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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Médico alerta para a prevenção de doenças do homem o ano todo



Conhecer problemas de saúde é fundamental para a prevenção ou para um tratamento correto


Apesar do índice de conscientização masculina ter aumentado ao longo dos últimos anos, muitos homens ainda deixam a saúde e os exames de rotina de lado. Segundo o Dr. Massimo Colombini, especialista em medicina da família do Docway, existem cinco eixos de cuidados que todo homem deveria ter: 1 – ingestão de água; 2- controle do estresse; 3 – alimentação saudável e controle do peso; 4- atividade física regular; e 5 – relações interpessoais. “São dicas simples, mas muitos homens deixam esses cuidados de lado no dia a dia, o que acaba por acarretar problemas graves com o passar do tempo”, explica o médico.

A ingestão de água nas quantidades recomendadas, é de extrema importância, já que o corpo humano é composto por 74% dela. “A água é necessária para o metabolismo de cada uma das 70 trilhões de células que temos no corpo humano. Precisamos de água para realizar as trocas gasosas da respiração. Utilizamos água para que o rim possa eliminar os resíduos do metabolismo. Nosso corpo utiliza água para o trânsito intestinal. Temos água em todas as articulações e colunas vertebrais para protegê-las do atrito com outros ossos (líquido sinovial). Praticamente todas as funções fisiológicas dependem da água para ocorrerem”, comenta o especialista. Quando ingerimos uma quantidade menor que a quantidade utilizada pelo corpo (entre 1,5 a 3 litros), começam a aparecer diversas doenças.

Outro fator importante na prevenção de doenças é o controle do nível de estresse. Um estudo apresentado pela pesquisadora Kelly McGonigal (2013), mostra que a ocorrência de altos níveis de estresse aumenta em 43% a ocorrência de mortes entre as pessoas que acreditam que o estresse é prejudicial à saúde. Já as pessoas que entendem a resposta ao estresse como uma reação natural do organismo, apresentam os menores índices de mortes. “Ou seja, a forma como encaramos o estresse influencia a ocorrência de mortes em decorrência dele. Costumo perguntar aos pacientes como podemos controlar o estresse e peço para eles relacionarem maneiras de proceder diante situações de estresse, com música, atividades físicas, yoga, meditação, são atividades que ajudam o paciente nesse controle, cada pessoa tem atividades que fazem se sentir bem e relaxadas, são preferências individuais”, revela Colombini. 

Segundo Robert Waldinger, um dos pesquisadores responsáveis maior estudo sobre a felicidade, conduzido pela Harvard, que acompanha 724 adultos há mais de 75 anos, a qualidade das relações interpessoais que desenvolvemos durante nossa vida está diretamente ligada com a saúde. Pessoas mais satisfeitas com a vida em decorrência das relações interpessoais, apresentaram melhores condições de saúde, e menos ricos ou problemas com doenças.

Outro ponto importante para uma melhor qualidade de vida está relacionado aos nossos cuidados com a alimentação. Para o médico, o ser humano precisa reaprender a comer, não só alimentos mais saudáveis, mas sim levando em consideração as quantidades necessárias para a fisiologia do seu corpo. Essa dificuldade que muitos têm em emagrecer, por exemplo, está diretamente ligada ao que aprendem a comer durante a infância, por isso, é importante conscientizar as crianças desde muito cedo sobre sua alimentação. Colombini lembra ainda, que a quantidade de alimentos ingeridos pelo homem deve diminuir quando o processo de crescimento é interrompido.

Por fim, mas não menos importante, além dos cuidados básicos com a saúde citados, o médico lembra da importância dos exames preventivos e consultas de rotina. “Muitos homens deixam de cuidar da saúde, atribuem pouca importância aos exames periódicos e preventivos, enquanto esse tipo de atitude precisa mudar, visto que a medicina avançou muito e muito pode ser feito para prevenir as doenças e complicações, com grande impacto na qualidade de vida e impacto em toda a família”, completa Colombini. 


Ginecologista Erica Mantelli adverte: relações sexuais durante a menstruação podem facilitar o surgimento de DSTs


Muitas mulheres sentem um aumento no desejo sexual enquanto estão no período de menstruação. Apesar de não ser proibitivo, ter relações sexuais durante este período pode facilitar o aparecimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Erica Mantelli, durante a menstruação há um sangramento ativo dos vasos sanguíneos do endométrio, que descama dentro do útero. Desse modo, o sêmen do companheiro pode entrar em contato com estes vasos e, caso o homem seja portador de DSTs, há a possibilidade de contágio de alguma doença.

Além disso, a ginecologista alerta que o sangue é um meio de cultura, ou seja, contém todos os nutrientes necessários para o crescimento de microrganismos como bactérias, fungos e vírus. “As duas pessoas podem sair prejudicadas: a mulher pela chance de contrair doenças, e o homem por estar em contato direto com o sangue menstrual.”, conclui. 






Dra. Erica Mantelli - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra. Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).

Menstruar cedo e peso baixo na juventude são fatores de risco para entrar na menopausa precoce, revela estudo


A menopausa é definida como a última menstruação da mulher. Em média, isso ocorre aos 51 anos nos países ocidentais, como o Brasil. Porém, se a última menstruação acontecer entre os 40-44 anos, é considerada menopausa precoce.

Segundo um artigo publicado no jornal científico Climateric, as consequências em longo prazo da menopausa precoce incluem diminuição da cognição, mudanças de humor, aumento do risco cardiovascular, perda da densidade óssea, disfunções sexuais, assim como aumento do risco de morte precoce.



Por que isso pode acontecer?

A menopausa pode chegar antes do tempo para cerca de 10% das mulheres por diversos fatores. Segundo o ginecologista e cirurgião ginecológico, Dr. Edvaldo Cavalcante, as causas são divididas entre naturais e aquelas induzidas por intervenções médicas, como a retirada dos ovários, medicamentos para tratar o câncer e quimioterapia, por exemplo.

Veja abaixo alguns fatores de risco da menopausa precoce natural:

 
  • Menarca aos 11 anos ou menos. Uma das causas naturais da menopausa precoce, segundo um estudo que avaliou 51 450 mil mulheres, é a idade precoce da menarca, ou seja, da primeira menstruação. No estudo, 7,6% das mulheres entraram na menopausa entre os 40 e 44 anos. Mulheres que menstruaram aos 11 anos ou menos têm maior chance de entrar na menopausa precoce. (risco 1,32 vez maior).
     
  • Não ter filhos: O mesmo estudo relacionou a idade da menarca com a nuliparidade (mulheres que menstruaram cedo e não tiveram filhos). As mulheres com menarca precoce e nulíparas (que não tiveram filhos) apresentaram 2 vezes mais risco de entrar na menopausa antes dos 45 anos em comparação com as mulheres que tiveram a menarca aos 12 anos ou mais, e tiveram dois ou mais filhos.
     
  • Peso abaixo do normal: Um estudo que acaba de sair, publicado no periódico Human Reproduction, revelou que mulheres abaixo do peso em qualquer idade (Índice de Massa Corporal inferior -IMC a 18,5 Kg/m2) tinham um risco de 30% maior de entrar na menopausa antes dos 45 quando comparadas a mulheres com peso normal.

    Para as mulheres que aos 18 anos tinham um IMC menor que 17,5 kg/m2 o risco era 50% maior. Aos 35, esse risco aumentava para 59%. Outro dado do estudo foi que perda de peso rápidas, por volta de 10 quilos ou mais, entre os 18 e 30 anos, aumentava em 2,4 vezes o risco de ter menopausa precoce.

     
  • Tabagismo: Vários estudos ao longo dos anos relacionaram o tabagismo com a menopausa precoce. Um estudo publicado Journal of Preventive Medicine and Public Health, mostrou que fumar aumenta em até 1,40 o risco de entrar na menopausa precoce.


É possível prevenir?

“De acordo com a literatura e com as evidências científicas sobre a menopausa precoce, é possível adotar algumas medidas para prevenir que ela aconteça. A primeira recomendação para as mulheres que fumam é procurar tratamento para largar o cigarro, inclusive porque o tabagismo pode levar a uma série de outras patologias, como câncer de mama, por exemplo”, diz Dr. Edvaldo.

O médico também recomenda que as mulheres cuidem do peso. “Embora no Brasil temos mais pessoas acima do peso do que abaixo, o ideal é manter uma vida saudável, por meio de uma alimentação equilibrada e prática de atividade física de forma regular. A mulher deve procurar manter o peso ideal para sua composição corporal. Também é possível atrasar a idade da menarca, caso a menina apresente puberdade precoce”.


 
Sintomas e tratamentos

Os sintomas que da menopausa precoce são os mesmos da menopausa que ocorre dentro da idade esperada. Entre eles estão irregularidades no ciclo menstrual, ondas de calor, secura vaginal, mudanças no humor, diminuição da libido, entre outros. A menopausa será confirmada após 12 meses ininterruptos sem menstruar.

De acordo com Dr. Edvaldo, na menopausa precoce, o acompanhamento deve ser feito para prevenir as consequências bem conhecidas dessa fase da vida mulher.

“É importante avaliar a necessidade de reposição hormonal para amenizar os sintomas, como também para prevenir o desenvolvimento da osteoporose e diminuir o risco cardiovascular. O tratamento também deve envolver a melhora da vida sexual da mulher”, finaliza o ginecologista.


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