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quinta-feira, 17 de maio de 2018

Consumo de tabaco é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão


Fumantes têm risco 20 vezes maior de desenvolver tumores pulmonares; Apesar das intensas campanhas de conscientização, Brasil deve fechar 2018 com mais de 31 mil novos casos registrados da doença


O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão - entre os 10% restantes, 1/3 é dos chamados fumantes passivos – no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deverá somar 31.270 novos casos de tumores pulmonares em 2018. Além disso, o mau hábito aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. Apesar destes dados não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas entre a população fumante.

A oncologista Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito. "Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença", diz.

Segundo a médica, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", destaca a Dra. Mariana.

O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, por vídeo (CTVA) são cada vez mais realizados com menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente.

Após a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são indicadas para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue. Para a Dra. Mariana, a combinação de tratamento sistêmico e radioterapia também pode ser administrada no início do tratamento para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor.

Mas o grande avanço dos últimos anos, ainda de acordo com a oncologista do CPO, é a imunoterapia. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se disfarçar para o sistema imunológico e então se aproveitar para crescer, a imunoterapia busca reativar a resposta imunológica contra este agente agressor.

"Atuando através do bloqueio dos fatores que inibem o sistema imunológico, as medicações imunoterápicas provocam um aumento da resposta imune, estimulando a atuação dos linfócitos e procurando fazer com que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho", explica a Dra. Mariana.


E se eu parar de fumar?

Principal fator de risco evitável de tumores pulmonares, o tabaco está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos. E, ao contrário do que muitos usuários destes produtos acreditam, nunca é tarde demais para parar. Segundo a especialista do CPO, os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas.

Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%.

A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. Os cílios epiteliais iniciam o crescimento e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando os pulmões.

 A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.






Averbação de paternidade é gratuita para todos, diz CNJ


O pleno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ratificou decisão da Corregedoria Nacional de Justiça de suspender a aplicabilidade do Provimento 19/2012 que limitava aos declaradamente pobres a gratuidade da averbação do reconhecimento de paternidade e a respectiva certidão. A decisão foi tomada durante a 33ª Sessão Virtual.

De acordo com relatório do processo número nº 0004451-05.2017.2.00.0000 , o provimento estabelece uma restrição desamparada da lei regulatória ao condicionar a gratuidade do referido registro à comprovação de hipossuficiência.

O desamparo legal ganhou reforço com a publicação da Lei n. 13.257/2016, que determinou que os registros e certidões necessários à inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade e gratuidade.

Censo

De acordo com o Censo Escolar de 2011, há 5,5 milhões de crianças brasileiras sem o nome do pai na certidão de nascimento. O estado do Rio de Janeiro lidera o ranking, com 677. 676 crianças sem filiação completa, seguido por São Paulo, com 663.375 crianças com pai desconhecido.
A unidade da federação que apresentou menos crianças sem o nome do pai na certidão foi Roraima, com 19.203 registros.

O CNJ dispõe ainda do programa Pai Presente. O programa possibilita que sejam feitos reconhecimentos espontâneos tardios, geralmente em mutirões realizados em escolas, sem necessidade de advogado e sem custos para o pai ou mãe.

O programa foi instituído em 2010 e tem por base os Provimentos 12 e 16 da Corregedoria Nacional de Justiça, com base na Lei Federal 8.560, de 1992, e no artigo 226 da Constituição Federal, que assegura o direito à paternidade.





Paula Andrade
Agência CNJ de Notícias

17 de maio - Dia mundial de combate à hipertensão

Pressão alta na gravidez: perigo para mãe e bebê

17 de maio é o Dia Mundial de Combate à Hipertensão, um problema de saúde que atinge 10% das grávidas no Brasil. Segundo a Sociedade Internacional de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez, no mundo, mais de 75 mil mães e 500 mil bebês morrem anualmente devido à pressão alta.

Mulheres que já sofrem com a doença devem redobrar os cuidados com a saúde nesse período, informando ao médico a sua condição para que ele recomende tratamento adequado. Já as demais devem ficar atentas, pois podem desenvolver hipertensão arterial durante a gravidez.

O aumento da pressão compromete a saúde tanto da mãe quanto do feto e exige cuidados. “A hipertensão pode causar quadros de pré-eclâmpsia e eclampsia, que são próprias da gravidez, e aparecem após o quinto mês de gestação. Na pré-eclâmpsia, a pressão arterial materna aumenta e a mulher elimina proteínas pela urina ou apresenta lesão no rim, fígado, sistema de coagulação, pulmão ou cérebro”, explica Ricardo Cavalli, presidente da Comissão Nacional Especializada em Hipertensão na Gestação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

A doença pode evoluir para eclampsia e comprometer a vida da mãe e do bebê, já que ocasiona lesões em órgãos como rins, fígado e até no sistema nervoso central. Há ainda risco de causar convulsões e inchaços, além de antecipar o parto, fazendo com o bebê nascer prematuro.

As causas da hipertensão na gravidez são várias, entre elas estão problemas nos vasos sanguíneos, obesidade, alteração do colesterol ou das triglicérides e doença renal. Os sintomas são dores de cabeça, inchaços, dificuldade para respirar, visão embaçada ou sensação de luzes piscando.

O tratamento é feito com medicamentos, mas é necessário que a gestante faça o controle da pressão arterial e se alimente de forma correta.

“Mulheres obesas, diabéticas, com doenças renais, hipertensas antes da gravidez, grávidas de gêmeos e as que já tiveram eclampsia na gravidez anterior possuem maior possibilidade de desenvolver”, alerta o médico.

Mães que desenvolveram hipertensão gestacional podem deixar de ser hipertensas após o parto; a pressão arterial diminui com a eliminação da placenta.

“É importante lembrar que a mulher deve ser avaliada por um médico porque do mesmo modo que a pressão pode voltar aos níveis normais, a hipertensão pode se tornar crônica. Além disso, elas correm risco de apresentar mais problemas cardiovasculares e renais no futuro, então devem fazer exercícios físicos e manter uma dieta balanceada pelo resto da vida”, alerta Cavalli.

Aquelas que já sofreram com pré-eclâmpsia na gravidez têm risco maior de ter pressão alta na próxima gestação. “O que recomendamos é que use medicamentos preventivos (AAS e Cálcio) que irão diminuir as chances da recorrência da doença. Não elimina as chances, mas diminui”.

“Para diminuir os óbitos devido à doença, é importante que as mães saibam o que é a hipertensão gestacional, como evitar e o que ela pode causar”, finaliza Cavalli.  

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