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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Câncer de mama é o número 1 em taxa de mortalidade em mulheres no mundo


A detecção precoce da doença ajuda a obter sucesso no tratamento e evitar o óbito


O câncer de mama é uma doença que se dá pela multiplicação de células anormais na mama, que geram o tumor. Por não apresentar sintomas em sua fase inicial, acaba dificultando a detecção precoce pelas mulheres. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima que em 2018 a incidência de câncer de mama no Brasil será de 59 mil casos.

Para auxiliar residentes e profissionais que atuam na área da Radiologia e diagnóstico por imagem a colaborar com o diagnóstico precoce da doença, a Elsevier, em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), lança o livro CBR Mama, que abrange temas essenciais para o aprendizado e para a revisão do diagnóstico mamário por imagem. A obra expõe a relação entre os diversos métodos de radiografia para que o profissional possa identificar o mais adequado para cada situação clínica.

Escrito de maneira didática, o livro conta com diversas imagens de alta qualidade de mamografias, tomossínteses, mamografias com contraste, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas, além de outros métodos como PET-CT e medicina nuclear. “São mais de 1500 imagens demonstrando todo o leque de apresentação das doenças mamárias, nos diferentes métodos”, conta Dra. Linei Urban, uma das autoras do livro.

A obra é baseada em evidências e tem enfoque na prática, com a intenção de que os conhecimentos sejam aplicados no exercício médico diário. Os autores e editores do livro “são profissionais extremamente respeitados e que se mostraram capazes de produzir um texto com alto rigor científico e de leitura agradável”, ressalta o Dr. Manoel de Souza Rocha, presidente do CBR.

Dra. Giselle Guedes, também autora, ressalta que o livro Mama da Série CBR “representa a prova de união e generosidade de muitos amigos da imagenologia mamária”, uma vez que a obra contou com a participação de mais de 80 especialistas de diferentes áreas médicas.

Dividido em três grandes partes, Dra. Linei Urban explica que “inicialmente há dados sobre os equipamentos e técnicas utilizadas na prática diária, seguidos pela descrição das principais doenças mamárias, tanto benignas quanto malignas, terminando com uma sessão de algoritmo de investigação e diagnóstico diferencial, que é uma inovação nesse tipo livro”, fato que torna a obra completa.

O CBR tem uma série de iniciativas para capacitação dos médicos radiologistas, como a realização de congressos e cursos presenciais, assumindo o compromisso de levar formas de aperfeiçoamento aos profissionais de todas as regiões do Brasil. “A série CBR se consolidou como a melhor fonte de conhecimento radiológico no mercado editorial brasileiro, atingindo um nível no mínimo igual ao de séries norte-americanas ou europeias” conclui Dr. Manoel Rocha.


Mais da metade dos jovens acompanhados no SUS têm alimentação inadequada


Dados do SISVAN apontam que muitos adolescentes têm alimentação com produtos industrializados e/ou processados


Os adolescentes acompanhados pelos serviços de atenção básica, do Sistema Único de Saúde (SUS), estão se alimentando mal. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apontaram que, em 2017, 55% deles consumiram produtos industrializados, como macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado. Além disso, 42% desses jovens ingeriram hambúrguer e/ou embutidos; e 43% biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Os números foram divulgados nesta terça-feira (16/10), data que é comemorada o Dia Mundial da Alimentação, e vem como um alerta para a má alimentação por esta parcela da população.

Para o coordenador-substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, os jovens precisam se atentar mais à alimentação adequada. “Dados revelam que adolescentes com obesidade aos 19 anos têm 89% de chance de ser obeso aos 35 anos, por isso é necessário investir na promoção de uma alimentação adequada e saudável, especialmente na infância e na adolescência, tendo em vista a relação de práticas alimentares inadequadas com o aumento da obesidade na população.”

O balanço também trouxe dados por região, que mostram que o Sul do país é o que apresenta a maior quantidade de jovens consumindo hambúrguer e/ou embutidos; macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado, com 54% e 59% respectivamente. Já o Norte vem com o menor percentual nesses dois grupos, com 33% e 47%, respectivamente. Quando o assunto são biscoitos recheados ou guloseimas, a região Sul, também está na frente (46%), mas empatada com os jovens nordestinos (46%). 

Quando falamos por sexo, os percentuais mostram que o consumo de industrializados, fast foods e alimentos doces recheados/guloseimas não se diferenciam muito, sendo um pouco maior nos meninos. O primeiro grupo alimento, por exemplo, é consumido por 58% deles, enquanto as adolescentes representam 54%. O segundo é alimento de 41% dos jovens do sexo masculino e 38% do feminino. Já os recheados, são preferência de 42% deles e 41% delas.
Os maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso dos adolescentes. Números da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) trouxeram que 7,8% dos adolescentes das escolas entre 13 e 17 anos estão obesos, sendo maior entre os meninos (8,3%) do que nas meninas (7,3%). O Sisvan revela que 8,2% dos adolescentes (10 a 19 anos) atendidos na Atenção Básica em 2017 são obesos.


ALIMENTAÇÃO DOS ADULTOS

Os brasileiros adultos já demonstram hábitos mais saudáveis, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, do Ministério da Saúde. Isso porque, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 4,8% (de 2008 a 2017), e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 52,8% (de 2007 a 2017).
A pesquisa percebeu, também, que a ingestão regular (em 5 ou mais dias na semana) destes alimentos aumentou em ambos os sexos, mas o crescimento geral ainda foi menor que 5,0% no período de 2008 a 2017. Quando observado o consumo recomendado, 5 ou mais porções por dia em cinco ou mais dias da semana, houve aumento de mais de 20% entre os adultos de 18 a 24 anos e 35 a 44 anos. Os dados apontaram, também, uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu de 67,6% em 2011 para 59,5% em 2017.



INCENTIVO A HÁBITOS SAUDÁVEIS 

O incentivo para uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Para apoiar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, o Ministério da Saúde publicou em 2014 o Guia Alimentar para a População Brasileira que traz as diretrizes nacionais e as recomendações sobre alimentação adequada e saudável. Dentre elas, a regra de ouro que facilita a aplicação das recomendações – “Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”.

Para proteger trabalhadores(as) do Ministério da Saúde e de outros órgãos, a pasta publicou uma Portaria proibindo venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do Ministério. O órgão também participou da assinatura da portaria de Diretrizes de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável no Serviço Público Federal. Sugerida pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, a diretriz orienta formas da alimentação adequada e saudável nos ambientes de trabalho do serviço público federal. Além disso, constrói uma campanha pela adoção de hábitos saudáveis chamada Saúde Brasil.

O Ministério da Saúde também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março de 2017 em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.  Outras iniciativas que buscam proteger indivíduos e coletividades apoiam-se na prevenção de danos e riscos ocasionados por ambientes desfavorecedores de uma prática alimentar saudável.

Destacamos ações realizadas no ambiente escolar, como o Programa Saúde na Escola que orienta a articulação no território entre os profissionais de saúde da Atenção Básica e os profissionais da escola para desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de doenças como obesidade, por exemplo e a implementação de normas e regulamentações para cantinas de escolas públicas e privadas com objetivo de limitar a venda de alimentos não saudáveis, considerando que o ambiente em que crianças e adolescentes fazem suas escolhas alimentares precisa favorecer as opções saudáveis e protegê-los dos fatores que contribuem para as doenças relacionadas à alimentação.
As cantinas escolares que muitas vezes oferecem alimentos de baixo valor nutricional contribuem para escolhas não saudáveis pelas crianças e, é papel do estado priorizar o ambiente escolar como um dos espaços para o desenvolvimento de estratégias de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável.






Victor Maciel
Agência Saúde


Sociedade Brasileira de Dermatologia fala sobre psoríase, preconceito e tratamentos para a doença que acabam de ser disponibilizados no SUS


A campanha de conscientização é uma alusão ao Dia Mundial da Psoríase (29/10)

A psoríase é uma doença relativamente comum no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (2015/2016), a prevalência no Brasil varia entre 1,10 e 1,50%, com grande variabilidade entre as regiões: 0,92% (Norte) e 1,88% (Sudeste). Além disso, é uma doença inflamatória crônica, imunomediada e não contagiosa, que pode afetar o corpo todo, principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e o couro cabeludo. Pensando nisso, com a pergunta “Vamos falar de psoríase?”, a SBD promove uma campanha de divulgação sobre a doença e a evolução das terapias. Saiba mais em: https://youtu.be/d_6JZfjEFOg

A mensagem principal da campanha é ressaltar, que apesar da psoríase ainda não ter cura, tem controle e tratamento para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. O protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, que pode ser leve, moderada ou grave, existem outras formas de cuidar do paciente. A fototerapia, os medicamentos sistêmicos tradicionais e os injetáveis (biológicos) são indicados nos tipos de psoríase moderada a grave.

Para realizar o diagnóstico e a escolha do tratamento adequado para cada caso é necessário procurar um médico dermatologista da SBD nas unidades de saúde do SUS ou no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia (http://www.sbd.org.br/associados/). “Ao agendar uma consulta pela primeira vez, pergunte se a clínica ou consultório tem médicos especialistas com foco em tratamentos de doenças crônicas, como a psoríase. A dermatologia é uma especialidade abrangente e o profissional pode se especializar ou se dedicar a diversas áreas da profissão”, pondera Caio Castro, Coordenador Nacional da Campanha de Psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Em geral, a psoríase causa lesões arredondadas, vermelhas e descamativas que muitas vezes geram preconceito e diminuem a qualidade de vida dos pacientes acometidos. No entanto, a SBD alerta que a psoríase tem controle e não deve ser motivo de preconceito e nem impedimento de praticar atividades. “O esclarecimento das dúvidas da população é uma forma de minimizar o preconceito e de valorizar a autoestima dos pacientes”, salienta Claudia Maia, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

É válido lembrar que ainda não se sabe a causa da doença, no entanto, existem gatilhos que fazem a doença entrar em atividade, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções e uso de algumas medicações.


Medicamentos imunobiológicos para psoríase serão disponíveis no SUS

Após cerca de dez anos de ações junto ao Ministério da Saúde pela melhoria no tratamento da psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) obteve importante vitória recentemente, dia 11 de outubro de 2018, com a recomendação de quatro medicamentos imunobiológicos para o tratamento da doença. 

A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) avaliou o resultado da Consulta Pública n. 26, realizada em junho, e recomendou inicialmente a incorporação ao SUS dos medicamentos adalimumabe, secuquinumabe, ustequinumabe e etanercepte para o tratamento da psoríase moderada a grave em pacientes que apresentam falha terapêutica ou contraindicação ao uso das terapias tradicionais. 

“Isso significa uma grande vitória da SBD e do Ministério da Saúde para os pacientes acometidos pela psoríase”, afirma a Dra. Claudia Maia, médica dermatologista da SBD. Saiba mais informações sobre os imunobiológicos aprovados pelo SUS em: http://conitec.gov.br/images/Reuniao_Conitec/2018/Ata_70Reuniao.pdf.

A Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase da SBD tem apoio dos laboratórios farmacêuticos Abbvie, Lilly e Novartis. Para mais informações sobre a campanha acesse: www.psoriasetemtratamento.com.br.


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