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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Lei do Superendividamento: como renegociar dívidas?

Três em cada 10 brasileiros estão inadimplentes. A média de suas dívidas chega a quase R$ 4 mil, segundo dados divulgados pelo Serasa. Com a pandemia, esse cenário se agravou, devido ao aumento do desemprego, que atingiu seu patamar recorde, de acordo com o IBGE – em 14,7% até o primeiro trimestre. Diante de dados tão preocupantes, a nova Lei do Superendividamento pode ser a grande salvação dessas pessoas para que consigam se recuperar economicamente.

Temos enfrentado situações severas nos últimos anos, intensificadas pela pandemia e pelo fim do auxílio emergencial. Muitas lojas fecharam, profissionais perderam seus empregos e, na tentativa de obter créditos e aumentar prazos de pagamento, acabaram aumentando ainda mais suas dívidas em um efeito dominó. Como forma de ajudar todos os devedores de boa-fé, a Lei pretende evitar que sofram ainda mais com juros abusivos, de forma que ainda tenham a mínima renda necessária existencial para sua sobrevivência.

Dentre suas propostas, algumas se destacam como mais promissoras à essa finalidade. Como exemplo, está a mudança proposta no processo de recuperação judicial, visando acordos mais justos aos consumidores. Será possível solicitar uma revisão dos contratos com um novo plano de pagamento, com prazo estendido para cinco anos, ao invés de 24 meses, como era antes. Para isso, a lei também garantirá que o devedor consiga arcar com suas dívidas mantendo uma renda mínima, de forma que não contraia novas dívidas durante esse processo.

Ainda, para que tenham todo o suporte necessário, a lei prevê que o Banco Central e o Procon – instituições responsáveis por essa concessão – passem por um treinamento intenso, visando o aprendizado de todas as novas regras e meios de proporcionar acolhimento. A medida é uma excelente forma de fazer com que as normas sejam respeitadas e prevalecidas. Tudo, com total transparência, uma das principais mudanças que impactam diretamente os credores.

Com sua aprovação, os bancos estão proibidos de ocultar os reais riscos da contratação de um empréstimo. Todos os custos totais envolvendo juros, tarifas e encargos sobre atrasos, devem ser informados – caso contrário, tomarão medidas ilegais com permissão de reivindicação dos direitos por parte do consumidor. Uma forte rigorosidade necessária para o objetivo desejado.

Solucionar o enorme número de pessoas superendividadas só será possível por meio de uma reeducação financeira, assim como a Lei também defende. O consumo consciente deve ser estimulado, possibilitando acesso a recursos financeiros de maneira mais sustentável. Todos devem entender os prós e os contras de solicitar a concessão de crédito e, principalmente, como concluir o plano de pagamento sem adquirir novas dívidas durante o processo.

Em termos gerais, a Lei do Superendividamento pode contribuir para que os devedores consigam se recuperar financeiramente, sem novos prejuízos. Para isso, é imprescindível focar no trabalho de conscientização da população, via educação financeira. Ainda, com um maior conhecimento e preparo dos órgãos envolvidos nessa concessão, podemos futuramente, colher resultados excelentes dessa proposta.

 


Marcos Guerra - Superintendente do Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel.

https://www.pontaltech.com.br/


Produtores de cachaça e gigantes dos destilados se unem de vez na campanha Doses Certas: ‘Álcool é Álcool’

Apoiado pela ABBD e IBRAC, Movimento defende o setor ao mostrar que não importa o tipo de bebida que se consome, mas sim a quantidade absoluta de álcool ingerida por indivíduo

 

Com apoio de entidades representativas do setor, como a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e o Instituto Brasileiro de Cachaça (IBRAC), o Movimento Doses Certas lança uma campanha com objetivo de promover informação educativa e transformadora para o público adulto e saudável que opta por beber.
Na prática, significa combater mitos e fake news que rondam as bebidas alcoólicas e causam prejuízo à saúde pública e à economia. A ideia principal é mostrar que "Álcool é Álcool" e que o que importa mesmo é a quantidade absoluta de consumo do indivíduo e não o tipo da bebida ou seu teor de percentual alcoólico.

As bebidas destiladas, a cerveja e o vinho possuem o mesmo tipo de álcool: o etanol. Por isso, o Doses Certas desmistifica a falsa ideia de que existem bebidas fortes e fracas de forma didática: imagine uma mesa de bar com três amigos. Um está bebendo 330 ml de cerveja, a um teor alcoólico de 4%; o outro está bebericando 100 ml de vinho tinto, a 12%; e o terceiro saboreia 30 ml de um destilado, como uísque, Cachaça e vodka, a 40% de teor alcoólico. Mesmo sendo bebidas diferentes, os três amigos estão ingerindo, cada um, a mesma quantidade absoluta de álcool: 10 gramas, aproximadamente.

Sendo assim, não importa o tipo de bebida e não existe uma "mais forte" do que a outra, já que o que varia mesmo é a quantidade total ingerida de etanol por pessoa. A campanha, que se baseia no mote central de que "Álcool é Álcool", pretende abrir os olhos dos consumidores e trazer o conceito de Dose Padrão , norteado por uma medida de 10 gramas de álcool, que ajuda a estabelecer uma referência da quantidade absoluta da substância.

A própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estipula que 10g é a porção padrão para efeito de rotulagem nutricional de alimentos. Em nível global, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também já chegou a recomendar a dose padrão de 10 a 12 gramas de álcool, sugerindo até três doses para homens e duas doses para mulheres, com pelo menos dois dias de intervalo sem consumo na semana.

"A percepção equivocada de que existe uma bebida mais forte do que a outra ou, ainda, bebidas frias e bebidas quentes, está enraizada no imaginário popular e traz consequências negativas para todos. Álcool é álcool e entender isso ajuda o consumidor a fazer melhores escolhas e a regular o mercado de forma isonômica, tanto no âmbito regulatório, quanto no tributário ", explica Eduardo Cidade, presidente da ABBD.

O diretor executivo do IBRAC, Carlos Lima, também acredita que a correta informação ao consumidor traz benefícios para toda a sociedade e acende uma luz sobre o consumo responsável permitindo que o consumidor faça escolhas conscientes.

"O Doses Certas foi criado, com o apoio do IBRAC, para aprofundar o debate sobre o consumo responsável de bebidas alcoólicas. O movimento apoia a adoção do conceito de Dose Padrão como ferramenta para a moderação do consumo e, naturalmente, combate a narrativa equivocada de que existam bebidas ‘quentes’ ou ‘frias’, ‘fortes’ ou ‘fracas’, o que sabemos que não procede. Álcool é álcool, como bem diz o slogan e a percepção equivocada sobre o tema tem gerado, inclusive, desdobramentos tributários que prejudicam o setor da Cachaça e dos destilados.", defende.


Informação transforma

Para a especialista Jessica Durán, uma das autoras do livro " Dose Padrão: uma ferramenta para o combate ao consumo nocivo de álcool ", a dose padrão de álcool - quantidade de etanol presente em qualquer tipo de bebida, medida em gramas - é um instrumento eficaz para a prevenção do consumo nocivo de bebidas alcoólicas. Usando o México como referência, país com características semelhantes ao Brasil, ela considera o consumo nocivo nas situações:

• O consumo feito por menores de idade.

• O consumo excessivo de álcool - superior a 3 doses diárias para mulheres e 4 para homens, sendo cada dose padrão correspondente a 13 gramas de álcool puro.

• O "consumo explosivo", ou seja, beber as doses rápido demais.

• Combinar álcool e direção de veículos, incluindo bicicletas e patinetes.

• Misturar bebidas com remédios; o consumo de álcool por pessoas com enfermidades crônicas, como câncer e diabetes.

• O consumo de bebidas ilícitas, que nutrem o mercado informal e são acessíveis às pessoas mais vulneráveis.

Por ser um parâmetro de referência, adotado internacionalmente, a dose padrão oferece uma métrica de comparação única para estudos regionais e globais sobre o consumo de álcool. Isso torna possível avaliar hábitos e culturas locais e realizar comparações entre regiões de um mesmo país ou até entre países. Além disso, o estabelecimento dessa referência ajuda na elaboração de políticas públicas eficazes para evitar o uso nocivo do álcool, tanto em nível local quanto global.

 

MOVIMENTO DOSES CERTAS

Doses Certas é um movimento essencialmente educativo que, por meio de estudos, pesquisas e informação científica e estatística, defende a moderação no consumo de bebidas alcoólicas. A ideia central é ajudar adultos saudáveis que optem por beber a fazerem escolhas conscientes e responsáveis.

https://dosescertas.com.br/


Delegacia da Diversidade Online é o mais novo serviço virtual desenvolvido pela Prodesp

Simples e intuitiva, a ferramenta criada para a Polícia Civil vai ajudar a combater crimes de intolerância 

 

Lançada na quinta-feira (26) pelo Governo de São Paulo, a Delegacia da Diversidade Online (DDD Online) é o mais novo serviço desenvolvido pela Prodesp – Empresa de Tecnologia do Estado - para a Polícia Civil, para ampliar o combate a crimes de discriminação e intolerância, iniciado o processo de forma remota, sem a necessidade de deslocamento a uma delegacia. A iniciativa, reforça as políticas públicas de proteção à diversidade no Estado de SP.  

“O respeito é a expressão do amor. Pessoas que têm a intolerância como marca são pessoas que não se amam. São pessoas que odeiam. E é dessas pessoas que desejamos distância. A essas pessoas, a aplicação da lei. São Paulo não tolera a intolerância, aqui somos defensores da liberdade. E é por isso que estamos fazendo aqui a Delegacia da Diversidade”, ressalta o Governador João Doria.  

A plataforma, desenvolvida pela Prodesp, é intuitiva e simples de navegar, facilitando o preenchimento das ocorrências. Para entrar na DDD Online, basta acessar o site www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.  

“Essa é mais uma ferramenta importante para proteger a população, a diversidade e os direitos das minorias no Estado de São Paulo. Por meio de políticas públicas como essa, poderemos conviver em um ambiente mais igualitário para todos e a Prodesp tem muito orgulho em fazer parte desse processo“, afirma o presidente da Companhia, André Arruda.  

Para realizar um registro, após acessar o link, o cidadão deve apenas clicar em comunicar ocorrência e depois no ícone Delegacia da Diversidade Online. O processo é rápido, seguro e não demanda conhecimento jurídico para classificação do tipo de delito. A própria plataforma oferece um questionário para orientar a vítima sobre o tipo de violência sofrido.  

Depois de detalhar a ocorrência, o cidadão insere os dados pessoais, as informações do agressor e as provas, caso possua. O processo de preenchimento é o mesmo já adotado para os outros crimes da delegacia eletrônica, mas adaptado às peculiaridades dos delitos de intolerância ou discriminação. De acordo com delegado Geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz, os policiais de todo estado serão treinados e preparados para atendimento e investigação dos crimes de intolerância. “Nós temos treinamento específico para esses casos e estamos treinando todos os policiais do interior para que atendam com a dignidade que a vítima merece”, destaca.  

A partir de agora, a DDD Online passa a ser responsável pelo registro eletrônico de todas as ocorrências de intolerância ou preconceito por diversidade sexual, de gênero, religiosa, racial e demais delitos dessas naturezas. Após o registro, as ocorrências são direcionadas para investigação na unidade especializada da capital ou DEICs regionais. 


Pesquisa aponta que 86% foram muito prejudicados financeiramente pela pandemia

Pesquisa divulgada em agosto aponta que 86% dos entrevistados tiveram suas finanças muito prejudicadas em função da pandemia, para 8% apenas prejudicou apenas um pouco e 4% não sentiram prejuízos (2% não quis responder). A pesquisa foi realizada pelo Instituto Axxus e foram entrevistadas 2.500 pessoas de todas as regiões do país e a margem é de erro 2% e o nível de confiança 95%.

Outro ponto importante que foi apresentado é que 76% reconhecem que não estão administrando bem. "A pesquisa analisou pontos muito relevantes relacionado ao momento vivido e, infelizmente, vemos que o impacto da pandemia foi muito negativo para as pessoas", observa Rodnei Domingues, CEO do Instituto Axxus, responsável pelo levantamento.

A pesquisa ainda apontou que os principais erros cometidos no período foi comprar demais (58%) e fazer dívidas (29%). Com isso o resultado é que apenas 2% dos pesquisados afirmou ser poupador, 13% equilibrado financeiramente, 55% endividado e 30% muito endividado.

Outro dado preocupante apontado é que quando perguntados sobre a previsão financeira após a pandemia, em comparação a 2019, 17% acreditam que ficará igual ou melhor e 83% acreditam que ficará pior.

"É gritante o resultado da falta de educação financeira apresentando pelo estudo, mostrando o que sempre afirmei em relação ao tema e que as pessoas não estão prontas para enfrentar crises. Com a crise muitas pessoas perderam rendas, contudo, em situações como essa é preciso estar prevenido com reservas e com a possibilidade de cortar despesas. Mas, isso não acontece, levando muitos ao descontrole e ao desespero", analisa o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos.

Esse fato é também comprovado pela pesquisa que aponta que 71% tiveram insônia devido dificuldades financeiras e que 45% somatização e 14% entraram em depressão. "Temos que levar a educação financeira como uma questão séria e que tem reflexo na saúde, não temos mais como deixar isso para segundo plano", completa Reinaldo Domingos.

Veja outros pontos relevantes apontados pela pesquisa: a aposentadoria dos idosos foi muito importante para 36% dos entrevistados que foram muito prejudicados pela crise. 24% dos jovens (até 30 anos) pararam de estudar devido as dificuldades financeiras e 19% não sabem (se e) quando irão voltar.


Cigarros eletrônicos estão cada vez mais difundidos pelo mundo

Mesmo proibido no Brasil, eles são bastante usados pelos jovens e merecem alerta neste Dia Nacional de Combate ao Fumo


Depois de anos de lutas e vitórias contra o tabagismo, eis que esse vilão da saúde ressurge com uma nova embalagem, mais moderna, envolvente e com uma variedade de modelos: o cigarro eletrônico, também conhecido como vape. Inalado por meio de vapor, e não fumaça, não deixa odor em seus usuários. Com variedade de sabores, permite diferentes experiências gustativas e vem conquistando os jovens. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que o número de usuários desses aparelhos saltou de 7 milhões em 2011 para 41 milhões em 2019, um crescimento de 485%. No Brasil, vender, importar e fazer propaganda de cigarro eletrônico é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. Apesar disso, os aparelhos são facilmente encontrados pela internet, no comércio informal e podem ainda ser adquiridos no exterior para uso pessoal. 

No próximo domingo, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que também serve de alerta para os vapes, que vem sendo muito difundidos pelas redes sociais e até por influenciadores. Basicamente, os aparelhos são compostos por uma mecha que absorve o líquido presente no vaporizador que, então, é aquecido pelo atomizador conforme o usuário traga. A pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, afirma que percebeu um aumento do uso desses dispositivos nos últimos anos e alerta para os riscos. 

Muitos usuários afirmam que os vapes são menos prejudiciais à saúde que os cigarros convencionais e os narguilés, até porque os vaporizadores podem ser usados sem nicotina, mas a pneumologista ressalta que a substância mais famosa do fumo não é a única que pode acarretar problemas através do cigarro eletrônico. "Ele contém substâncias químicas potencialmente tóxicas, como álcool benzílico, benzaldeído, vanilina, acroleína e diacetil. Não temos dados suficientes sobre os riscos potenciais do e-cigarro na saúde, mas a evidência até hoje indica que esses dispositivos não são uma alternativa segura”.  

Segundo a especialista, os vaporizadores atraem muitos jovens. “Adolescentes que nunca experimentaram cigarros tradicionais sentem-se atraídos pelos eletrônicos, que estão disponíveis em mais de 1500 sabores vaporizáveis. Por ser mais prático, ter uma aparência tecnológica, atrativa e não causar aquele incômodo do cigarro tradicional – sobretudo pela diferença de odor -, os eletrônicos passaram a ser socialmente aceitáveis em diversos ambientes, principalmente em festas e eventos”, detalha a médica.

 

Doenças

Fernanda Miranda detalha ainda os problemas que o uso dos aparelhos pode acarretar. “O organismo é exposto a uma variedade de elementos químicos gerados de formas diferentes. A primeira é pelo dispositivo, que possui nanopartículas de metal. Outra tem relação com o processo de aquecimento ou vaporização, já que alguns produtos contidos no vapor desses cigarros eletrônicos incluem carcinógenos conhecidos e substâncias citotóxicas, potencialmente causadoras de doenças pulmonares e cardiovasculares”, diz. 

O fato da fumaça produzida pelos vaporizadores ter um cheiro agradável, que varia de acordo com a essência colocada, não a abstem de causar males. “Ao contrário do que se pensa, o vapor emitido pelos cigarros eletrônicos não contém apenas água, há altas concentrações de nicotina, substâncias cancerígenas e até metais pesados que vazam das bobinas de aquecimento. Estar próximo dessa fumaça pode irritar os olhos, a garganta e os pulmões, agravar quadros de problemas respiratórios, além de não ser seguro para o desenvolvimento de uma criança”, alerta a médica. 

A pneumologista do Órion Complex ressalta que o ideal é não entrar na onda dos vapes. “Apesar de conter menos substâncias cancerígenas que os cigarros convencionais, o eletrônico, principalmente após o uso prolongado, ainda apresenta riscos e não deve ser considerado uma opção segura”, salienta. “O tabagismo é um dos principais fatores de risco evitáveis e responsável por mortes, doenças e alto custo para o sistema de saúde, além da diminuição da qualidade de vida do cidadão e da sociedade”, completa Fernanda Miranda.


Blockchain: entenda essa tecnologia

Apesar de ainda haver resistência quanto a utilização de criptomoedas, é inegável o avanço tecnológico que elas representam em nossa sociedade. Mais do que um movimento financeiro, a criptoeconomia vem gerando uma grande mudança cultural.

Um dos principais exponentes desse movimento é o blockchain, que funciona como uma rede de blocos encadeados que carregam conteúdos – algo como uma impressão digital, única e imutável. Em transações com criptomoedas, como o Bitcoin, por exemplo, o conteúdo do blokchain é a operação financeira em si. Mas, ele pode ser o registro de qualquer outro tipo de transação.

O blockchain possibilita validações de documentos por meios digitais, como contratos de serviços e de bens – como troca, venda e aquisição de imóveis, ações e carros, por exemplo. Tal tecnologia envolve grande arcabouço tecnológico e é reconhecida por sua segurança e transparência.

Há quem diga que o impacto cultural trazido pelo blockchain é tão grande quanto foi o gerado pela internet nos anos 90. Ele vem se demonstrando inviolável e eficaz em manter todos as transações registradas, com a impossibilidade de apagamento.

Por isso, podem estar com os dias contados sistemas financeiros tradicionais e instituições como tabelionatos e cartórios. Isso porque o bockchain simplifica a criação e o armazenamento de contratos inteligentes, facilitando o registro e a busca de informações, sem a necessidade de intermediários.

Para além do blockchain, a criptoeconomia vem modificando o mercado financeiro no Brasil e no mundo. Atualmente, centenas de bilhões de dólares são movimentados no setor, uma vez que as criptomoedas estão democratizando as possibilidades de ganhos financeiros.

Tanto que muitas pessoas estão saindo do mercado tradicional de investimentos e migrando para a criptoeconomia, ou se posicionando nos dois mercados ao mesmo tempo, visando redução de riscos e diversificação de portfólio.

E já existem plataformas de criptoeconomia que têm propostas voltadas para leigos, como é o caso da Monnos. Fundada em setembro de 2019, hoje ela possibilita que seus mais de 30 mil usuários comprem, vendam e façam pagamentos com criptomoedas. Trata-se de uma tendência global que deve se fortalecer nos próximos anos.

 


Rodrigo Soeiro - fundador da Monnos (https://monnos.com), primeira Crypto Bank do Brasil e primeira rede social de investimentos em criptomoedas do mundo.

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Você sente o ouvido tampado?

Conheça a Autofonia


Conhecida por autofonia, a sensação de ouvido entupido é muito comum quando mudamos de altitude, como em uma viagem na qual há uma descida de serra. Durante esse processo ocorre uma diferença de pressão entre a orelha externa e a média e o corpo leva algum tempo para se acostumar com essa mudança. Ou seja, “se a pressão do ambiente for diferente da que a pessoa estava habituada, ocorre a sensação de ouvido tapado”, explica a médica otorrinolaringologista especialista em otoneurologia, Dra. Rita de Cássia Guimarães.

A situação incômoda costuma se resolver rapidamente pelo próprio mecanismo de compensação da tuba auditiva. “Além de poder se resolver sozinho, uma atitude que pode ajudar a equilibrar a pressão e a corrigir a autofonia mais rapidamente é engolir saliva, beber líquidos durante a viagem e bocejar”, afirma a médica.

Na descida da serra o quadro é mais leve se levado em consideração com voos de avião ou mergulhos. Nessas situações mais extremas, além da autofonia, as pessoas podem ter dor de ouvido e até extravasamento de líquido ou de sangue na cavidade do ouvido médio, provocando uma infecção no local.

Ainda existem outras situações que dão a impressão de ouvido entupido. Pessoas com apertamento dentário e/ou bruxismo, pelo deslocamento incorreto do côndilo da mandíbula, podem sentir essa sensação.

Para evitar essa situação, deve-se manter a saúde dos ouvidos em dia, como tratar resfriados, gripes e rinites e consultar um médico especialista otorrinolaringologista assim que perceberem quaisquer complicações. Não usar hastes flexíveis nos ouvidos e não tentar remover o cerume por conta própria é um fator básico de prevenção. Isso é imprescindível para garantir a saúde auditiva.

 


Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

Blog: http://canaldoouvido.blogspot.com

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com

Telefone: (41) 3225-1665 - 41-99216-9009


Previna-se contra o câncer de mama

Para o ano de 2021, foram estimados 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil


O câncer de mama é a neoplasia maligna, isto é, um tumor de crescimento rápido, formado por células que se apresentam de forma diferente daquelas presentes no tecido normal, que tem sua origem nas mamas. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, (INCA), para o ano de 2021, foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.

As mamas são glândulas localizadas na parte anterior do tórax, compostas por tecido adiposo e conjuntivo. Como homens e mulheres possuem mamas, esta doença afeta ambos os sexos, sendo que menos de 1% dos casos ocorrem em homens.

"Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis por seu aparecimento, uma vez que uma célula normal da mama pode sofrer o processo de carcinogênese e se tornar maligna, dando origem ao câncer. Uma vez formado, o câncer de mama pode se espalhar para os gânglios linfáticos ou para outros órgãos distantes, processo que chamamos de metástase", explica a especialista Tânia de Fátima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.

A especialista ressalta que há outros fatores que podem causar câncer de mama:

• Mulheres que não praticam exercício físico têm maior risco;

• Estar acima do peso ou ser obesa após a menopausa;

• Tomar hormônios por mais de cinco anos como forma de reposição hormonal durante a menopausa;

• Determinados anticoncepcionais orais (pílulas anticoncepcionais);

• Ter a primeira gravidez depois dos 30 anos;

• Nunca ter amamentado;

• Ingerir álcool em excesso.


Principais Sintomas

É preciso se atentar aos sinais, porém, algumas pessoas não apresentam sintomas, por isso é necessário sempre fazer os exames de rotina, além do exame de toque.

Alguns dos principais sintomas de alerta do câncer são:

• Caroço na mama ou axila

• Inchaço de parte da mama;

• Irritação da pele da mama;

• Vermelhidão ou pele escamosa na área do mamilo ou na mama

• Dor na área do mamilo ou em qualquer região da mama;

• Corrimento mamilar diferente do leite materno, incluindo sangue;

• Qualquer alteração no tamanho ou formato da mama.

O estadiamento também é uma forma de descrever os aspectos do câncer, incluindo o tamanho do tumor, a localização, se ele se espalhou para os linfonodos ou para partes distantes do corpo, e se está afetando as funções de outros órgãos.


Há vários tipos de estágios como:

• Zero: o tumor não é invasivo e está restrito à mama;

• Um: quando o tumor da mama tem até dois centímetros de diâmetro, não invade os linfonodos axilares, ou se o fizer, tem invasão máxima de dois milímetros;

• Dois: o tumor da mama possui até cinco centímetros de diâmetro e invasão de zero a três linfonodos axilares ou tumor o da mama acima de cinco centímetros de diâmetro, que não invadem a parede muscular, a pele e os linfonodos;

• Três: qualquer tumor invade acima de 10 linfonodos axilares, sendo o tumor de até cinco centímetros de diâmetro que invada até 9 linfonodos axilares, ou tumor da mama que invada a parede torácica e/ou a pele, independente da invasão de linfonodos;

• Quatro: onde o tumor da mama de qualquer tamanho, que invada órgãos a distância como ossos, pulmões, fígado e cérebro.

Muitos fatores ao longo da vida podem influenciar o risco do câncer de mama, portanto, não é possível alterar alguns fatores, como envelhecimento ou histórico familiar, mas segundo a oncologista, é possível reduzir os riscos cuidando da saúde. "É importante manter o peso adequado, fazer exercícios regularmente e evitar o consumo excessivo de álcool. Caso você esteja tomando anticoncepcional ou foi instruído à terapia de reposição hormonal, pergunte ao seu médico sobre os riscos e descubra se é adequado para você", ressalta.


Diagnóstico

Os médicos costumam usar testes adicionais para encontrar ou diagnosticar o câncer de mama. Eles podem encaminhar os pacientes para um especialista ou um cirurgião. Isso não significa que tenha câncer ou que precise de cirurgia. Esses médicos são especialistas em diagnosticar problemas mamários. "Ultrassom mamário, mamografia diagnóstica, imagem por ressonância magnética, biópsia, são as principais formas utilizadas para fazer um diagnóstico", informa.


Tratamento

A doença pode ser tratada de várias maneiras, porém, depende do tipo de câncer de mama e do estágio em que ele se encontra. Pessoas com este tipo de câncer geralmente recebem mais de um tratamento como, cirurgia, quimioterapia, terapia hormonal, terapia biológica e terapia de radiação.

"Médicos de diferentes especialidades costumam trabalhar juntos para tratar o câncer de mama. Os cirurgiões realizam as operações, os oncologistas tratam o câncer com medicamentos, já os oncologistas de radiação tratam o câncer com radiação", finaliza a especialista.

 


Hospital IGESP

https://www.hospitaligesp.com.br


Mitos e Verdades sobre doenças reumatológicas em crianças

A Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg explica as crenças que podem estar relacionadas aos problemas reumáticos nos mais novos


Doenças reumáticas não são exclusivas de adultos ou idosos. a maioria das pessoas não sabe, mas elas podem afetar também crianças e adolescentes e causar grandes complicações caso não sejam tratadas corretamente. Devido à falta de conhecimento de muitos pais, o reumatismo na infância pode ser considerado preguiça ou até mesmo manha, mas é de fundamental importância ficar atento aos primeiros sintomas para realização de diagnóstico precoce.

A reumatologista Cláudia Goldenstein Schainberg é especialista em reumatologia pediátrica e esclarece dúvidas sobre esse tema.


Por serem novas demais, crianças não sentem dores nas articulações

Mito. Crianças podem sentir dores e rigidez nas articulações e isso pode ser mais comum do que se imagina. Elas podem estar relacionadas a dores do crescimento ou a condições crônicas de saúde como a Artrite Idiopática Juvenil (JIA) ou outras doenças reumáticas. Para Cláudia, crianças que sofrem de dores nas articulações podem ter o funcionamento físico, social e funcional prejudicado, sofrerem com problemas de sono e fadiga, além de dificuldades pra praticar esportes e atividades recreativas. “A observação e um exame físico específico e completo são necessários para uma avaliação. Isto é importante já que a dor articular pode levar a uma marcha anormal, espasmos musculares, e quedas frequentes”, afirma a reumatologista.


A dor de crescimento trata-se de um problema reumatológico

Verdade. Essa situação ocorre principalmente em crianças entre os três e 12 anos de idade. Segundo a especialista, as dores costumam afetar as pernas, coluna, braços e o pescoço e podem se estender por meses. “Assegurar a família de que o problema eh transitório e manter uma rotina saudável costuma ajudar no alívio dos sintomas; a criança pode e deve aderir a prática de atividade física, ter uma boa qualidade de sono e manter a postura correta nas suas atividades diárias. Mas é indispensável àprocura de um médico especialista para fazer o diagnóstico correto da dor”, ressalta a médica.


O Lúpus pode ser ocorrer em crianças

Verdade. Com base em dados internacionais, estima-se que a doença atinja um a cada 100 mil crianças. Em sua maioria, o diagnóstico precoce (antes que ela se agrave) permite controlar os sintomas e evitar consequências mais graves. No Lúpus Eritematoso Sistêmico, o sistema imunológico perde a capacidade de diferenciar um intruso estranho e os próprios tecidos e células de uma pessoa. “O Lúpus é uma inflamação que pode atingir todo o corpo, causando febre e vermelhidão no rosto, além de dores e inchaço nas articulações, queda de cabelo, emagrecimento, anemia, apatia e se o rim for afetado, pode conter sangue na urina”, conta Cláudia Goldenstein.


Inflamação na garganta pode causar febre reumática

Verdade. A febre reumática é causada pela reação a uma infecção de garganta por uma bactéria conhecida como estreptococo e é uma doença inflamatória que pode comprometer as articulações, coração, cérebro e pele. Segundo Cláudia Goldenstein, entre os sintomas estão a febre, dor de garganta, ínguas no pescoço (gânglios aumentados) e vermelhidão intensa, pontos vermelhos ou placas de pus na garganta. “Se a enfermidade não for tratada de maneira correta, pode deixar sequelas graves. A febre reumática atinge pacientes entre cinco e 15 anos de idade”, segundo a doutora.

A reumatologia pediátrica atende pacientes desde o período neonatal até a adolescência, a consulta com esse profissional pode ajudar os jovens a prevenir e/ou começar com um tratamento mais efetivo o quanto antes.

 


Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg - especialista em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestrado e doutorado em Medicina (Reumatologia) pela Universidade de São Paulo, especialização nos EUA e Canadá. Atualmente é professora e mentora de novos profissionais na Universidade de São Paulo.


Conheça os procedimentos e três benefícios da utilização do balão intragástrico

Com o avanço da medicina, diversos procedimentos foram criados para auxiliar tanto na melhoria da saúde, quanto fazer parte de um processo de mudança para aumentar a qualidade de vida das pessoas.

O balão intragástrico é uma técnica importante que auxilia no emagrecimento, ela consiste na colocação de um balão no interior do estômago para ocupar espaço e levar a pessoa a ter uma saciedade precoce, facilitando a perda de peso. Por isso, o Dr. Sérgio Barrichello, da HealthMe, clínica especializada em foco de emagrecimento e gerenciamento de peso, explica o processo e os benefícios da utilização do balão intragástrico.

Este trabalho é bastante rápido e feito com sedação, portanto, não necessita que o paciente fique internado. A técnica para a introdução do balão é simples e algumas orientações vão auxiliar o paciente a entender como é feito.

No trabalho pré-cirúrgico, é utilizado um remédio para provocar um sono leve para reduzir a ansiedade e facilitar o procedimento. Após isso, o aparelho de endoscopia é introduzido pela boca até o estômago, esse aparelho leva uma microcâmera e permite observar o interior do estômago. Com isso, o balão é introduzido pela boca ainda vazio e preenchido quando chega ao seu destino com soro e um líquido azul, que serve para tornar a urina ou fezes azuis ou esverdeadas caso o balão se rompa.

A utilização de um balão intragástrico, além de ajudar a perder peso, também apresenta outras vantagens, são elas:

1. Não provoca alteração no estômago ou intestino;

Como é um procedimento que não precisa de cortes, o processo de introdução do balão no estômago não tem o perigo de causar alterações nos órgãos, se tornando uma maneira segura de emagrecimento.

2. Não é um procedimento invasivo;

A colocação do balão no estômago é feita de forma semelhante a qualquer exame de rotina para o acompanhamento do estômago, sendo assim, não se trata de um método alternativo e, além disso, pode ser esvaziado e removido com facilidade.

3. Reação do corpo de saciamento;

Outra função do balão é que a sua presença causa um engano no cérebro, pois o corpo emite informações de que a pessoa já está satisfeita, mesmo que não tenha se alimentado, facilitando o processo de controle de peso.

"Este balão é uma ferramenta que pode mudar bastante a vida das pessoas. Seu uso de seis meses pode beneficiar os pacientes a uma perda de aproximadamente 15% do peso, acelerando o processo e sem precisar de procedimentos que sejam invasivos ao corpo humano e, que acima de tudo, traz ótimos resultados para o ganho de qualidade de vida das pessoas", aponta o Dr. Sérgio Barrichello, CEO e endoscopista da HealthMe, clínica atuante no segmento de saúde há mais de 10 anos.

Os procedimentos estéticos durante o período da pandemia obtiveram uma alta interessante no segmento de saúde. De acordo com pesquisa da Allergan, realizada com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2020 houve um crescimento de 58% na realização de procedimentos em relação ao ano de 2019.


Limpeza da língua: entenda a importância do hábito à saúde bucal

Queren Azevedo, consultora da GUM, indica como a ausência de uma boa higienização da região pode impactar na cavidade oral


Quando se pensa em saúde bucal, logo se associa esse tema aos cuidados com os dentes. No entanto, apesar da importância de investir em uma rotina eficiente de higienização do sorriso, existe outra parte da cavidade oral que necessita de atenção especial: a língua. "A boca toda é utilizada para a ingestão dos alimentos. A partir disso, é comum que os resíduos se acumulem em várias regiões após as refeições. Então, caso a língua também não seja limpa de forma adequada, com o passar do tempo, pode ser formar uma massinha de coloração branca ou amarelada em sua superfície, que costuma originar, entre outros problemas, o mau hálito", explica Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais.

A especialista informa que essa camada que se forma se chama saburra lingual e é um processo natural do corpo, formado a partir da diminuição da salivação e do acúmulo de células mortas e microrganismos, que, em conjunto, geram uma condição propícia para a formação de placas bacterianas. "A sua origem está associada à uma má higiene oral, mas também pode ser ocasionada por outros problemas, como desequilíbrios no trato gastrointestinal e até mesmo doenças hepáticas ou renais", comenta.

Se a causa for devido a uma limpeza ineficiente da língua, Queren ressalta que, para eliminar a saburra lingual, executar uma boa higienização da região é o principal passo. "É indicado que seja feita com uma escova de dentes de cerdas macias e pasta de dente com flúor e enxaguante bucal", sugere. Além desses itens, uma outra recomendação é o investimento em um raspador de língua, responsável por facilitar a remoção dessa massa que fica na superfície do órgão. Quanto à frequência, a especialista destaca que deve ocorrer no mínimo 3 vezes ao dia, junto com a escovação dos dentes.

A consultora enfatiza que a ausência desse processo pode facilitar o desenvolvimento de gengivite ou periodontite, duas complicações que surgem a partir da inflamação da gengiva. "Nos casos mais graves, os microrganismos presentes na saburra podem chegar à orofaringe e se espalhar para outros locais do corpo com mais facilidade, podendo trazer graves complicações", esclarece.

Queren destaca que o consumo excessivo de doces também contribui para a rápida proliferação das bactérias na boca. Sendo assim, o ideal é que esse alimento seja evitado. "Em contrapartida, as fibras auxiliam na autolimpeza dos dentes, evitando assim a formação de placas bacterianas. Cálcio e vitamina C também são elementos benéficos, já que atuam na fortificação dos dentes e na proteção da gengiva", diz. O consumo regular de água é outro fator para evitar a formação de placas, além de ser auxiliar na produção de saliva.


Cirurgia refrativa, tecnologia é aliada da saúde ocular

Médico explica avanços tecnológicos para diminuir a dependência dos óculos e melhorar a qualidade de vida.


Para muitas pessoas, enxergar o que está longe é difícil. A miopia é uma das doenças mais comuns, afetando 28% da população mundial em algum grau e, estima-se que até 2050 metade da população mundial será míope.

É possível corrigir a visão por meio de óculos e lentes de contato prescritas por um médico oftalmologista, mas também existe a cirurgia refrativa.

Dr. Hallim Féres Neto, Oftalmologista do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, explica que os chamados erros refrativos são as alterações oculares relacionadas ao foco e que podem ser corrigidas com lentes, como a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.

"Existem alguns tipos de cirurgias refrativas, cada uma tem suas indicações, e o médico oftalmologista deve levar em consideração diversas questões antes de decidir qual a melhor para o paciente", orienta.

As técnicas são feitas a laser, em ambiente hospitalar:

• PRK - foi a primeira técnica criada, mas que evoluiu e foi refinada ao longo de mais de 30 anos. Ainda é a técnica de escolha em algumas situações.

• Excimer Laser - age na superfície da córnea, remodelando-a para alterar a sua curva e, consequentemente, o grau. "Costuma ser a cirurgia com maior desconforto no pós-operatório e tem um tempo de recuperação mais longo", diz Dr. Hallim, "a principal vantagem é que a princípio pode ser feito com mais segurança em córneas com espessura mais fina, que não suportariam outras técnicas".

• LASIK - o laser, nesse caso, age numa camada intermediária da córnea. "Para acessar essa camada, é levantada uma finíssima camada da córnea, que chamamos de ‘flap corneano’. Depois, aplicamos o Excimer Laser para remodelar a córnea, e por fim reposicionamos o flap no lugar", explica o médico. O conforto pós-operatório é maior, e traz uma recuperação da visão mais rápida - às vezes no dia seguinte ao procedimento.

• SMILE - é a técnica mais nova, que usa apenas o Laser de Femtosegundo, com o qual lapida-se, no meio da córnea, uma pequena lente, calculada para ter o exatamente o grau que está a "mais" no olho. "Tem uma recuperação quase tão rápida quanto o LASIK, e causa menos sintomas de olho seco. Porém serve para graus menores de miopia e não corrige a hipermetropia."

Dr. Hallim conta que a cirurgia refrativa é indicada para algumas pessoas apenas. É preciso que:

- o grau esteja estável ou mudando pouco;

- ser maior de idade (preferencialmente maior de 21 anos);

- ter a córnea saudável (não pode por exemplo ter ceratocone);

- ter um grau que seja possível de operar com o laser - ou graus muito altos, ou não tão altos com córneas mais finas.

- ter expectativas realistas quanto ao procedimento: "embora improvável, é possível que mesmo após a cirurgia, o paciente precise de óculos em algumas situações, como por exemplo pegar uma estrada a noite", diz o médico.

Nos casos em que não é possível operar com o laser, existe a opção do implante de lente fácica, que também tem resultados excelentes.

 


Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732 • Oftalmologia Geral • Cirurgia Refrativa • Ceratocone • Catarata • Pterígio • Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia • Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa • Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery • Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology


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