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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Saiba quando um protesto pode ser falso


 Instituto de Protesto-MG explica como funciona a cobrança de dívidas quando a pessoa ou empresa é protestada


Em época de crise econômica, como a que o país enfrenta nos últimos anos, cresce a inadimplência, e, junto a ela, aumentam também os golpes. Muitos se aproveitam do desconhecimento da população em relação à cobrança de dívidas, por exemplo, para cometerem crimes. Entre os golpes mais comuns está a comunicação de que a pessoa ou empresa está com o “nome sujo”.

Diante disso, o Instituto de Protesto-MG explica que sempre que uma pessoa for protestada, através de um cartório, em função de uma dívida, para garantir a segurança do devedor, a intimação é realizada por meio de carta com Aviso de Recebimento (AR) ou pelo próprio funcionário do cartório. “Se você receber um telefonema ou e-mail informando ter um título protestado em seu nome ou em nome de uma empresa oferecendo a oportunidade de negociar um protesto por meio de depósito/transferência, não o faça, porque com certeza é golpe”, alerta Raquel Duarte Garcia, diretora-executiva do Instituto de Protesto e tabeliã de Ouro Branco.

Ela reforça que se houver dúvida ao receber uma cobrança, a pessoa deve telefonar para o cartório de protesto antes de adotar qualquer atitude. “Lembrando que não é recomendado ligar para o número que consta na cobrança da dívida, porque se o documento for falso, o telefone também será”, enfatiza.

Além disso, é possível verificar no site do Instituto (protestomg.com.br) o telefone dos cartórios para ligar e confirmar se a intimação que recebeu procede. “Caso o CPF ou CNPJ possua protestos, a pesquisa informará em quais cartórios eles se encontram. Para obter mais detalhes sobre o registro, o interessado pode solicitar uma certidão do cartório em que foi localizado o protesto,” comenta Raquel.

A diretora-executiva lembra também que quando uma pessoa recebe uma intimação do cartório de protestos, ela tem até três dias úteis, após o recebimento da mesma para se dirigir ao cartório onde o protesto foi registrado para realizar a quitação da dívida. “É importante ressaltar que durante esse período de três dias úteis, o protesto ainda não foi efetivado. Caso o devedor não procure o cartório para quitar a dívida dentro do prazo estabelecido, só então ocorrerá o protesto”, diz.

Raquel informa ainda que entre as consequências para a pessoa que é protestada estão: impedimento para financiamentos e empréstimos financeiros; restrições junto à agência bancária para retirada de talões de cheques, cartões e empréstimos; e inclusão do CPF ou CNPJ em cadastros de proteção ao crédito, porque os cartórios de protesto fornecem certidões diárias a esses órgãos.

E na esfera judicial, o credor terá em seu poder a prova formal, revestida de fé pública, de que o devedor está inadimplente ou descumpriu sua obrigação. Além disso, o protesto não deixa de existir após cinco anos, como ocorre com os registros em entidades de proteção ao crédito. Isso ocorre porque o protesto só perde publicidade se for pago ao credor, diferente dos demais cadastros de crédito.



Nobel sinaliza sobre fragilidade da economia frente às variáveis ambientais


Dois americanos foram os vencedores do Prêmio Nobel de Economia este ano. Ambos escolhidos por seus estudos estarem relacionados com interações entre o progresso tecnológico, o meio ambiente e a economia. Não são teses explicitadas recentemente. Ao contrário, os estudos de William D. Nordhaus e Paul M. Romer representam muitos anos de trabalho para enfatizar as consequências das mudanças climáticas globais e a importância da inovação tecnológica, com nossas expectativas para as atividades econômicas e para o bem-estar da sociedade, no longo prazo.

A escolha aponta para a necessidade premente de maior evidência ao que, embora possa parecer óbvio, não representa um efetivo norteador da economia. Ou seja, tanto as variáveis ambientais como a inovação tecnológica não são fatores apontados pelo mercado como estrategicamente relevantes, numa dimensão suficiente e necessária. Mesmo com evidências cada vez mais acentuadas que demonstram as consequências da degradação ambiental e das mudanças do clima nos negócios, ao longo de nossa existência.

A busca pela harmonização entre a exploração da natureza - na forma de incontáveis atividades econômicas - e a manutenção das condições de longevidade dos negócios, da qualidade de vida e da proteção do meio ambiente, representa um assunto amplamente exposto nas últimas décadas. No entanto, com uma notória qualificação de estar mais voltado ao discurso do que para a prática. Efetivamente, há de se reconhecer a falta clamorosa de controle, dos governos e da sociedade em geral, para inibir práticas econômicas inadequadas, que exacerbam os direitos individuais. E que atingem muito negativamente o interesse público, em função de suas consequências ambientais.

Esse cenário aponta para outras características bem conhecidas do comportamento humano, em que as decisões políticas são, em boa parte, mais determinantes do que o bom senso e o conhecimento de maneira geral. De fato, não há uma relação direta entre as muitas ameaças globais que podem determinar uma situação de crise econômica, social e ambiental sem precedentes para a humanidade na maioria das vertentes da economia, passada e presente. Torna-se evidente que enfatizar a importância de alguns dos poucos economistas que conseguem enxergar algo em meio à neblina do que denominamos "economia de mercado", justifique uma premiação tão significativa.

O Nobel de economia deste ano, ao aproximar temas como inovação tecnológica e proteção do meio ambiente, certamente não faz isso por acaso. Cabe observar que nenhuma dessas duas importantes demandas pode representar, isoladamente, uma solução plausível para os gigantescos desafios civilizatórios da atualidade. Mas a conciliação entre os progressos tecnológicos direcionados a diminuir os impactos sobre o meio ambiente e a efetiva ação de proteção da natureza, na forma de infraestrutura verde, podem garantir, de maneira efetiva e consistente, uma fórmula minimamente adequada para que a economia não continue proporcionando tantos desequilíbrios e riscos para a nossa sociedade.

Essas tentativas de sinalização não são de hoje. E, infelizmente, não vêm apontando para uma evolução suficiente para reverter prognósticos pouco alentadores. Dependemos da nossa própria capacidade de tomar decisões mais condizentes com a realidade e com o bem comum. Precisamos de agendas menos favoráveis ao continuísmo, proporcionado por alinhamentos políticos de grupos econômicos que, sistematicamente, comprometem o nosso futuro comum.






Clóvis Borges - diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza


O caminho da agilidade para organizações

Com o advento das startups, que nasceram digitais, usando a tecnologia a seu favor e com grande capacidade de prototipagem, empresas ao redor do mundo passaram a buscar um modelo de gestão que se aproximasse da agilidade que elas foram capazes de imprimir no mercado. Afinal, o espaço para companhias com gestão tradicional e lenta está diminuindo de maneira muito mais rápida do que se esperava há cinco anos.

Agilidade é a capacidade de uma organização de sentir mudanças ambientais e responder de forma eficiente e efetiva (fonte: Gartner). Chamamos de organizações ágeis (também flexíveis ou pós-modernas) aquelas que buscam encontrar um equilíbrio sustentável entre as mudanças que acontecem a todo instante e ordem para lidar com tais transformações. Também ajudam os executivos a se adaptarem à múltiplas demandas em constante evolução, criação de novos produtos e serviços e altas expectativas dos clientes.

Para as startups, este é um caminho natural. Mas, para as empresas estabelecidas, traz um grande desafio, afinal, cada uma deve desenhar o seu próprio modelo de agilidade para se adequar a seu conjunto exclusivo de forças internas. Porém, destaco cinco pontos que são comuns.

Muito se tem falado sobre a importância de as empresas terem claro seu propósito, pois é ele que irá nortear e inspirar os colaboradores e suas decisões na prática. Por isso, é imprescindível que o propósito da companhia esteja totalmente alinhado entre os gestores e seja divulgado por toda empresa. Assim será possível mostrar valor das ações desenvolvidas perante clientes, acionistas, colaboradores, sociedade e governo.

Uma atitude importante para caminhar rumo à agilidade é trabalhar com uma rede de equipes capacitadas. Ao invés dos colaboradores precisarem ser direcionados e gerenciados para saberem o que precisam fazer, os profissionais são altamente engajados, com responsabilidades e autoridade claras, cuidam umas das outras como num time, descobrem soluções inovadoras e produzem resultados excepcionais.

Outro ponto é criar ambientes favoráveis à tomada de decisão rápida e com ciclos de aprendizagem, encarando a incerteza e sendo o mais rápido e produtivo na tentativa de desenvolver novos produtos ou serviços.

Ter Líderes dinâmicos que estimulam o engajamento podem ajudar a organização a cumprir seu proposto. Por isso, buscar (interna e externamente) lideranças que sejam capazes de capacitar sua equipe a assumirem o protagonismo se torna cada vez mais importante.

Por último e não menos importante: utilizar sempre tecnologia de última geração, pois ela ajuda a gerar valor e possibilitar reações rápidas às necessidades das empresas e das partes interessadas.

Para que uma organização efetivamente tenha uma transformação Agile, todas as áreas precisam estar envolvidas, pois são impactadas diretamente pela forma como são realizadas as atividades do dia-a-dia. Neste contexto, o setor responsável pelos Recursos Humanos tem papel fundamental, afinal, é ali que serão recrutados os talentos que vão ajudar a transformar a organização em ágil. Neste ambiente, as funções são criadas, expandidas ou eliminadas com base nas necessidades atuais e na direção estratégica da companhia. Por isso, é preciso ter profissionais que tenham capacidade de se movimentar facilmente entre temas distintos e aqueles que conseguem trabalhar, como dito antes, com forte colaboração com seus pares – o sucesso nessas organizações, não é mais medido pelos feitos pessoais, mas pelas conquistas que cada equipe consegue para a empresa. 

As organizações precisam encontrar maneiras de avançar mais rapidamente e oferecer produtos e serviços de maior qualidade aos clientes, ao mesmo tempo em que fornecem a estrutura e a estabilidade para promover uma cultura organizacional saudável. Neste artigo (link para artigo sobre pensamento ágil) falamos um pouco mais sobre as principais metodologias que estão sendo utilizadas atualmente por companhias de todo o mundo.






Roberto Mosquera é consultor e facilitador em organizações ágeis e pensamento do design na Ekantika Consultoria. Especialista em Organizações Ágeis, Design Sprint, Scrum, Lean Startup, OKR e Planejamento Estratégico Ágil, liderou projetos de transformação organizacional e excelência operacional em grandes empresas dos setores aéreo, varejo, tecnologia, serviços, agronegócio e financeiro, com resultados tangíveis para o negócio e utilizando ferramentas de gestão, inovação e transformação.  Scrum Master, Mestrando em Planejamento ágil pela FIA/SP e Economista com Especialização em Administração, Marketing de Serviços e Docência pela FGV/SP, Extensão em Modelos de Negócio e Design Thinking pela ESPM/SP.

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