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domingo, 9 de dezembro de 2018

Evite a intoxicação alimentar nas festas de final de ano


Chega o final de ano e é sempre assim: as pessoas se reúnem à mesa para brindar com amigos, familiares e colegas de trabalho o ano que está acabando e para desejar que o período que está por vir seja melhor. Mas muitos dos cuidados – ou a falta deles – se repetem, seja em casa ou nos restaurantes. O resultado disso pode ser uma intoxicação alimentar – ruim para as pessoas, ruim para os estabelecimentos, que correm o risco até de fechar as portas em razão das possíveis ocorrências.

O médico veterinário, sanitarista e diretor da ProAli Segurança de Alimentos, o Dr. Paulo Sallum, dá todas as dicas para que as festas de final de ano sejam só alegria.

 - Na hora de preparar cardápio de Natal, seja no restaurante ou em casa, é preciso pensar nos pratos que os convidados gostam. Tenha cuidado com os temperos. Nem todo mundo tem a mesma sensibilidade com o paladar para determinados temperos. Cuidado com as suscetibilidades individuais. Se for  receber amigos , é interessante perguntar se alguém tem algum tipo de alergia a glúten ou lactose. “Fique de olho na composição e nos rótulos dos produtos”, diz o Dr. Paulo Sallum.

- Ao preparar alimentos de origem animal, mantenha-os em conservação adequada: em temperatura quente. Mesmo quando o assado estiver pronto, deixe-o no forno com temperatura mínima de 60 graus, até servir. Desta forma , a qualidade dos alimentos será mantida.

- O grande cuidado é com o final da ceia – com as sobras, de peixe, bacalhau, frango, por exemplo. Muitas vezes esses pratos permanecem à mesa até o dia seguinte, para a nova refeição. A grande incidência de intoxicações alimentares acontece exatamente por conta da ingestão das sobras nas ceias que ficam fora da geladeira. As pessoas bebem demais e vão dormir, se esquecendo dos cuidados com os alimentos.

- Caso os alimentos (sobras) sejam deixados à mesa, para reaproveitá-los, é necessário fazer novo tratamento térmico. Ou seja, é preciso que eles sejam reaquecidos,  com tratamento térmico acima de 65 graus. O uso de microondas não é indicado nestes casos. O que sobrou do peru, frango ou tender, pode ser desfiado, por exemplo e, com isso, dar lugar a outra receita. Quando for reaquecido, a contaminação será eliminada. É preciso usar a criatividade na cozinha e se livrar da contaminação.

- Para preparar qualquer produto que venha congelado – uma ave por exemplo, a primeira coisa a fazer é descongelar programadamente. É preciso tirar do congelador e colocar numa vasilha, na parte de baixo da geladeira, por um período entre 12 e 18 horas, ainda na embalagem. Quando o item é descongelado fora da geladeira, sem programação, os líquidos e temperos que estão no produto vão sair também. Não se pode fazer o descongelamento em temperatura ambiente, a não ser que o alimento fique no máximo duas horas nesta condição antes de ser preparado, manipulado.

- Outra prioridade é higienizar e lavar bem os legumes – principalmente os verdes, como salsinha, cebolinha, coentro, alecrim e temperos. Antes de serem utilizados, devem ser higienizados com produto à base de hipoclorito de sódio (mata as bactérias). Os itens devem ser colocados em água com uma medida de hipoclorito de sódio indicada pelo fabricante do produto. Depois disso, antes de usar os produtos, é preciso que sejam lavados.

- Os legumes crus também demandam cuidados. O ideal é deixá-los meia hora em solução de bicarbonato de sódio, que ajuda a limpar os excedentes de agrotóxico dos alimentos – ou diminuir a quantidade dos resíduos.

- Não dê sobras de comida de Natal para os bichos de estimação. Os animais não estão acostumados com o tempero e tipo de carnes que são servidos na festa, como pedacinhos de tender, peixe, bacalhau. Eles podem apresentar diarréia, vômito e passar mal.

- É preciso que o consumidor fique atento à qualidade dos alimentos durante as comemorações em bares e restaurantes. Alguns têm churrasquinho na porta, assim como o petisco e comidinhas oleosos demais. E ainda há os que fazem o reaproveitamento de sobras de outras mesas. Fuja desses lugares.

- Para os restaurantes: é preciso ficar atento à limpeza dos banheiros, assim como à apresentação dos funcionários.  Mas o mais importante é a grande responsabilidade de manter a qualidade dos produtos com higiene e respeito ao consumidor.


Final de ano e os fogos de artifício: como proteger os cães?


Se o seu cão tem medo de ruídos como os fogos, a médica veterinária dá dicas para que o pet não sofra em festa como réveillon


O final de ano está chegando e esse momento que é de festa para alguns, é de terror para outros, principalmente durante a comemoração do réveillon com muitos fogos de artifícios. O barulho estrondoso dos fogos deixa os cães com medo, estressados e assustados, muitos se escondem, choram, latem, batem com as patas no chão e até mesmo urinam. 

De acordo com a médica veterinária e diretora clínica do Grupo Vet Popular, Caroline Mouco Moretti, como a audição dos cães é bem mais sensível que dos humanos, eles sentem medo excessivo desse tipo de barulho por isso é importante dar segurança ao seu amiguinho. “Ao longo de todo o dia acostume seu cão com o som, ligue a televisão, rádio ou coloque um CD ou DVD para tocar. Outra dica é manter as janelas e cortinas fechadas no dia da festa para isolar o som dos fogos de artifício e, além disso, fique de olho no seu animal de estimação e mantenha-se por perto dele, se possível. diz Caroline. “Se o seu cão tem medo, nunca o leve a um espetáculo de fogos de artifício.”, afirma.

Animais são influenciados pelo comportamento dos seus donos por isso é imprescindível que mantenham tranquilidade na hora dos fogos, assim passará confiança para o seu cãozinho. “Não o obrigue a fazer nada que ele não queira, já que essa atitude pode acarretar em um aumento do medo e o cão pode se tornar um cão agressivo se sair de sua zona de conforto. “Caso o seu pet queira se esconder, deixe.”, aconselha a especialista.

A médica veterinária reforça ainda que se o cachorro ficar com medo exagerado de fogos e até passar mal, o veterinário pode indicar um tranquilizante para que o cãozinho mantenha a calma nesses momentos.




Grupo Vet Popular


Como lidar com a sensação de depressão e ansiedade na época de Natal


  1. Muitas pessoas falam de um fenômeno conhecido como “Depressão de natal”. O que caracteriza esse fenômeno?

Depressão de Natal é a tradução de um termo que começou a ser bastante utilizado entre os americanos para descrever um conjunto de sentimentos (angústia, desamparo, aumento dos níveis de ansiedade, intolerância e tristeza) comumente aflorados em algumas pessoas no período próximo ao Natal: o “Christmas Blues”.


  1. Quais os fatores que podem desencadear as sensações características da “Depressão de natal”?

Alguns fatores que podem desencadear: lembranças passadas em um tempo em que a vivência é fantasiada como boa, agradável – em contraste com um presente não tão agradável; a falta de entes queridos que tinham essa data como especial (por motivos de morte ou qualquer outro motivo) e que realizavam uma lembrança boa na existência da pessoa e também o  incômodo vivenciado pelo contraste de um tempo de celebração de fartura e trocas de afeto e pessoas que não têm as mesmas condições ou não concordam com essas formas de celebração.


  1. O que as pessoas podem fazer para evitar que tais sentimentos surjam, controlá-los e lidar com eles?

Para quem está vulnerável ao Blues de Natal é improvável que esses sentimentos não surjam nessa época. A melhor coisa a se fazer é reconhece-los e respeitá-los e, assim, reduzir a intensidade do mal-estar que eles provocam. A busca por auxílio psicológico é recomendada, já que pode ajudar a entender a origem dos causadores do Blues, assim como tratá-los.


  1. Você considera esse fenômeno como um caso clínico? Ele pode evoluir para um quadro grave de ansiedade e / ou depressão, por exemplo?

Sem dúvida, alguns casos do Christmas Blues podem se caracterizar como “Casos Clínicos” já que muitas vezes surgem como uma narrativa clínica de sofrimento. Por isso, eles podem sim evoluir para intensificações afetivas ao ponto de causarem angústia ou ansiedade. O que consideramos pouco provável é que isso venha a se tornar o que chamamos de “entidade clínica”, reconhecida nos protocolos médicos.






José Waldemar Turna - psicólogo e VP Clínico do Luzz.



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