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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Beba com moderação: pessoas com diabetes precisam de atenção especial na hora da folia


Médicos pedem atenção especial para evitar exageros


No carnaval, muitos vão acompanhados de bebidas alcoólicas para a folia, despreocupando-se com quaisquer questões além de aproveitar os quatro dias que antecedem a quarta-feira de cinzas. Porém, quem tem diabetes deve evitar excessos: bebidas alcoólicas são compostas de carboidratos vazios, sem nutrientes, e têm alto teor calórico. Apesar de poderem causar uma elevação da glicemia em um primeiro momento, os níveis de glicose no sangue podem diminuir em seguida, o que pode desencadear quadros de hipoglicemia tardia.

A Sociedade Americana de Diabetes recomenda o consumo máximo diário de um drink para mulheres e dois para homens, sendo cada dose equivalente a 150 ml de vinho (uma taça), 360 ml de cerveja (uma lata) ou 45 ml de destilado. Porém, o médico endocrinologista Fernando Valente, coordenador de comunicação da Sociedade Brasileira de Diabetes, explica que antes do consumo de bebidas alcoólicas é necessário checar as taxas de glicose no sangue. “A ingestão de bebidas alcoólicas é permitida somente se os níveis de glicemia estiverem normais. Isso é fundamental, uma vez que os sintomas de hipoglicemia e de intoxicação por álcool são muito similares”, afirma. Quando consumir álcool, isso deve ocorrer juntamente ou após a ingestão de alimentos e eventual ajuste nas doses de insulina.


Embriaguez ou hipoglicemia?
 
Tontura, confusão mental, ansiedade, nervosismo, palpitação ou ritmo cardíaco acelerado, boca seca, formigamento nos lábios, fome excessiva e até desmaio ou coma. Todos esses sintomas podem corresponder à intoxicação por álcool e à hipoglicemia.

“A hipoglicemia é resultado de uma queda vertiginosa das taxas de glicose no sangue. Para seu tratamento, além da abstinência do álcool, recomenda-se que o paciente tome um copo de suco de laranja, de refrigerante não dietético, ou de água adoçada. O efeito será mais rápido se for acompanhado de alimentos ricos em carboidratos de longa duração, como pães e biscoitos”, orienta. “Caso o nível de consciência esteja comprometido, a pessoa deve ser encaminhada ao médico para ser rapidamente medicada, ou pode receber uma injeção de glucagon administrada por um familiar”, frisa.


Fígado sobrecarregado
 
Ao ingerir bebida alcoólica, o álcool passa rapidamente pelo estômago e chega ao fígado por meio da corrente sanguínea. Lá, a substância é metabolizada – contudo, o órgão consegue processar um drink a cada duas horas, em média. Quando esta quantidade é ultrapassada, a substância permanece no sangue e causa efeitos como tontura, desinibição e diminuição da capacidade de raciocínio.

Mas o que acontece em pessoas com diabetes? Dentre as funções do fígado, uma delas é controlar o nível de glicose na corrente sanguínea: direciona as reservas de açúcar em caso de queda das taxas no sangue. Além disso, ele também é responsável por fabricar a glicose. Ou seja, nos caso de pacientes que estão tomando medicações que aumentam a quantidade de insulina no sangue ou aplicam insulina, ao tomarem bebidas alcoólicas, o fígado está sobrecarregado metabolizando o álcool, incapaz de regular a quantidade de açúcar no sangue. “O resultado é a queda dessas taxas, aumentando o risco de hipoglicemia”, afirma Valente.

O médico endocrinologista orienta que “o paciente deve sempre consultar seu médico para, juntos, alinharem a questão da ingestão de bebida alcoólica. A responsabilidade e a moderação precisam caminhar lado a lado durante o ano todo”, conclui.






SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes


Cardiologista dá 7 dicas para não perder o fôlego durante o Carnaval


 Foliões devem ficar atentos a qualquer sintoma estranho,
como cansaço exagerado, falta de ar, dor no peito, tontura e palpitações


O Carnaval é uma das épocas mais esperadas do ano. Sempre há aqueles que contam os dias para descansar e assistir sua série preferida em frente à TV. Porém, para outros, é o momento de aproveitar os dias de folga para encarar uma verdadeira maratona de folia.

Apesar do bom astral, é nesse feriado que a maioria das pessoas acaba saindo da rotina e sobrecarregando o coração, na maioria das vezes por causa dos excessos de ingestão de bebidas alcoólicas, do cigarro, alimentação inadequada e, também, uso de substâncias ilícitas. “É recomendável que, neste período, os foliões redobrem a atenção com os hábitos de comportamento, como o abuso do álcool; do cigarro e a má alimentação, além de atentar para o estresse físico e os riscos de desidratação”, alerta Dr. Marcelo Sampaio, cardiologista membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Segundo o especialista, não são apenas aqueles que sabem que são portadores de problemas cardíacos que precisam se preocupar. “Todos devem ficar atentos a qualquer sintoma diferente do normal, como cansaço exagerado, falta de ar, dor no peito, tontura e palpitações”.

O cardiologista elencou 7 dicas para manter o coração a mil e bastante saudável durante os quatro dias de folia:



  1. Cuidado com o abuso de bebida alcoólica

"Tudo em excesso pode provocar danos ao coração. A bebida alcoólica também", avisa Dr. Marcelo Sampaio, explicando que o álcool libera substância que podem provocar vasoconstrição, reduzindo o fluxo de sangue para o músculo do coração, podendo gerar arritmia.

O cardiologista destaca que não é incomum pessoas que bebem muito terem episódios de taquicardia,  arritmia ou até mesmo infarto. "Se tiver antecedentes de eventos com álcool ou fatores de risco genéticos, pode haver complicações". 

Para aqueles que costumam beber descontroladamente, ele alerta ainda para o risco do coma alcoólico, que ocorre quando a pessoa fica inconsciente devido aos efeitos do excesso de álcool no organismo. “Geralmente, ele ocorre quando se bebe a ponto de ultrapassar a capacidade do fígado de metabolizar o álcool, o que leva à intoxicação do cérebro e de diversos órgãos do corpo”, explica o cardiologista.

Esta condição é considerada estado grave, e caso não seja rapidamente tratada, pode levar à morte, devido à diminuição da capacidade respiratória, lentificação dos batimentos cardíacos, além de queda dos níveis de glicose no sangue ou outras complicações como desenvolvimento de arritmias, por exemplo.




  1. Cuide da alimentação

O cardiologista chama atenção para outra atitude comum no Carnaval que costuma oferecer perigo ao coração: a alimentação desregrada. "Alimentos gordurosos, que provocam má digestão, podem causar danos ao coração e entupimento das artérias. Por isso, mantenha uma alimentação leve e balanceada. Prefira alimentos saudáveis, como proteína magra, frutas, verduras e vegetais”.




  1. Hidrate-se

Outro perigo é o calor excessivo que orovoca muito suor, que desidrata e pode provocar queda de pressão e desmaios. Para os adultos, recomenda-se 2 litros de água pura, por dia.“Lembre-se de beber água mesmo que você não esteja com sede, porque a sede ocorre quando o corpo já está em desequilíbrio”, diz ele.




  1. Fique longe de drogas ilícitas, do cigarro e dos energéticos

Se as drogas ilícitas trazem muitos riscos para quem é saudável, têm impacto ainda mais grave para quem tem problemas cardíacos. Misturadas ao álcool, podem causar crises de taquicardia de longa duração, o que aumenta o riscos de infarto, derrame e morte. A cocaína, por exemplo, é a principal causa de infarto agudo do miocárdio em pessoas com menos de 30 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. 

Já as drogas consideradas lícitas, como cigarro, álcool e energéticos, causam efeitos colaterais no coração. Da mesma forma, os proibidos termogênicos desencadeiam graves arritmias cardíacas. 

“O cigarro é um dos maiores agressores do endotélio, aquela parede de células que recobre os vasos sanguíneos. Essa ação interfere com a produção de uma substância protetora conhecida como óxido nítrico e faz como que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de gordura. Há também uma interferência no mecanismo de contração e relaxamento, o que resulta numa maior dificuldade para o sangue circular”.




  1. Preste atenção à pressão arterial

As emoções exarcebadas podem elevar a pressão arterial, o que é um perigo para o coração. “É importante verificar sempre a pressão e mantê-la sob controle”, diz o médico. Uma dica é controlá-la antes do Carnaval, retirando o saleiro da mesa, reduzindo o consumo de embutidos (que possuem muito sódio), evitando carne vermelha e temperos industrializados.




  1. Pratique exercícios físicos antes das festas

Se você é daqueles que não perde um bloco de Carnaval ou um desfile na Avenida, não deixe de se preparar fisicamente antes desses eventos. Chegar sem condicionamento físico ao Carnaval pode trazer complicações para seu fôlego, deixá-lo dolorido e, assim, prejudicar a sua festa!

É recomendado fazer exercícios físicos durante 40 minutos, cinco vezes por semana. Caminhadas intercaladas com pequenas corridas, hidroginástica e esteira ou bicicleta são boas opções para auxiliar na melhora do condicionamento.




  1. Atenção ao choque térmico

Dr. Sampaio explica que toda vez que a temperatura está muito quente e a pessoa vai para um local mais frio, pode ocorrer um espasmo da artéria coronária, provocando um fechamento total. "Há também uma redução abrupta do sangue, podendo gerar infarto ou angina, com dor no peito", afirma. "Pessoas que têm placas obstrutivas nas artérias queixam-se que têm mais dor no peito no frio ". Portanto, tome cuidado com o entra e sai de ambientes com ar condicionado ligado em temperaturas muito baixas, em contraponto com o ar livre extremamente quente.

O contrário também é perigoso - quando a pessoa vai para um local com temperatura elevada por longo período, como praia e piscina sob sol bem quente, corre o risco de ter queda de pressão. "Se a pessoa tem placas, pode até provocar um infarto, uma arritmia ou um desmaio", finaliza o cardiologista.






Instituto Lado a Lado pela Vida 


Pés em dia para a folia do Carnaval



Especialista da Doctor Feet ensina dicas para aproveitar as festas sem ter problemas com os pés


Bloquinhos de rua, desfiles e muito samba no pé - e haja pé para tantos dias de folia. A curtição do carnaval exige alguns cuidados básicos com esses dois protagonistas, que serão responsáveis por sustentar o corpo por horas a fio sem descanso. Segundo Valéria Vieira, podóloga e coordenadora técnica da rede Doctor Feet, o principal risco está relacionado a pisões e colisões, já que o contato com multidões nesses eventos é comum. Além destes, outros riscos, como a fascite plantar e bolhas por atrito, podem ocorrer se não tomadas algumas medidas de prevenção. A especialista lista alguma dicas para evitar qualquer tipo de problema, confira:
  • Escolha sapatos fechados com absorção de impactos, como os tênis
  • Não use chinelos, sandálias ou sapatilhas e não fique descalço em grandes multidões
  • Use palmilhas ou calcanheiras se for ficar muito tempo em pé
  • Se usar salto, evite as bolhas usando protetores de dedo feitos de silicone, gel e adesivo, assim como o calcanhar
  • Coloque os pés para cima depois da folia e, se possível, durma com eles assim
  • Em caso de dores, use um massageador específico para os pés ou mergulhe-os em uma bacia com água gelada por 30 minutos
  • Beba muita água para evitar a desidratação
  • Faça um escalda pé com óleos essenciais ou ervas para relaxar

Ah, e outra dica muito importante: sexo só com camisinha! Seguindo esses e outros conselhos você poderá curtir as festas sem preocupação. #AmoMeuPé






Doctor Feet


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