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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Cardiologista do HCor alerta: mulheres com diabetes têm maior risco de doenças cardíacas


O risco de sofrer um infarto aumenta 50% nas mulheres com diabetes e 40% nos homens;

Quando a enfermidade se instala, potencializa outras condições de risco, como a pressão alta e o colesterol elevado 


Estima-se que cerca de 10% da população adulta brasileira sejam diabéticos. Segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), 41% tomam medicamentos, 29% fazem apenas dieta, 23% não seguem nenhum tratamento e 7% são dependentes de insulina. O diabetes pode impactar de forma mais negativa a saúde das mulheres do que a dos homens. É o que indicam os resultados de uma pesquisa conduzida por especialistas europeus e australianos. Segundo o estudo, o risco de uma pessoa diabética sofrer uma doença coronária é 44% maior se ela for do sexo feminino.

O estudo, conduzido por especialistas da Austrália, Grã-Bretanha e Holanda, ainda concluiu que mulheres diabéticas têm o triplo de chance de sofrer uma doença coronária do que mulheres sem diabetes. O diabetes é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e entupimento de artérias, especialmente das pernas e pés, além de formação de aneurismas - dilatação de um vaso sanguíneo. Um estilo de vida saudável dificulta o aparecimento dos males que podem acometer as funções do coração.

Além de acometer o coração, o diabetes pode, também, comprometer os rins (insuficiência renal) e o cérebro (AVC ou derrame). O risco de sofrer um infarto aumenta 50% nas mulheres com diabetes e 40% nos homens diabéticos. “Quando a enfermidade se instala, potencializa outras condições de risco como a pressão alta e o colesterol elevado. O diabetes é uma espécie de combustível perverso, difícil de ser removido e pronto para causar muitos problemas”, explica Dr. Leopoldo Piegas, cardiologista do HCor (Hospital do Coração).

O diabetes tipo II oferece mais risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares. A má alimentação, falta de atividade física regular e de acompanhamento médico adequado ão hábitos que devem ser modificados. “Escolher com cuidado os alimentos que ingerimos para atingir e conservar o peso corporal próximo do ideal, além de preservar a capacidade do pâncreas em produzir insulina, associadas à prática de atividade física regular, ajudam a afastar a possibilidade de instalação do diabetes do tipo 2 - modalidade da doença mais associada ao desenvolvimento de problemas cardiovasculares”, explica Dra. Regeane Cronfli, endocrinologista do HCor (Hospital do Coração).


Prevenção do diabetes:

De acordo com o cardiologista do HCor controlar o peso, praticar atividades físicas regulares, reduzir carboidratos, bem como realizar refeições em horários regulares, são atitudes que podem prevenir o diabetes do tipo 2, além de controlar definitivamente a doença e, consequentemente, garantir o bom funcionamento do coração. 

Além do paciente diabético ter mais risco de contrair doenças do coração, é necessário cuidado redobrado mesmo após o tratamento. “Isso porque sempre haverá tendência de obstruções das artérias. É importante não procurar por ajuda apenas em momentos mais sérios, mas principalmente para prevenção de patologias. Se as doenças não forem evitadas, elas poderão trazer consequências muito mais graves à saúde”, pondera Dr. Piegas.


Diabetes e doenças cardiovasculares: as doenças cardiovasculares estão entre as causas mais frequentes de morte no Brasil. Evitar o diabetes significa afastar essa ameaça. E não é difícil seguir esse caminho. Primeiro, é necessário avaliar a presença de fatores de risco, como tabagismo, excesso de gordura abdominal, hipertensão, sedentarismo, dieta pobre em fibras e história de diabetes na família. “Quando esses fatores existem, o acompanhamento com um profissional de saúde ajuda a promover uma melhora gradual no estilo de vida e reduz, em cerca de 60%, o risco de desenvolver a doença”, explica a endocrinologista do HCor. 

Em pessoas com diabetes, a orientação ajuda a reduzir a gordura abdominal e a controlar melhor os níveis de pressão arterial, colesterol e glicose, diminuindo os riscos de infarto e de AVC. “Já os que não desenvolveram nenhum fator de risco sabem:  manutenção de um peso corporal adequado, boa alimentação rica em frutas, hortaliças, legumes e verduras, grãos integrais, produtos como leite desnatado e seus derivados e exercício físico regular podem manter longe o diabetes”, finaliza Dra. Cronfli.


Campanha Novembro Azul faz alerta sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata com a mensagem "a vida não é um jogo"


  • Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 2018 pode terminar com 68 mil novos casos registrados de câncer de próstata1
  • Para especialistas, políticas públicas para promover o diagnóstico precoce são essenciais para aumentar as taxas de cura

A campanha Novembro Azul, criada e desenvolvida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em 2011, a fim de conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, tem este ano o lema: "A vida não é um jogo". "O slogan visa alertar a população masculina que não se pode deixar a saúde de lado, ao acaso", explica a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira. A campanha incorpora a temática dos campos de futebol e cria o cartão azul, que tem a função de alertar os homens para a necessidade de realizar os exames de PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal para diagnosticar a doença o mais cedo possível. O cartão é o ícone das ações que acontecem durante o mês todo no Brasil, em diversos eventos e também em partidas de futebol.

A abertura oficial do Novembro Azul ocorreu em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em 31 de outubro. Diversas ações serão realizadas por todo o país ao longo do mês. Além da distribuição de folhetos informativos sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata com uma chamada divertida – "Junte-se ao time da prevenção e marque um golaço pela sua saúde", foram oferecidas à população masculina a aferição de pressão, peso e de circunferência abdominal. Para a presidente do Instituto Lado a Lado, o papel da entidade é oferecer informações confiáveis aos cidadãos, "sobretudo em termos de fake news", reforça. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 13 mil mortes deverão ser registradas no Brasil em 2018 em função da doença, sendo a segunda maior causa de óbito por câncer entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pulmão. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), homens a partir de 50 anos devem procurar um médico para fazer o exame de próstata. Quem tem parentes de primeiro grau com a doença ou histórico da enfermidade, também, homens negros, devem começar a fazer o exame antes, aos 45, segundo a entidade2. O rastreamento é composto por um exame de sangue para determinar o nível de uma proteína, conhecida como PSA ou antígeno prostático específico, que em excesso na corrente sanguínea pode indicar alterações na próstata, e pelo exame de toque retal. 

Dados da SBU mostram que cerca de 40% dos diagnósticos de câncer de próstata são feitos por meio do PSA, outros 40% pelo PSA e toque retal e o restante detectado apenas no exame de toque3. "Quem identifica precocemente o câncer de próstata possui chance de cura de até 90%, de modo que exames devem ser solicitados por um médico e, no caso de um diagnóstico positivo, é recomendável que o homem procure um oncologista para que possam decidir juntos pelo melhor tratamento", reforça o oncologista Fernando Maluf, diretor associado do Centro de Oncologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo, membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida e um dos porta-vozes da campanha Novembro Azul no país. "Ter acima de 50 anos, ser sedentário, ter uma alimentação inadequada e fatores genéticos, como histórico familiar da doença, combinados, aumentam a chance de surgimento da doença, daí a importância dos exames anuais", alerta o Dr. Maluf. 


Arsenal terapêutico - Em agosto deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou a indicação da enzalutamida para tratamento do câncer de próstata resistente à castração não metastático. Com a ampliação, a terapia passou a ser a primeira e única medicação oral aprovada para câncer de próstata resistente à castração tanto metastático quanto não metastático no Brasil. A aprovação teve como base os resultados do estudo clínico fase 3 PROSPER - pesquisa clínica que avaliou a segurança e a eficácia do medicamento. "Os resultados do estudo foram bem significativos. Um deles, por exemplo, foi o aumento em mais de 70% da sobrevida livre de metástase, em fases mais precoces da doença", explica Machado Moura, diretor médico sênior para América Latina da Astellas Farma Brasil, farmacêutica japonesa responsável pelo medicamento.


Políticas públicas - Debater a importância de políticas públicas de prevenção e tratamentos eficazes para a saúde masculina foi a proposta do IV Fórum Ser Homem no Brasil, evento realizado em 14 de novembro no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília (DF). Promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, o encontro contou com a presença de parlamentares, representantes do Ministério da Saúde, profissionais e gestores de saúde; representantes de órgãos regulatórios como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), representantes de hospitais e de associações de pacientes. Para mais informações acesse: http://www.ladoaladopelavida.org.br/







Referências
1 Instituto Nacional de Câncer (Inca). Disponível no site. Acessado em 6/11/2018.
2 Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Disponível no site. Acessado em 6/11/2018.
3 Instituto Vencer o Câncer. Disponível no site. Acessado em 6/11/2018.


O que fazer quando os olhos lacrimejam sem parar?


Lacrimejar sem chorar. Essa é uma queixa relativamente comum nos consultórios de oftalmologia. Epífora é o nome que se dá quando os olhos espontaneamente vertem lágrimas que ficam escorrendo no canto dos olhos sem qualquer explicação aparente e não têm nada a ver com choro. Ao invés de todas as lágrimas serem drenadas para o sistema nasolacrimal, há algum bloqueio que induz a lágrima a escorrer pelo rosto. De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, todos precisamos de lágrimas para lubrificar a superfície ocular – o que contribui para manter a saúde dos olhos e a clareza da visão. “Esse lacrimejamento espontâneo pode ser tratado com sucesso na maioria dos casos. Mas é preciso identificar a causa, que tanto pode ser o bloqueio de um ducto lacrimal, quanto uma excessiva produção de lágrimas”.

De acordo com o especialista, como os recém-nascidos geralmente não têm ductos lacrimais plenamente desenvolvidos, o diagnóstico de epífora é muito comum antes de o bebê atingir um ano de idade. Neste caso, o problema costuma desaparecer nas primeiras semanas de vida. “Em adultos, é mais comum encontrarmos ductos bloqueados ou muito estreitos. Além do lacrimejamento espontâneo, e às vezes excessivo, o paciente fica mais suscetível a infecções oculares”.

Mas há também irritações que podem aumentar a produção de lágrima, como uma   tentativa de o corpo lavar e se livrar do que o está incomodando. “A conjuntivite alérgica ou infecciosa costuma aumentar a produção de filme lacrimal durante a fase crítica da doença. O mesmo ocorre quando a pessoa leva alguma bolada ou pancada no olho, e até mesmo quando entra em contato com químicos, fumaça ou cebolas – que são altamente irritantes por conta do gás liberado na hora em que se corta o alimento. Outra causa comum é a fotofobia (reação à claridade excessiva) e o crescimento de cílios no sentido oposto ao que deveria crescer, ou seja, eles nascem para dentro e acabam irritando os olhos, favorecendo o lacrimejamento”.

Neves afirma que há várias outras causas a serem investigadas, como ceratite (infecção da córnea), úlcera, terçol, e até mesmo o uso de certos medicamentos que favorecem a síndrome do olho seco. “A síndrome do olho seco provoca vários tipos de desconforto, desde uma leve irritação, até coceira em excesso, sensação de queimação e dor. Essas alterações também podem estimular a produção de lágrima, fazendo com que o paciente se queixe de lacrimejamento excessivo. Sendo assim, a primeira medida é avaliar cuidadosamente o olho do paciente, a fim de checar se o lacrimejamento ocorre em apenas um olho, se está associado a uma lesão, infecção, acidente, ou a qualquer outro fator. Com o diagnóstico em mãos, o oftalmologista pode dar sequência ao tratamento, que pode incluir a desobstrução do ducto lacrimal ou até mesmo a criação de um novo canal nasolacrimal”.






Fonte: Dr. Renato Neves - cirurgião-oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br




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