Pesquisar no Blog

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Dia Nacional de Combate à Dengue alerta para a prevenção e conscientização sobre a doença

Ações e cuidados, que foram afetados pela pandemia de Covid-19, precisam ser retomados com a chegada do verão e o aumento das chuvas

 

O Dia Nacional de Combate à Dengue será celebrado neste ano no dia 20 de novembro¹ e foi instituído para promover a conscientização e mobilizar iniciativas de prevenção contra a doença. A data serve de alerta para a população sobre a importância da prevenção da dengue, que depende de medidas efetivas de controle do vetor. Neste ano, ainda reforça a urgência de retomar as ações de combate, que foram suspensas durante a pandemia de Covid-19. Visando contribuir com informações atualizadas sobre o tema, a biofarmacêutica Takeda lançou o site Conheça Dengue, que traz informações confiáveis e educativas sobre a doença.

A dengue é a doença viral transmitida por mosquitos que se espalha mais rapidamente e considerada pela OMS como uma das dez maiores ameaças à saúde global em 2019. A doença é transmitida principalmente por mosquitos Aedes aegypti e, em menos casos, por mosquitos Aedes albopictus. É causada por um dos quatro sorotipos de vírus da dengue, cada um podendo manifestar desde a forma mais leve da doença até a mais grave, inclusive levando a óbito. A prevalência de sorotipos individuais varia de acordo com geografias, países, regiões, estações do ano e ao longo do tempo e é totalmente imprevisível. A infecção por um sorotipo fornece imunidade permanente apenas contra este mesmo sorotipo, e a exposição posterior a qualquer um dos sorotipos restantes está associada a um maior risco de doença grave².

No Brasil, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, de janeiro até 23 de outubro deste ano, foram notificados 485.517 casos prováveis (taxa de incidência de 227,6 casos por 100 mil hab.) de dengue no Brasil. A Região Centro-Oeste apresentou a maior incidência de dengue, seguida das Regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. No Centro-Oeste, os estados que apresentam maior taxa de incidência são Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul3.

Em 2020, foram quase 1 milhão de casos, com 554 mortes, segundo o Ministério da Saúde4. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, ainda existe a possibilidade de a pandemia da Covid-19 ter contribuído para uma subnotificação de casos nas regiões endêmicas, incluindo o Brasil5.

"Durante a pandemia, todos os recursos foram destinados para o combate ao coronavírus. Com isso, o trabalho de prevenção, como a verificação de focos de mosquito em residências, foi suspenso", afirma a médica infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

A especialista alerta para a urgência de retomar as ações de combate ao vetor com a chegada do verão e com o aumento das chuvas, devido aos fatores climáticos favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti em ambientes quentes e úmidos.


Prevenção

"As ações de prevenção precisam ser retomadas com urgência. Enquanto não houver o controle do Aedes aegypti, a maior parte da população mundial está suscetível à doença", reforça a infectologista. Ela enfatiza que, neste momento, as ações necessárias incluem o retorno completo de agentes de saúde ao trabalho de campo e a retomada das campanhas de conscientização, que também ficaram em segundo plano durante a urgência da pandemia de Covid-19.

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada para evitar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas6. Manter a higiene dos locais e evitar a água parada é a melhor forma, por isso é fundamental a participação consciente de toda a população.


Sintomas

Os sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti podem ser confundidos com doenças mais comuns, como gripes e resfriados. A infectologista ressalta que, no início da pandemia do coronavírus, os casos de dengue e Covid-19 se confundiam pela semelhança de sintomas das duas doenças: "Era difícil diferenciar um quadro do outro. Entretanto, a dengue costuma ter uma manifestação mais abrupta, enquanto a Covid-19 tende a aparecer de forma um pouco mais gradual".

Na dengue, a infecção pode ser assintomática, ter sintomas leves ou graves, podendo levar à morte. Normalmente, a primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também pode apresentar manchas vermelhas na pele6.


Lançamento do portal Conheça Dengue

Atenta a esse desafio para a saúde pública e com o objetivo de disseminar informações confiáveis e educativas a respeito da doença, a biofarmacêutica Takeda lança o site Conheça Dengue. O portal, que traz dados atuais, mitos e verdades, sinais e sintomas para contribuir com a identificação da dengue, faz parte de uma campanha de conscientização da Takeda para contribuir com a prevenção e combate à doença no Brasil.

 


Takeda Pharmaceutical Company Limited

 


Referências

1. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Dia Nacional de Combate à Dengue. Disponível aqui. Acessado em novembro de 2021.

2. World Health Organization. Factsheet. Dengue and Severe Dengue. Disponível aqui. Acessado em novembro de 2021.

3. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, volume 52, nº 39, Outubro de 2021. Disponível aqui. Acesso em novembro de 2021.

4. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, volume 52, nº3, Janeiro de 2021. Disponível aqui . Acessado em novembro de 2021.

5. Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde. Atualização Epidemiológica: Dengue no contexto da COVID-19. 3 de dezembro de 2020, Washington, D.C. OPAS / OMS. 2020

6. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Dengue. Disponível aqui . Acessado em novembro de 2021.

C-ANPROM/BR/CORP/0143 - Nov/2021 | Material destinado ao público em geral


Fatos curiosos e verdadeiros sobre o seu DNA que você provavelmente não sabia

A exploração do DNA humano intriga a sociedade desde que a ciência começou a se consolidar na história. De fato, os nossos genes evidenciam e escondem muito sobre nós, algumas características são visíveis e, a olho nu, alguns traços físicos como cor de pele, cor dos olhos e tipo de cabelo, dão indícios de onde o nosso DNA vem.

Mas o que muitas pessoas não imaginam é que as nossas bases nitrogenadas possuem características bem curiosas quando imaginamos algo tão microscópico. Atualmente, laboratórios como a Genera, o primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal, oferecem testes de ancestralidade, saúde e bem-estar, que possibilitam você conhecer ainda mais os seus genes e a influência deles no seu dia a dia.

Por isso, separamos 7 características bem curiosas sobre o seu DNA que vão te deixar chocado.


1 - 3 BILHÕES DE PARES

Começando pela quantidade de pares de base, que o genoma humano tem em torno de 3 bilhões, que se arranjam no formato de dupla-hélice. Muito, né? Mas o genoma da nossa espécie não é um dos maiores. Numa escala de tamanho, ficamos atrás dos peixes que possuem um genoma cerca de 40 vezes maior que o do ser humano, chegando a 130 bilhões de pares.


2 - 177 BILHÕES DE QUILÔMETROS!

Para se ter uma ideia, se as hélices fossem desenroladas e colocadas em sequência, essas células alcançariam 1,80 metro de comprimento. Se somássemos todos os cromossomos de nossas células, o nosso DNA alcançaria mais de 177 bilhões de quilômetros, isso é o suficiente para fazer mais de 60 viagens de ida e volta entre a Terra e o Sol!


3 - 0,1% FAZ DIFERENÇA SIM!!

Aquele 0,1% é o que faz toda a diferença. 99,9% dos 3 bilhões de pares do DNA humano são iguais em todas as mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, apenas o 0,1% restante é o suficiente para que sejamos diferentes. Essa pequena parcela é o que vai determinar as suas características físicas, os seus hábitos e predisposições a doenças genéticas.


4 - IGUAIS, PORÉM DIFERENTES

Sabia que nem todos os irmãos compartilham o mesmo DNA? Apesar de virem da mesma barriga, irmãos podem herdar partes diferentes do DNA de cada um dos pais. Isso tudo porque recebemos 50% do nosso genoma da nossa mãe e os outros 50% do nosso pai. Não necessariamente serão passados para as próximas gerações os mesmos 50%. Isso vale até mesmo para os gêmeos! Se os gêmeos não forem idênticos (originados de óvulos diferentes), seu DNA será tão parecido quanto o DNA de irmãos com anos de diferença. No caso de gêmeos idênticos (originados do mesmo óvulo que se dividiu) a similaridade é maior, mas apesar de possuírem genomas muito próximos, ainda é possível identificar algumas diferenças.


5 - UM PEN DRIVE E TANTO

Com apenas 1 grama do nosso DNA conseguimos armazenar cerca de 215 milhões de gigabytes de informação. A capacidade das mídias de armazenamento não estão conseguindo acompanhar a grande demanda de informações, uma solução que os pesquisadores da Microsoft e da Universidade de Washington encontraram foi armazenar dados em moléculas de DNA. Ainda em desenvolvimento, o projeto pode ser a solução para conseguir armazenar toda a quantidade de informações que é produzida diariamente no mundo.


6 - AFINAL, DE ONDE VOCÊ VEIO?

Testes de DNA nem sempre são sinônimo de encontrar doenças. Com o avanço da tecnologia, o acesso às informações do nosso DNA se tornaram mais comuns e acessíveis, inclusive, elas podem ser usadas para descobrirmos mais sobre nós mesmos. Um dos mais procurados, é o teste de ancestralidade que consegue rastrear suas origens de até 5 gerações atrás, tudo isso comparando o seu DNA com o de várias pessoas ao redor do mundo. Já imaginou descobrir quantos por cento de você veio de cada pedacinho do mundo? Ainda é possível encontrar parentes distantes que compartilham o mesmo rastro biológico que você e por onde passaram os seus ancestrais.


7 - SÓ PRECISA DE UMA GOTA DE SALIVA

Quando ouvimos falar de teste de DNA, a extração parece ser algo bem complexo, mas é necessário apenas uma amostra de saliva para descobrir tudo o que seus genes têm a dizer sobre você. Você pode descobrir desde onde vieram os seus antepassados, qual é o tipo de exercício e dieta mais eficaz para o seu corpo a até a sua habilidade em matemática, além de descobrir quais a sua predisposição à doenças genéticas entre diversas características que o seu DNA diz sobre você.

 

Genera


Novembro Roxo: campanha alerta sobre partos prematuros e consequências para a saúde do bebê

 Brasil é o 10º país no ranking da prematuridade

 

Novembro é o mês internacional de sensibilização da população sobre o nascimento de bebês prematuros, aqueles que nascem antes do tempo previsto. Além disso é o momento de se debater sobre o crescente número de partos prematuros, formas de se prevenir e informar sobre as consequências para a saúde do bebê.

 

Dessa forma, os objetivos da campanha do Novembro Roxo são debatidos durante todo o mês de novembro, mas sua concentração acontece no dia 17 de novembro, que é o Dia Mundial da Prematuridade.

 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o 10º país no ranking da prematuridade, tendo em torno de 320 mil partos prematuros por ano. O nascimento prematuro é uma das principais causas de mortalidade infantil e os bebês que sobrevivem podem ter problemas de saúde de curto e longo prazo.

 

Segundo a Dra. Flávia do Vale, coordenadora de Obstetrícia da Maternidade do Hospital Icaraí, em parceria com a Perinatal, cerca de 80% dos casos acontecem por causas espontâneas, os outros 20% têm causa em doenças maternas, como hipertensão, descolamento da placenta, entre outras.

 

“As causas comuns de nascimento prematuro incluem a perda de líquido ou bolsa rota, gravidez múltipla, infecções e condições crônicas, como diabetes e pressão alta; entretanto, frequentemente nenhuma causa é identificada”, explica a médica.

 

 

Separação Zero mãe e bebê

 

Neste ano, o foco da campanha é a separação zero entre mãe e bebê prematuro, ou seja, incentivar e permitir melhores condições para que a mãe possa passar a maior parte do tempo com seu bebê prematuro dentro do hospital, e que o pai também tenha livre acesso.

 

A OMS recomenda o alojamento conjunto, ou seja, que as mães dividam seu quarto hospitalar com os bebês desde o nascimento para manter o contato pele a pele e amamentar. Isso deve ser preservado mesmo quando houver suspeita ou confirmação por COVID-19, recebendo todo o apoio necessário para a prevenção de infecções. Mas alguns prematuros, principalmente aqueles abaixo de 34 semanas, vão direto para UTI neonatal.

 

“No Hospital Icaraí, com a pandemia, permitimos que as mães com suspeita de COVID ficassem com seus filhos e amamentassem no quarto, caso desejassem. Estimulamos também a prática do parto humanizado, quando o bebê fica o tempo inteiro com a mãe. Muitos pediatras levam o bebê para o berçário após o parto para medir, pesar e fazer as vacinas, enquanto a mãe termina a cirurgia. Nós estimulamos que esses cuidados sejam feitos dentro do centro cirúrgico e que o bebê vá para o quarto direto com a mãe. Isso diminuiria a circulação pelo hospital e aumentaria o vínculo e contato com a mãe”, explica Dra. Flávia.

 

Além disso, Dra. Flávia relata que na UTI neonatal, quando é necessário o acolhimento dos prematuros, as visitas familiares são incentivadas e orientadas pelos profissionais de saúde que lá trabalham.

 

Cerca de 1 em cada 10 bebês nascem prematuros ou antes de completar as 37 semanas de gravidez. Esses bebês perdem o importante crescimento e desenvolvimento que acontece nas semanas finais da gestação.

 

“E não são apenas os bebês que precisam de cuidados especiais. Muitas vezes, a mãe também precisa. Quando uma mãe dá à luz um bebê prematuro, muito estresse físico e emocional vem junto. É importante levar em consideração a saúde física e mental dessa mãe, para que ela possa estar preparada para atender às necessidades de seu RN prematuro”, complementa a médica.

 

As desigualdades nas taxas de sobrevivência em todo o mundo são gritantes. Em ambientes de baixa renda, metade dos bebês nascidos com 32 semanas ou menos (2 meses antes) morrem devido à falta de cuidados adequados, como aquecimento, apoio para amamentação e cuidados básicos para prevenir infecções e dificuldades respiratórias. Já em países de alta renda, quase todos esses bebês sobrevivem.

 

“As taxas de sobrevida sem sequelas dos prematuros atendidos na unidade neonatal do Hospital Icaraí (Perinatal Icaraí) estão entre as melhores do Brasil, comparáveis às dos melhores centros neonatais do mundo. As unidades neonatais do Grupo Perinatal participam da Rede Vermont Network e da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais, o que permite uma troca constante de experiência para ajudar no tratamento dos prematuros lá atendidos”, conta Flávia.

 

Prevenção

 

Para Dra. Flávia a prevenção de complicações decorrentes do parto prematuro começa com uma gravidez saudável. Controlar o peso, a dieta, abolir tabagismo e uso de drogas e controlar bem doenças como diabetes e hipertensão são super importantes. Segundo a OMS, um mínimo de 8 consultas de pré-natal e o controle do crescimento fetal com ultrassom são medidas super importantes para identificar e controlar outros fatores de risco, como infecções.

 

“Mais de três quartos dos bebês prematuros podem ser salvos com cuidados viáveis e de baixo custo, como cuidados essenciais durante o parto e no período pós-natal para todas as mães e bebês. O fornecimento de injeções de corticoide pré-natais para fortalecer os pulmões dos bebês, antibióticos quando a bolsa d'água rompe antes do início do trabalho de parto e sulfato de magnésio para prevenir danos neurológicos futuros da criança, ultrassom com medidas do colo do útero para identificar e tratar mulheres de alto risco de parto prematuro, são recomendações e estratégias comprovadas capazes de reduzir os nascimentos prematuros”, explica Flávia.

 

Outros cuidados com o bebê recém-nascido lembrados pela médica incluem a atenção com a temperatura, o suporte de alimentação, estímulo ao contato pele a pele, uso seguro de oxigênio e outros tratamentos para ajudar os bebês a respirar mais facilmente e ter menos sequelas.

 

“Logo, uma boa integração entre a obstétrica e a UTI neonatal são fundamentais e fazem todo o diferencial nos resultados neonatais”, finaliza.

Estudo aponta que 11% dos partos no Brasil são de prematuros

Imagem: Banco de Imagens
Número chama atenção e especialistas reforçam a importância de falar sobre o assunto


Dados da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) mostram que 11,5 % dos partos realizados no País são de bebês prematuros, o que coloca o Brasil em 10º lugar com mais nascimentos pré-termo em números absolutos. As causas mais comuns da prematuridade estão ligadas a fatores maternos, fetais ou placentários que, segundo especialistas, nem sempre podem ser identificados precocemente.

Para a funcionária pública Verena Alves Rodrigues, 32, o diagnóstico de polidrâmnio foi uma surpresa, já que estava prestes a completar 32 semanas de gravidez. Por conta da doença, que aumenta a produção de líquido amniótico no útero, a pedagoga conta que "de uma gravidez tranquila, passou para uma gestação de alto risco de um minuto ao outro".

Verena, que é mãe de quatro crianças, deu à luz a Leonardo com 2.890kg devido ao inchaço do corpo causada pela hidropisia fetal, doença que acomete várias cavidades do corpo do bebê durante a gestação. O menino sofreu oito ataques cardíacos em consequência de um quadro grave de arritmia cardíaca e precisou ficar intubado por 17 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).

Hoje, de alta hospitalar, a mãe comemora os avanços na recuperação do filho. Leonardo, apesar de ainda lutar para manter o pequeno coração com os batimentos cardíacos em ritmo considerado normais para a sua idade (quatro meses), tem apresentado uma melhora significativa, graças ao tratamento médico e ao cuidado dos pais dentro e fora do ambiente hospitalar.

A funcionária pública é uma entre as muitas mães que vivenciam a prematuridade por diversos fatores. Thais Medeiros, 35, também é mãe de prematuro. Deu entrada no Pronto-Socorro do HSPE com 19 semanas de gestação sentindo leve desconforto abdominal e precisou antecipar o parto aos seis meses incompletos devido ao rompimento da membrana amniótica da bolsa.

Isabella nasceu com 500g e foi imediatamente levada à UTI Neonatal, onde permaneceu internada por sete meses. Lá, a menina passou por três cirurgias e ainda hoje recebe auxílio de oxigênio para respirar durante o sono. Em casa há três meses, a pequena vem ganhando peso e reagindo aos estímulos oferecidos a ela, segundo a mãe. "É incrível como ela tem se desenvolvido pouco a pouco", comenta Thaís.

É comum que bebês prematuros, principalmente os que nascem com o peso menor que 1000g considerados pré-termo extremo, tenham algum tipo de complicação que requeira hospitalizações em UTIs Neonatais e Semi-intensivas, segundo explica a neonatologista do HSPE Dra. Helenilce Costa. O tratamento clínico ofertado para o recém-nascido, na maioria dos casos, depende do peso ao nascer e outros fatores.

Ainda de acordo com a médica, o bebê prematuro pode ainda desenvolver sequelas físicas ou emocionais que são observadas pelos especialistas em diferentes períodos da vida, incluindo a fase adulta. Para a médica, não só a conscientização sobre a prematuridade, suas causas e consequências é de extrema importância, mas também a implementação de boas práticas de assistência para o período neonatal (após o nascimento do bebê) nas instituições de saúde, a fim de que tanto o bebê quanto a mãe recebam os cuidados necessários em curto e longo prazo.


Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe


Um cafezinho e estratégias terapêuticas que auxiliam no combate às quedas capilares

O café está presente na mesa dos brasileiros e o seu aroma aguça os sentidos, ativa o cérebro e possui propriedades que estimulam o crescimento dos cabelos. A cafeína é uma substância ativa e existente no café, que age como inibidor da enzima fosfodiesterase, que produzida em excesso causa danos na matriz capilar como: alopecia androgenética (calvície genética). “A cafeina possui um papel interessante na terapia capilar, já que é responsável por favorecer a proliferação celular e prolongar o tempo destinado ao crescimento dos fios”, acrescenta  o  médico e tricologista Dr. Ademir Carvalho Leite Júnior.

Muitos desconhecem, mas a alopecia androgenética é associada diretamente aos mecanismos de formação, vias biológicas e genética com vínculos de hormônios masculinos. Como o DHT, derivado da transformação de Testosterona em Dihidrotestosterona, por uma enzima chamada 5-a-redutase.

É válido lembrar que outros fatores como: Wnt/β-catenina e PGD2 (responsáveis por criar novas células); estado inflamatório, condições do ambiente e o estado psicoemocional; possuem relação, direta ou indireta, ao quadro de perda capilar.

A cafeína mostra-se eficaz, durante o tratamento do couro cabeludo, e atua diretamente na enzima 5-α-redutase, que reduz a conversão de Testosterona em Dihidrotestosterona. Com a sua intervenção os resultados são positivos, na via hormonal, o que favorece ao crescimento dos fios de cabelos. “Os novos estímulos e a terapia capilar geram respostas satisfatórias”, acrescenta Dr. Ademir.

 

 

Dr. Ademir C. Leite Jr. (CRM 92.693) - médico e tricologista. É certificado como Tricologista pela Internacional Association of Trichologists (IAT). Membro e diretor da IAT. É Diretor Científico do CAECI Educacional, Consultor de desenvolvimento de cosméticos e suplementos nutricionais, além de ser Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP. Autor dos Livros: “Como Vencer a Queda Capilar”, publicado em 2012 pela CAECI Editorial, “Socorro, Estou ficando careca”, publicado pela Editora MG em 2005, “Tem alguma coisa errada comigo – Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários Policísticos”, publicado pela Editora MG em 2004 e “É outono para meus cabelos – Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar” – Editado pela Editora Summus, Queda Capilar e a Ciência dos Cabelos, de 2013, publicado pela Editora CAECI, Reflexões sobre Psicossomática e a Queda Capilar em 2019, pela Editora CAECI e seu último lançamento “Temas atuais em Tricologia” lançado pela Editora CAECI.

 https://www.instagram.com/drademircleitejr/?hl=pt-br

http://www.otricologista.com/


Saúde Digital Brasil | 5 fatos que você precisa saber sobre a telemedicin

A telemedicina é a prática da medicina  à distância, onde os procedimentos, o diagnóstico, as decisões terapêuticas e as recomendações subsequentes de tratamento baseiam-se na visualização e nos dados dos pacientes, documentos  e outras informações transmitidas por sistemas de telecomunicação.  Desde 2018, a AMM (Associação Médica Mundial) recomenda o uso amplo da telemedicina, principalmente em casos nos quais o paciente não possa ver presencialmente um médico devidamente qualificado a tempo, devido a problemas de acesso como barreira geográfica ou falta de disponibilidade.  

Mas, foi durante a pandemia que todos os termos iniciados com o prefixo “tele”: telemedicina, teleatendimento, teleconsulta, teleassistência, teleoperação, telemonitoramento, ganharam os holofotes. Segundo dados divulgados pela consultoria de saúde Mercer Marsh, no último ano, mais de 4 milhões de brasileiros optaram pela teleconsulta ao invés de ir aos hospitais presencialmente e, com isso, a aceitação da telemedicina aumentou em 316% durante a pandemia. 

Da mesma forma, a discussão e a percepção dos impactos, dos prós e contras, extrapolaram as barreiras das instituições de saúde e do âmbito governamental para entrar em rodas de discussões da população em geral. A telemedicina é a grande responsável por unir brilhantemente os mundos físicos e digitais na área da saúde e tem alguns fatos que você precisa saber sobre ela. 


#1 Medicina e telemedicina são a mesma coisa 

A telemedicina é simplesmente medicina, utilizando ferramentas de comunicação à distância e apoio da ciência computacional, com a vantagem de encurtar barreiras físicas, usar outros recursos que suportam a decisão clínica. 

Ou seja, medicina e telemedicina não concorrem em hipótese nenhuma entre si. Pelo contrário, elas se complementam na missão de agregar valor à saúde e ampliar o acesso da população ao cuidado de qualidade. A telemedicina não é uma porta a menos e sim uma porta a mais para que o paciente chegue até o sistema de saúde. 

 

#2 Telemedicina salva muitas vidas e desafoga o sistema público 

Segundo dados extraídos das bases da SDB - Saúde Digital Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital) - de março de 2020 até abril de 2021, foram mais de 7,5 milhões de atendimentos. Destes, 87% foram primeiras consultas, evitando as famosas idas desnecessárias e identificando a necessidade do atendimento presencial que estava sendo negligenciado. O resultado: mais de 75 mil vidas salvas.  

No entanto, além desta resolutividade e da equidade, a telemedicina pode desafogar essa estrutura complexa e evitar tanto a subutilização de especialistas, quanto a superutilização do sistema. Isso porque ela absorve um atendimento que seria tradicionalmente direcionado às estruturas mais complexas. Ela assume o papel dos prontos-socorros, em geral, a porta de entrada do sistema, porém uma estrutura desenhada para atender a um nível de complexidade superior ao demandado na maioria das situações. 

Sendo assim, pode-se dizer que, a telemedicina, pela agilidade que proporciona e pelo volume de dados que registra, consegue evidenciar, do ponto de vista populacional, os movimentos que acontecem de saúde e o adoecimento com alguma antecedência.

 

#3 A telemedicina reduz custos e desperdícios 

“É preciso fazer mais com menos!” Esse é um bordão cantado em todo o país, mas que, na prática, seja pela falta de recursos e dificuldade de acesso ou pela imensidão do Brasil, por mais de 30 anos teima em não se concretizar.

O grande problema do financiamento da saúde pública não é uma dificuldade exclusivamente brasileira, outros países têm discutido exaustivamente este desafio.  O sistema de saúde britânico, por exemplo, sempre fonte de inspiração para o nosso Sistema Único de Saúde, reconhece que a telemedicina, na sua plenitude, é essencial para a sustentabilidade do sistema de saúde. 

Ela amplia o acesso à saúde e diminui custos. É por meio desta ferramenta que se pode melhorar a experiência e o desfecho clínico do paciente e reduzir desperdícios, já que está aberta a porta das grandes possibilidades, de colocar o paciente certo no lugar correto, no momento adequado, evitando atrasos no diagnóstico e condutas, itens tão caros aos sistemas, melhorando assim, a saúde da população.

 

#4 A telemedicina pode antecipar cenários 

Uma grande vantagem da telemedicina é antecipar cenários, algo crucial quando estamos falando sobre saúde de populações. O que podemos chamar “telepredicina”. Isso ocorre, pois, pelo volume de dados que registra, consegue evidenciar, do ponto de vista populacional, os movimentos que acontecem de saúde e o adoecimento com alguma antecedência.

Isso, inclusive, mostrou-se verdadeiro durante a pandemia, quando tivemos um volume de atendimento muito grande e conquistamos a capacidade de acompanhar os indicadores que eram obtidos nas consultas on-line e compará-los com dados de atendimentos presenciais nas unidades ambulatoriais e hospitalares presenciais.

 

#5 Regulamentar a telemedicina é uma necessidade urgente 

Desde abril de 2020, ela foi liberada em caráter de urgência por conta da pandemia. O Projeto de Lei 1998/20, que regulamenta a telemedicina em caráter definitivo está tramitando no Congresso Nacional e ainda há alguns entraves e discussões em andamento. 

Mas, é indiscutível que o Brasil tem necessidade de avanço. Precisamos evitar que o país retorne ao patamar de 2002, data da regulamentação anterior, pois a insegurança jurídica traz falta de desenvolvimento em tecnologia, treinamento de pessoas e estruturação de novos processos e modelos assistenciais.  

Manter as restrições nos condena a viver no passado, sem perspectiva de melhora para o atual presente. O que precariza a medicina não é a telemedicina e sim a regulamentação restritiva, caso inviabilize a prática de tal forma que o médico terá que voltar a atuar na informalidade para garantir sua autonomia. 

 


Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital - conhecida como Saúde Digital Brasil (SDB), é uma organização sem fins lucrativos, criada para congregar entidades que atuam na cadeia de prestação de serviços de telemedicina e que desenvolvem atividades relacionadas à saúde digital. 


Pesquisa revela impacto da pandemia na saúde dos brasileiros

Levantamento inédito realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, a pedido da SulAmérica, mostra que mais da metade da população sentiu piora na saúde mental e dificuldade em manter cuidados nesse período

 

Mais da metade dos brasileiros teve a saúde mental prejudicada pela pandemia de Covid-19 e 54% afirmam ter sentido dificuldade de manter os cuidados com a saúde desde a chegada do novo coronavírus ao país. Os dados são revelados em levantamento exclusivo realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, a pedido da SulAmérica.

O estudo foi realizado em setembro de 2021, 18 meses após a confirmação dos primeiros casos de Covid-19 no país, e traz um panorama das consequências desse período. Segundo o levantamento, 10% dos entrevistados afirmam que fazem consultas regulares com psicólogos sendo que 60% deles começaram a fazer terapia depois do início da pandemia. A Geração Y é a que mais se consulta, seguida da Geração Z.

Para 53% dos brasileiros, a sua saúde emocional piorou com a pandemia e, entre as mulheres, a sensação de impacto negativo é ainda maior: 62% das participantes do sexo feminino declaram que a saúde mental ficou pior ou muito pior, enquanto entre os homens essa percepção cai para 43%.

Entre os sintomas mais relatados, 53% das pessoas afirmaram ter sentido ansiedade, 42% alteração de humor, 41% insônia e 40% tiveram dor de cabeça ou enxaqueca, e as gerações Y e Z foram as mais impactadas por esses problemas. Frustração (33%), medo (29%) e esquecimento frequente (25%) são outros sintomas que estiverem presentes no dia a dia no brasileiro.


Saúde física

De acordo com o levantamento, a pandemia dificultou os cuidados com corpo e mente para 54% dos entrevistados (60% das mulheres e 48% dos homens). Considerando apenas os últimos 12 meses, 43% dos participantes afirmam ter tido pelo menos um problema de saúde: 18% tiveram Covid-19, 13% ansiedade, 9% depressão, 7% declaram ter tido gripe ou resfriado e 7% tiveram problemas estomacais.

A pandemia também interferiu na prática regular de atividades físicas: 53% diminuíram os exercícios por conta pandemia, enquanto apenas 18% afirmam ter aumentado a frequência. Entre as atividades preferidas dos brasileiros, de modo geral, a caminhada é a mais citada, sendo praticada 60% de quem realiza algum exercício, seguida de alongamento (21%) e bicicleta (18%). O brasileiro, no entanto, ainda tem pouca adesão à prática de exercícios: 63% dos entrevistados revelam ter baixa ou nenhuma frequência de atividades físicas.

Em relação à percepção sobre o próprio corpo, 6 em cada 10 brasileiros avaliam estar acima do peso e só 30% acreditam estar com o peso ideal. A pesquisa aponta que 70% dos entrevistados afirmam que realizar alguma atividade física é a principal forma de mudança para atingir o peso considerado ideal, enquanto 8% acreditam que o uso de medicamentos para emagrecer é o caminho para chegar ao corpo ideal.

O estudo revela ainda que 76% da população brasileira tem o hábito de ir ao médico pelo menos uma vez ao ano, 12% vão ao médico menos de uma vez por ano e 12% não costumam se consultar com profissionais de saúde. As mulheres e as pessoas que possuem planos de saúde são os que procuram o médico com mais frequência.

O levantamento realizado pelo Instituto FSB Pesquisa contou com uma amostra de 2.010 entrevistas por abordagem online. A pesquisa de opinião quantitativa contou com amostra representativa dos brasileiros com acesso à internet no país com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 15 e 23 de setembro de 2021.

 

SulAmérica


Pandemia derruba tratamento de retinopatia diabética no SUS

Dados do DATASUS mostram que a oferta despencou diante do aumento do diabetes no País.

 

O Brasil ganhou cerca de 2 milhões de novos diagnósticos de diabetes entre 2019 e 2021.  Saltou de 7,4% da população com 18 anos ou mais em 2019 para 8,2% em 2021, ou 17 milhões de brasileiros de acordo com a mais recente pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) divulgada pelo Ministério da Saúde em setembro.  De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, o diabetes altera os vasos no fundo do olho, muitas vezes sem causar um único sintoma, salienta. Para reconhecer a doença a dica do médico é observar alguns sinais que da mudança no metabolismo:  aumento da sede, vontade frequente de urinar, repentina perda de peso, cansaço, falta de sono e fome descontrolada. Nos olhos a doença incide lentamente. Com o tempo pode causar glaucoma, catarata e a retinopatia diabética que se não for diagnosticada logo no início pode levar à perda irreparável da visão, alerta. 

 

Tratamentos da retinopatia no SUS

Levantamento minucioso nos dados do DATASUS mostra estabilização na oferta de fotocoagulação a laser da retina entre 2019 e 2021 pelo serviço público de saúde. Foram 16,36 mil procedimentos em 2019 e este ano somou  16,7mil até setembro. “Significa que se considerarmos o aumento de diabéticos houve redução do tratamento. Queiroz Neto explica que o laser seca vasos tortuosos e frágeis que crescem na retina e podem levar à perda da visão caso extravasem após anos de convivência com o diabetes. 

Em contrapartida os relatórios do DATASUS revelam aumento exponencial na oferta de injeções intravítreas de antiangiogênicos. Passou de 2.061 em 2019 para 13.194 até setembro do ano.  Mas calma, ainda não dá para comemorar. Isso só aconteceu porque a terapia foi incorporada ao SUS no final de 2019 com uma única marca de antiangiogênico. A segunda opção só entrou no rol dos procedimentos em maio deste ano e a disponibilidade ainda é muito pequena.  Queiroz Neto explica que invés de secar os vasos que se formam na retina por causa do diabetes, a injeção bloqueia a formação destes vasos e por isso é uma terapia mais efetiva. O tratamento, explica, é feito com 1 injeção/mês durante um ano e depois deste período a prescrição segue protocolos personalizados

 

Glaucoma

O oftalmologista ressalta que de acordo com vários estudos 40% dos diabéticos podem desenvolver glaucoma. “Isso porque, alterações na circulação provocadas pelo diabetes dificultam a drenagem do humor vítreo, gel que preenche o globo ocular e aumentam a pressão interna do olho que danifica a retina e nervo óptico”, esclarece. Diabéticos também podem desenvolver o glaucoma renovascular como uma reação à retinopatia e portanto, tem o mesmo padrão de tratamento. No SUS os exames para diagnosticar glaucoma durante a pandemia  tiveram queda de 28% , mas já recuperaram parte desta perda.

 

Catarata

Outro efeito do diabetes nos olhos é o aumento de radicais livres que se depositam nas paredes do cristalino e por isso antecipam a opacificação da lente do olho. Para adiar a catarata que chega mais cedo para diabéticos as dicas do oftalmologista são: controlar a glicemia, proteger os olhos durante a exposição ao sol com lentes que contenham filtro UV (ultravioleta) e evitar excesso de sal que também compromete a osmolaridade celular do cristalino.

 

Tipos de diabetes

Queiroz Neto afirma que 9 em cada 10 casos de diabetes são do tipo 2. Significa que o organismo desenvolveu resistência à insulina causada por maus hábitos alimentares, sedentarismo, ganho de peso, hábito de fumar e  uso de corticoide em alta dose ou continuamente, bem como de alguns ansiolíticos. Por isso, para o oftalmologista as mudanças no estilo de vida durante a pandemia de COVID podem ter contribuído para esta pandemia de diabetes no mundo todo.

Os outros 10%, ressalta, têm diabetes tipo 1 que é hereditário e faz o pâncreas produzir uma quantidade insuficiente de insulina. “A insulina é um hormônio que faz a glicose e outros tipos de açúcar serem absorvidos pelas células. No diabético os açúcares não penetram nas células e por isso sentem mais fome. Para se prevenir da doença, além dos cuidados com a alimentação a recomendação do médico é fazer exames de sangue periódicos e praticar atividades físicas.


Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento de doenças respiratórias

Estudos são preliminares e apontam melhora no sistema imunológico


Com a chegada do outono, as doenças respiratórias alcançam um pico que segue em alta até junho, momento em que o clima e o ar estão mais secos. Os vírus respiratórios, que causam infecções das vias aéreas superiores - gripes e resfriados, pneumonias, crises de asma e bronquite, estão circulando com mais frequência no período. Segundo pesquisa da Universidade de Ciências Médicas de Teerã, publicada em 2018, um acúmulo de evidências sugere que o sistema endocanabinóide, através de receptores presentes no organismo (especificamente o tipo 2 - CB2) que se ligam nas substâncias presentes na cannabis (fitocanabinóides), desempenha um papel significativo na melhora de infecções respiratórias virais.

"A ação dos fitocanabinóides nesses receptores do sistema respiratório se mostra eficaz, podendo ser uma alternativa com menos efeitos colaterais no tratamento de doenças respiratórias. Vale ressaltar que cada paciente tem uma necessidade específica, sendo importantíssima a individualização do tratamento", comenta Dra. Maria Teresa Jacob, médica que trabalha com a cannabis medicinal no alívio da dor crônica há alguns anos.

Um artigo do PubMed Central também aponta o uso do canabidiol (CBD), uma das substâncias presentes na cannabis, como um relevante anti-inflamatório nesses casos. A mesma pesquisa indica que o canabinóide pode fornecer mais benefícios neuroprotetores do que as vitaminas C e E, além de contribuir com a imunidade. A interação do CBD nos receptores endocanabinóides do organismo estimula o sistema imunológico, trazendo ainda outros alívios, como melhora na qualidade do sono e alívio de dores.

Em tempos de coronavírus, em que as taxas de ocupação dos hospitais estão elevadas, a cannabis medicinal tem sido cada vez mais explorada e pesquisada para auxiliar no tratamento de diversas patologias. "Ainda não existem muitos estudos em humanos devido aos anos de criminalização da planta, como a maioria das publicações científicas destacam. Com a mudança de classificação da cannabis na reunião da ONU em dezembro de 2020, reconhecendo o valor medicamentoso dela, mais pesquisas serão realizadas em humanos, reforçando inúmeras pesquisas realizadas in vitro e in vivo em estudos animais, que indicam o uso da cannabis inclusive para melhorar a imunidade", finaliza Dra. Maria Teresa.

 

Dra. Maria Teresa Jacob - Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide para diversas patologias em sua clínica localizada em Campinas. Dra. Maria Teresa Jacob é formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, turma de 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Pós-graduanda em Endocanabinologia, Cannabis e Cannabinoides pela Universidade de Rosário, Argentina. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Acupuntura e Dor. Além de especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, na França, em 1992; especialização em Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado e Cannabis Medicinal, no Uruguai. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM).

 

BEM - Medicina Canábica e Bem Estar

https://www.centrobem.com.br


Como prevenir e tratar a obesidade infantil?

A obesidade infantil é considerada como um dos problemas de saúde mais graves deste século, segundo a própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Com um aumento de casos registrados durante a pandemia, a melhor forma de tratamento para a obesidade é a prevenção, que já deve ser iniciada no momento em que o bebê está em formação na barriga da mãe, uma vez que as chances de ser revertida ao longo do crescimento da criança são reduzidas significativamente a cada ano que a criança se mantém obesa.

Ao contrário do que muitos imaginam, a obesidade infantil raramente é vista em decorrência de algum problema de saúde ou histórico familiar. Em sua grande maioria, a doença é fruto de maus hábitos, principalmente alimentares – não apenas da criança, mas em muitos casos, de toda a família. Aliado à essa causa, está a baixa frequência de atividade física, hábito que também piorou durante a pandemia.

Muitos estudos mostram inúmeros fatores de risco para a doença estão presentes antes mesmo da gestação. Mães tabagistas ou com hábitos alimentares que incluem alimentos gordurosos, ultra processados e calóricos, tendem a ter filhos com mais chances de desenvolver a doença. Como resultado desta combinação de fatores, cerca de 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso no Brasil atualmente, junto com 3,1 milhões que já evoluíram para obesidade, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Estudos mostram que quando a obesidade é diagnosticada antes dos cinco anos de idade, as chances de tratamento eficaz são de apenas 10%. Para piorar, a cada ano, essa porcentagem é ainda mais reduzida, aumentando o risco de se tornarem adultos com hipertensão, alterações no colesterol, predomínio de gordura abdominal e, principalmente, resistência à insulina, que pode ocasionar infertilidade já na adolescência - essas alterações irão constituir a Síndrome Metabólica, aumentando o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.

Muitas crianças e, principalmente adolescentes desenvolvem, até mesmo, distúrbios psicológicos, como depressão, ansiedade, de imagem e alimentares, como bulimia e compulsão alimentares, o que costuma impactar em absenteísmo, mau desempenho escolar e, até mesmo, no seu futuro profissional.

Os maus hábitos alimentares podem ser agravados por refeições em frente às telas, nas quais os pequenos perdem a capacidade de autorregulação dos alimentos ingeridos – além de diminuir o tempo de atividade física. A intervenção medicamentosa é a última opção nos casos registrados dessa doença, porém bem indicada quando necessário. Prevenir é sempre o melhor caminho.

A medicina de prevenção é a melhor estratégia para garantir um crescimento saudável e evitar uma nova geração de adultos doentes. Afinal, se os casos continuarem a crescer, nem mesmo o Sistema Único de Saúde terá capacidade e estrutura adequada para tratar a alta demanda.

A obesidade infantil já é uma epidemia, que necessita ser combatida imediatamente. O ajuste da curva de crescimento da criança deve ser feito desde o planejamento da gestação, por meio da programação metabólica. As futuras mamães devem, desde cedo, criar hábitos alimentares saudáveis, ingerindo fibras que auxiliem na regulação da insulina, como frutas e vegetais. O aleitamento materno também é extremamente benéfico na criação de uma microbiota saudável.

Em conjunto, a prática de exercícios não deve ser deixada de lado. Para os pequenos, incentive atividades ao ar livre, se possível em contato com a natureza. Quanto mais tempo esperarmos, menores serão as chances de tratar esta doença silenciosa que, não distingue entre classes sociais para impactar severamente a saúde dos nossos pequenos.

 

 

Dra. Patrícia Consorte - pediatra e especialista em nutrição materno-infantil.

https://www.drapatriciaconsorte.com.br/


Posts mais acessados