmão.

No aspecto econômico, ele afirma que investimentos em saneamento básico, em especial na atual realidade brasileira, representa forte impacto na geração de emprego e renda. “Temos ainda uma relação direta dos investimentos de saneamento na valorização dos imóveis beneficiados com a acesso a água e esgoto.”

Gusmão também explica que, sob o aspecto ambiental, investimentos no setor promovem melhoria da qualidade da água, reduzindo a poluição de rios e preservando o ecossistema que depende desses recursos hídricos.

“Investir em saneamento está muito alinhado com a agenda de ESG (Ambiental, Social e Governança), que ganha cada vez mais relevância no mundo corporativo e na gestão pública.”

 

 Agência EY 

Agência de notícias da auditoria EY

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/brasil/metas-de-saneamento-ainda-estao-distantes-no-brasil


domingo, 27 de março de 2022

4 MITOS SOBRE O TAROT

 


Entenda mais sobre essa ferramenta de orientação e aconselhamento 

 

Com o passar do tempo surgiram alguns mitos sobre tarot e  as pessoas  ficaram receosas ao realizar consultas com medo do que as cartas poderiam mostrar.  A verdade é que o jogo de tarot não define seu futuro, ele apenas te ajuda a tomar as melhores decisões.

Segundo Yara Vieira, astróloga do Astrocentro, é muito importante ter uma pergunta específica em mente no atendimento. Assim, as cartas escolhidas trarão esclarecimentos sobre uma determinada situação e até mesmo orientações de como seguir. Cada carta carrega um significado diferente e a partir de sua posição na tiragem, é possível compreender sua mensagem aplicada à sua situação atual.

“Lembre-se de que temos o controle sobre nossas ações, o livre arbítrio. Dessa forma, o oráculo pode nos mostrar os possíveis resultados das escolhas feitas no presente, ou como podemos agir hoje para garantir um amanhã da forma que queremos”,  explica  Vieira.

A seguir, veja alguns mitos  sobre o Tarot


Eles predizem o futuro com precisão? 

As previsões sempre podem ser alteradas, a menos que você seja alguém que espera que sua vida seja incrível sem trabalhar para isso. Nesse caso, qualquer um poderia prever seu futuro com nenhum treinamento de leitura de cartas. “Sempre entenda que nosso futuro está em nossas mãos e é o que fazemos dele; eles devem ser alterados com frequência. Nada, como nem mesmo um baralho de cartas, pode determinar como será o seu futuro. Este é mais um dos mitos sobre o jogo de tarot”, explica Yara.


Precisa ser vidente para ler cartas de tarô?
Tudo que você precisa fazer é ouvir sua intuição. Se você for dotado de ‘visão’ e tiver vontade de aprender e compreender vários símbolos diferentes, então ter um baralho de cartas é o que você precisa. 


As cartas invertidas significam ‘algo ruim vai acontecer’?
Bem, nesses casos, não precisa ser necessariamente ruim, mas podem significar muitas outras coisas. As cartas invertidas têm significados diferentes, além de apenas terem repercussões.


Se eu tirar a carta da Morte, vou morrer?
O Tarot também não pode dizer quando você, ou qualquer outra pessoa, morrerá. Existem algumas cartas difíceis que refletem a dor e os desafios da vida, e a Morte pode ser uma delas, mas da maneira que a Morte muitas vezes representa e termina, é sempre seguida por um novo começo. Também não está necessariamente relacionado a algo que vai acontecer, mas pode estar chamando sua atenção para algo que você está segurando ou experimentando no momento.

“O tarot é uma ferramenta de orientação, ele  não tem o poder de mostrar como o seu futuro realmente será”, concluí Yara. 


Astrocentro

www.astrocentro.com.br


Ano Novo Astrológico: 3 coisas para esperar de 2022, o Ano de Mercúrio

No dia 20 de março, domingo, às 12h30, iniciou o ano 2022. Isso porque, diferente do calendário tradicional, na astrologia, o ano novo astrológico começa apenas quando o Sol, após passar pelos 12 signos, entra novamente em Áries, o primeiro do zodíaco. Mas, o que muda agora?


Energias de 2021 x 2022

O ano de 2021, que começou no dia 20 de março do ano passado, foi dominado pela energia de Vênus, o planeta que trabalha temas como o amor, os relacionamentos, a beleza e a autoestima. Com isso, vivenciamos um período em que tivemos a oportunidade de buscar formas de praticar o amor-próprio, cuidar da autoestima e do nosso estilo, além de podermos estabelecer novas conexões e nos reaproximarmos daqueles que amamos por conta do avanço da vacinação e da flexibilização das regras sanitárias.

Agora, em 2022, a regência será de Mercúrio, o planeta da comunicação, do intelecto e do raciocínio. Sendo assim, nossas atenções estarão voltadas para a nossa mente e para as trocas intelectuais. Portanto, este é um momento de cuidarmos de nossa saúde mental, de nos organizarmos mentalmente.

Mercúrio é o planeta regente dos signos de Gêmeos e Virgem, e são esses nativos que poderão ser beneficiados em 2022. Porém, é importante saber que todo mundo tem esses dois signos no Mapa Astral em alguma Casa Astrológica, e ela representa a área da sua vida que poderá ser mais trabalhada ao longo deste ano. Para conferir isso, basta fazer o seu mapa gratuitamente no Astrolink.


3 coisas para esperar de 2022, o Ano de Mercúrio

1. É o ano da comunicação, então será favorável para quem trabalha neste setor, já que informações devem circular a todo momento, movimentando o dia a dia. Porém, é preciso ter cuidado redobrado com fake news, já que a energia de Peixes está em alta devido a conjunção de Júpiter e Netuno neste signo, podendo indicar distrações e enganos.

2. É um ano para focar no bem-estar psicológico, buscar autoconhecimento, entender seus pensamentos e focar naqueles que realmente são importantes para a sua evolução. Sendo assim, terapias, novos hobbies e conversas sinceras são ótimas pedidas.

3. 2022 traz a energia necessária para você focar no estudo e em novas fontes de aprendizado, seja a partir de leituras, cursos ou até mesmo viagens que poderão te trazer ensinamentos. A palavra-chave do ano é conhecimento, então não tenha medo de se aventurar nisso, especialmente se você deseja aprender um novo idioma, já que este é um estudo diretamente voltado para a comunicação, tema mercuriano.

Você pode aproveitar as energias do ano de 2022, regido por Mercúrio, até março de 2023, quando o Sol retornar para o signo de Áries.



Astrolink
www.astrolink.com.br


Atitudes têm mais poder do que palavras

Falar até papagaio fala, já dizia o dito popular. Quem tem boca fala o que quer e pode persuadir, dizer o que achar que deve. Aqueles que buscam desenvolver hábitos de poder em busca de crescimento e desenvolvimento devem ter consciência de que só a fala não basta, é preciso ter atitude. A verdade é que o momento perfeito não existe, devemos fazer agora. 

É necessário esforço e ação, pois as atitudes têm mais poder do que as palavras. Isso é decorrente de uma passagem bíblica, que diz "Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens, nunca segará. Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas" (Eclesiastes 11:4-5).

Ou seja, não devemos esperar o amanhã para colocar um projeto de pé ou para tomar uma decisão na nossa vida. Devemos seguir em frente, pois não existe o momento perfeito, o que existe é apenas o agora.  Nós não temos garantia nenhuma do amanhã, por isso não devemos adiar aquilo que nós sabemos que deve ser feito. Não devemos procrastinar para adiar aquele curso que queríamos fazer, aquela decisão na empresa que deveria ter sido tomada. 

Devemos realizar agora, porque o depois, em geral, é similar ao nunca. Nós só temos domínio sob o momento presente, o passado já se foi e virou história e o momento futuro não pode ser controlado. Devemos tomar as decisões e fazer acontecer imediatamente, sem deixar para amanhã. É como iniciar uma dieta, que sempre é deixado para a segunda-feira e acaba sempre sendo adiada.

Sabemos que existem pessoas que falam muito. Por exemplo, no mercado de trabalho, existem pessoas que falam bastante sobre si no currículo, prometem mundos e fundos, mas quando começam a trabalhar na empresa, não se desenvolvem.  Ou seja, falam da boca para fora. Então, falar não faz sentido se não há entrega de resultados.

O indivíduo mal-intencionado pode até conseguir enganar um pouco de gente durante um tempo sobre algumas coisas.  Mas não consegue enganar todo mundo o tempo todo, e sobre tudo.  Ou seja, uma hora a fala não vai convencer, a atitude não poderá mais ser procrastinada e a verdade aparecerá.

 

José Paulo Pereira Silva - administrador de empresas, PhD em Relações Internacionais, CEO do Grupo Ideal Trends e autor de 20 livros, incluindo o lançamento “Segredos do Poder”


Redes Sociais podem gerar problemas de autoestima

Psicóloga explica como as redes sociais podem influenciar negativamente na autoestima das pessoas

 

Nos tempos atuais, estar conectado na internet é algo comum. As redes sociais, como WhatsApp, Instagram, Facebook, TikTok e Twitter, tomam muito tempo da vida de grande parte da população. Para algumas pessoas, o hábito de compartilhar o seu dia a dia nessas plataformas pode ser uma necessidade exagerada de conseguir curtidas e comentários nas publicações. O perigo é quando os usuários dessas redes passam a comparar, por exemplo, sua vida, seu emprego, corpo e suas roupas com as de outras pessoas. Isso mostra que, mesmo parecendo algo inofensivo e divertido, o uso dessas plataformas pode trazer diversos problemas para a saúde mental. 

As redes sociais acabam transmitindo uma ideia equivocada da realidade, gerando ansiedade, autoestima baixa ou outros transtornos mentais. Fotos com edições e filtros e postagens que dão a entender o quanto a vida é boa e sem problemas acabam gerando um sentimento de frustração em quem consome o conteúdo. Segundo a psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Márcia Karine Monteiro, “as pessoas criam personagens e ilusões, causando vários danos à saúde mental”.  

Outro fator contribuinte para os distúrbios na saúde mental é a interação entre os perfis, mais precisamente as curtidas. “Muita gente apresenta o quadro de Transtorno de Ansiedade Generalizada por conta dos ‘likes’, mas é necessário compreender que curtida não é afeto, comentário não é amor e ninguém precisa creditar a própria vida esperando a validação do outro”, comenta Márcia. Segundo ela, as pessoas, ao fazerem uma postagem, buscam pela aprovação das outras, temendo a rejeição social. Elas acabam depositando nas redes sociais a falsa ideia de que é amado ou rejeitado.  

Para Márcia, “as pessoas se preocupam com o que os outros pensam e isso causa sofrimento em quem não sabe lidar com a impopularidade. O importante para manter a autoestima nessa e em todas as situações é estar bem consigo mesmo, independente das imperfeições. Ninguém vive a vida perfeita de feed de Instagram, por exemplo. No geral, todos só divulgam a parte boa.” 

Um passo importante para recuperar a saúde mental dos danos causados pelas comparações nas redes sociais é buscar conversar com um psicólogo. A terapia tem um papel importante na melhora da autoestima. Além disso, o profissional da área vai auxiliar no controle da ansiedade e na reconstrução da autoestima.

 

Entenda a influência dos hábitos familiares à obesidade infantil

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 22% da população brasileira adulta sofre com a obesidade. Entre crianças de até 5 anos de idade, a proporção é de uma a cada dez

 

Considerado prioridade pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o combate à obesidade se tornou ainda mais relevante em meio à pandemia, cujos fatores associados ao isolamento social e seus impactos na saúde física e mental da população levaram ao aumento de casos entre crianças e adultos. Conforme dados da organização, divulgados em 2021, 22% da população adulta brasileira estava obesa, enquanto análise feita pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil indica que, atualmente, uma em cada dez crianças de até cinco anos de idade está acima do peso no Brasil. A endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP Cristiane Lauretti alerta para o risco deste número aumentar ainda mais. “A estimativa da OMS é que, em 2025, até 700 milhões de pessoas atinjam a massa corporal (IMC) acima de 30, indicando obesidade”, destaca. De acordo com a médica, entre os fatores que contribuem para o sobrepeso e obesidade estão os hábitos cultivados no dia a dia, muitas vezes propagados em família. “Os hábitos perpetuados em casa influenciam diretamente na saúde da família como um todo, sobretudo na saúde dos filhos”, reitera.

O que diz a ciência? Este tema foi abordado por uma pesquisa realizada pela Península Medical School, na Inglaterra, que sugere que o vínculo comportamental pode ser ainda mais relevante para a obesidade infantil do que fatores genéticos. Segundo o estudo, publicado na revista científica International Journal Obesity, mães obesas apresentaram dez vezes mais probabilidades de terem filhas obesas, e, entre pais e filhos, essa proporção foi de seis vezes mais. Com esses dados, os especialistas entendem que afinidades entre os gêneros em uma mesma família contribuem para a reprodução do estilo de vida. “É comum vermos no consultório histórias que nos levam a uma análise semelhante a esta pesquisa”, afirma a nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Tatiana Bononi. “Muitas vezes, a criança começa a ganhar peso devido a hábitos alimentares ruins que são comuns em casa, como o consumo excessivo de açúcar e embutidos, refrigerantes e bolachas recheadas, por exemplo.” Esses hábitos, somados à falta de estímulo para a prática de atividades físicas e brincadeiras ao ar livre, são os principais causadores da obesidade, o que é observado tanto nos pais como nos filhos. “A sobrecarga com a rotina de trabalho e ritmo acelerado do dia a dia foi modificando os hábitos das famílias ao longo dos anos e isso só piorou com o agravante do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19 e seus consequentes impactos econômicos”, salienta Tatiana. Conforme ressaltam as especialistas do Hospital São Camilo SP, geralmente, os familiares são os responsáveis pelos primeiros contatos das crianças com os alimentos, e a introdução de hábitos saudáveis nesta etapa pode evitar problemas graves à saúde dos pequenos ao longo da vida. “Com a manutenção deste quadro, essas crianças terão um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares e complicações metabólicas no início da vida adulta”, alerta Dra. Cristiane. A nutricionista, por sua vez, acredita que a conscientização da população é o melhor caminho, estimulando ações de combate à obesidade por meio de informação e educação, sobretudo considerando a avaliação dos hábitos dentro da realidade de cada família. “São os adultos que levam para casa os alimentos que a criança consumirá no dia a dia. Portanto, devemos atuar junto a esses pais e cuidadores para que novos e melhores hábitos sejam perpetuados no meio familiar, evitando apresentar aos filhos produtos ultra processados ou açucarados”, orienta.

Riscos e tratamentos Considerada pela OMS uma doença crônica, a obesidade está entre os principais fatores de risco para diversas doenças cardiovasculares, tipos de cânceres e diabetes, além de estar associada à redução da expectativa de vida. Dr. Ivan Sandoval, cirurgião geral e responsável pelo Centro de Tratamento da Obesidade do Hospital São Camilo de São Paulo, explica que a obesidade é uma doença do metabolismo que acarreta muita facilidade em ganhar peso. “Bons hábitos e estilo de vida saudável, em alguns casos, não são suficientes para resolver a questão. Porém, são parte fundamental em qualquer tratamento.” Ele ressalta que a doença é multifatorial e, por isso, seu tratamento deve ser conduzido por uma equipe formada por vários especialistas. “Embora o mercado esteja cheio de promessas de soluções rápidas, essas medidas são ilusórias e não trazem resultados positivos”, alerta. Segundo o especialista, o paciente que está com excesso de peso necessita de acompanhamento multidisciplinar e tratamento contínuo, assim como qualquer outra doença crônica. “Não devemos culpar ou discriminar o paciente, mas sim incentivá-lo a participar de todo este processo, incluindo as mudanças na rotina do dia a dia. Caso isso não seja feito, haverá grande chance de ganho ou reganho de peso.” Por isso, além de levar em conta a história do paciente à identificação das causas do problema, um programa eficaz de tratamento da obesidade envolve abordagem nutricional e psicológica durante todo o processo, podendo estar associado a outras medidas, como uso de medicamentos, intervenções como a gastroplastia endoscópica ou cirurgia bariátrica.

 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Desenvolvimento infantil para além das habilidades cognitivas

Na obra "O menino que entrou dentro de si mesmo", escritor e psicólogo Arnaldo Vicente compartilha 21 atividades para estimular inteligência emocional das crianças

 

Não é novidade que um dos primeiros passos para desenvolver comportamentos mais saudáveis entre os pequenos é a capacidade de reconhecer e lidar com as emoções. O que muitos pais, educadores e cuidadores desconhecem são as ferramentas para oportunizar este desenvolvimento infantil, processo que vai muito além de andar, falar e ler. 
 
Para solucionar esta demanda, o psicólogo especialista em Terapia Cognitiva Comportamental Arnaldo Vicente escreveu O menino que entrou dentro de si mesmo. Lançado pelo Editora Caminho Suave, do Grupo Editorial Edipro, o livro integra a Coleção Crescidinhos e convida o pequeno leitor a embarcar junto com o protagonista em uma viagem dentro de si para enfrentar diversos sentimentos. O grande aprendizado é lidar de forma leve com as frustrações do dia a dia. 

Após o grande sucesso da primeira publicação do livro, a nova edição da obra passa a incluir um guia com técnicas para que adultos possam identificar quando a criança não está bem, ajudá-los a praticar a atenção plena (mindfulness) e como trabalhar o pensamento positivo. Outra novidade é uma lista com 21 atividades simples de terapia cognitiva que auxiliam na compreensão dos sentimentos.   

Segundo Arnaldo Vicente, toda criança passa por dificuldades e, quando não consegue o que deseja, se frustra, faz birras e pode ficar agressiva ou triste. Neste momento, é imprescindível trabalhar a respiração e a concentração para deixá-las mais calmas e à vontade.  "Ao trabalhar o mindfulness nessas horas de vulnerabilidade, a criança tem a chance de se desenvolver, de se capacitar para realizar suas escolhas e construir uma personalidade saudável", complementa o psicólogo. 

Ficha técnica  
Editora: Caminho Suave 
Autor: Arnaldo Vicente  
Assunto: Literatura Infantil  
Ilustrações: Kelly Adão  
ISBN: 9786586742152  
Edição: 2ª edição, 2022  
Número de páginas: 40  
Preço: R$ 45,90  
Link de venda: https://amzn.to/3pZFxyh 
 
Sinopse: O menino que entrou dentro de si mesmo conta a história de um garotinho que, cansado de ser triste, decide entrar no próprio coração para desvendar seus problemas. Cauteloso, ele confronta os medos e todos os sentimentos ruins e, assim, torna-se uma pessoa mais alegre e otimista. 

 

Arnaldo Vicente - psicólogo e criador de um moderno método para gerenciar as emoções inteligentes chamado Autoterapia Positiva Intencional. Também é especializado em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), com formação em Mindfulness, Psicologia Positiva e Psicoterapia Analítica. Professor e supervisor de Cursos de Formação e Especialização em TCC, Arnaldo atende e dá aulas no Centro de Terapia Cognitiva Comportamental (www.ctccbauru.com.br). 

@arnaldovicenteatpi


A era dos erros indesculpáveis

É comum dizer que não é possível corrigir um erro, assim como não é possível devolver para o revólver a bala disparada. Um erro é algo que se concretiza na realidade de outra pessoa, afetando-nos a partir das consequências que ela sofre. É uma espécie de efeito bumerangue. Ou como diz o ditado sobre a raiva: "Um copo de veneno que você toma esperando que mate outra pessoa." Somos atingidos não pelos atos que praticamos, mas pelos danos que eles provocam. Por isso, só é possível reparar algumas das consequências dos erros. E assumir a promessa de não repetir. E não repetir é uma decisão complexa, difícil, pois, no mais das vezes, agimos de um certo modo porque nos dá uma satisfação muito particular fazê-lo assim. E queremos (mesmo sem o querer conscientemente) retornar a essa sensação prazerosa. Por isso erramos - e depois erramos de novo -, e ainda mais uma vez, e quando buscamos nos justificar, dizemos: “Eu não sei por que faço isso.” Sabemos. Porque é bom. Mas tem consequências.

Ao longo da vida, conseguimos identificar vários erros que cometemos. Outros tantos escapam - parcial ou completamente - porque perdemos o rastro das nossas “vítimas”. Das que são próximas ainda somos capazes de distinguir as cicatrizes que produzimos. Quando nos cobrimos de vergonha e remorso, sabemos que chegamos a algum lugar, pois estamos conseguindo superar o desejo de repeti-los. Nosso mal-estar é nossa vitória, fruto de um olhar sério e compenetrado em nós mesmos, em nossos afazeres no mundo, em nossos parâmetros de estabilidade diante do outro. Perguntamo-nos: “Preciso estar com esta 'estaca' apontada para o coração alheio? Qual a necessidade deste sangue em minhas mãos?" Na selva frenética de nossas ações disparatadas, quando esses pensamentos se impõem, sabemos que estamos conquistando algo muito importante.

"Errar é humano", diz o brocardo. Gosto do meme que coloca um “h" na frente do errar e faz a afirmação ficar ainda mais destacada. Não há imunidade contra o erro, porque ele é uma das interfaces do desejo - e o desejo é indestrutível. Erramos. É assim. Não há como evitar de todo. Resta-nos, então, escolher como conviver com os efeitos de nossas ações, que é a convivência com os outros danificados por elas. Torcemos pela capacidade de esquecimento dos afetados pelos nossos erros - que é um descaso com a própria memória da dor, ou, pior, um afastamento involuntário dos seus efeitos insuportáveis - ou torcemos pela capacidade mais sofisticada do perdão, que é um não-esquecer, mas um aceitar-aquele-que-fere-apesar-de. 

Nestes nossos tempos, a satisfação de apontar o dedo para os erros (presentes e passados) e desclassificar a pessoa do convívio comum tem funcionado como uma droga leve que faz sucesso em quase todos os ambientes. Temos vivido em um estado de prontidão contra palavras e gestos, e tomados de uma fúria interpretativa e identificadora do “possível erro”, condição suficiente para o exercício gozoso do apertar o botão do “cancelamento”. Por causa disso, todos os dias aparecem nos muros das cidades os corpos pendurados em gaiolas suspensas dos vetados do convívio por qualquer coisa dita como "inaceitável", mesmo para aqueles que sequer estavam diante do alvo do gesto. Não importa. Não há mais um cuidado em olhar para quem erra, mas tão somente para as curtidas da repercussão da minha recusa.

Vemo-nos diante desse espaço de reverberação que ignora pessoas, reflexões, arrependimentos e mudanças sinceras de posturas. Só importa o que um dia foi feito e que pode ser jogado como alimento no poço das fúrias sempre dispostas à vingança. A nós, que cometemos erros, cabe suportar. Ou resistir por meio da palavra fundadora de novos gestos.

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
daniemedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


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