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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Como se preparar para a maratona do Carnaval?


O Dr. Renato Lobo, nutrólogo, dá dicas importantes

 
A cada ano, o Carnaval de rua de São Paulo cresce não só em número de atrações, como também em número de foliões. Segundo balanço da Prefeitura, em 2018 os blocos atraíram cerca de 9 milhões de pessoas. Para este ano, a expectativa é que o número seja ainda mais expressivo.

Lembrando que os dias estarão quentes e os percursos são bastante longos e com muita gente ao redor, é importante não se descuidar da saúde para aproveitar da melhor forma o ritmo intenso dessa festa.

O Dr. Renato Lobo - médico formado pela USP, especializado em nutrologia, com foco em emagrecimento, hipertrofia e longevidade saudável - destaca que para todas as festas de longa duração é preciso se hidratar muito bem. Além disso, uma alimentação correta, rica em produtos naturais e menos industrializados, também vai garantir que a pessoa esteja bem nutrida e fortalecida para as horas de folia.

"Se possível, levar algum alimento para comer durante a festa. As frutas, ricas em carboidrato, além de saudáveis, garantem bastante energia, por isso são ótimas escolhas sempre".

Quanto ao líquido, engana-se quem pensa que a cerveja pode substituir a água. "A cerveja, naturalmente, estimula o corpo a eliminar mais líquido. Então a dica, de uma forma prática é, para cada latinha de cerveja, beba um copo d'água para se manter bem hidratado".

Para os sedentários que estão fora de forma, a dica é estar atento aos sinais de cansaço extremo. "Às vezes a pessoa está apresentando quadro de desidratação e pensa que está apenas cansada. Então aos sinais de tontura, visão escurecida e câimbras, dê um tempo na sombra, descanse e tente se hidratar ao máximo. Não só com água, mas isotônicos e água de coco também podem ajudar a repor os sais". Como são atividades bem desgastantes, uma noite bem dormida de oito horas, vai ajudar a recuperar energia para o próximo dia de folia e até mesmo trabalhar. 




Dr. Renato Lobo 


Dentista dá dicas para curtir o Carnaval com hálito saudável



O Carnaval está aí, especialista Luiz Akaki aconselha medidas simples para que os foliões mantenham o hálito fresco durante a folia


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quarenta por cento da população mundial sofre de halitose.   O mau hálito é um sinal de que algo incomum está acontecendo no seu organismo.
De acordo com o cirurgião dentista Luiz Akaki, há mais de 70 motivos por trás do problema, e 95% das causas têm origem na boca. Para tratar a halitose, o indicado é procurar um dentista e realizar um diagnóstico.

E pasme, hoje já existem aparelhos de alta tecnologia que medem a concentração dos compostos derivados do enxofre presentes na boca. Com isso, é possível avaliar a intensidade do problema, permitindo acompanhar a evolução do tratamento. 
Algumas medidas simples podem ajudar a evitar o mau hálito e fazer com que você não tenha medo de falar bem  de pertinho nesse Carnaval. Confira as dicas do doutor Luiz Akaki:


1)Mau hálito eu? Muitas vezes você nem percebe que tem halitose. Isso porque, segundo o doutor Akaki, nos acostumamos com os odores ao qual somos expostos por muito tempo, um processo natural chamado fadiga olfativa. Por isso, pergunte a um amigo próximo como está o seu hálito.


2)Escove os dentes todas às vezes que se alimentar. De preferência tenha uma sequência de movimentos para não deixar nenhum dente de fora. O fio dental é essencial no processo.


3) Raspador lingual - Muita gente torce o nariz para o raspador lingual, pois sente ânsia ao usá-lo.  Mas saiba que ele é um grande aliado na prevenção da halitose, pois retira a saburra lingual, uma placa bacteriana formada sobre a língua. “Comece de uma parte que você não tenha ânsia e vá progredindo aos poucos”, explica o especialista.


4)Vai um chicletinho aí? Quando não for possível escovar os dentes, use goma de mascar sem açúcar, pois ela estimula a produção de saliva que ajuda a remover os resíduos de alimentos que ficam depois das refeições e , assim, a manter o hálito fresco.


5)Água é fundamental - Vai beber no Carnaval?   Saiba que o consumo excessivo de álcool é um dos motivos do mau hálito.  Isso porque a bebida alcoólica aumenta a descamação dos tecidos da boca alimentando as bactérias que se concentram principalmente sobre a língua e piorando o hálito.  Uma boa solução para amenizar o problema durante as festas é intercalar água e bebida, assim o efeito do álcool na mucosa da boca é atenuado.






Dr. Luiz Fernando Akaki Borges - Graduado pela Universidade de São Paulo (USP) – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (1991); Especialista em Prótese Dentária – FORP USP. Pós-graduado em Implantodontia Oral. Mestre em cirurgia e medicina. Professor e coordenador de cursos de Implantodontia e Cirurgia Avançada desde 1994. Com participação em diversos Congressos pelo Brasil e no exterior.


Dia Mundial das Doenças Raras


O último dia de fevereiro é marcado pelo Dia Mundial das Doenças Raras, neste ano será em 28/02. A data foi instituída a fim de promover o conhecimento sobre essas doenças, que contabilizam aproximadamente oito mil tipos, bem como, o diagnóstico precoce, um dos grandes desafios, visto que muitos pacientes chegam a passar por até dez médicos antes de ser feita a descoberta.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta uma a cada duas mil pessoas, entende-se que no Brasil já existem mais de 13 milhões de raros.  Mais de 80% dessas doenças são causadas por alterações genéticas e os outros 20% por fatores imunológicos, infecciosos, reumatológicos e cânceres. Esses números contam histórias de luta de milhares de pessoas que têm doenças progressivas, de difícil diagnóstico e de tratamento específico, fatores que afetam diretamente a qualidade de vida e sobrevida dos pacientes.

Veja abaixo algumas das doenças consideradas raras:


Acromegalia 

Acromegalia é uma doença rara e crônica, que se desenvolve por meio de um tumor benigno na hipófise - localizada no cérebro – fazendo com que o hormônio do crescimento (GH) seja produzido em excesso na fase adulta, entre 30 a 50 anos de idade. Os principais sintomas da condição são: dores articulares, suor excessivo, alterações de pele, inchaços nas mãos e pés, crescimento de língua e queixo, espaçamento de dentes e mudanças na voz. 

Por seu desenvolvimento lento e pela doença ser desconhecida até para alguns médicos não especialistas, os primeiros sintomas são confundidos com outras doenças, fazendo que seu diagnóstico seja tardio e em estágio avançado, quando já ocorreram mudanças físicas.



Alfa Manosidose (MPSs)

A Alfa Manosidose, considerada um dos tipos de MPSs, é uma doença ultrarrara, que se caracteriza pela ausência genética ou mau funcionamento da alfa-manosidase – uma enzima envolvida na quebra celular de moléculas complexas de açúcar – essa ausência faz com que exista um acúmulo tóxico progressivo nas células de muitos tecidos e órgãos. Seus sintomas mais frequentes são: traços faciais irregulares, deficiência intelectual, distúrbios da função motora progressiva e incapacidade física, deficiência auditiva, fala prejudicada, imunodeficiências e infecções recorrentes, sintomas psiquiátricos e anormalidades esqueléticas. 

A doença tem progressão lenta, seu prognóstico a longo prazo é geralmente ruim, com expectativa de vida reduzida. 



Doença de Batten ou Lipofuscinose Ceroide Neuronal (CLN2)

A CLN2 é uma doença genética rara, causada por uma deficiência na enzima tripeptidil peptidase 1 (TPP1). Sem ela, materiais lisossômicos se acumulam, principalmente, em células cerebrais e oculares, contribuindo para a perda ou desaparecimento de funções cognitivas, motoras e visuais. Ela acomete crianças entre 2-4 anos, quando os primeiros sintomas são percebidos, e é a principal causa da demência infantil. Os pais, geralmente, são portadores assintomáticos, ou seja, possuem o gene mutado, mas não são portadores da doença.

A doença neurodegenerativa tem uma progressão rápida e devastadora, causando graves deficiências e morte precoce.



Fenilcetonúria (PKU)

Fenilcetonúria é uma doença genética rara, caracterizada pelo excesso do aminoácido fenilalanina (Phe) no sangue que, em altas concentrações, é tóxico ao sistema nervoso central, composto pelo cérebro e medula espinhal. A doença se manifesta desde o nascimento da criança, por ambos os pais terem o gene mutado causador e passar para o bebê.  Os principais sintomas aparecem nas primeiras semanas de vida, sendo: choro constante, irritabilidade e urina com forte odor. Já em seus primeiros meses, a criança apresenta atrasos para sustentar a cabeça, sentar, falar, entre outros. 

Caso a doença não seja diagnosticada nos primeiros meses de vida, ela pode ocasionar desde uma leve alteração de comportamento até uma deficiência intelectual irreversível.  



Mucopolissacaridoses (MPSs)

As MPSs são um grupo de doenças genéticas raras que produzem uma quantidade insuficiente de enzimas que eliminam os glicosaminoglicanos (GAGs), o acúmulo dessas substâncias nas células faz com que os órgãos tenham um mau funcionamento, desenvolvendo complicações respiratórias, comprometimento esquelético e dificuldade motora, auditiva e visual. Os principais sintomas aparecem na infância, a criança com MPS tem um desenvolvimento muito distinto se comparado com outras da sua idade, além de mudanças na aparência. 

A doença tem uma rápida progressão que pode diminuir a qualidade e expectativa de vida do paciente, por isso o diagnóstico precoce é crucial.



Tumores Neuroedócrinos (TNEs)

Os Tumores Neuroendócrinos são um grupo de tumores raros que se desenvolvem nas células do sistema neuroendócrino e tem a capacidade de produzir de forma desenfreada hormônios e outras substâncias semelhantes que tem ação sobre diferentes órgãos. Por isso, existem diversos tipos de TNEs, incluindo tumores carcinoides, TNEs gastrointestinais, TNEs pancreáticos e TNEs pulmonares. Os seus sintomas também são variados, dependendo do tipo de TNE. A doença acomete pessoas entre os 50 a 60 anos. 

Por seu lento desenvolvimento e variados sintomas, é uma doença de difícil diagnóstico afetando significativamente na qualidade de vida do paciente e nas chances de cura. 


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