Pesquisar no Blog

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A segurança no novo governo


 Principal desafio da segurança no novo governo é conter a ansiedade por soluções.


A eleição de Jair Bolsonaro para Presidente da República foi fortalecida principalmente em dois pilares: combate a corrupção e diminuição da criminalidade. Os índices alarmantes de violência alcançados nos últimos anos deixaram toda população aflita por uma solução.

Entretanto, esta ansiedade pode ser o maior desafio que o novo governo e o novo ministro da justiça, Sérgio Moro, terão que enfrentar. É importante as autoridades enfatizarem, desde já, que não existe uma fórmula imediata e a solução passa também pelo envolvimento de toda a sociedade.

A maioria das medidas que cabem ao governo é de longo prazo, mas tais medidas precisam ser iniciadas urgentemente. Reforma do judiciário - para acabar com a morosidade dos processos e evitar que suspeitos aguardem julgamento junto com criminosos de alta periculosidade – investimento em inteligência e integração das polícias – a informação precisa ser difundida para se combater de maneira eficaz uma facção que age em todo o país - investimento em políticas de saúde, moradia e, principalmente educação – dar condições para que os mais pobres consigam ter oportunidades fora do crime.

Além do longo prazo, é importante melhorar o investimento em infraestrutura e tecnologia. Os criminosos estão sempre se reinventando e a polícia também precisa disso. Aumentar também o combate ao crime organizado nas fronteiras é um fator importantíssimo.

Mas além disso, qual a parcela que cabe a nós, população? Nós também temos culpa? Temos sim. Aquele produto contrabandeado que você compra, aquele celular seminovo ou um pneu usado, um som para o seu carro comprado no camelô. Todos esses produtos são frutos do crime. E como existe demanda, existirá o assalto. Desta forma, a violência vai continuar sempre. É um ciclo que precisa ser quebrado.

A cultura dos pequenos delitos e corrupções do dia a dia também precisa acabar. O fato de querer se dar bem de forma fácil é o princípio básico do crime. Um troco errado que você aceitou é o mesmo princípio do que roubar o caixa inteiro da padaria.

Querer resolver o problema da segurança sem nos incluir como parte da solução é uma faca de dois gumes que o novo presidente, com sua popularidade, precisa enfrentar. O sentido de que a sociedade é plural e não singular seria o primeiro passo para isso. Investir em armas, infraestrutura de nada adianta sem uma consciência coletiva.

Por todos estes pontos não será fácil e precisamos estar cientes disso. O novo governo tem a chance de começar a reverter o quadro atual e precisa agir colocando todos na mesma página. Sem ansiedade, mas sem demora.






Marco Antônio Barbosa - especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil.



Brasil tem menos casamentos e mais divórcios


Especialista alerta para a importância de acordos prévios antes da oficialização do casamento


O número de casamentos civis caiu 2,3% em 2017, enquanto a taxa de divórcios cresceu no mesmo período, em comparação a 2016, mostrou levantamento divulgado recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para a advogada especialista em direito de família e presidente da ADFAS (Associação de Direito de Família e das Sucessões), Regina Beatriz Tavares da Silva), esses resultados mostram que os casais têm preferido a união estável ao casamento civil.

Segundo ela, quem adota essa postura acredita que a união estável é de fácil dissolução, já que independe de qualquer formalidade o que é um erro, oriundo da falta de informação aos casais por um advogado especialista na área familiar.

"A união estável, embora seja dissolvida facilmente, porque basta que as duas pessoas passem a viver separadas, ou seja, que um deles saia de casa, gera muitas dificuldades nos processos em que há litígio sobre a data do início da relação e seu efetivo término. Assim pode ser praticadas graves injustiças, fixando-se no processo uma data quando era outra, de modo que bens que não eram comuns são havidos como tal, bens que eram comuns podem ser havidos como exclusivos de um dos companheiros", explica a especialista.

A advogada explica ainda que "algo que contribui para evitar essas injustiças é a clareza do contrato ou pacto de união estável, a começar pela definição da data do início da união estável e a escolha prévia do regime de bens".

Para evitar questionamentos futuros, Dra. Regina Beatriz recomenda que o casal conheça a fundo cada um dos regimes existentes e procure orientação especializada para escolher aquele que mais se adeque à sua realidade.


Regime de bens

A presidente da ADFAS explica, ainda, os regimes de bens tipificados para a união estável e também para o casamento civil em vigor no Brasil: comunhão universal de bens, comunhão parcial de bens (que é a regra geral e vigora quando não há a eleição de outro regime), separação total de bens e participação final nos aquestos.

A advogada pontua, ainda, que o casal pode escolher um regime de bens híbrido, que mescle regras desses regimes, ou seja, elaborado "sob medida" para aqueles que não se adaptem a um dos regimes tipificados em lei.
"O cuidado na adoçnao do regime de bens diminui desentendimentos futuros, porque os pontos de conflitos na união estável e também no casamento podem ser evitados pelo pacto. Isso é fundamental se considerarmos o aumento do número de divórcios apontado pelo IBGE e outros dados relativos à dissolução dos casamentos, como a duração da união, que caiu de 17 para 14 anos, na comparação entre 2007 e 2017", afirma.


Aumento de divórcios

Quando ao aumento do número de divórcios, a especialista em direito de família pontua que "cada vez as pessoas são intolerantes e querem a felicidade já. O imediatismo, hoje em dia, existe em tudo, até na busca da felicidade, sem esforçar-se por buscar soluções em conjunto para superar os desentendimentos naturais da conjugalidade".

Dra. Regina cita como preocupante também o fato de a maior parte dos divórcios (45,8%) referir-se a casais com filhos menores de idade, que sempre sofrem com a separação dos pais.

Neste caso, ela recomenda que seja muito bem pensado o regime de guarda das crianças, os cuidados que elas devem receber e a atenção permanente dos dois cônjuges, de modo que sejam afetadas o mínimo possível.


Responsáveis pela guarda

O levantamento do IBGE mostra que as mulheres ainda são a maioria no tocante à guarda dos filhos (69,4%).

"Por isso, é importante que o pai esteja sempre presente na vida das crianças, com o estabelecimento de uma rotina muito bem definida de visitas, que é o nome dado à convivência durante a semana e nos finais de semana, férias e feriados. Tudo isso precisa estar muito bem definido no acordo de dissolução da união estável e do casamento, para se evitar novos conflitos, que são muito prejudiciais aos filhos", conclui Dra. Regina Beatriz.

A pesquisa indica também que o número de casais que optaram pela guarda compartilhada aumentou de 16,9% para 20,9%, na comparaçnao entre 2016 e 2017.


Os números do IBGE

O Brasil registrou 1.070.376 casamentos civis em 2017, sendo 5.887 entre pessoas do mesmo sexo. Houve redução de 2,3% no total de casamentos registrados em relação ao ano de 2016. A queda foi observada em todas as grandes regiões do País, variando de 3,1% no Sudeste a 0,1% no Sul.

Entretanto, não foi observado o mesmo nos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que registraram aumento de 10%. Os casamentos entre cônjuges femininos representaram 57,5% das uniões civis dessa natureza em 2017. Os registros referentes aos casamentos entre cônjuges masculinos cresceram 3,7% e cônjuges femininos, 15,1%. Isto tambem tem explicação, segundo Regina Beatriz. É a demanda reprimida, porque até 2013 não era possível que duas pessoas do mesmo gênero ou sexo casassem.

Quanto aos divórcios, foram registrados, em 2017, 373.216, concedidos em primeira instância ou por escrituras extrajudiciais. Em 2016, foram 344.526. A taxa geral de divórcio aumentou de 2,38%, em 2016, para 2,48%, 2017. Essa taxa é obtida pela divisão do número de dissoluções pelo número de habitantes, multiplicando-se o resultado por mil.



Fim do Ministério do Trabalho: avanço ou supressão de direitos?


Numa eleição marcada por antagonismos e forte polarização, todo ato do presidente eleito tem sido motivo de fortes críticas, com especial endosso e exaltação pela oposição derrotada. Não se esperava comportamento diverso quando o último anúncio envolve a polêmica extinção de octogenária instituição da República, o Ministério do Trabalho.

A irresignação com o anúncio se sustenta em especial, dentre outros descontentamentos, pelo argumento de supostos prejuízos ao fomento de emprego, proteção aos direitos e garantias do trabalhador e na tutela da organização sindical. Contudo, tais ameaças não nos parecem reais em primeiro momento, ou pelo menos não o são pelo simples anúncio deste ponto específico de reforma ministerial pela equipe de transição de Jair Messias Bolsonaro.

A projeção de supostos prejuízos deve, numa análise honesta, contemplar os reais resultados da pasta nos últimos anos. E, desafortunadamente, os números pífios mostram que vincular desamparo ao trabalhador pela ausência de um ministro responsável pelo Trabalho e Emprego não encontra sustentação na realidade por si só. Isso porque, mesmo com o Ministério ativo, o Estado não foi capaz de conferir resposta à altura para as muitas famílias que viram minguar seu sustento quando seus integrantes engrossaram as vergonhosas fileiras dos mais de 13 milhões de desempregados.

Tampouco a estrutura sindical teve amparo quando, sob a batuta da pasta, se multiplicaram conflitos de representatividade pela delegação de cartas sindicais em processos eivados de corrupção, conferindo status de categoria econômica às indústrias de camisas brancas, “titulares” de clínicas e consultórios ou os sindicatos de empregados em sindicatos, dentre outros exemplos estapafúrdios.

E pior, mesmo contando com inúmeros profissionais competentes, as superintendências e gerências regionais do Trabalho por vezes não conseguiram cumprir suas missões a contento por absoluta contingência de recursos e infraestrutura. Ainda sobre a organização sindical, é de se salientar a absoluta ineficiência do mesmo Estado, representado pelo Ministério do Trabalho, no necessário protagonismo que deveria ter na reorganização do Sistema Sindical, gravemente afetado com o advento da reforma trabalhista e seu novo marco de sustentabilidade financeira das instituições.

Trocando em miúdos, é fato que a existência de uma estrutura estatal, com todos os privilégios, cargos e custos que carrega, não foi suficiente para impedir a distribuição da miséria e insegurança jurídica no mundo do Trabalho. Não se pode esperar que a simples existência de órgãos e burocracia sejam salvaguarda do trabalhador brasileiro. Tal proteção deve ter como fonte a Consolidação das Leis do Trabalho, recém reformada e modernizada, e a Constituição Federal, que garante em seu artigo 7º direitos fundamentais que não podem ser suprimidos ou ignorados em aventura, como querem fazer crer muitos dos opositores da medida anunciada.

A aplicação de tais regramentos deve ser garantida não por cargos e privilégios decorrentes de uma estrutura estatal superdimensionada, e sim pela valorização dos quadros funcionais já existentes de auditores fiscais e do Ministério Público do Trabalho, servidores concursados da União que não desaparecerão ou terão suas funções usurpadas por mera reforma administrativa.

Fundamentais que são, ainda mais numa sociedade que urge e clama por moralização, tais funções de Estado devem ser potencializadas, independentemente de onde estejam alocadas no organograma da União, de tal modo que seus excelentes quadros possam ser independência e estrutura para garantir a proteção, segurança jurídica e equilíbrio nas relações de trabalho, estes sim verdadeiros vetores de desenvolvimento e empregabilidade.






Bruno Milano Centa - advogado, é mestre em Direito e professor da Pós-Graduação em Direito e Processo do Trabalho da Universidade Positivo.

Como criar um ambiente inovador no mercado empresarial?


Para aqueles ligados ao meio empresarial, a palavra inovação assumiu aspecto de Santo Graal da modernidade. Enquanto é tida como a resposta para todos os problemas que enfrentamos atualmente, ela também parece distante, complicada e até mesmo inatingível. O caso é que inovar não é apenas ter boas ideias. Para lidar com esse período de mudança constante em que vivemos, é preciso criar um ambiente fértil onde essas boas ideias possam se transformar em negócios lucrativos.

Nas décadas de 1980 e 1990, o mindset das empresas se voltou à qualidade. Atualmente, ela é imprescindível para que uma organização exista. Mas, o que hoje já não é mais um diferencial, foi o que revolucionou o mercado naquela época. O mesmo acontece com a inovação agora. Ela vem lidar com problemas, trazer soluções e elevar os padrões de serviços e produtos, assim como o relacionamento entre empresa, seus colaboradores e seus consumidores.

Talvez o grande problema da atualidade seja a velocidade de mudança. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, criou-se um ciclo onde o comportamento das pessoas muda para responder à tecnologia, e a mesma muda para atender a novas demandas comportamentais. A inovação é justamente a capacidade de lidar com esse ciclo dinâmico mantendo um negócio sempre lucrativo e em crescimento - e consequentemente atendendo à velocidade de mudança.

Sendo assim, como aplicar a inovação? A ISO, organização mundialmente reconhecida no âmbito das normalizações, se propôs a estudar a situação há alguns anos. Ela observou as melhores práticas de inovação adotadas em seus 163 países membros. Com esses dados, ela criou a ISO 50.501, destinada à disseminação da cultura de inovação nas empresas.

Trata-se de uma norma certificável, que pode ser implementada em qualquer porte ou segmento empresarial. Seu objetivo é ampliar o acesso às técnicas, metodologias e ferramentas de inovação, democratizando o acesso a essa nova cultura. Com isso, todas as empresa podem inovar - e devem!

A certificação em si não garante inovação, porém ela gera solo fértil onde a mesma pode se desenvolver, e as boas ideias possam ser transformadas em lucro. Basicamente, ela insere na cultura da empresa seis princípios básicos necessários para que a inovação aconteça. São eles:


Nova visão de liderança: Todo líder ou empresário precisa ser um visionário. Ver além do óbvio é o que transforma uma necessidade em negócio. Quando, motivada pelos métodos da norma de inovação, a liderança concentra seu mindset em inovar, ela é capaz de direcionar as pessoas e criar processos que viabilizem esse futuro emergente. É preciso estar em constante aperfeiçoamento.


Valorização dos insights internos: É preciso mudar a política da empresa, aprendendo a gerir as ideias de colaboradores e de consumidores, advindas de críticas e sugestões. É preciso ouvir essa fonte de ideias, conhecimento e experiência com o produto ou serviço da empresa. A norma ajudará a tratar e testar essas ideias de maneira ágil e com o mínimo de custos, viabilizando o que é bom e descartando o que é ruim.


Gestão da incerteza: Com a norma de inovação, é possível fazer uma análise diferente sobre as vulnerabilidades da empresa e, a partir disso, identificar melhorias. O que é incerto passa a ser mais certo, pois as previsões de riscos são mais alinhadas com a realidade.


Adaptar-se é preciso: Resiliência e flexibilidade são habilidades cada dia mais exigidas pelo mercado. É por isso que se ganha tanto assumindo uma postura adaptável, onde tendências e oportunidades se tornam mais visíveis e atraentes. Talvez esse seja um dos maiores benefícios de toda a certificação.


Diálogo entre equipes: Além de aproveitar os insights de colaboradores, é preciso incentivar também o diálogo dentro das equipes e entre as mesmas. A ideia é criar um ambiente de real colaboração, onde se fala e se ouve abertamente. O que se aprende nesse cenário não tem preço.


Propósito Massivo Transformador: A razão de existir de uma empresa vai muito além de satisfazer aos desejos de seus acionistas. Os consumidores atuais querem entender o propósito das marcas e esses precisam ser massivos e transformadores. O processo de gestão da ISO vai direcionar para que isso aconteça e, para que a missão vá muito além de ser a maior de seu segmento ou lucrar mais.






Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, bacharel em física aplicada pela USP e fundador da PALAS, consultoria em gestão da qualidade.

10 dicas para aproveitar a Black Friday com segurança


Com a proximidade de mais uma Black Friday, já é possível perceber um aumento nas mensagens eletrônicas não solicitadas (spams), e anúncios de promoções por todos os lados. Claro, a propaganda é bem-vinda, assim como promoções que tornem mais acessíveis produtos de nosso interesse. 

Infelizmente, como todo evento que chama a atenção de milhões de pessoas, a Black Friday também é uma data especial para os cibercriminosos que se aproveitam de compradores menos atentos, via internet. Por isso, além de estar de olho nas promoções é preciso ter atenção para não cair nas armadilhas.

Uma boa notícia é que, em geral, os latino americanos estão bastante cientes da existência de riscos nas transações online. De acordo com uma pesquisa recente, o Unisys Security Index 2018, as populações de países latino americanos estão entre as mais preocupadas com fraudes com cartões de banco, vírus e transações online na Internet (especialmente México e Brasil, mas seguidos de perto por Argentina e Colômbia).

De qualquer forma, sempre é bom reforçar algumas orientações simples para permitir que você disfrute das oportunidades da Black Friday, sem correr riscos desnecessários do ponto de vista de segurança cibernética:

  1. Desconfie das mensagens recebidas: as mensagens de phishing, antigamente restritos aos e-mails, agora são também comuns nos dispositivos móveis e são enviadas por meio de mensagens SMS e de WhatsApp. Essas mensagens vêm com links para clicarmos, e oferecem promoções quase irresistíveis. Como regra geral, muita atenção a qualquer link. Verifique-os antes de clicar (por exemplo: no computador passe o mouse por cima do link sem clicar, com isso você poderá visualizar o link real a que será direcionado e revisar se parece legítimo ou não). No smartphone, mensagens SMS e de WhatsApp de números desconhecidos são um importante sinal de alerta, mas também tenha atenção com mensagens de correntes enviadas por amigos ou grupos. A propósito, faça um favor a seus amigos e não repasse mensagens sem verificar a autenticidade, caso contrário você poderá estar ajudando os fraudadores.
  1. Atenção à redação da mensagem: não é preciso ser especialista em segurança ou mesmo em idiomas para detectar algumas fraudes por meio de erros crassos de digitação ou mesmo gramaticais, que indicam uma origem suspeita. Pode parecer trivial, mas é um assunto sério: em fevereiro de 2016 uma fraude cibernética de 1 bilhão de dólares foi descoberta (e evitada) na Ásia justamente porque os criminosos cometeram erros de digitação nas ordens de pagamento falsificadas (escreveram "Fandation" ao invés de "Foundation" no nome do falso destinatário). Felizmente, um funcionário atento percebeu a tempo. Apesar disso, vale ressaltar que algumas mensagens falsas são cópias perfeitas de mensagens legítimas e podem confundir até olhos mais treinados. Esteja atento.
  1. Atenção aos aplicativos falsos: atualmente, dado o volume de aplicativos móveis disponíveis nas lojas de apps, nota-se uma multiplicação do número de aplicativos falsos. Toda atenção é necessária no momento de buscar pelo aplicativo de sua loja favorita para aproveitar as promoções. Verifique com cuidado o nome do app e do desenvolvedor (bastante atenção pois os falsários vão usar nomes parecidos com os dos apps oficiais); a quantidade de opiniões que o aplicativo tem (aplicativos falsos terão poucos "reviews"); a data da publicação do app (note: data de publicação, não de atualização; aplicativos falsos tendem a ter a data de primeira publicação em um período mais recente); novamente vale checar se há erros de digitação no nome e/ou descrição; e em caso de dúvida, vá ao website da loja e busque por informações sobre seu aplicativo móvel, incluindo link para baixá-lo nas lojas de aplicativos oficiais de cada sistema operacional.
  1. Desconfie de promoções absurdas: Black Friday é sobre promoções, claro; mas algumas promoções falsas beiram o absurdo, na tentativa de chamar a atenção da vítima. Se você receber um anúncio da mais nova Smart TV de 55 polegadas por uma fração do preço normal de mercado, desconfie e faça algumas verificações adicionais antes de seguir adiante: a empresa é conhecida? O website é conhecido? O link para clicar aponta para o website que se espera, ou para uma página diferente? Etc.
  1. Fique atento nas redes sociais: falsos posts podem levá-lo a websites que visam o roubo de informações ou a distribuição de malware. Anúncios dirigidos que nos perseguem em redes sociais ou quaisquer outros sites que visitamos também podem esconder armadilhas. Assim como no caso do phishing, posts com promoções de produtos de lojas desconhecidas, ou com links falsos, ou ainda vantagens absurdas devem ser objeto de maior desconfiança. Veja um exemplo recente: o ramsonware chamado Bad Rabbit, explodiu inicialmente na Rússia em outubro de 2017 e depois espalhou-se para outros países; este malware atingia as vítimas em websites que apresentavam um link falso para download do Adobe Flash Player, com uma versão modificada do programa.
  1. Evite expor-se nas redes sociais: seu post nas redes sociais pode ser visto por usuários que você não imagina. Por isso, fique atento à visibilidade atribuída a eles ao utilizar as redes sociais para informar onde você irá, o que vai fazer, ou mesmo para fazer um check-in e tirar uma selfie no local de compra.
  1. Utilize sistemas atualizados: não manter a atualização do sistema operacional e de aplicativos em smartphones, ou no computador pessoal aumenta sua exposição na rede. Falhas de segurança são publicadas com frequência e os criminosos estão sempre atentos em como explorá-las. Um bom exemplo é o da recente vulnerabilidade do WiFi. Assegure-se de que seus dispositivos estejam com a versão mais atualizada em tudo: sistema operacional, versão de aplicativos, etc.
  1. Utilize os recursos de segurança do seu smartphone: smartphones dispõem de recursos de segurança, como senha no bloqueio de tela. Use e assegure-se de que seja uma senha forte – há melhores práticas para a criação de senhas numéricas fortes e mesmo para desenhos de padrão de desbloqueio mais robustos. Você pode ainda habilitar recursos de localização para ajudar em caso de perda (e recurso de apagar todos os dados, para uma situação de roubo do dispositivo).
  1. Revise as políticas de segurança da sua empresa: organizações geralmente estabelecem regras para acesso à Internet durante o expediente, bem como sobre o comportamento esperado, divulgação de informações profissionais, opiniões, etc. Por isso, esteja atento às regras publicadas pela sua empresa para não violar a política na busca por promoções ou mesmo ao realizar compras.
  1. Utilize VPNs: para acessar os dados da empresa, como e-mails ou outros, desde redes Wi-Fi de locais públicos como lojas e centros comerciais, utilize mecanismos seguros. Uma VPN não o protegerá de todas as ameaças, mas poderá assegurar que seus dados não sejam bisbilhotados enquanto em trânsito pela rede. Considere que todas as redes de Wi-Fi utilizadas hoje em dia são como um lugar desprotegido, onde seus dados podem ser acessados enquanto difundidos no "ar".
Dica bônus: se você é um profissional de segurança, revise os controles de segurança da sua empresa e o nível de aderência dos usuários à política, bem como a sua conscientização dos riscos. Assegure-se que os controles de segurança existentes são eficazes e que seus usuários estejam conscientizados dos riscos, responsabilidades e precauções a tomar. Uma pequena campanha focada no assunto pode ser realizada nas semanas que antecedem a Black Friday, lembrando o papel de cada um na garantia da segurança da empresa. Outra recomendação importante é estar atento às tendências que visam reduzir a superfície de ataque, como a microssegmentação, ou a utilização de recursos para melhorar a capacidade de detecção e de resposta à incidentes - como Arquitetura de Segurança Adaptativa e Inteligência de Ameaças.






Leonardo Carissimi - diretor de Soluções de Segurança da Unisys para América Latina



É no detalhe que se constrói reputação

 Além de credibilidade, as empresas precisam entregar o que prometem a seus consumidores


O mundo digital tem dado voz de experts a anônimos formando um palanque de especialistas em generalidades, tamanha a necessidade e facilidade das pessoas expressarem suas opiniões. Eles engajam seus players em campanhas, comentam sobre a política e economia do país, e ainda publicam fatos cotidianos de suas próprias vidas.

E as marcas estão bem ali no meio dessas publicações, no dia a dia das pessoas, nas experiências boas ou ruins, no valor percebido pelo cliente. Tudo ocorrendo de maneira fluída e natural. Nos dias de hoje, não há mais campanhas publicitárias que os façam comprar um produto em que não acreditam.

Pesquisas de instituições como Serasa Experian mostram que nove em cada dez brasileiros usam os blogs, fóruns e redes sociais para se informar antes de comprar online ou em lojas físicas, independentemente do produto ou serviço a ser adquirido. Nem mesmo o público da primeira infância, que consome vorazmente youtube, netflix e aplicativos diversos, fica de fora...

E então, o valor percebido está ali: na boca do seu cliente, que avalia publicamente a sua entrega, fala sobre o seu atendimento pré e pós-venda e comenta sobre a qualidade geral do produto. Simples assim: como se estivesse em um palco ou em uma mesa de bar.

Mas, afinal, é possível blindar a imagem corporativa de sua empresa? A resposta é um sonoro e retumbante não. Restam as marcas a oportunidade de oferecer o melhor produto, serviço e experiência aos consumidores.

Esse trabalho deve começar dentro de casa, por exemplo, com um time de funcionários satisfeitos. A possibilidade de ter um horário flexível de trabalho é um aspecto analisado por um a cada três profissionais, segundo pesquisa elaborada pela Page Personnel. Se não for possível, ainda há a possibilidade de projetar um plano de carreira bem estruturado, um pacote de benefícios mais completo ou mesmo a possibilidade de gerir novos projetos e aceitar desafios.

Além da qualidade dos produtos e serviços e de uma eficiente gestão de pessoas, uma boa reputação corporativa contempla também a inovação, a solidez financeira, a competitividade global e a responsabilidade social da empresa – segundo o Ranking das empresas mais admiradas em 2017, realizado pela Fortune, e no qual a Apple conquista o primeiro lugar pelo nono ano consecutivo.

Já no ranking da Fast Company, que compila as empresas mais inovadoras do ano de 2017, curiosamente quem merece destaque e admiração é a BuzzFeed, por sua capacidade de reinvenção, adaptabilidade do negócio e grande volume de aporte financeiro externo. A empresa americana ganhou o globo com fofuras e textos engraçados, e já marca presença em mais de 11 países, com mais de 75% do tráfego do seu conteúdo vindo das redes sociais.

Parece óbvio falar das gigantes? Nem sempre é. O que elas têm em comum além de terem alcançado o sucesso é o comprometimento de entregar o que prometem. Assim como num plano tático de um jogo, elas realmente sabem o que fazer, quais jogadores compõem o seu time e o momento exato de avançar.





Samuel Leite - proprietário da agência Digitale e diretor da Associação dos Profissionais de Propaganda - APP Campinas.

Estudo inédito desenvolvido por WGSN e LinkedIn revela qual será o futuro do trabalho

Pesquisa traz tendências, análises e dados exclusivos sobre o que é esperado do mercado de trabalho para os próximos anos



Será o fim das carreiras tradicionais? Ainda serão valorizadas as mesmas competências humanas? Essas e outras questões sobre as incertezas projetadas neste âmbito setorial foram levantadas e debatidas no estudo "Futuro do Trabalho". Construído em parceria inédita entre o LinkedIn – a maior rede social profissional do mundo – e a WGSN – autoridade mundial na previsão de tendências –, a pesquisa foi lançada nesta terça (13) em evento para convidados, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

O levantamento cruzou análises de comportamentos e tendências com dados de mercado, para trazer respostas confiáveis para o presente sobre o futuro do setor que é a base da economia. Ele procurou também mostrar como as habilidades humanas e tecnológicas podem andar juntas e serem complementares no mercado profissional.

Segundo Luiz Arruda, Diretor da WGSN Mindset – braço de consultoria especializada da empresa: "Apesar do pessimismo que ronda o imaginário sobre o futuro do trabalho, identificamos que, quanto maior a utilização de tecnologias no ambiente profissional, mais valorizadas são as habilidades humanas. Características como flexibilidade, resiliência, criatividade, liderança são aspectos insubstituíveis do ser humano e serão cada vez mais reconhecidos."
Uma novidade na apresentação deste estudo é que todo o conteúdo estará disponível por meio do site exclusivo: www.futurodotrabalho.co.

Para Milton Beck, diretor geral do LinkedIn na América Latina, tecnologia e força de trabalho são vistos como antagonistas há algum tempo, mas deveriam na verdade, ser vistos como aliados. "Ao longo das últimas décadas pessoas e estudos falaram que a automatização do trabalho iria acontecer e empregos deixariam de existir por conta disso. A verdade é que temos visto cada vez surgimento de empregos que justamente, dependem da tecnologia para existir, como o cientista de dados, por exemplo", comenta.

Além do aspecto relacionado ao trabalho em si, a pesquisa também faz análises e traz insights sobre todas as etapas da carreira profissional: desde a educação, passando por remuneração, até orientações de como as pessoas podem se preparar para o que está por vir. Neste âmbito, Maira Habimorad, Diretora de Desenvolvimento do Aluno na Adtalem Educacional (grupo responsável pelas marcas Ibmec, Damásio e Wyden) trouxe a visão do mercado e do ensino para a discussão, explicando a importância de desenvolver habilidades socioemocionais em toda a jornada do aluno: "Na Adtalem já entendemos a urgência do Ensino Superior se transformar para esse futuro. Estamos trazendo para dentro da proposta pedagógica, todas as atividades que antes eram periféricas: gestão de carreira, competências comportamentais, autoconhecimento, empreendedorismo e internacionalização. Sabemos que, além do conhecimento, esses elementos são os que diferenciam um recém-formado no mercado."

A seguir, os principais pontos dessa pesquisa.


Os novos consumidores


A base de todo estudo de tendências é o comportamento humano: como as pessoas estão se comportando, relacionando, suas prioridades. Essa perspectiva é o início de tudo.

Vivemos em uma época em que as pessoas falam por meio de emojis, leem memes e escrevem com símbolos. Qualquer semelhança com a era pré-histórica não é mera coincidência, afinal, no cerne da comunicação está a vontade de traduzir pensamentos em símbolos. Trata-se de um resgate da essência da comunicação humana. Essa 'nova comunicação' ultrapassa as barreiras de línguas e localidades: todos podem se comunicar a qualquer momento.

Identificar-se com a causa de outra pessoa – além de ver relevância nisso – é uma das molas propulsoras da viralização que caracteriza tão bem as redes sociais digitais. Quando incluída a onipresença de aparelhos móveis é possível chegar a uma verdadeira "Era do Ativismo", onde pessoas se concentram com facilidade em torno de interesses comuns e ganham poder de mobilização.


A nova educação

Cresce a necessidade para atender às necessidades das novas gerações. Por isso, escolas e startups de educação adotam estratégias inovadoras e revolucionárias.

Em primeiro lugar, os educadores estão buscando novas maneiras de preparar estudantes para tecnologias que ainda precisam ser inventadas. Para viabilizar isso, o currículo escolar começa a contemplar ferramentas e metodologias bem menos ortodoxas, como gamification e design thinking, que devem se tornar conceitos educacionais permanentes na grade das escolas. Escolas que experimentam modelos de ensino menos estruturados pretendem abolir muitas das regras que julgávamos fundamentais para o formato de educação.

Coerentemente com o que o mercado de trabalho tem exigido, criatividade e colaboração se tornam competências fundamentais a serem desenvolvidas desde o ensino fundamental.


A nova academia (ensino superior)

Se a educação fundamental exige revolução, não pode ser diferente no ensino superior. As empresas do futuro vão procurar funcionários com uma gama diversificada de habilidades, que combinam capacidades técnicas com inteligência emocional e social.

Diante de mudanças tão rápidas, o próprio e-learning é o responsável pelo boom da educação continuada para a maturidade. É preciso reconhecer que aprendizagem é um estado de entrega permanente, afinal, quanto mais a tecnologia avança, mais desejaremos nos atualizar.

O LinkedIn, entendendo a importância disso, lançou o Linkedin Learning, uma plataforma de aprendizagem on-line que permite que indivíduos e organizações atinjam suas aspirações por meio de cursos não só de habilidades técnicas, mas também comportamentais, também conhecidas como soft skills. O objetivo é ajudar as pessoas a adquirir conhecimento com uma experiência personalizada e orientada por dados.

Cultivar a criatividade, desenvolver inteligência emocional e construir empatia são as habilidades que os robôs ainda não podem substituir. E são essas características que os cursos estão desenvolvendo nos futuros profissionais.


O novo profissional

Antes mesmo que uma revolução na educação venha produzir profissionais preparados para esse futuro, os jovens que estão no mercado já estão causando alterações importantes no modelo corporativo. A identidade é forjada na experiência, e a experiência passa a ser mais definidora do que somos do que nossas origens. Essa fluidez identitária tem impacto direto na forma como nos relacionamos com trabalho. E, para os jovens profissionais, se a experiência os define, eles vão experimentar muito.

Tudo começou quando os Millennials decidiram que não queriam limitar sua vida, já muito tomada por trabalho, a um ambiente entre quatro paredes. Isso não era nem um pouco sedutor para eles e, mais grave, não era produtivo. Por isso essa geração transformou o estilo de vida autônomo em uma de suas maiores marcas. Isso só foi possível graças à mobilidade, proporcionada pelo boom da tecnologia mobile e pela tolerância com trabalhos remotos, que começaram com os famosos home offices.

Outra marca desse novo profissional é a empatia. Millennials colocam as pessoas em primeiro lugar e, portanto, entendem que os objetivos das empresas precisam partir do bem-estar de seus colaboradores. Para eles, os valores morais influenciam muito as suas decisões profissionais e não dá para passar por cima de valores.

Sabendo que millennials são mais propensos a mudar de emprego e estão em busca de senso de propósito, o LinkedIn avaliou o comportamento profissional dessa geração para apontar as principais indústrias receptivas a esse perfil. De acordo com o relatório "Inside the Mind of Today's Candidate" da marca, as três principais razões pelas quais eles decidem mudar de emprego são, respectivamente: falta de oportunidades de progressão na carreira; compensação/recompensas insatisfatórias; e falta de trabalho desafiador. Dito isso, vale destacar também que essa geração é muito mais flexível: 50% mais propensa a se mudar para uma nova função.


O ambiente profissional

Esclarecido como serão os profissionais, a melhor forma de se conseguir imaginar o ambiente de trabalho do futuro é desconstruir a noção de "limites" físicos e comportamentais. É nítida que a satisfação com esse espaço conceitual é determinante para a realização profissional e ele estará cada vez mais livre de paredes e formalidades. A flexibilização de carga horária e de local de trabalho deixará de ser uma possibilidade para ser uma necessidade.

É esperado também que a troca de chefes e equipes sejam mais frequentes e sinceras, atendendo a uma demanda por rápida adaptação e satisfação, uma vez que não há tempo a se perder com formalidades desnecessárias. Da mesma maneira, a presença de diversidade étnica, racial, de crenças e de formações será uma realidade óbvia nas empresas e demandará políticas igualmente transparentes de oportunidades, reconhecimento e remuneração justa.


Remuneração

Nesse tópico, é importante dividirmos cada comportamento em relação ao dinheiro por gerações, aqui eles são muito diferentes: Millennials (Y) são uma geração ansiosa e mal informada sobre dinheiro; a Geração Z está sendo preparada desde cedo para administrá-lo; e a geração Alpha se depara com uma complexidade tecnológica que dificulta sua financeiramente, mas é quem mais cedo vai ter que lidar com transações digitais.

Y: A maioria das inovações fiscais foi projetada priorizando segurança e eficiência, mas a Geração Y precisa de mais do que transações eficientes para sanar sua falta de conhecimento financeiro. As startups estão começando a tratar esse abismo de conhecimento e, ao mesmo tempo, a reconhecer que Millennials respondem melhor à marcas e produtos que se alinhem às suas prioridades e entreguem benefícios em um formato que facilite a sua vida.

Z: Para prevenir o abismo existente em relação ao conhecimento financeiro que acometeu os millennials, a Geracão Z está sendo bem preparada para lidar com dinheiro. Um estudo de 2017 feito pelo The Center for Generational Kinetics em Austin, Texas, revelou que 12% dos jovens de 14 a 21 anos já estão economizando para a aposentadoria, que 21% já tinha sua primeira poupança antes dos dez anos de idade e que mais da metade (56%) discutem sobre poupança com os pais.


Alpha: É mais difícil ensinar o valor do dinheiro em um mundo onde cartões de crédito, depósitos diretos, transferências eletrônicas, micro doações e pagamentos feitos com celular já é um hábito. Soma-se a isso a importância cada vez maior das criptomoedas, a uma sociedade marcada por crises e austeridade financeiras e um mercado de trabalho onde o empreendedorismo é uma carreira válida para os jovens. Uma nova leva de fintechs startups está encontrando meios de ensinar o valor do dinheiro às crianças e, ao fazer isso, está criando um novo sistema bancário. Neste sentido, vale destacar que o marketing dessas empresas busca mais do que fornecer um modo conveniente de estimular o uso do dinheiro em um mundo de pagamentos automáticos, busca educar sobre conceitos econômicos. Isso sugere que as fintechs entendem que os pais de hoje em dia valorizam a educação financeira de um jeito que as gerações anteriores nunca fizeram.


O futuro do trabalho

A existência da inteligência artificial convida à criação de novas categorias de trabalho, "eliminando milhões de cargos de nível médio e baixo e criando milhões de novas posições de alta qualificação", segundo Svetlana Sicular, vice-presidente de pesquisa do Gartner.

Um artigo da revista MIT Sloan, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), cita um estudo global da Accenture PLC com mais de 1.000 grandes empresas que já estão usando ou testando Inteligência Artificial, e identificou o surgimento de categorias inteiras com atribuições exclusivamente humanas. São elas: Trainers, Explainers e Sustainers, ou seja, os que treinam, os que explicam e os que sustentam. Ou seja, é um futuro que nos obriga a aprimorar e desenvolver competências humanas dentro de tecnologia e serviços e que, definitivamente, criará profissões.

Para melhor investigar a origem dessas novas características, que vão definir o mercado e as profissões, o estudo rastreou as tendências dos últimos dois anos para chegar nas 3 maiores apostas dos especialistas para o futuro. São elas:


O futuro é híbrido e colaborativo: A humanidade floresceu graças à colaboração. Nós humanos fazemos isso extremamente bem. Então por que não aplicar essa mesma relação colaborativa entre pessoas e máquinas? A indústria de robótica colaborativa está projetada para valer mais de US $ 1 bilhão até 2020, à medida que entramos em uma nova era de formação de equipes de robôs humanos.


Reescrevendo os códigos de criatividade: De códigos biológicos a códigos de vestimenta, passando por códigos de comportamento, logo será possível reprojetar quase tudo. A natureza e a tecnologia serão intimamente misturadas para criar novos sistemas, materiais e produtos que fundem os mundos físico e digital.


A emoção no centro de tudo: O quociente emocional (QE) está emergindo como uma habilidade não só desejada como essencial na vida profissional e muitas empresas estão investindo em treinamento de funcionários para garantir isso. Ao mesmo tempo, o terceiro setor está sendo entregue a sistemas automatizados. Devemos nos perguntar como as empresas podem construir inteligência emocional em serviços e na cadeia de valor? Como atender a consumidores que se importam com os valores das empresas de quem contratam serviços e compram produtos? Como refletir esses valores nas marcas e como garantir uma relação mais emocional com consumidores, como um contrapeso a tão alta tecnologia?

À medida que os humanos se tornam mais digitais, a tecnologia se tornará mais humana.

Para finalizar, o estudo deste ano do LinkedIn sobre Tendências Globais de Recutamento, que entrevistou mais de 8 mil especialistas em recursos humanos, aponta que a contratação de talentos se tornou extremamente transacional. Em buscas por candidatos, a série de entrevistas e a triagem repetitiva são cansativas, ineficientes e até mesmo entediantes. Estamos em uma nova era de recrutamento, que se concentra nas partes mais gratificantes do trabalho, a humana e a estratégica.
As quatro tendências deste ano estão fazendo exatamente isso. A proposta do LinkedIn é acompanhar a tendência e concentrar o processo de aquisição e desenvolvimento de recursos humanos justamente em sua porção mais humana.

AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS QUE ESTÃO MOLDANDO O FUTURO DO RECRUTAMENTO E DAS CONTRATAÇÕES:

Posts mais acessados