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terça-feira, 15 de maio de 2018

Modelo de medicina precisa mudar com o envelhecimento da população


Especialistas indicam prevenção, atenção primária e medicina mais leve para conter doenças crônicas


Mais atividade física, alimentação equilibrada, monitoramento de doenças crônicas, menos exames e visitas a médicos de dezenas de especialidades diferentes. De acordo com Dr. Renato Veras, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI/UERJ), esse modelo que ele chama de "medicina mais leve" tem se mostrado mais adequado ao novo perfil demográfico brasileiro, no qual a população vive mais, impactando não apenas a saúde, mas diversos setores da economia.

Especialista em Saúde Coletiva e Gerontologia, Veras participará do painel "Os impactos das doenças crônicas na Saúde Suplementar. A importância da Gestão de Saúde Populacional" ao lado do superintendente de Recursos Próprios da Unimed Belo Horizonte, Fábio Lentulio; do médico Alberto Ogata, mestre em medicina e economia da saúde e professor da Fundação Getulio Vargas; e da Gerente Médica da Saúde Corporativa do Hospital Israelita Albert Einstein, Gisele Maria Couto. O painel integra o "I Congresso de Saúde Suplementar", que acontece de 22 a 25 de maio na Hospitalar, em São Paulo.

"A medicina precisa entender que o padrão das doenças mudou, doença crônica não cura, ela estabiliza, quando está instalada não regride mais, a pessoa vai com ela até o final da vida. E isso o médico não gosta de ouvir. Acha que o papel da medicina é curar, o papel é pensar diferente", afirma Veras, explicando que se uma pessoa que adquire diabetes aos 50 anos tiver o acompanhamento médico adequado, viverá 30, 40 anos com a doença. "Não dá para tratar isso no modelo antigo. Copiamos o modelo americano que é de muito médico, muita máquina de 1 milhão de dólares, o que é ineficiente e quebra financeiramente as famílias e o Estado. Temos como conduzir esse processo de uma maneira mais barata e eficiente".

De acordo com o médico Alberto Ogata, da FGV, o sistema precisa estar separado para esse cenário de aumento de doenças crônicas, no qual, segundo ele, um terço da população adulta tem hipertensão. Ele afirma que não há como impedir que as pessoas adoeçam, mas cita soluções de contenção de riscos, franquias e coparticipação como medidas para conter o aumento do custo na ponta. "Discutir somente cirurgias, tratamento do câncer não é o suficiente porque cada vez tem mais gente precisando do sistema de saúde, que tem que estar preparado e ainda está totalmente fragmentado".

Fábio Lentulio, da Unimed BH, conta que o cuidado aos pacientes com condições crônicas é responsável por grande parte das consultas e custos na saúde suplementar na empresa. "Um sistema passivo como o tradicional terá uma perspectiva de aumento exponencial de custos e consequentemente do preço para garantir sua sustentabilidade", argumenta o superintendente.

Por conta disso, a Unimed evoluiu em várias frentes: tem construído, por exemplo, uma rede de serviços próprios integrada e compartilhado o prontuário eletrônico, estimulando a vinculação dos pacientes com médicos ambulatoriais. "Em outra frente, desenvolvemos, há cinco anos, um produto de atenção primária à saúde para que o paciente tenha sempre um médico de referência, responsável pelo seu cuidado", explica o médico, citando ainda as atividades de prevenção. 

"Temos equipes de cuidados paliativos domiciliares para que os pacientes que não possuam mais perspectiva de cura possam ter alívio de dores e outros sintomas e um falecimento digno", completa.

Referência em qualidade, o Hospital Israelita Albert Einstein, intensificou as ações do "Programa Cuidar" em 2017, obtendo excelentes resultados em relação à evolução de doenças crônicas de seus colaboradores e dependentes, um universo de cerca de 28 mil pessoas. Segundo a Gerente Médica Gisele Maria Couto, o programa desenvolvido internamente trata desde 2013 a prevenção e a atenção primária por meio de médicos de família e generalistas. "É um trabalho intenso com mais de 20 mil atendimentos por ano que tem diminuído nosso índice de afastamento, que é bem baixo, de 1,5%. Além disso, aumentou a satisfação dos funcionários em nossa pesquisa de clima", completa ela sobre o piloto.

Com relevância global e multidisciplinar, diferentes aspectos desse tema serão abordados no dia 25 de maio, das 15h Às 17h, no painel "Os impactos das doenças crônicas na Saúde Suplementar. A importância da Gestão de Saúde Populacional", realizado pela TM Jobs em seu estande da Hospitalar, no Pavilhão Verde do Expo Center Norte. O evento integra o "I Congresso de Saúde Suplementar - Impacto Econômico e Sustentável", realizado pela TM Jobs e Business Club Healthcare Latam em parceria com o Instituto Latino-Americano de Gestão em Saúde (INLAGS) e com a Hospitalar.




Tm Jobs

Com mais de dois milhões de downloads na América e na Europa, app oficial da Copa do Mundo da FIFA Rússia 2018 ganha versão chinesa


Grupo Panini investe em parceria com Tencent Sports na China para lançamento do app – considerado um dos dez aplicativos de esporte gratuitos mais baixados no mundo


O Grupo Panini, licenciado oficial e exclusivo da FIFA para figurinhas, anuncia parceria estratégica com a Tencent Sports, a principal plataforma digital de esportes da China, para lançamento do aplicativo oficial da Copa do Mundo da FIFA Rússia 2018 no mercado chinês. A união dos dois gigantes do esporte beneficiará milhões de fãs de futebol durante o maior campeonato de futebol do mundo. A parceria se estenderá à região da Grande China, incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan.

Lançado em março na América, incluindo o Brasil, e na Europa, a ferramenta faz sucesso entre os colecionadores, com mais de dois milhões de downloads. Atualmente, é um dos dez aplicativos de esporte gratuitos mais baixados no mundo inteiro. Com a inclusão da língua chinesa, espera-se que o aplicativo amplie a experiência dos colecionadores e crie mais ligações entre os produtos físicos e digitais disponíveis também para os chineses.

 









A parceria proporcionará aos fãs de futebol colecionar e trocar figurinhas, além de participar de jogos e atividades. Para José Eduardo Martins, presidente da Panini no Brasil, além do álbum físico, os chineses poderão conhecer e jogar com os cards dos jogadores da Seleção Brasileira. “Nossos produtos proporcionam essa interação entre os países e, assim, todos os colecionadores podem entender um pouco mais de cada seleção, divertir-se e preparar-se para os jogos do mundial que começam em menos de um mês”, diz José Eduardo Martins. 

Como parte do acordo, a Tencent Sports se tornará a administradora e patrocinadora exclusiva do aplicativo oficial da Copa do Mundo da FIFA Rússia 2018 da Panini na região da Grande China, será responsável pelo patrocínio e pela publicidade de vendas do produto no mercado chinês e trabalhará em conjunto com o Grupo Panini para explorar novas maneiras de integrar os produtos físicos com os digitais, fornecendo serviços melhores e coleções mais sofisticadas para milhões de usuários.

Uma parcela cada vez maior das vendas atuais do Grupo Panini vem do mercado asiático, com uma porção significativa vindo da China. Ao mesmo tempo, com o desenvolvimento das mídias digitais, o Grupo busca progredir na integração entre os produtos físicos e digitais. Além da Copa do Mundo da FIFA Rússia 2018, estabeleceu parcerias abrangentes com diversos licenciantes das áreas de esporte e entretenimento, incluindo NBA, NFL, UEFA, Marvel, DC Comics etc.




Sobre a Panini
O Grupo Panini, estabelecido há mais de 57 anos, com fábricas em Modena, na Itália, e no Brasil, e subsidiárias em toda a Europa, América Latina e Estados Unidos, é líder mundial no setor de colecionáveis e líder em publicações de quadrinhos, revistas infantis e mangás, na Europa e na América Latina. A empresa possui canais de distribuição em mais de 130 países e emprega uma equipe de mais de 1.200 pessoas.

Para um terço dos empresários, Copa do Mundo deve impulsionar vendas do comércio e serviços, apontam SPC Brasil e CNDL


Entre os que projetam crescimento nas vendas da própria empresa, a expectativa é de aumento de 27% no faturamento. Cerca de 20% já se preparam para atender a alta da demanda e apostam, principalmente, em promoções para atrair clientes


A um mês do início da Copa do Mundo, que este ano será na Rússia, a expectativa é de que o evento esportivo movimente a economia brasileira, mesmo à distância. Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que três em cada dez (33%) micro e pequenos empresários dos ramos do comércio e serviços estimam que as vendas dos setores como um todo aumentem no período dos jogos. Outros 19% enxergam uma queda no volume de vendas, enquanto 47% acham que o torneio não terá impacto no resultado dos segmentos. Entre os que projetam crescimento nas vendas da própria empresa (20%), a estimativa é de que o volume médio de vendas seja 27% superior ao mês anterior do mundial.

Na percepção da maioria dos empresários entrevistados, esse otimismo refere-se ao aumento do faturamento, principalmente, em setores que lucram com o consumo sazonal de produtos nesta época e estão diretamente ligados ao evento, como souvenirs (80%), comércio informal (72%), bares e restaurantes (68%), supermercados (66%), comércio eletrônico (57%) e transporte (51%). “A Copa do Mundo sempre injeta ânimo na economia e deve aquecer, sobretudo, os setores do comércio e serviços, que encontram uma oportunidade gerada pelo clima de euforia das torcidas com as comemorações após as partidas”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Outro dado curioso mostra que para 29% dos entrevistados o aumento das vendas do próprio negócio com a Copa depende do desempenho da seleção brasileira nos gramados, sobretudo se o time chegar até a final (21%) – esse percentual é ainda maior (25%) entre os comerciantes.


Empresários apostam em promoções para atrair o consumidor

O estudo também revela que dois em cada dez empresários entrevistados (20%) afirmam já estar se preparando para atender ao aumento da demanda durante os jogos. As promoções são a grande aposta para atrair o consumidor (42%). Para 20%, há intenção de ampliar seus estoques e 10% contratar mais funcionários. Além disso, estão previstas ações como decoração com bandeiras e cores do Brasil (37%), divulgação do estabelecimento (25%) e ampliação do mix de produtos ofertados (22%).

Por outro lado, a maioria dos empresários entrevistados (80%) sinalizou que não pretende fazer algum tipo de investimento especial. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, essa decisão não significa falta de interesse por parte do lojista em lucrar com o evento. “São estabelecimentos que não têm relação direta com o consumo da Copa ou, até mesmo, já contam com uma estrutura adequada para suportar a demanda extra”, pondera.

Perguntados sobre o tempo que estão levando para se preparar, 73% reconhecem que têm deixado para mais perto do evento — há menos de três meses começaram a pensar no que será feito. Já outros 21% vêm se preparando em um período de quatro a seis meses do início da Copa do Mundo e uma minoria (5%) investe no próprio negócio com antecedência — de seis a 12 meses.

Entre os que estão se preparando para a Copa do Mundo, 50% disseram que utilizarão capital da própria empresa e 24% recursos pessoais. “O alto percentual de empresários que utiliza dinheiro do próprio bolso ou da empresa para investir no estabelecimento pode revelar o receio em assumir dívidas frente a um cenário econômico promissor, mais ainda sob os efeitos de recessão”, comenta Marcela Kawauti.

Mais de sete em cada dez entrevistados (74%) afirmam que as melhorias implementadas no estabelecimento serão mantidas, mesmo após o término dos jogos da Copa, indicando que os investimentos, em sua maioria, serão permanentes. Questionados sobre os critérios estabelecidos para realizar as adequações na empresa para a Copa do Mundo, um quarto (25%) afirma que usou um pouco da intuição sobre o que as vendas no período dos jogos podem gerar e outros 25% mencionaram a experiência positiva que tiveram na Copa passada.


73% das lojas não pretendem alterar horário de atendimento ao público

Apesar da diferença de fuso-horário, a maioria das partidas será realizada em horário comercial. Por esta razão, o estudo também buscou identificar possíveis alterações na rotina e no funcionamento das empresas durante a realização dos jogos. Com relação ao horário de atendimento, 73% das empresas afirmam que manterão a mesma rotina praticada atualmente. Cerca de 15% disseram que o horário será reduzido e 7% afirmam que adotarão horário estendido.

De olho no potencial de vendas da Copa do Mundo, 12% prevê um aumento na variedade de produtos. Enquanto para 82%, o mix permanecerá inalterado e 3% planeja uma redução. Já o estoque de produtos será igual para 78%, de acordo com o levantamento.

Quanto ao preço a ser cobrado por produtos e mercadorias, a maioria (88%) garantiu que manterá os preços atuais. Apenas 5% dos entrevistados afirmam que os preços durante a Copa estarão mais baratos e 3% mais caros.


Quase 30% das empresas vão liberar os funcionários durante as partidas dos jogos do Brasil

Um ponto que sempre chama a atenção é como será o esquema nas empresas quando o Brasil estiver em campo. Questionadas sobre a política que será adotada, quase três em cada dez empresas ouvidas (28%) disse que vai dispensar seus colaboradores para assistirem às partidas. Na contramão, 24% afirmam que os funcionários devem trabalhar normalmente durante as partidas, enquanto 17% pretendem montar um espaço especial para que os colaboradores assistam aos jogos dentro da organização ― sobretudo as do setor de serviços (20%). “Para não terem de fechar as portas durante os jogos, muitas empresas instalam televisões em pontos centrais. O futebol é uma paixão nacional e desperta o sentimento de patriotismo”, destaca a economista Marcela Kawauti.

Entre as empresas que pretendem dispensar os funcionários, o levantamento constatou que cerca de 84% não irão descontar as horas não trabalhadas de seus colaboradores. Só uma em cada dez (11%) afirma ter a intenção de fazer essas deduções ― especialmente os prestadores de serviço (17%) ―, sendo que 10% fará por meio de banco de horas. No caso em que os funcionários puderem assistir aos jogos no próprio local de trabalho, a pesquisa revela que 93% das empresas não descontarão as horas na folha.


Metodologia

A pesquisa ouviu 800 empresários dos setores de comércio varejista e serviços, de todas regiões do País, com o objetivo de levantar os impactos nas vendas com a Copa de 2018 e como as empresas estão se preparando para um dos maiores eventos esportivos do mundo. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para uma confiança de 95%. 





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