Parto
normal pode aumentar incidência em até 10%
Distúrbio
mais frequente no sexo feminino, a incontinência urinária (perda involuntária
de urina), pode manifestar-se tanto em mulheres maduras quanto nas mais
jovens. Geralmente está associada a problemas anatômicos na uretra, canal
que elimina a urina, gerando perda urinária mediante esforços e tendo dentre
suas causas fatores como os partos normais.
Outra
anomalia que gera sintomas desagradáveis é a bexiga hiperativa, cujo sintoma
clássico é a urgência miccional, isto é, vontade de urinar mesmo sem a bexiga
estar cheia. Tal sintoma se deve à instabilidade na contração do músculo
da bexiga (detrusor), que passa a contrair de forma descoordenada, causando
perdas urinárias indesejáveis antes de se conseguir chegar ao banheiro, com
impacto importante também no convívio social.
Após análise do histórico clínico da paciente, por meio de exames físico e complementares, define-se o tipo de terapia a ser aplicada, desde fisioterapia, tratamento medicamentoso e cirurgia. Outro recurso para auxiliar no diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo e permite diferenciar a causa da perda urinária.
Quando
não corrigidos, porém, esses problemas são causas
recorrentes de grande desconforto, motivado pela necessidade do uso de
protetores e absorventes, além de, muitas vezes, causar restrições no
cotidiano, não raro requerendo psicoterapia.
O
especialista conclui recomendando que as mulheres tenham confiança plena
no seu ginecologista. “Não deixem de relatar seus sintomas por vergonha, pois
este é um quadro relativamente comum e com resolução muito satisfatória na
grande maioria das vezes”, arremata.
Alexandre Zabeu Rossi – Especialista
em Ginecologia e Obstetrícia; Mestre em Ginecologia pela Universidade
Federal de São Paulo - Escola Paulista de
Medicina (UNIFESP-EPM), Doutor em
Ginecologia pela UNIFESP-EPM e Diretor da
Clínica Rossi.
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