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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Dia Mundial de Combate ao AVC: os segundos que fazem a diferença


Neurologista da Cia. da consulta alerta para a importância do atendimento nos primeiros momentos pós derrame


Com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a prevenção da doença cerebral que mata mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil, o dia 29 de outubro foi instituído como o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). O AVC ou derrame é quando ocorre o entupimento de uma veia ou uma artéria dentro da cabeça dificultando a passagem do sangue para o cérebro. 

Segundo o Ministério da Saúde, a doença é o motivo mais comum de morte na população adulta no Brasil, ficando na 4ª posição no ranking da taxa de mortalidade entre os países latino-americanos e o Caribe e a estimativa é que em 2018 a incidência seja de 18 milhões de caso em todo o mundo. 

O neurologista da Cia. da consulta, Moises Antônio de Oliveira, afirma que é importante saber que o AVC tem tratamento. “A partir do momento em que o paciente apresenta os primeiros sintomas, procure imediatamente o pronto socorro mais próximo. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de tratamento”, alerta. “Qualquer dificuldade de mexer um lado do corpo, ou ter a fala dificultada e a boca torta, é um motivo para ficar alerta, pois é possível reverter o quadro e evitar sequelas que podem gerar danos incuráveis”, acrescenta.  

Vale citar que existem dois tipos de AVC: o isquêmico, quando ocorre esse entupimento nas veias; e o hemorrágico, quando a veia estoura e o sangue se espalha pelo cérebro. As causas do hemorrágico podem ser a pressão alta constante, situação que a veia não aguenta e estoura, ou devido ao quadro de aneurisma, onde a parede do vaso está mais fragilizada, ficando fácil de se romper e estourar.


SINTOMAS

Entre os principais sintomas estão a dificuldade de locomoção, principalmente de um lado do corpo, como por exemplo um braço e uma perna fraca ao mesmo tempo, a dificuldade para conseguir falar e a boca torta.  Também existem sinais menos comuns como uma tontura que começa sem motivos aparentes, vômitos e dores de cabeça. Fique atento aos sintomas: 

Na visão: perda temporária da visão em um dos olhos, visão embaçada ou dupla visão; 

No corpo: tontura, formigamento, dormência no rosto, fraqueza muscular, dificuldade para caminhar paralisia com músculos fracos, paralisia de um lado do corpo; 

Na fala: Perda ou dificuldade de fala; Incapacidade de falar ou entender o próprio idioma;

         
   FATORES DE RISCO

Segundo o neurologista, o tabagismo e a diabetes fazem parte dos fatores de risco, mas que grande parte da sociedade não sabe que está atrelado ao AVC. Além disso, o entupimento das veias pode ocorrer de várias formas: o paciente pode ter um problema como colesterol ou pressão alta, por exemplo, o que pode levar à formação mais fácil de placas de colesterol dentro das veias e artérias da cabeça favorecendo seu entupimento; pode apresentar uma arritmia no coração, formando coágulos que podem subir para a cabeça por conta do fluxo do sangue, entupindo uma veia ou artéria; ou pode ter uma placa de gordura na região do pescoço, que dependendo do seu tamanho pode soltar um pedaço o qual pode subir pela corrente sanguínea e entupir uma veia do cérebro.

Para diminuir os fatores de riscos, o paciente deve cuidar do colesterol, controlar o peso e a pressão arterial, não fumar e não usar drogas. O objetivo da campanha de Combate ao Acidente Vascular Cerebral é mostrar para as pessoas os fatores de risco de um derrame e sobretudo alertar sobre a agilidade nos primeiros atendimentos pós derrame. “É necessário garantir que o tecido do cérebro fique o mínimo possível com essa veia entupida e sem oxigênio, pois ao garantir a volta da circulação do cérebro, sabemos que o paciente pode se recuperar. O tecido cerebral pode ficar sem o oxigênio por 4 horas em média, tempo que o médico tem para tentar salvar o paciente”, ressalta Moises. 

Fique atento aos sinais! Procurar ajuda rápida é crucial para evitar sequelas e salvar vidas!






Incontinência urinária ainda é tabu para as mulheres


Parto normal pode aumentar incidência em até 10% 


Distúrbio mais frequente no sexo feminino, a incontinência urinária (perda involuntária de urina),  pode manifestar-se tanto em mulheres maduras quanto nas mais jovens. Geralmente está associada a problemas anatômicos na uretra,  canal que elimina a urina, gerando perda urinária mediante esforços e tendo dentre suas causas fatores como  os partos normais. 

Outra  anomalia que gera sintomas desagradáveis é a bexiga hiperativa, cujo sintoma clássico é a urgência miccional, isto é, vontade de urinar mesmo sem a bexiga estar cheia. Tal sintoma se deve à  instabilidade na contração do músculo da bexiga (detrusor), que passa a contrair de forma descoordenada, causando perdas urinárias indesejáveis antes de se conseguir chegar ao banheiro, com impacto importante também no convívio social. 

Segundo o ginecologista Alexandre Zabeu Rossi,  muitos casos deixam de ser registrados  por desconforto das pacientes em  abordar o assunto no consultório,  “uma postura que vale a pena rever, por tratar-se de um problema que tem solução, com reflexos altamente positivos na qualidade de vida da pessoa”.  

Após análise do histórico clínico da paciente, por meio de exames físico e complementares, define-se    o tipo de terapia a ser aplicada,  desde fisioterapia, tratamento medicamentoso e cirurgia. Outro recurso para auxiliar no diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo e  permite diferenciar  a causa da perda urinária.

Quando não corrigidos, porém,  esses problemas são    causas recorrentes de grande desconforto, motivado pela necessidade  do uso de protetores e absorventes, além de, muitas vezes, causar restrições no cotidiano, não raro requerendo psicoterapia.

O especialista conclui  recomendando que as mulheres tenham confiança plena no seu ginecologista. “Não deixem de relatar seus sintomas por vergonha, pois este é um quadro relativamente comum e com resolução muito satisfatória na grande maioria das vezes”, arremata. 




 
Alexandre Zabeu Rossi  Especialista em Ginecologia e Obstetrícia; Mestre em Ginecologia pela Universidade  Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Doutor em Ginecologia pela UNIFESP-EPM e Diretor da Clínica Rossi.


Incidência de infecção urinária aumenta com a chegada do verão


Mulheres são as mais afetadas pela doença


Junto com os meses de temperaturas mais elevadas, ideais para maior frequência em praias e piscinas, também chegam as infecções urinárias com sintomas e desconfortos que atingem, principalmente, as mulheres. A uretra, mais curta do que a dos homens, facilita a entrada de bactérias no canal urinário, que alcançam a bexiga e encontram um ambiente úmido e aquecido, propício ao seu desenvolvimento.

De acordo com a médica da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Dra. Cristina Rocha, nos períodos mais quentes a principal causa das Infecções do Trato Urinário (ITU) é a desidratação, pois a perda de líquidos pelo suor e respiração não é reposta com a devida quantidade de água, o que gera menor quantidade de urina. "Isso implica em menor número de micções ao longo do dia, favorecendo uma maior permanência de bactérias, que chegam à bexiga através do canal urinário".

Soma-se a isso, o fato de que o aumento da umidade em áreas íntimas durante o verão determina mudanças na população de bactérias e germes comuns dessa região, causando um desequilíbrio que propicia o desenvolvimento de infecções.

Os tipos de infecções urinárias são vários. As mais simples são as que se caracterizam por dor no baixo ventre, ardência ao urinar, maior frequência urinária e, algumas vezes, até urina com sangue, porque atingem apenas a uretra e a bexiga, quadro clínico denominado uretrite e cistite. "Se a infecção ascender aos rins, o quadro é mais grave, com dor nas costas, febre e calafrios que chamamos de pielonefrite aguda", lembra Dra. Cristina.


Pessoas mais afetadas

Mulheres jovens: são as que mais apresentam infecção urinária, especialmente ao iniciarem sua vida sexual, uma vez que pequenos traumas e modificações da flora bacteriana na região íntima são fatores que favorecem a contaminação do aparelho urinário.

Mulheres na menopausa: as mudanças hormonais predispõem às infeções. Na menopausa, o revestimento interno urinário se torna mais frágil, com pouca defesa às agressões bacterianas que penetram o canal da uretra. 

Mulheres grávidas: durante a gravidez, há variações hormonais fisiológicas e o crescimento uterino ao longo dos meses compromete o esvaziamento da bexiga, causando certo grau de "retenção urinária" que propicia o aparecimento de ITU.

Idosos: homens e mulheres costumam apresentar infecção urinária com pouco ou nenhum sintoma, causada pela incontinência (perda urinária involuntária), variações frequentes do ritmo intestinal (constipação/diarreias), doenças crônicas, como diabetes; e inflamações e crescimento da próstata nos homens. 

Prevenção
Para prevenir, Dra. Cristina explica que é preciso tomar água suficiente para provocar de seis a oito micções, distribuídas uniformemente ao longo do dia. "Ao mesmo tempo temos de evitar a retenção da urina, que prejudica o adequado esvaziamento da bexiga", afirma.

A médica dá algumas dicas:

  • Revisão de hábitos de higiene, utilizando apenas papel higiênico descartável, evitando uso de duchas e produtos específicos propagados como "mais seguros" a cada micção;
  • Utilização de água e sabonete após as evacuações, com cuidado no direcionamento do fluxo de água para o enxague;
  • Regularização do ritmo intestinal, pois longos períodos de constipação permitem a proliferação bacteriana pela presença de fezes ressecadas na ampola retal;
  • Revisão ginecológica anual, para mulheres e consulta urológica para os homens, especialmente quando apresentam quadros pouco comuns de ITU;
  • Cuidados de higiene antes e após as relações sexuais;
  • Uso de preservativos;
  • Dar preferência por roupas íntimas de algodão, evitando tecidos sintéticos e modelos "colados" ao corpo, especialmente nas regiões íntimas.
A especialista alerta para a importância da consulta médica assim que aparecerem alguns sinais, para a realização de exames. "As infecções urinárias, ainda que apresentem sintomas brandos, devem ser diagnosticadas corretamente, com identificação de sua da causa, para a prescrição do tratamento indicado."

Segundo a médica, há riscos da doença afetar os rins, com formação de abscesso ou disseminação sistêmica, em alguns casos, chegando a provocar quadros graves de infecção generalizada. "Cronicamente, de forma silenciosa, podem determinar a formação de cicatrizes nos rins, com progressiva redução da capacidade renal de filtração do sangue".

Alguns fatores devem ser avaliados, em particular naquelas pessoas que já apresentaram episódios repetidos de ITU, relacionados aos hábitos higiene, ingesta de líquidos, número e distribuição de micções ao longo do dia, função intestinal e exame ginecológico regular, a fim de receberem orientações para evitar recorrência dessas infecções. 



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