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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Brasileiro tem catarata precoce


 Pesquisa aponta quatro fatores de risco controláveis.


A catarata, doença que embaça o cristalino, lente natural do olho, é a maior causa de cegueira no mundo e ocupa no Brasil a quarta posição no ranking das doenças crônicas relacionadas ao envelhecimento. Esta é a conclusão de recente levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde, O levantamento também aponta a doença em 25% da população com mais de 50 anos.

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, significa que parte dos brasileiros tem catarata precoce.  Isso porque, metade dos participantes do estudo da Fiocruz tinha entre 50 e 59 anos e  a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a doença surge a partir dos 55 anos com uma prevalência mundial de 17%  até a idade de 65 anos. Dos 65 aos 75 anos atinge 47% das pessoas e 73% das que têm mais de 75 anos.


Cirurgia lidera fila do SUS

O médico destaca que a perda da visão causada pela catarata é reversível através do implante de uma lente dentro do olho que substitui o cristalino opaco. A cirurgia é o único tratamento efetivo, mas a dificuldade de acesso ao procedimento faz a doença responder por 49% dos casos de perda da visão no Brasil, bem acima dos 35% apontados pela OMS no restante do mundo. O médico explica que por aqui o índice é tão alto porque é a cirurgia eletiva mais procurada pelos usuários do SUS (Sistema único de Saúde)  que hoje responde por mais de 77% das operações realizadas no país. Para se ter ideia,  pesquisa do CFM (Conselho Federal de Medicina) mostra que o tempo de espera no SUS para conseguir uma cirurgia dobrou nos últimos quatro anos e em dezembro de 2017um total de 113.185 estavam inscritos na fila do procedimento. O oftalmologista afirma que embora seja uma cirurgia eletiva, pode se se transformar em urgência dependendo do tempo de espera e da evolução da catarata.


Pesquisa 

A boa notícia para usuários do SUS é que uma pesquisa realizada por Queiroz Neto com 814 participantes de 25 a 65 anos revela quatro fatores de risco para o desenvolvimento precoce da catarata que podem ser monitorados: o stress,  a exposição dos olhos ao sol sem proteção, a falta de sono e o uso contínuo de corticóide. 


Stress

O especialista conta que mais da metade dos participantes da pesquisa, 68%, afirmaram ter uma rotina estressante tanto no trabalho como na vida familiar.  “O stress aumenta a produção de radicais livres que leva ao envelhecimento precoce de todo o nosso organismo, inclusive dos olhos”, saliente. Para reduzir este efeito a dica do médico é praticar alguma atividade física durante as manhãs, pelo menos 3 vezes por semana. 


Exposição ao sol

A pesquisa mostra que só 45% têm hábito de proteger os olhos do sol durante o ano todo, 40% de vez em quando e 15% nunca. O médico destaca que a recomendação da OMS é usar lentes com 100% de proteção UV, chapéu ou boné sempre que a radiação ultrapassar 5, índice atingido praticamente durante o ano todo no Brasil. 

A falta de filtro UV nos olhos aumenta em 60% a chance de desenvolver catarata, comenta. “O chapéu e boné é indicado para crianças de até 8 anos porque o olho está em desenvolvimento até esta idade e o bloqueio da luz pode prejudicar a visão”, explica.


Falta de sono

Tres em cada 10 participantes relataram que têm sono irregular. O especialista explica que a falta de sono desorganiza o consumo de glicose pelo organismo e dificulta a absorção da insulina secretada pelo pâncreas. O resultado é o ganho de peso e a maior chance de desenvolver diabetes, doença que dobra o risco de contrair catarata. Isso porque, explica,  cria depósitos de glicemia nas paredes do cristalino e eleva a formação de radicais livres que aceleram a opacificação da lente do olho. Quem tem diabetes também pode perder a visão por retinopatia diabética, alerta. Para evitar surpresas a recomendação do médico é consultar um oftalmologista periodicamente. 


Uso contínuo de corticóide

Por incluir participantes de 25 aos 65 anos, o uso contínuo de corticóide para tratar doenças autoimunes como artrite e reumatismo neste estudo foi de 9% contra uma prevalência de 21% entre os brasileiros com mais de 50 anos. O médico afirma que além do medicamento facilitar o desenvolvimento da catarata também aumenta o risco de contrair glaucoma, maior causa de cegueira definitiva no Brasil que em 90% dos casos está relacionada ao aumento da pressão intraocular.

Para este grupo a recomendação do especialista é consultar um oftalmologista a cada seis meses. Isso porque, o glaucoma não apresenta sintomas e o tratamento desde o início aumenta a chance de preservar a visão. Prevenir é sempre melhor que remediar, conclui.


Pesquisa lista gatilhos mentais que fazem comer demais, causando a obesidade


Em seu recém-lançado livro "Código Secreto do Emagrecimento", que já é best-seller, nutricionista e coach em emagrecimento Gladia Bernardi lista gatilhos emocionais que levam à compulsão alimentar, consequentemente resultando em obesidade

Crédito: iStock

Segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados pelo Ministério da Saúde, a obesidade é uma realidade para 18,9% dos brasileiros, e o sobrepeso atinge mais da metade da população (54%).

Mas o que fazer para combater esse problema, que vem crescendo a cada ano, principalmente entre os mais jovens? O mesmo estudo da Vigitel apontou que entre a população mais jovem, a obesidade mais que dobrou entre 2007 e 2017, crescendo 110%- um crescimento alarmante.

De acordo com a nutricionista e coach em emagrecimento Gladia Bernardi, autora do best-seller "Código Secreto do Emagrecimento", o ganho de peso está diretamente ligado às emoções. O livro revela uma pesquisa inédita que retrata o impacto das emoções nas escolhas alimentares.

Segundo o levantamento divulgado no livro, 61% dos entrevistados apontaram emoções desconfortáveis como o principal motivo que os levaram a comer demais. "Para 60% deles, a comida também é considerada como um padrão de afeto familiar. Isso mostra que os gatilhos mentais são a principal causa da obesidade", comenta a especialista.

O estudo foi desenvolvido pelo Health Coaching International Institute, com exclusividade para o livro "Código Secreto do Emagrecimento", a partir de um software que faz a análise comportamental do paciente. Para a realização da pesquisa foram ouvidos 2.754 pacientes que elencaram também roupas (54%), apego à autoimagem (49%) e crença contrária à uma dieta saudável (49%) como os principais vilões de tentativas frustrantes e desistências em emagrecer, entre os 23 sabotadores do emagrecimento existentes.


Emoções levam à obesidade

"A emoção é um dos sabotadores mais comuns entre as pessoas obesas. Qualquer sentimento e emoção - seja tristeza, raiva, ansiedade, nervoso, frustração, estresse, preocupação ou medo- aciona gatilhos mentais que incentivam a busca por alívio, prazer ou recompensa com a comida", explica Gladia.

Para ela, não são apenas as emoções ligadas à tristeza e ansiedade que resultam no ganho de peso. "Esse sabotador também pode fazer as emoções de felicidade levarem à comida. Não se trata, entretanto, de uma emoção desconfortável, mas de algo que tem objetivo de aumentar a dopamina (conhecida como o neurotransmissor do prazer) e gerar euforia", comenta a nutricionista.


Você já se deparou com algum desses pensamentos?

·         Quando estou feliz, logo penso em comemorar comendo alguma coisa gostosa

·         Quando estou triste, fico louco por chocolate ou com vontade de comer alguma coisa que, muitas vezes, nem sei o que é

·         Sempre que tenho um sentimento ruim, quero comer alguma coisa

·         Melhor comer, assim esqueço toda a minha tristeza e sofrimento

"Saiba que esses são alguns gatilhos sabotadores que estimulam a comer sem estarmos realmente com fome orgânica, ou a buscar a satisfação com alimentos sem teor nutricional e que têm alto teor de açúcar ou gordura", alerta a coach. 


Os sabotadores também levam a acreditar em algumas mentiras:
·         Comer alivia

·         Comer faz ficar mais calmo e pensar melhor

·         Tomar água com açúcar acalma

·         Comer um chocolate é bom para se alegrar

·         É só comer que a tristeza vai embora

·         Não tem o que fazer? Está sozinho? Faça uma bacia de pipoca


"Essas mentiras que contamos para nós mesmos, ou que ouvimos de pessoas que realmente acreditam que comer de forma exagerada é fonte de prazer, também nos fazem comer sem refletirmos que não estamos nos alimentando porque precisamos nos alimentar, e sim para preenchermos sentimentos que não estão nos fazendo bem", comenta a especialista.

Para não cair nessas armadilhas, segundo Gladia, é preciso reprogramar a mente para perder peso e conquistar uma rotina saudável. "É preciso identificar quais são os seus sabotadores e avaliar quão fortes eles são no seu poder de decisão. Depois disso, é preciso reprogramá-los para mudar seus hábitos alimentares e seu estilo de vida", conclui.







 Gladia Bernardi - Autora do best-seller "O Código Secreto do Emagrecimento (Ed. Gente), Gladia Bernardi é nutricionista e desenvolvedora do método de coaching de Emagrecimento Consciente, baseado na neurociência, na programação neurolinguística e em coaching. Por meio de técnicas e ferramentas pioneiras, que dispensam dietas restritivas, prescrição de medicamentos ou mesmo intervenções cirúrgicas para emagrecimento, visa transformar profissionais da área da saúde, coaches e consultores independentes em especialistas em emagrecimento junto a pacientes. Atualmente, já formou mais de mil profissionais de todo o Brasil e é responsável pelo evento "Por um mundo mais leve", que é realizado anualmente e defende que qualquer pessoa pode emagrecer se estiver em harmonia com a mente.


18 de outubro Dia Mundial da Menopausa



Sociedade Internacional de Menopausa (International Menopausa Society - IMS), em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS), designou o dia 18 de outubro como o Dia Mundial da Menopausa

A menopausa é um acontecimento normal e natural. É definida como a última menstruação, geralmente confirmada após doze meses consecutivos sem a ocorrência de um período menstrual, a não ser que haja outras causas aparentes.

A menopausa decorre do esgotamento da função dos ovários, que acompanha a idade e que resulta na diminuição dos níveis de estrogênio e outros hormônios.

Segundo o ginecologista e obstetra Luciano de Melo Pompei, secretário-geral da SOGESP e presidente da Sobrac (Associação Brasileira de Climatério), geralmente ocorre por volta dos 50 anos. Com a chegada da menopausa, a mulher já não pode mais engravidar de forma natural – é o fim de seu período reprodutivo.      

Durante a transição desde os anos reprodutivos, através da menopausa, até os estágios posteriores, a mulher passa por muitas alterações físicas e também emocionais, causadas tanto pela deficiência hormonal que caracteriza a menopausa, como pelo avanço da idade. Algumas são os fogachos (calorões), a dificuldade para dormir, labilidade de humor e secura vaginal.

Outras mudanças que podem ocorrer como consequência da idade incluem diabetes, distúrbios da tireoide, hipertensão arterial, aumento do risco cardiovascular. Para mulheres com um estilo de vida pouco saudável, um alto nível de estresse, ou uma genética desfavorável, as alterações da menopausa e do avanço da idade podem ser particularmente desafiadoras.

A experiência da menopausa varia pelo mundo e entre grupos étnicos, o que sugere que a cultura e a genética influenciam a experiência. A mulher pode ver o fim da fertilidade como uma libertação das preocupações com controle de natalidade, ou pode lamentar pelo fim da sua capacidade reprodutiva. Certas mulheres terão sintomas incômodos, enquanto outras podem ter poucos ou, até mesmo, nenhum sintoma.
 


Menopausa ou climatério

Diferentemente do que muita gente pensa, climatério não é sinônimo de menopausa, que se refere somente à última menstruação.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o climatério é uma fase biológica da vida da mulher, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo.
Inicia-se, em geral, por volta dos 45 anos, como consequência do esgotamento da função ovariana.
 


Para esclarecer dúvidas:


1- Não existe idade padrão para o início do climatério, a despeito de ser mais comum entre os 40 anos e os 45 anos.


2- Entre os sintomas usuais, estão o distanciamento entre os ciclos menstruais, ocorrência de fogachos e suores noturnos e alterações do sono.


3- Em algumas mulheres, ocorrem alterações psicológicas, com
irritabilidade, insônia, depressão, perda de memória e mudanças de humor.


4- Para diagnosticar o climatério a mulher deve procurar o seu médico e, eventualmente se submeter a exames clínicos e laboratoriais.


5- Mamografia, papanicolau, ultrassom transvaginal e densitometria óssea são exames complementares que podem ser solicitados com regularidade durante o climatério.


6- Manter uma dieta saudável, rica em cálcio e vitamina D é muito importante neste período.


7- A desidratação pode afetar o sistema nervoso, o que estimula as ondas de calor. Hidrate-se com mais frequência.


8- Praticar exercícios físicos ajuda a melhorar a densidade óssea, evitar fraturas e também ajuda na flexibilidade e no equilíbrio.


9- A Terapia Hormonal (TH) é o tratamento mais indicado para aliviar fogachos, suores noturnos advindos das ondas de calor, sintomas psicológicos e melhorar a qualidade de vida da mulher, todavia, existem opções não-hormonais.


10- Há algumas contraindicações para a TH. Portanto, é essencial consultar um médico que irá avaliar o histórico da paciente para indicar o tratamento adequado.

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