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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Pesquisa revela impacto da pandemia na saúde dos brasileiros

Levantamento inédito realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, a pedido da SulAmérica, mostra que mais da metade da população sentiu piora na saúde mental e dificuldade em manter cuidados nesse período

 

Mais da metade dos brasileiros teve a saúde mental prejudicada pela pandemia de Covid-19 e 54% afirmam ter sentido dificuldade de manter os cuidados com a saúde desde a chegada do novo coronavírus ao país. Os dados são revelados em levantamento exclusivo realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, a pedido da SulAmérica.

O estudo foi realizado em setembro de 2021, 18 meses após a confirmação dos primeiros casos de Covid-19 no país, e traz um panorama das consequências desse período. Segundo o levantamento, 10% dos entrevistados afirmam que fazem consultas regulares com psicólogos sendo que 60% deles começaram a fazer terapia depois do início da pandemia. A Geração Y é a que mais se consulta, seguida da Geração Z.

Para 53% dos brasileiros, a sua saúde emocional piorou com a pandemia e, entre as mulheres, a sensação de impacto negativo é ainda maior: 62% das participantes do sexo feminino declaram que a saúde mental ficou pior ou muito pior, enquanto entre os homens essa percepção cai para 43%.

Entre os sintomas mais relatados, 53% das pessoas afirmaram ter sentido ansiedade, 42% alteração de humor, 41% insônia e 40% tiveram dor de cabeça ou enxaqueca, e as gerações Y e Z foram as mais impactadas por esses problemas. Frustração (33%), medo (29%) e esquecimento frequente (25%) são outros sintomas que estiverem presentes no dia a dia no brasileiro.


Saúde física

De acordo com o levantamento, a pandemia dificultou os cuidados com corpo e mente para 54% dos entrevistados (60% das mulheres e 48% dos homens). Considerando apenas os últimos 12 meses, 43% dos participantes afirmam ter tido pelo menos um problema de saúde: 18% tiveram Covid-19, 13% ansiedade, 9% depressão, 7% declaram ter tido gripe ou resfriado e 7% tiveram problemas estomacais.

A pandemia também interferiu na prática regular de atividades físicas: 53% diminuíram os exercícios por conta pandemia, enquanto apenas 18% afirmam ter aumentado a frequência. Entre as atividades preferidas dos brasileiros, de modo geral, a caminhada é a mais citada, sendo praticada 60% de quem realiza algum exercício, seguida de alongamento (21%) e bicicleta (18%). O brasileiro, no entanto, ainda tem pouca adesão à prática de exercícios: 63% dos entrevistados revelam ter baixa ou nenhuma frequência de atividades físicas.

Em relação à percepção sobre o próprio corpo, 6 em cada 10 brasileiros avaliam estar acima do peso e só 30% acreditam estar com o peso ideal. A pesquisa aponta que 70% dos entrevistados afirmam que realizar alguma atividade física é a principal forma de mudança para atingir o peso considerado ideal, enquanto 8% acreditam que o uso de medicamentos para emagrecer é o caminho para chegar ao corpo ideal.

O estudo revela ainda que 76% da população brasileira tem o hábito de ir ao médico pelo menos uma vez ao ano, 12% vão ao médico menos de uma vez por ano e 12% não costumam se consultar com profissionais de saúde. As mulheres e as pessoas que possuem planos de saúde são os que procuram o médico com mais frequência.

O levantamento realizado pelo Instituto FSB Pesquisa contou com uma amostra de 2.010 entrevistas por abordagem online. A pesquisa de opinião quantitativa contou com amostra representativa dos brasileiros com acesso à internet no país com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 15 e 23 de setembro de 2021.

 

SulAmérica


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