Pesquisar no Blog

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Dia da Infância: a importância desta fase para o desenvolvimento

Primeira infância é o período em que a criança desenvolve condições para lidar com o próximo


Todo 24 de agosto é comemorado o Dia da Infância, data criada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o propósito de propor uma reflexão sobre as condições de vida das crianças pelo mundo, a fim de superar quaisquer dificuldades e injustiças que venham a acontecer.

No Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), são consideradas crianças as pessoas com até doze anos de idade incompletos. A lei garante ainda que essa população deve ter seus direitos assegurados e as oportunidades necessárias para seu pleno desenvolvimento.

De acordo com a coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Arquidiocesano, Márcia Sayoko Nanaka, na primeira infância se desenvolvem as condições para lidar com o outro, com o ambiente e também com os desejos internos. “A criança tem que ser vista como sujeito histórico que interage com o outro e com o meio, produzindo e transformando suas experiências, para elaborar suas intenções, ampliar seus repertórios, expressando-se por meio das múltiplas linguagens”, explica. 

O Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), possui um projeto denominado Interioridade, que desenvolve habilidades emocionais e sociais por meio de vivências e reflexões sobre o autoconhecimento na infância. O projeto incentiva o exercício da empatia, o diálogo para a resolução de conflitose a se entender para poder lidar com o que se sente, com o que se faz e com os desafios que se impõe, acolhendo melhor a si e aos outros.  

“O projeto estimula o pensamento criativo, a consciência corporal e o equilíbrio emocional do aluno, trabalhando práticas de autoconhecimento e autocuidado com os pequenos da Educação Infantil. É proposto um processo de acompanhamento dos estudantes para possibilitar com que cheguem à sua dimensão mais profunda e encontrem o que dá sentido à sua vida”, explica Márcia Sayoko Nanaka.

A coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Arquidiocesano ainda explica que pais e familiares precisam sempre estar atentos e dialogar com os seus filhos, se interessando pelo universo das crianças.

“O cuidado e o respeito são fundamentais na relação com a criança. Ao perceber o interesse da família em suas questões, ela sente-se amada, respeitada, acolhida e protegida”, afirma a professora.



Colégios Maristas

www.colegiosmaristas.com.br


Entenda a importância das crianças brincarem para se desenvolverem

(Crédito: Breno Baére - https://we.tl/t-iXN4WO3fhR ) 

Especialista em educação dá dicas para esse novo momento

 

Você sabia que hoje, 24 de agosto, é comemorado o Dia da Infância? Já é comprovado que é de extrema importância que bebês e crianças sejam estimulados a brincarem. “O brincar é fundamental para a formação da criança. pois ela se apropria-se da realidade, estabelece as suas relações sociais e utiliza toda a sua corporeidade, nas suas dimensões motora, cognitiva e afetiva”, explica Rogéria Sprone, Diretora Pedagógica do Colégio Joseense.

As crianças usam as brincadeiras para imitar a realidade e assim se desenvolverem e descobrir novas coisas, novas visões e até novas habilidades. Uma brincadeira muito importante nessa fase é a contação e interpretação de histórias.

“Quando brinca de faz de conta, a criança assume papéis, desenrola um enredo e constrói interações. Através dessa representação ela demonstra sentimentos, angústias, alegrias, incômodos e suas impressões do dia a dia. Elas conseguem expressar suas dificuldades, contradições e se sentem motivadas a lidar com o acaso, uma vez que a história é construída no desenrolar da brincadeira”, complementa Rogéria Sprone.

 

Dicas valiosas

 

É de extrema importância que a família brinque junto e encoraje as crianças a criarem brincadeiras. “Nesse momento de pandemia é importante que a criança tenha alguém para brincar junto e interagir em diversas atividades: criação e contação de histórias, jogos, fantasias, exercícios de movimento (pega-pega, esconde-esconde, entre outros), são alguns exemplos de brincadeiras importantes para essa fase”, indica Rogéria Sprone. 

 

(Crédito: Breno Baére - https://we.tl/t-iXN4WO3fhR ) 


Em celebração ao Agosto Dourado, SBP convoca mães para o 2º Mamaço Virtual em parceria com a revista Crescer

Para reforçar a importância do ato de amamentar e dos benefícios do leite materno no sistema imunológico da criança, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a revista Crescer, realizará o 2º Mamaço Virtual. A iniciativa gratuita ocorrerá no dia 25 de agosto, às 17h, via plataforma digital, e integra as ações comemorativas pelo Agosto Dourado. Todas as mães estão convidadas para participar com seus bebês e repetir o sucesso do ano passado.

CLIQUE AQUI PARA REALIZAR SUA INSCRIÇÃO

No debate conduzido pela editora-chefe da Crescer, Ana Paula Pontes, especialistas da SBP discutirão a temática do aleitamento e tirarão as dúvidas do público. Estarão presentes a presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva; o presidente do DC de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri; o presidente do DC de Aleitamento Materno da SBP, dr. Luciano Borges Santiago; e o presidente do DC de Aleitamento Materno da filiada de São Paulo, dr. Moises Chencinski. Também participará do bate-papo a jornalista Andréia Sadi - mãe dos gêmeos Pedro e João, de quatro meses - que compartilhará suas vivências no cuidado dos filhos.

PARCERIA - Como parte do esforço para dar visibilidade à amamentação, a SBP e a Crescer criaram esse espaço no qual pediatras e convidados podem apresentar suas experiências, trocar ideias e ouvir orientações sobre o tema. Para o dr. Moises Chencinski, a Semana Mundial de Aleitamento Materno é uma das estratégias diferenciadas para a proteção, promoção e apoio da amamentação.

"O Mamaço surgiu há dez anos como uma forma muito representativa da luta das mulheres pelo seu direito de amamentar onde e quando quiserem. Hoje, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Crescer estão juntas em seu segundo Mamaço virtual, celebrando as conquistas dessas mulheres com foco na saúde materno-infantil e na saúde do planeta", diz.

BENEFÍCIOS - O aleitamento materno é uma das formas mais eficientes de vínculo afetivo e redução da mortalidade infantil. Além de possuir todos os nutrientes que o bebê precisa até os seis meses, funciona como uma vacina, protegendo a criança contra inúmeras doenças, como infecções respiratórias, infecciosas e alérgicas.

"O leite materno, além de todos os benefícios, também transfere vários anticorpos e outras substâncias responsáveis pela melhora do sistema imunológico. Dessa forma, crianças amamentadas têm menos diarreia, pneumonia, otite. É classicamente descrito como um protetor de doenças infecciosas, como gripe, coqueluche. Inclusive, a vacinação materna tem esse objetivo de transferir proteção pela gravidez e pelo leite materno", aponta dr. Renato Kfouri.

Além disso, o leite materno possui anticorpos para covid-19. "Tanto da mãe que teve a doença como da mãe que tomou a vacina", complementa o médico. No entanto, ainda não é conhecido esse efeito protetor, e mais estudos devem ser realizados para avaliar o impacto desses anticorpos para os bebês.

Anote na agenda e participe conosco. As vagas são limitadas.


Especialista do Hcor dá 8 dicas para manter a imunidade após onda de frio no Brasil

De boas noites de sono ao equilíbrio na alimentação, conheça hábitos que podem te ajudar a ficar com a saúde em dia


No início de agosto, o Brasil passou por uma onda histórica de frio, com várias cidades batendo recordes de baixas temperaturas, com direito até à neve. Dias depois, os termômetros voltaram a subir. Resultado: muita gente gripada, espirrando, tossindo e com crises de rinite. E esses problemas atingem em especial os mais vulneráveis, como crianças e idosos. O que pode ser perigoso em tempos de pandemia.

Para se manter saudável neste sobe e desce, quente e frio, só mesmo fortalecendo o sistema imunológico, principalmente após ter passado por uma gripe. Assim, o ideal é evitar locais fechados, nos quais o ar não circula. Já em casa, vale deixar os ambientes bem ventilados e sempre lavar as mãos ao chegar da rua, hábito que se intensificou na pandemia e que veio para ficar.

A seguir, listamos algumas dicas simples, mas que fazem a diferença quando se fala em incrementar o sistema imunológico, orientadas pelo líder médico da Infectologia do Hcor, Guilherme Furtado:


- Umidifique o ambiente: isso torna mais difícil para os vírus permanecerem no ar. Mas não exagere, pois muita umidade pode favorecer o surgimento de fungos.


- Durma bem: não dormir o suficiente, assim como ter um sono de má qualidade, pode afetar o sistema imunológico. As citocinas, proteínas liberadas durante o sono, desempenham um papel importante na capacidade do corpo de combater infecções.


- Hidrate-se: beber muita água ajuda a eliminar as toxinas do corpo e mantém o muco do trato respiratório mais fluído.


- Adote uma alimentação balanceada: manter uma dieta saudável e equilibrada, rica em alimentos integrais, frutas e vegetais frescos, nozes e sementes é importante para um sistema imunológico saudável o ano inteiro. Uma grande parte do seu sistema imunológico está no trato digestivo, portanto, é essencial manter a flora intestinal saudável e funcionando bem.


- Pratique atividades físicas: exercícios leves e regulares são bons tanto para o sistema imunológico quanto para a saúde mental. Atividades físicas aumentam o fluxo sanguíneo fazendo os glóbulos brancos circularem melhor pelo corpo.


- Passe algum tempo ao ar livre: ficar confinado pode ajudar na transmissão de vírus, principalmente os respiratórios. Tome um pouco de ar fresco e reabasteça a reserva de vitamina D com o sol, mesmo que seja na varanda do apartamento ou no quintal de casa.


- Gerencie o estresse: sim, seu estado de espírito pode afetar a saúde do corpo todo, inclusive a mental. Se você estiver com problemas ou se sentindo deprimido, procure ajuda.


- Evite bebidas alcoólicas e cigarro: fumar pode deprimir o sistema imunológico ao suprimir os anticorpos criados pelo corpo para combater o vírus da gripe. Beber mais do que o limite diário recomendado de álcool pode levar ao ganho de peso, e também prejudica a imunidade. Além disso, o álcool desidrata o corpo e cria um ambiente atraente para os vírus.

Agora, se mesmo assim você ficar gripado e sentindo aqueles sintomas clássicos, como dor de cabeça, coriza e febre, você pode utilizar analgésicos e antitérmicos, para ajudar a reduzir a febre e dores no corpo, além de um descongestionante – para ajudar na coriza e nariz entupido. E, se você ficar constantemente gripado, procure um médico para uma melhor avaliação.


Qual a relação entre asma e halitos

Entenda porquê os asmáticos devem ter um cuidado especial com a saúde bucal


A halitose é uma condição que, embora muita gente não saiba, pode estar condicionada a mais de 90 causas. Desse modo, além do mau hálito ocasionado pela deficiência de higienização bucal, “ele pode ser gerado também por outros fatores, como a asma, por exemplo”, explica a Dra. Cláudia Gobor, dentista especialista em halitose e Presidente da Associação Brasileira de Halitose.

A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta os brônquios. A sensação da falta de ar e da dificuldade de respiração ocorre, aos portadores dessa doença, em razão do inchaço que as vias nasais sofrem, causado pela inflamação. Já que apresenta problemas na respiração pelo nariz, em uma crise asmática, as pessoas tendem a respirar pela boca, “o que causa o mau hálito”, afirma a especialista.

Isso ocorre porque esse tipo de respiração leva ao ressecamento da mucosa oral e à mudança da microbiota. Em consequência, “a saburra lingual pode se formar com mais facilidade na superfície da língua, o que pode levar ao aparecimento do mau hálito”, alerta a cirurgiã-dentista. A saburra é aquela camada esbranquiçada que geralmente atinge o dorso posterior da língua e é uma das causas mais comuns da halitose.

Vale ainda ressaltar que, além do mau hálito, com o aumento da saburra lingual, o portador da asma pode ter mais chances de desenvolver cáseos amigdalianos (aquelas bolinhas brancas que ficam alojadas nas amígdalas), gengivite e cárie. Outro ponto importante, é que, além da saburra, o estresse pode ser outro fator colaborativo. Em pacientes asmáticos, nos momentos de crise, o estresse e a tensão pela situação podem se agravar, ocasionando uma diminuição salivar, o que pode acarretar também alterações no hálito”, explica Cláudia.

Além dos pontos já citados, a asma também pode influenciar no mau hálito no que se refere a formação do muco e aos medicamentos utilizados. No que diz respeito à mucosa, a dentista afirma que “o muco nasal em excesso, durante as crises, é um excelente detentor de bactérias que podem ajudar a formação da halitose”.

Quanto aos medicamentos, é importante salientar que, como forma de controle da doença, os anti-inflamatórios são remédios bastante eficazes. No entanto, devemos ter cuidado porque alguns podem causar ressecamento bucal, o que seria fator importante também para o aparecimento da alteração do hálito.


Para finalizar, a especialista alerta que, “os asmáticos devem ter um cuidado extra com a sua saúde bucal. Por isso, além da escovação, que deve ser feita sempre após as refeições, o paciente também deve ficar atento na sua alimentação e ingerir bastante água, principalmente durante as crises. Além disso, devem evitar produtos que estimulem a secura bucal, como alguns enxaguantes e cremes dentais. Outro ponto importante a ser lembrado é que os pacientes podem diminuir a quantidade de proteína animal consumida, já que elas tendem a aumentar ainda mais a quantidade de muco produzido pelo corpo”.



Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva

https://www.bomhalitocuritiba.com.br/

Rua da Paz, n° 195, Sala 102, Mab Centro Médico, Centro/ Alto da XV, Curitiba- PR

Whatsapp: (41) 99977-7087

Instagram: @Claudiacgobor

Facebook: @ClaudiaCGobor

Youtube: Claudia Gobor


Check-up: quando é hora de voltar ao consultório médico?

Recomendação é que homens e mulheres façam consultas de rotina anuais
Créditos: Envato
Avanço da vacinação e reforço de protocolos dão mais segurança a pacientes que retomam rotina de cuidados; especialistas alertam principalmente para doenças crônicas


A dona de casa Mirian Diniz, 68 anos, atrasou em quase dois anos as consultas e os exames de rotina. E para cuidar da saúde durante a pandemia, ela intensificou as caminhadas e manteve as medidas de segurança contra a covid-19: distanciamento, uso de máscara e álcool em gel. “Só depois de tomar as duas doses da vacina me senti segura para retornar às consultas médicas”, conta. 

Segundo a pesquisa Reduction in Life Expectancy in Brazil after covid-19, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a alta mortalidade causada pelas complicações da covid-19 fez com que a expectativa de vida dos brasileiros caísse em quase dois anos em 2021, baixando de 76,4 anos para 74,9 anos. Doenças crônicas como diabetes, hipertensão, cardiopatias, doenças renais e respiratórias são agravantes da covid-19 e, mesmo assim, muitas pessoas deixaram de fazer as consultas de rotina, seja por receio ou falta de acesso ao sistema de saúde. Isso acaba acendendo o alerta para os prejuízos que o longo período sem acompanhamento médico para outras doenças durante a pandemia ainda vai trazer. 

“Nos consultórios, o que observamos é que muitas pessoas que deixaram de receber o acompanhamento médico no período de pandemia tiveram problemas de saúde agravados e agora precisam ‘correr atrás do prejuízo”, explica a cardiologista e coordenadora do serviço de check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Moraes. “Colesterol, diabetes, rins e fígado precisam ser avaliados em exames que fazem parte das consultas de rotina. Em relação às mulheres, nos preocupamos ainda com as rotinas ginecológicas”, complementa.

A médica ressalta ainda que, em muitas clínicas e hospitais, os fluxos de atendimento de pacientes com suspeita da covid-19 e de outras doenças são separados, e seguem todos os protocolos internacionais de segurança, garantindo, assim, maior segurança aos pacientes. 


Pós-covid

A avaliação médica é indicada após a alta de internamentos por coronavírus ou pacientes assintomáticos que venceram a covid-19. Muitas sequelas da doença ainda estão sendo estudadas pelos pesquisadores, que já descobriram que mesmo pacientes que tiveram a doença de maneira mais branda também podem apresentar problemas após a recuperação. Entre as mais comuns estão fraqueza, fadiga, falta de ar e queda de cabelo. “Sempre que sentir algo diferente, a orientação é procurar um médico. Esse check-up é importante para evitar doenças ou sequelas de maior gravidade”, frisa a cardiologista.


Check-up

A recomendação é que, homens e mulheres façam consultas de rotina anuais, principalmente após os 40 anos. É importante a atenção redobrada à realização do check-up, principalmente com exames complementares como laboratoriais, ergométrico e de radiologia. A lista de exames e a periodicidade das consultas variam conforme sexo, faixa etária, histórico de doenças familiares e hábitos de vida.


Enfrentamento ao tabagismo também é papel do cirurgião-dentis

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano no mundo


O Dia Nacional do Combate ao Fumo, 29 de agosto, foi criado para conscientizar a população sobre os riscos que o hábito do tabagismo provoca. Além dos danos à saúde, o cigarro e similares também trazem impactos sociais, políticos, econômicos e ambientais, o que torna essencial a participação de toda a sociedade nessa luta.

O profissional de Odontologia tem uma função importante nessa desafiadora abordagem ao tabagista, como destaca a Dra. Sandra Marques, coordenadora Estadual do Programa Nacional de Controle de Tabagismo de São Paulo pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD).

“O cirurgião-dentista tem papel fundamental na estratégia de ampliação das ações de enfrentamento ao tabagismo e integralidade do cuidado. Assumir esse protagonismo perante um grave problema de saúde pública nos remete à concepção do papel que exercemos enquanto profissionais de saúde. É necessário realizar a formação de um profissional ético, criativo, crítico, reflexivo e comprometido com o desenvolvimento do contexto social em que está inserido. Além disso, se faz pertinente aprofundar os conhecimentos e aperfeiçoar a competência teórico-prática no âmbito da educação e da prevenção das patologias e promoção da saúde física e a mental”, diz a cirurgiã-dentista.

Uma dúvida frequente entre os profissionais de Odontologia é como deve ser feita a acolhida junto ao paciente nesse momento. A Dra. Sandra esclarece que “a abordagem deve ser técnica, livre de estigmas, e, acima de tudo, humanizada. O tabagismo é uma doença crônica, pandêmica, considerada uma doença pediátrica (iniciação precoce) e um tipo de dependência química.  Precisamos desmistificar a dependência química e entendê-la como patologia para tratá-la”.

O indivíduo tabagista pode sofrer com problemas bucais mais sérios como doenças periodontais (gengivite, perda dos dentes e halitose), além de ter sete vezes mais chance de desenvolver câncer de boca ou garganta. A combinação de tabaco e álcool potencializa o risco, aumentando para 38 vezes as chances de câncer de cabeça e pescoço.

Quem utiliza outros produtos derivados do tabaco, como charutos, cachimbos, narguilé, cigarros eletrônicos e outros dispositivos, também tem risco maior de desenvolver câncer de boca e de faringe.


Tabagismo e seus prejuízos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como a dependência da substância psicoativa nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé. Estima-se que, no mundo, cerca de oito milhões de pessoas morram por conta do consumo de tabaco anualmente.  Outro fator de alerta é que o fumo pode ser um elemento de risco para o surgimento de cerca de 50 doenças que são geradas diretamente pelo consumo de tabaco, levando a diminuição da qualidade de vida.

No ano passado, com o desafio da pandemia do novo coronavírus e o agravamento das condições de saúde mental, a OMS lançou a campanha “Comprometa-se a parar de fumar durante a covid-19 para o Dia Mundial sem Tabaco de 2021”, que reforça o alerta sobre as mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

“O Brasil é o segundo país no mundo, depois da Turquia, a promover um modelo exitoso de implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (primeiro tratado internacional de saúde pública, assinado e ratificado por 182 países), um conjunto de medidas que permite o enfrentamento ao tabagismo. Isso possibilitou uma queda significativa na prevalência da doença, mas há muito a ser feito”, destaca Dra. Sandra.

Logo após a superação da dependência química, o paciente necessitará que o cirurgião-dentista acompanhe sua evolução para o monitoramento do aparecimento de lesões na cavidade oral, assim como para ajudá-lo a estabelecer estratégias de ações preventivas para a manutenção da abstinência do tabagismo. Mesmo assim, se o paciente tiver uma recaída, o profissional poderá encaminhá-lo a um grupo de tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS).

Estima-se que em média, 443 pessoas morram diariamente no país por causa do tabagismo. Quanto às mortes anuais atribuíveis: 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 a doenças cardíacas, 24.443 ao câncer de pulmão, 25.683 a outros cânceres, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Os resultados totais de 2020 apontam uma perda anual de R$ 125.148 bilhões de forma direta e indireta por conta do tabagismo. Estão inclusos nesse cenário as despesas com tratamento clínico e produtividade da cadeia econômica. Este valor para efeito de comparação representa 23% do custo que o Brasil teve no combate à pandemia de Covid-19, estimado em R$ 524 bilhões de reais. As informações são do site do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

 www.crosp.org.br


Autismo: quais são os primeiros sinais

 

Essa síndrome é geralmente diagnosticada já na primeira infância

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome que afeta o sistema nervoso caracterizada por problemas de comunicação, interação e comportamento. O alcance e os sintomas vão variar de pessoa para pessoa, mas as mais comuns são: dificuldade de comunicação, dificuldade com interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos. 

O diagnóstico do TEA geralmente é feito já na primeira infância, como explica a psicóloga e coordenadora da área do TEA do Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA), Giulianna Victoria Yoshie Kume (CRP08/17797). “ Um dos critérios diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista refere-se à presença dos sinais ou sintomas ainda na infância. Muitos deles, podem ser observados ainda antes dos 02 anos de idade, por isso é muito importante ficar atento”. 

Nos bebês sintomas comuns são: baixo contato visual; pouco interesse por brinquedos e brincadeiras; alterações sensoriais como sensibilidade a sons, texturas, odores; irritabilidade; alterações de sono. Já nas crianças, os pais ou responsáveis devem observar pouca interação com crianças de mesma idade, não atender ao nome, atraso na comunicação e fala, interesse ou uso incomum de brinquedos e objetos, seletividade alimentar, dificuldade nas rotinas entre outros. 

O diagnóstico e intervenção precoce, ou seja, antes dos 03 anos de idade é muito importante na redução dos atrasos e melhora na qualidade de vida dos indivíduos com TEA. “Os pais têm que estar atentos a presença de qualquer sintoma, quanto antes as terapias começarem, melhor será para a criança, reduzindo os sintomas, e oferecendo a ela um pilar de apoio ao seu desenvolvimento e à aprendizagem, melhorando sua qualidade de vida como um todo”, finaliza Giulianna.



Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA)

Facebook @nupa.belem 

Instagram @nupa.belem


Apneia do Sono pode contribuir com aumento de problemas cardíacos

Alerta: doença crônica pode desencadear sobrecarga no coração

 

Muitas pessoas podem não ter um sono adequado e algumas não consideram isso um grande problema por não saberem que o sono ruim pode levar a questões graves, como doenças cardíacas. Por isso, trazemos o alerta sobre uma possível ligação entre a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), condição que ocasiona má qualidade do sono, e os riscos para o coração.

A causa da apneia obstrutiva do sono (AOS) é, na maioria das vezes, multifatorial, sendo consequência de colapso ou de grande estreitamento da via aérea superior, durante o sono.1 O estreitamento e o colapso da via aérea podem ser devidos ao relaxamento da musculatura da faringe ou alterações anatômicas, entre outros fatores.1 Como consequência, além da redução na qualidade de vida pela sonolência diurna excessiva e da má qualidade de sono, há um risco aumentado para problemas cardiovasculares, como pressão alta (hipertensão arterial), batimento cardíaco irregular (arritmia cardíaca), infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).1

O médico Luciano Drager, cardiologista, especialista em Medicina do Sono pela Associação Médica Brasileira (AMB), alerta que os eventos de apneia, que ocorrem durante o sono, desencadeiam uma série de respostas que podem sobrecarregar o coração de maneira importante. A apneia, ao interromper temporariamente a entrada de ar nos pulmões, reduz a pressão a pressão dentro do tórax e isso faz com que o coração necessite trabalhar mais, neste ambiente de baixa pressão. Além disso, ele adverte que os eventos repetidos de apneia promovem fragmentação do sono e ativação de adrenalina no corpo, contribuindo para acelerar e sobrecarregar o coração. 

“Hoje existem evidências de que a apneia do sono pode contribuir para aumentar a pressão arterial e o risco de arritmias e pode ocasionar infarto e derrame. A relação, às vezes, pode ser reversa, ou seja, algumas doenças do coração podem favorecer também o surgimento ou a piora da apneia do sono. Cito aqui um caso de insuficiência cardíaca (coração dilatado). Sabe-se que ao dormir, o excesso de líquido no corpo pode se deslocar da parte inferior dos membros para regiões superiores e parte deste líquido pode se acumular na região da garganta, local em que ocorre a apneia”, aponta Drager.

Segundo o médico todo o paciente com apneia grave é particularmente mais suscetível a um maior risco de ocorrência de doenças do coração. “As pessoas, em geral, devem avaliar a qualidade do sono. Estou respeitando o horário de dormir e a minha necessidade do sono? No período próximo ao horário de dormir, estou evitando situações estressantes ou estímulos visuais que possam atrapalhar meu sono? Alguém relata que estou roncando ou parando temporariamente de respirar, enquanto durmo? Tenho a sensação de que ao acordar meu sono é restaurador? Essas perguntas são importantes para que possamos fazer uma autoavaliação da qualidade do sono para que, em caso de alguma queixa ou sintoma, procure-se atendimento médico para orientação adequada de diagnóstico e tratamento”, indaga.  

Uma vez que a apneia é diagnosticada, um dos melhores tratamentos é a adoção regular do CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas – tratamento padrão para a apneia do sono).2 Doutor Luciano Drager ressalta que “ao contrário do que muitos pensam, incluindo profissionais de saúde, o CPAP é, geralmente, muito bem tolerado pelos pacientes em tratamento. Temos evidências, incluindo dados de mais de 31.000 Brasileiros e milhões de norte-americanos usando CPAP com telemonitorização3 (com envio de dados remotamente para acompanhamento do uso e necessidade de ajustes na terapia), que mostram que a adesão ao tratamento é boa, com notória melhora na qualidade do sono”.

A adesão ao tratamento com CPAP nos casos indicados, além de promover a melhora na qualidade do sono, demonstrou ser capaz de reduzir a pressão arterial4 e pode reduzir os riscos para eventos cardiovasculares5,6, como derrame cerebral.7

Dentre as soluções disponíveis na terapia, vale citar o myAir™, aplicativo gratuito e fácil de usar que auxilia o paciente no acompanhamento da terapia com CPAP. O aplicativo fornece uma pontuação diária de como a pessoa dorme e inclui guia de instruções, vídeos e informações de treinamento personalizadas com base em seus dados de terapia. Os usuários de CPAP, monitorados remotamente ou auto monitorados, são até 87% aderentes, em comparação com aproximadamente 50% em dispositivos não conectados.8



ResMed

https://www.resmed.com.br/


 

Referências:

  1. Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS). Disponível em: http://www.abmsono.org/apneia-do-sono.html
  2. AASM Clinical Practice Guidelines. Treatment of OSA with PAP. J Clin. Sleep Med. 2019; 15(2):335-43.
  3. Malhotra A et al. Chest Available from: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)33073-8/fulltext
  4. Green M, et al. J Clin Hypertens (Greenwich). 2021; 23(1): 12-20.
  5. Wickwire EM, et al. Sleep Breath. 2020; DOI: 1007/s11325-020-02239-2.
  6. Peker Y e cols. J. Clin Med. 2020; 9(12): 4051-
  7. Wickwire EM, et al. J Clin Sleep Med. 2021; 17(6): 1249-55.
  8. Disponível em: https://www.resmed.com.br/gestao-de-seu-tratamento

 

No dia do psicólogo, Amparo Saúde alerta sobre crise de saúde mental

Healthtech registrou até agora mais de 90% do número de atendimentos com terapeutas realizados em 2020 e convida a população a buscar ajuda profissional para mudar esse cenário

 

Na próxima sexta-feira, dia 27 de agosto, é o Dia do Psicólogo, e sabemos o quanto esse profissional está sendo essencial desde o início da pandemia. A preocupação com o cuidado emocional existia, mas por muito tempo o tema foi tratado como um tabu. Agora, devido ao misto de emoções que a quarentena e o isolamento social provocaram desde o início de 2020, escancarou-se a necessidade de cuidar da saúde mental, traumas e angústias do dia a dia. A Amparo Saúde, healthtech referência em cuidado humanizado e prevenção de saúde no Brasil, registrou um grande aumento na busca por consultas com psicólogos em 2021. Até agosto, a empresa já realizou 92% do número de atendimentos de 2020, e quer incentivar a população a procurar mais ajuda profissional.

Os dados do mercado infelizmente são alarmantes. A OPAS (Organização Pan-americana de Saúde), divulgou, em agosto de 2021, que 60% da população sofre de ansiedade e depressão nas Américas - alertando para uma crise de saúde mental na região. Entre os motivos desse agravamento estão alguns sentimentos que muitas pessoas já viveram ou presenciaram em alguém próximo no último ano: medo da morte, medo de perder um ente querido, a insegurança econômica, o receio de perder o emprego, o isolamento social, a fadiga causada pelas reuniões online e a preocupação para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

De acordo com o Dr. Lucas Gurgel Tiso, Coordenador Médico da Amparo Saúde, o cuidado integral e preventivo do indivíduo nunca esteve tão em evidência. "O que é rotina para alguns, pode ser distante da cultura de outros. Precisamos mudar a nossa mentalidade de cuidar da saúde apenas quando apresentamos sinais de doença. É preciso se atentar à prevenção, ao cuidado integral, que contempla corpo e mente e nutrição, e então, desta forma, vamos conseguir mudar esse cenário", explica o médico de família que atua diariamente com equipes multidisciplinares e conta com apoio de profissionais de enfermagem, nutrição e psicologia no auxílio e incentivo às pessoas a cuidarem melhor da saúde física e mental.

Outro estudo , divulgado no mesmo mês, e que comprova a urgência do assunto, foi realizado pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Calgary, no Canadá, e avaliou que a depressão e a ansiedade na juventude dobraram em comparação ao período que antecede a pandemia. A pesquisa sugere uma crise global de saúde mental também na juventude, já que 1 a cada 5 jovens tem sintomas de ansiedade clinicamente elevados, e 1 a cada 4 adolescentes no mundo tem sintomas de depressão clinicamente potencializados.

Diante desses dados tão alarmantes, nada mais apropriado que falar do mês que se aproxima e, com ele, a campanha do Setembro Amarelo, essencial para o alerta para a prevenção do suicídio. Criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Setembro Amarelo chama a atenção para o tema já que, de acordo com dados da campanha, cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos no Brasil, número que vem aumentando, principalmente entre os jovens. Ainda de acordo com o movimento, mais de 96% dos casos de suicídio estavam relacionados à transtornos mentais.

Apesar dos dados e do crescimento da discussão sobre saúde mental, ainda há uma grande parte da população que não conhece um médico de família e que nunca passou por uma consulta psicológica. "Temos que falar com constância sobre esse assunto, pois muitas pessoas desconhecem os benefícios de uma equipe composta por médico de família e psicólogo trabalhando juntos para proporcionar o cuidado integral de qualidade desde o início. "Ainda estamos em um processo de reeducação da sociedade e de quebra de preconceitos para mudar essa situação", finaliza o médico da Amparo Saúde.


Programa da UFSCar oferece assistência para idosos que sofreram quedas acidentais de todo o País


Ação busca voluntários a partir de 60 anos para avaliações e intervenções gratuitas

 

O Programa Multidimensional e Assistencial de Gestão para Idosos Caidores (Magic) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem por objetivo acompanhar os idosos que sofreram quedas acidentais com o intuito de reduzir os fatores de risco dessas ocorrências. A iniciativa é do grupo de pesquisa "Abordagem funcional e multifuncional em Gerontologia", coordenado pelas professoras Juliana Hotta Ansai e Karina Gramani Say, do Departamento de Gerontologia (DGero), em colaboração com os professores Larissa Costa Riani e Paulo Giusti Rossi, do Departamento de Fisioterapia (DFisio), da Universidade. O projeto busca voluntários a partir de 60 anos de idade, que residam em qualquer região do País.


O programa vai oferecer aos participantes avaliações, intervenções de atividades físicas e cognitivas para melhora da mobilidade, coordenação, força muscular, equilíbrio, atenção e memória, além de uma gestão de casos individuais, com foco na redução dos fatores de risco para quedas. As atividades são desenvolvidas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia (PPGGero) da UFSCar, têm como colaboradores Maria Joana Duarte Caetano, educadora física e pesquisadora; Herick Moralles, docente do Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da UFSCar; e parceria internacional com o pesquisador e professor Stephen Lord (Austrália).


Para realizar o programa, estão sendo convidados voluntários idosos, a partir de 60 anos, que tenham sofrido queda nos últimos 12 meses. Os participantes serão avaliados de forma individual, antes e depois do período das intervenções. Além disso, os voluntários serão assistidos por profissionais para garantirem o seu bem-estar e segurança. Em virtude da pandemia de Covid-19, o programa será ofertado de forma remota, respeitando todas as recomendações e medidas sanitárias, utilizando vídeos com aulas, atividades impressas e acompanhamento por telefone. A expectativa é propiciar benefícios para os participantes, além de melhora na resistência física e preparação para lidar com a ameaça de quedas.
Interessados em participar do Magic devem preencher este formulário (https://bit.ly/3BsMb4c) ou fazer o contato com os pesquisadores pelo e-mail programamagic@ufscar.br, pelo Whatsapp (16) 99729-9855 (ou pelo link https://bit.ly/3BnW8jf). Após o preenchimento do formulário, os interessados devem aguardar o contato da equipe, que explicará os próximos passos. Mais informações também podem ser acessadas no Instagram (@programamagic) e no Facebook (facebook.com/promagic.ufscar)


Dia Nacional de Combate ao Fumo: Cigarro eletrônico atrai jovens e pode ser retrocesso para o Brasil

Aspecto moderno e falta de informação têm feito aumentar consumo do dispositivo


Em 29 de agosto, no Brasil, comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Atualmente, cerca de 10% da população brasileira acima de 18 anos é tabagista, segundo o Instituto Nacional de Câncer (IBGE). O número representa um avanço em relação há 20 anos, quando esse percentual era o dobro, mas o vício ainda atinge mais de 20 milhões de brasileiros. E conforme as políticas públicas de prevenção avançam, novos desafios também se apresentam. O cigarro eletrônico é um dos principais deles.

Segundo o Ibope Inteligência, o número de pessoas que usam cigarro eletrônico no Brasil, em apenas um ano, dobrou, saltando de 0,3% da população para 0,6%. São cerca de 600 mil usuários brasileiros da tecnologia que, dizem os especialistas, é capaz de causar tanto dano físico e psicológico quanto o cigarro tradicional.

"Como não há regulação em relação ao cigarro eletrônico no país, não sabemos o que as pessoas estão aspirando. Outro importante ponto é que esse tipo de vício tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, pela novidade e pela falta de informação também sobre o impacto nocivo deles. Os produtores investem em um design moderno, com cara de aparelho eletrônico, para atrair essa geração que, até então, já tinha quase que abandonado o cigarro", explica Clarissa Mathias, oncologista do Grupo Oncoclínicas.

A pandemia da Covid-19 vem deixando os especialistas em estado de alerta. Ansiedade, solidão provocada pelo isolamento social e o medo da doença têm levado os tabagistas a descontarem os sentimentos de incerteza no cigarro. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os tabagistas aumentaram o número de cigarros consumidos diariamente em até 40%. E isso também pode estar acontecendo com os consumidores de cigarro eletrônico, acreditam especialistas.

"Não temos como saber quais serão as consequências do consumo desse tipo de cigarro a médio e longo prazos. Teremos que esperar talvez 20 anos para medir isso, o que pode ter consequências para toda uma geração, já muito afetada por um evento de grande proporção, que foi a pandemia, que deixou muita gente mais ansiosa e mais angustiada e que pode buscar esse hábito como válvula de escape", ressalta Clarissa.

O dispositivo vaporiza um líquido que contém uma grande quantidade de nicotina e, embora não existam ainda estudos definitivos que indiquem o impacto no desenvolvimento de cânceres, os dispositivos eletrônicos possuem sim elementos que podem ser altamente prejudiciais, mesmo não contendo tabaco em sua composição. O crescimento desse consumo pode representar um retrocesso para o Brasil, que é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao tabagismo.

"A nicotina pode ser consumida com combustão e produção de fumaça - caso de cigarros, charuto, narguilé - ou sem combustão e produção de fumaça, como acontece em situações de uso de rapé e cigarros eletrônicos sem tabaco ou com tabaco modificado para ser aquecido. Por isso devemos estar atentos ao estímulo da conscientização dos riscos de todo e qualquer tipo de fumo", comenta o oncologista Carlos Gil Ferreira, líder de tumores torácicos do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas.


Tabagismo ainda é a principal causa de câncer

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão em todo o mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: em 2017, conforme dados do INCA, 73.500 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de câncer provocado pelo tabagismo no país e 428 pessoas morrem diariamente no país por conta dele. A entidade aponta ainda que mais de 156 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse evitado.

Em 79% dos casos de câncer de pulmão, por exemplo, os pacientes eram fumantes, ou ex-fumantes. Apenas 21% nunca tiveram contato com o tabaco. "Todo ano, cerca de dois milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão ao redor do globo. E quem fuma tem de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de tumor. Isso porque as substâncias químicas presentes no cigarro danificam e provocam mutações no DNA das células pulmonares, fazendo com que deixem de ser saudáveis e se transformem ​​em células malignas", diz Carlos Gil Ferreira.

O hábito de fumar também contribui para o aumento no risco de ocorrência de ao menos outros 12 tipos de câncer: bexiga, pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), na cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago e cólon, leucemia mielóide aguda. Adicionalmente, o tabagismo é um dos hábitos relacionados a formas mais graves de infecção pelo novo coronavírus.


Desafio 21 dias sem cigarro

Com foco no público jovem, o Grupo Oncoclínicas lança neste mês nas redes sociais a campanha "Desafio 21 Dias Sem Cigarro", voltada ao incentivo ao abandono do vício no fumo. A cada dia, é sugerida uma nova meta a ser cumprida. Essas atividades procuram diminuir a sensação de ansiedade e a própria fissura física que vem com o consumo de cigarro e dispositivos eletrônicos de vape.

"Parar de fumar não é um ato isolado na vida. A sensação de perda é muito grande, e o fumante deve encarar a cessação como uma oportunidade de fazer um balanço e modificar seus hábitos e estilo de vida. Para vencer a dependência psíquica, a dependência física e os condicionamentos é preciso ter muita força de vontade e contar com o apoio de profissionais de saúde, amigos e familiares. A partir desta mobilização, temos o objetivo de incentivar esse movimento em prol da saúde e da vida", finaliza Clarissa Mathias.

Para saber mais sobre o Desafio 21 Dias Sem Cigarro, acesse o www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida e siga as páginas oficiais nas redes sociais Instagram e Facebook para conferir as dicas diárias no combate ao fumo e melhora da qualidade de vida.

 


Oncoclínicas (ONCO3)

www.grupooncoclinicas.com


ESPECIALISTA ALERTA SOBRE OS EXCESSOS ALIMENTARES DURANTE A GESTAÇÃO

Evitar comparações e desenvolver consciência alimentar é importante não apenas para a saúde da mãe, mas também para proteger a criança de maus hábitos alimentares no futuro


É muito comum sentir picos de apetite durante a gestação. Isso pode acontecer por vários fatores, de questões hormonais à emocionais. Por mais que alguns desejos pareçam ser incontroláveis nesse período, a especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri, alerta sobre a importância de evitar comer incontrolavelmente e os riscos deste hábito para a saúde da mãe e do bebê.


Por que algumas gestantes sentem mais fome?

Os hormônios progesterona e prolactina estão entre os responsáveis pela mudança de apetite. Isso, somado à alteração do pH da boca, leva a gestante a ter esses picos de forme. Essas alterações acontecem, geralmente, nos primeiros meses da gestação, mas podem se estender por mais tempo. Esses picos hormonais também afetam o comportamento alimentar da gestante, tornando-a mais suscetível a usar a comida como um meio de suprir uma eventual carência emocional.


Consciência alimentar na gestação

Para a especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri, as escolhas da mãe afetam tanto o físico quanto o emocional da criança. “A alimentação na gravidez contribui muito para a formação da microbiota intestinal do neném. Isso é comprovado cientificamente. O quanto a mãe engorda e emagrece, o que ela come, assim como a qualidade e quantidade de alimento, são fatores que vão implicar em toda a formação fetal, podendo determinar até a propensão da criança ser obesa ou não”, pontua.

Por esta razão, Edivana alerta que desde o momento que se decide ser mãe é preciso pensar na saúde que a criança terá no futuro.  “Toda a estrutura do bebê, além da externa, como pele, cabelo, unhas, estarão sendo formadas. O bebê vai carregar a genética da mãe em todos os aspectos. Saber disso poderá ajudá-la a criar consciência alimentar”, complementa Poltronieri.

A orientação de ‘comer por dois’ durante a gestação precisa ser aplicada com cautela. “É necessário se atentar à qualidade e quantidade para a gestante não correr o risco de ter diabete, pressão alta e até complicações durante o parto. O mais importante desses cuidados é que isso implica na saúde do bebê nas primeiras fases da vida. Por isso que alguns se questionam como a criança engorda tanto se na família todos são mais magros ou porque a criança rejeita certos grupos de alimentos. As respostas estão, em muitos casos, nos equívocos alimentares durante a gestação e nos sentimentos que a mãe transferiu ao bebê nesse período”, explica.  

Outro alerta é evitar comparações. “Cada gestante vai se comportar de uma forma. É possível a mesma mãe sentir diferenças na rotina entre duas gestações. Por isso, sempre falo para fazer um filtro sobre o que se lê na internet. Todos somos indivíduos em contextos de vida completamente diferentes. Esses contextos têm a ver com as particularidades de cada organismo e também com questões como a qualidade de sono e alimentação. Isso é o que torna cada gestação única. Então, a comparação com outras gestantes pode levar a um desgaste da saúde física e mental, e ser muito prejudicial à criança”, finaliza.

Segundo a especialista, para seguir uma gravidez tranquila e saudável, contar com um especialista é sempre uma ótima opção, pois assim será possível fazer a programação de uma rotina alimentar equilibrada, saborosa e nutritiva para mãe e bebê.


Posts mais acessados