O estudo, que
identifica há 15 anos quais são as organizações que mais respeitam os
consumidores, revela que “Atendimento” não é mais o fator
primordial que demonstra o sentimento de ser respeitado por uma marca na visão
dos consumidores.
Ao contrário do
levantamento de anos anteriores, sobretudo de 2016, que apontava tal
característica como o destaque para 57% dos entrevistados, a edição de 2017
revela que o consumidor hoje enxerga a “Qualidade” (29%),
o “Preço” e a “Facilidade de pagamento” (28%) como requisitos fundamentais quando o assunto é
respeito ao cliente. “Atendimento” obteve apenas 27% das menções.
Os atributos “Estrutura
física”, “Inovação” e “Conveniência” também
foram pontos indicados pelos entrevistados, com 9%, 4% e 2%, respectivamente.
Já pontos como “Segurança”, “Comodidade”, “Caminho
para casa” e “Conhecer o gerente” obtiveram porcentagem menor
de 1%.
A pesquisa, que
é pioneira e exclusiva no Brasil, foi conduzida pelo Centro de Inteligência
Padrão (CIP), em parceria com a consultoria CA Ponte e a empresa de pesquisa
digital MindMiners. A amostra foi feita com 1.493 brasileiros, homens e
mulheres maiores de 18 anos, das classes sociais A, B, C e D, em sete estados
brasileiros (Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul e São Paulo). A coleta dos dados foi realizada no período de
25 de outubro a 03 de
novembro deste ano.
Cada
entrevistado respondeu a questões relacionadas ao setor do qual é usuário efetivo, tem
experiência e teve contato nos últimos 6 meses. Entre elas: o que uma
empresa ou fabricante de produtos ou serviços tem que fazer, ou ter, para
conquistar o respeito do consumidor? Entre as escalas de avaliação estão: a
postura da empresa, os produtos e a qualidade que oferece, a forma
como atende as necessidades do consumidor, as informações fornecidas
para o cliente, a preocupação em atender os consumidores e a
maneira que atua na sociedade.
OS
SEGMENTOS
Aqueles que ganharam destaque nesta edição do estudo foram
os segmentos: “Seguro Residencial e Automóvel”, “Carros de Luxo”, além de “Notebooks, Ultrabooks e Tablets”. Já os setores “Operadora
de Banda Larga Fixa”, “Energia Elétrica” e “Operadora
de Telefonia Móvel” encabeçam a lista dos piores resultados. No total, foram contabilizados 43
ramos de atividade econômica no Brasil.
MARCAS
TRADICIONAIS CONSEGUEM MANTER O RESPEITO DE SEUS CONSUMIDORES
As
marcas mais citadas, por segmento, nesta edição do estudo foram: Apple,
O Boticário, Hospital Albert Einstein, BB Mapfre, Audi,
Ford, Tigre, Netshoes e Ambev. A Apple foi
destacada por duas vezes, nas categorias “Celular” e “Notebooks, Ultrabooks e
Tablets”.
Com relação aos
anos anteriores, seis novos segmentos receberam representatividade no estudo,
em substituição a outros seis setores. São eles: Medicina Diagnóstica; Seguro
Residencial e Automóvel; Carros de Luxo; Carros; Fabricante
de Materiais e Construção; Lojas Virtuais / E-commerce (2017).
SEGMENTO
|
Empresa
|
Média do Estudo
|
Celular
|
Apple
|
8,81
|
Higiene Pessoal e Perfumaria
|
O Boticário
|
8,94
|
Medicina Diagnóstica
|
Hospital Albert Einstein
|
8,85
|
Seguro Residencial e Automóvel
|
BB Mapfre
|
9,00
|
Carros de Luxo
|
Audi
|
9,21
|
Carros
|
Ford
|
8,85
|
Notebooks, Ultrabooks e Tablets
|
Apple
|
9,00
|
Fabricante de Materiais de Construção
|
Tigre
|
8,72
|
Lojas Virtuais / E-commerce
|
Netshoes
|
8,90
|
Refrigerantes
|
Ambev
|
8,65
|
“O estudo
mostra um efeito residual da crise e da desconfiança geral do consumidor
brasileiro diante do contexto geral: podemos estar fomentando uma geração de
‘bargain hunters’ ou caçadores de ofertas, ao invés de buscarmos formar uma
legião de ‘embaixadores’ ou de consumidores que preferem uma marca em relação à
outra. Falta às empresas, de maneira geral, desenvolverem uma maior empatia com
seus clientes, colocarem-se no lugar deles para entenderem melhor as suas
motivações e expectativas, para, dessa forma, recriarem os vínculos com eles. Respeito
é, fundamentalmente, um exercício de empatia atrelado à soma de experiências e
o cuidado com a confiança e disposição para o diálogo”, analisa Jacques
Meir, diretor executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, organização
responsável pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP).
“Como
responsável pela pesquisa desde a primeira edição, acompanho o nítido
amadurecimento do brasileiro como consumidor, o fenômeno das lojas virtuais se
multiplicando, a capilaridade das redes, a diversidade de canais de contato
oferecidos. Ou seja, a pesquisa evolui com os movimentos do mercado. Incluímos
a classe C no ápice de sua ascensão, temos diversas gerações consumindo (Baby
Boomers, X, Y e Z), segmentos novos como aplicativos para táxis, atendimento
por Twitter, chat, redes sociais como um todo. Evoluímos sem nunca perder o
foco: a real experiência do consumidor efetivo com as marcas. Temos em mãos um
levantamento renovado e atual, com o core business fundamental para empresários
de mais de 40 segmentos”, destaca Stella Kochen, executiva do
segmento de corporate da CA Ponte.